A autonomia de professor

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A autonomia de professor Premium gy DRAQUEL 08, 2012 7 RESENHA: A AUTONOMIA DE PROFESSORES CONTRERAS, José. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2002. José Contreras é professor da universidade de Barcelona. Graduado em Ciências da Educação pela Universidade Complutense de Madri e Doutor também em Ciências da Educação pela Universidade de Málaga. ? membro dos Conselhos de Redação das revistas Investigación em la Escuela da Universidade de Sevilha e emps d’educació da Universidade de Barcelona, autor de diversos artigos científicos publicados sobre teoria do curri ssim como também ora Curriculum y profess tc view Models d’ínvestigació Angel Pérez Gómez e a pesquisa-ação, s quais Ensenanza, a a la didáctica, co-autoria com A educação não é um problema da vida privada dos professores, mas uma ocupação socialmente encomendada e responsabilizada.

Neste contexto, a autonomia dos professores, assim como a ideia de seu profissionalismo passou a fazer parte dos slogans pedagógicos, por isso a preocupação de Contreras tem a ver com as formas de pensamento que estão sendo difundldas no que diz respeito aos professores e, por extensão, o ensino escolar e sua relação com a sociedade. Assim, objetiva esclarecer o significado da autonomia de professores, tentando diferenciar os diversos sentidos que lhe podem ser atribuídos, bem como avançar na compreensão dos problemas educativos e pol(ticos que encerra, o que não quer dizer que o propósito seja puramente conceitua conceitual.

Pretende captar a significação no contexto de diferentes concepções educativas e sobre o papel daqueles que ensinam. O presente trabalho encontra-se estruturado em 8(oito) capítulos, organizado em três partes: na primeira, analisa o problema do rofissionalismo no ensino, situando essa questão no debate sobre a proletarização do professor, as diferentes formas de entender o que significa ser profissional e as ambiguidades e contradições ocultas na aspiração à profissionalidade.

Na segunda, discute as três tradições com respeito ? profissionalidade de professores: técnico, reflexivo e intelectual crítico. A última é dedicada a estabelecer uma visão global do que se deve entender por autonomia de professores, mostrando o equilíbrio necessário requerido entre diferentes necessidades e condições de realização da prática docente.

No capítulo 1 “A autonomia perdida: a proletarização dos professores”, o autor mantém o confronto ideológico, objetivando resgatar uma posição comprometida com determinados valores para a prática docente. Com isso, afirma que para entender as características e qualidades do oficio de ensinar, é necessário discutir tudo o que se diz sobre ele ou o que dele se espera, o que é e o que não deveria ser; o que se propõe, mas que se torna, ao menos, discutível. O tema da proletarização dos professores nos oferece uma perspectiva adequada para essa preocupação.

A tese básica deste processo é que o trabalho ocente sofreu uma subtração progressiva de uma série de qualidades que conduziram os professores à perda de controle e sentido sobre o próprio trabalho, ou seja, à perda da autonom PAGFarl(F7 perda de controle e sentido sobre o próprio trabalho, ou seja, ? perda da autonomia. Deste modo, surgi um processo de racionalização do trabalho, que tem como conceitos-chave: a separação entre concepção e execução no processo produtivo, a desqualificação e a perda de controle sobre o seu próprio trabalho.

Ainda elenca discussões sobre a degradação do trabalho educativo, o exercício e controle sobre as tarefas do professor, reivindicação do status de profissional por parte dos professores, a ideologia do profissionalismo, bem como sobre o controle ideológico e o controle técnico de ensino. Dessa forma, observamos que a perda de autonomia, que supõe a falta de controle sobre o próprio trabalho, se traduz em uma orientação ideológica, na perda do sentido ético.

No capítulo 2 “A retórica do profissionalismo e suas ambiguidades” Contreras discuti o profissionalismo como descrição e como reivindicação para o trabalho do professor, e em particular, no que se refere à autonomia. Aponta como a exigência de autonomia pode se transformar em uma forma de justificativa da exclusão da comunidade nas decisões educativas que lhe afetam, tentando definir a autonomia como qualidade educativa, e não como qualidade profissional do trabalho docente.

São apresentados neste entorno, por Skopp (1998), Fernández Enguita (1990) e Hoyle (1980) quadros que expõe quais os traços determinantes de uma profissão, que quando comparados aos professores a conclusão mais habitual que se chega é a de semiprofissionais. O autor ainda expõe o profissionalismo como ideologia, o controle sobre o onhecimento e as profissões de ensino, assim como as armad PAGF3rl(F7 profissionalismo como ideologia, o controle sobre o conhecimento e as profissões de ensino, assim como as armadilhas e autonomia do profissionalismo. Os valores da profissionalização e a profissionalidade docente” que conclui a primeira parte da obra, o autor argumenta que ainda há possibilidade de defesa de valores considerados tipicamente como profissionais, mas que devem ser analisados no contexto de dimensões próprias do trabalho do professor. Para tanto discuti a profissionalidade docente e as qualidades o trabalho educativo, assim como as três dimensões para conceber o problema da autonomia a partir de uma perspectiva educativa: a obrigação moral, o compromisso com a comunidade e a competência profisslonal.

Estas podem ser concebidas e combinadas de maneiras diferentes em função das concepções profissionais das quais se partam, e que dependem, por sua vez, da forma em que se entenda o ensino. O capítulo 4 “A Autonomia Ilusória: o professor como profissional técnico” que dar início a segunda parte da obra, faz aproximações de diferentes concepções sobre as exigências da prática docente, que permite configurar as possibilidades de significação da autonomia a partir das exigências que as diferentes propostas fazem, bem como as possibilidades educativas que cada modelo apresenta.

O debate gira em torno de uma prática profissional do ensino a partir de uma racionalidade técnica, no qual o professor desconsidera a importância da qualidade moral e educativa da ação, ao reduzir seu valor ao instrumental, acabando por interiorizar de forma não reflexiva os estereótipos e valores vigentes na cultura p de forma não reflexiva os estereótipos e valores vigentes na cultura profissional.

Este modelo acaba por revelar sua incapacidade para resolver tudo o que é imprevisível. “O docente como profissional reflexivo” que constitui o capltulo 5, regata a base reflexiva de atuação profissional, com o objetivo de entender a forma em que realmente se abordam as situações problemáticas da prática. Para tanto faz um breve, mas, sólido debate sobre a concepção dos profissionais reflexivos de Shdn e a ideia de professor pesquisador de Stenhouse.

Apesar de suas diferenças, tanto Stenhouse como Schón expõem sua posição em relação aos professores ou aos profissionais como resistência oposição aos modelos de racionalidade técnica e podem ser assumidos sob a perspectiva da racionalidade prática aristotélica. Por último, mostra o problema do direito da comunidade na intervenção sobre um assunto público, de legítimo interesse social que é a educação.

No capítulo 6 “Contradições e contrariedades: do profissional reflexivo ao intelectual crítico” Contreras ao fazer uma primeira aproximação dos problemas da perspectiva reflexiva, pontua quais limitações podem se dar nas condições do exercício profissional nas instituições educativas, para uma reflexão com apacidade crítica. Identifica a maneira com que se formulou o modelo de professor como intelectual crítico e que reformulação de autonomia profissional pode ser extraído de toda essa reflexão.

Faz críticas à concepção reflexiva de Shón (ausência de compreensão crítica do contexto social), pontuando os limites do professor como artista reflexivo, e ainda faz argumentações sobre o pr pontuando os limites do professor como artista reflexivo, e ainda faz argumentações sobre o professor como intelectual crítico (Giroux), bem como sobre o fundamento habermasiano da reflexão crítica.

Compondo a terceira parte do livro, o Capítulo 7 “A chave da autonomia dos professores” o autor inicia apresentando um quadro-resumo dos diferentes significados da autonomia em função dos três modelos profissionais (especialista técnico, profissional reflexivo e intelectual cr[tico). Posteriormente, mostra os elementos por meio dos quais deveria embasar-se uma visão de autonomia que não seja simplista.

Para Contreras, a autonomia no contexto da prática do ensino, deve ser entendida como um processo de construção permanente no qual devem se conjugar, se equilibrar e fazer sentido muitos elementos. Assim, a discussão gira em torno da autonomia como: reivindicação trabalhista e exigência educativa, como qualidade da relação profissional, como distanciamento crítico e como consciência da parcialidade e de sei mesmo.

O capítulo 8 “As novas politicas educacionais e a autonomia de professores” trata em primeiro lugar de fazer uma aproximação das motivações que dão sustentamento a justificativa de uma maior autonomia do professor, entrando num contexto das motivações públicas, com isso analisa a nova ideologia sobre os serviços públicos, que está recolocando radicalmente a relação ntre sociedade e educação escolar. Por fim, avalia o caráter que a autonomia vem sendo defendido nas novas políticas sobre a democratização do sistema educacional.

Diante deste panorama, observamos que este não é um livro no qual se façam propostas con PAGFsrl(F7 educacional. Diante deste panorama, observamos que este não é um livro no qual se façam propostas concretas, se entendermos por isso planos de ação. Ao contrário, o livro possui um sentido muito prático, se aceitarmos que a forma com que pensamos tem muito a ver com a forma com que encaramos a realidade e decidimos nela nos inserir. A Autonomia não é isolamento e não é possível sem o apoio, a relação, o intercâmbio, o que justifica sua grande relevância para os embates no contexto educacional.

A obra apesar de densa, transmite as informações de forma clara, objetiva e bastante critica. Aponta conceitos, contradições e contrariedades, discuti exemplos, questiona e dar sugestões. O autor Sltua o leitor em um contexto histórico trazendo a discussão até os dias atuais. Desse modo, fica claro que o esclarecimento da autonomia é por sua vez a compreensão das formas ou dos efeitos políticos dos diferentes modos de onceber os docentes, bem como as atribuições da sociedade na qual esses profissionais atuam.

Ao falar da autonomia do professor, estamos falando também de sua relação com a sociedade e, por conseguinte, do papel da mesma com respeito ? educação. Enfim, esta obra destina-se a todos os professores, pesquisadores ou bacharéis, quede uma forma ou de outra discutam entre outras, questões relacionadas à autonomia do professor, os valores e ambiguidades do profissionalismo, o professor como profissional técnico, reflexivo e intelectual crítico, bem como sobre as novas pol[ticas educativas voltadas para a autonomia docente.

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