A inquisição católica

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Inquisição Galileu diante do Santo Oficio, pintura do século XIX de Joseph- Nicolas Robert-Fleury. O termo Inquisição refere-se a várias instituições dedicadas ? supressão da heresia no seio da Igreja Católica. A Inquisição foi criada inicialmente para combater o sincretismo entre alguns grupos religiosos, que praticavam a adoração de plantas e animais e utilizavam mancias. A Inquisição medieval, da qual derivam todas as demais, foi fundada em 1184 no Languedoc (sul da França) para combater a heresia dos cátaros ou albigenses.

Em 1249, implantou-se também no reino de Aragão, como a primeira to view Inquisição estatal e, e Castela, transform sc PACE 1 or 14 1834), sob controle d to • posteriormente sua foi criada em 1536 e a união de Aragão nhola (1478 – . s. h ânica, estendendo uisição portuguesa isiçao romana ou “Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício” existiu entre 1542 e 1965. O condenado era muitas vezes responsabilizado por uma “crise da fé”, pestes, terremotos, doenças e miséria social, sendo entregue às autoridades do Estado, para que fosse punido.

As penas variavam desde confisco de bens e perda de liberdade, até a pena de morte, muitas vezes na fogueira, método que se ornou famoso, embora existissem outras formas de aplicar a pena. Os tribunais da Inquisição não eram permanentes, sendo instalados quando surgia algum caso de heresia e eram depois desfeitos. Posteriormente trib Swlpe to vlew next page tribunais religiosos e outros métodos judiciários de combate à heresia seriam utilizados pelas Igrejas protestantes (como por exemplo, na Alemanha e Inglaterra[4]).

Embora nos países de malona protestante também tenha havido perseguições – neste caso contra católicos, contra reformadores radicais, como os anabatistas, e contra supostos praticantes de bruxaria, s tribunais se constituíam no marco do poder real ou local, geralmente ad-hoc, e não como uma instituição específica. O delator que apontava o “herege” para a comunidade, muitas vezes garantia sua fé e status perante a sociedade.

A caça às bruxas não foi perpetrada pela Inquisição, mas sim por Estados e tribunais civis independentes, sem reais ligações com a Inquisição’ . Ao contrário do que é comum pensar, o tribunal do Santo Ofício era uma entidade jurídica e não tinha forma de executar as penas. O resultado da inquisição feita a um réu era entregue ao poder secular. A instalação desses tribunais era muito comum na Europa a pedido dos poderes régios, pois queriam evitar condenações por mão popular.

Diz Oliveira Marques em História de Portugal, tomo l, página 393: A Inquisição surge como uma instituição muito complexa, com objetivos ideológicos, econômicos e sociais, consciente e inconscientemente expressos. A sua atividade, rigor e coerência variavam consoante a época. » No século XIX os tribunais da Inquisição foram suprimidos pelos estados europeus, mas foram mantidos pelo Estado Pontifício. Em 1908, sob o Papa Pio X, a instituição foi renomeada “Sacra Congregação do Santo Ofício”.

Em 1965, por ocasião do Concilio Vaticano foi renomeada “Sacra Congregação do Santo Ofício”. Em 1965, por ocasião do Concllio Vaticano II, durante o pontificado de Paulo VI e em clima de grandes transformações na Igreja após o papado de João XXIII, assumu seu nome atual – “Congregação para a doutrina da Fé”. Origem e histórico A ideia da criação da Inquisição surgiu em 1 183, quando delegados enviados pelo Papa averiguaram a crença dos cátaros de Albi, sul de França, também conhecidos como “albigenses”, que acreditavam na existência de um deus do Bem e outro do

Mal, Cristo seria o deus do bem enviado para salvar as almas humanas e o deus criador do mundo material seria o deus do mal, após a morte as almas boas iriam para o Ceu, enquanto as más iriam praticar metempsicose. Isto foi considerada uma heresia e no ano seguinte, no Concílio de Verona, foi criado o Tribunal da Inquisição. O Papa Gregório IX, em 20 de Abril de 1233, editou duas bulas que marcam o reinício da Inquisição. Nos séculos seguintes, ela julgou, absolveu ou condenou e entregou ao Estado – para que as penas fossem aplicadas – vários de seus inimigos propagadores de heresias.

Nesta etapa, foi confiada à recém-criada ordem dos Pregadores. Onde quer que os ocorra pregar estais facultados, se os pecadores persistem em defender a heresia apesar das advertências, a privá-los para sempre de seus benefícios espirituais e proceder contra eles e todos os outros, sem apelação, solicitando em caso necessário a ajuda das autoridades seculares e vencendo sua oposição, se isto for necessário, por meio de censuras eclesiásticas inapeláveis. A bula Licet ad capiendos, 1233, diri necessário, por meio de censuras eclesiásticas inapelaveis. – A bula Licet ad capiendos, 1233, dirigida aos dominicanos nquisidores A privação de benefícios espirituals era a não administração de sacramentos aos heréticos, onde, caso houvesse ripostação, deveria ser chamada a intervir a autoridade não religiosa (casos de agressão verbal ou física).

Se nem assim a pessoa quisesse arrepender-se eram dadas, conscientemente, como anátema (reconhecimento oficial da excomunhão), “censuras eclesiásticas inapeláveis” Conforme o Conc(lio de Viena, de 131 1, obrigava-se os inquisidores a recorrerem à tortura apenas mediante aprovação do bispo diocesano e de uma cormss¿o julgadora, em cada caso. A tortura era um meio incluído no interrogatório, sobretudo nos casos de endemoninhados ou de réus suspeitos de mentira.

No entanto, e bem mais tarde, já em pleno século XV, os reis de Castela e Aragão, Isabel e Fernando, solicitam, e obtêm do Papa a autorização para a introdução de uma Inquisição. Tal instituição afigurava-se-lhes necessária para garantir a coesão num país em unificação (foi do casamento destes dois monarcas que resultou a Espanha) e que recentemente conquistara terras aos mouros muçulmanos na peninsula Ibérica e os judeus sefarditas, por orma a obter «unidade» nacional que até ali nunca existira.

A ação do Tribunal do Santo Oficio tratou de mais casos depois da conversão de alguns judeus e mouros que integravam o novo reino. Alguns deles foram obrigados a renegar as suas religiões e a aderir ao cristianismo ou a abandonar o pa[s. A estes é dado o nome de “cristãos-novos”. Alguns esque cristianismo ou a abandonar o país. A estes é dado o nome de “cristãos-novos”. Alguns esqueciam de fato a religião dos seus antepassados, enquanto outros continuavam a praticar secretamente a antiga religião.

A esses últimos dá-se o nome de cripto-judeus. Eram frequentes os levantamentos populares e as denúncias de práticas judaizantes aos inquisidores. Sendo essencialmente um tribunal eclesiástico, desde cedo o reino, o poder régio se apossou da Inquisição, como forma de prosseguir os seus particulares fins econômicos, esquecendo o fundamental inquiridium aos réus por motivos religiosos.

Tomado pelo poder régio, o Tribunal da Santa Inquisição, em Espanha, deu azo a uma persistente propaganda por parte dos inimigos da Espanha católica: ao sujeitar o poder da fé ao poder da lei, da coação, e da violência, a Inquisição espanhola tornou-se, no maginário coletivo, uma das mais tenebrosas realizações da Humanidade. Mais tarde, em certas regiões da Itália e em Portugal, o Papa autorizou a introdução de instituições similares, em condições diferentes.

No caso de Portugal, a recusa do Papa ao pedido, tendo visto os abusos da Espanha, mereceu que o rei tivesse como alternativa ameaçar com a criação de uma “inquisição” régla, que segundo ele era coisa urgente para o reino. De fato, a introdução da Inquisição em Portugal resultou das pressões espanholas que, para além de uma sinceridade zelota, não ueriam ver o reino rival beneficiar com os judeus e mouriscos expulsos de Espanha.

Uso do fogo Quadro de uma pessoa sendo queimada na fogueira. A utilização de fogueiras como maneira de o braço s sendo queimada na fogueira. A utilização de fogueiras como maneira de o braço secular aplicar a pena de morte aos condenados que lhes eram entregues pela Inquisição é o método mais famoso de aplicação da pena capital, embora existissem outros.

Seu significado era basicamente religioso – dada a religiosidade que estava impregnada na população daquela época, inclusive entre os monarcas e enhores feudais -, uma vez que o fogo simbolizava a purificação, configurando a ideia de desobediência a Deus (pecado) e ilustrando a imagem do Inferno. Em muitos casos também queimavam-se em praça pública os livros avaliados pelos inquisidores como símbolos do pecado: ” No fim do auto se leo a sentença dos livros probidos e se mandarão queimar três canastras delles. Maio de 1624″.

Foi por causa da sua obra: Discours pathetéque ou suget des calamités… , publicado em Londres (1756) que o Cavaleiro de Oliveira foi relaxado à justiça secular que o fez queimar em státua com o livro suspenso ao pescoço – como herege convicto – durante o auto-de-fé realizado em Lisboa no ano de 1761. Neste momento, estamos diante da “apropriação penal” dos discursos, ato que justificou por muito tempo a destruição de livros e a condenação dos seus autores, edltores ou leitores. Como lembrou Chartier: ‘ A cultura escrita é inseparável dos gestos violentos que a reprimem”.

Ao enfatizar o conceito de perseguição enquanto o reverso das proteções, privilégios, recompensas e pensões concedidas pelos poderes eclesiásticos e pelos pr[ncipes, este autor retoma os cenários da queima dos ivros que, enquanto espetáculo público do castigo, inv este autor retoma os cenários da queima dos livros que, enquanto espetáculo público do castigo, inverte a cena da dedicatória. A inquisição espanhola Pintura representando um “Auto de fé” da Inquisição Espanhola- Visões artísticas sobre o tema geralmente apresentam cenas de tortura e de pessoas queimando na fogueira durante os rituais.

A Inquisição espanhola é, entre as demais inquisições, a mais famosa porque mais marcante na lembrança. David Landes, por exemplo, relata-nos: “A perseguição levou a uma nterminável caça à bruxa, completa com denunciantes pagos, vizinhos bisbilhoteiros e uma racista “limpieza de sangre”. Judeus conversos eram apanhados por intrigas e vestígios de prática mosaica: recusa de porco, toalhas lavadas à sexta feira, uma prece escutada à soslaia, frequência irregular ? igreja, uma palavra mal ponderada. A higiene em si era uma causa de suspeita e tomar banho era visto como uma prova de apostasia para marranos e muçulmanos.

A frase “o acusado era conhecido por tomar banho” é uma frase comum nos registros da Inquisição. Sujidade herdada: as pessoas limpas não têm de se avar. Em tudo isto, os espanhóis e portugueses rebalxaram-se. A intolerância pode prejudicar o perseguidor (ainda) mais do que a vitima. Deste modo, a Ibéria e na verdade a Europa Mediterrânica como um todo, perdeu o comboio da chamada revolução cientifica” Segundo Michael Baigent e Richard Leigh, a 1 de novembro de 1478, uma Bula do Papa Sixto IV autorizava a criação de uma Inquisição Espanhola.

Confiou-se então o direito de nomear e demitir aos monarcas espanhóis. O primeiro Auto de fé foi realiza Confiou-se então o direito de nomear e demitir aos monarcas espanhóis. O primeiro Auto de fé foi realizado a 5 de fevereiro de 1481, e seis indivíduos foram queimados vivos na estaca. Em Sevilha, só em novembro, 288 pessoas foram queimadas, enquanto setenta e nove foram condenadas à prisão perpétua. Em fevereiro de 1482 0 papa autorizou a nomeação de mais sete dominicanos como Inquisidores, entre eles, Tomás de Torquemada. Este viria a passar à história como a face mais aterrorizante da Inquisição.

Em abril de 1482, o próprio Papa emitiu uma bula, na qual concluía: “A Inquisição há algum tempo é movida não por zelo pela fé e a salvação das almas, mas elo desejo de riqueza Após essa conclusão, revogaram-se todos os poderes confiados à Inquisição e o papa exigiu que os Inquisidores ficassem sobre o controle dos bispos locais. O Rei Fernando ficou indignado e ameaçou o papa. A 17 de outubro de 1483, uma nova bula estabelecia o Consejo de a Suprema y General Inquisición para funcionar como a autoridade última da Inquisição, sendo criado o cargo de Inquisidor Geral. Seu primeiro ocupante foi Tomás de Torquemada.

Até a sua morte em 1498, Torquemada teve poder e influência que rivalizavam com os próprios monarcas Fernando e Isabel. O número de autos-de- é durante o mandato de Torquemada como inquisidor é muito controverso, mas o número mais aceite é normalmente 2. 000. Procedimentos Inquisição espanhola – repressão à homossexualidade. Segundo Michael Baigent e Richard Leigh ao chegar a uma localidade, os Inquisidores proclamavam que todos seriam obrigados a assistir a uma missa especial, PAGF Inquisidores proclamavam que todos seriam obrigados a assistir a uma missa especial, e ali ouvir o “édito” da Inquisição lido em público.

No fim do sermão, o Inquisidor erguia um crucifixo e exigia-se que os presentes erguessem a mão direita e repetissem m juramento de apoio à Inquisição e seus servos. Após este procedimento lia-se o “édito”, que condenava várias heresias, além do Islão e o judaísmo, e mandavam que se apresentassem os culpados de “contaminação”. Se confessassem dentro de um “per[odo de graça” poderiam ser aceites de vo ta à igreja sem penitência, porém teriam que denunciar outras pessoas culpadas que não tivessem se apresentado.

Não bastava denunciar-se como herege para alcançar os benefícios do “édito”, deveria denunciar os cúmplices. O ônus da justificação ficava com o acusado. Essa denúncia foi usada por muitos como vingança essoal contra vizinhos e parentes, para eliminar rivais nos negócios ou no comércio. A fim de se adiantarem a uma denúncia de outros, muitas pessoas prestavam falso testemunho contra si mesmas e denunciavam outras. Em Castela, na década de 1480, diz-se que mais 1500 vítimas foram queimadas na estaca em consequência de falso testemunho, muitas delas sem identificar a origem da acusação contra elas.

Reservava-se a pena de morte, aplicada pelo braço secular (o Estado) basicamente para os hereges não arrependidos, e para os que haviam recaído após conversão nominal ao catolicismo. A inquisição em Portugal e no Brasil Gravura a cobre intitulada “Die Inquisition in Portugall” por Jean David Zunner retirada da obra ‘Description de L Univers, Contenant les in Portugall” por Jean David Zunner retirada da obra “Description de L’Unlvers, Contenant les Differents Systemes de Monde, Les Cartes Generales & Particulieres de la Geographie Ancienne & Moderne” por Alain Manesson Mallet, Frankfurt, 1685.

Na História da cultura universal – e, mais especificamente, da cultura portuguesa e brasileira que se viram amordaçadas durante séculos pela atuação da Santa Inquisição são múltiplos s exemplos de “caça à literatura sediciosa”. Podemos considerar Portugal pioneiro na censura literária e defesa da fé e dos bons costumes. Antes mesmo da instituição da Inquisição em Portugal (1536), observamos por parte do Estado a preocupação em cercear ideias consideradas como perigosas ao regime.

Em meados do século XV foi instituída a censura real através de um alvará de Afonso V, de 18 de agosto de 1451, que manda “queimar livros falsos e heréticos”. Orientado pelo Conselho, ordenava que os livros de Johannes Wickef, Johannes Hus, Frei Gaudio e de outros fossem queimados e “non fossem mais chados em os nossos A Inquisição foi pedida inicialmente por D. Manuel l, para cumprir o acordo de casamento com Maria de Aragão.

A 1 7 de dezembro de 1531, o Papa Clemente VII, pela bula Cum ad nihil magis a instituiu em Portugal, mas um ano depois anulou a decisão. Em 1 533 concedeu a primeira bula de perdão aos cristãos-novos portugueses. D. João III, filho da mesma D. Maria, renovou o pedido e encontrou ouvidos favoráveis no novo Papa Paulo III que cedeu, em parte por pressão de Carlos V de Habsburgo. Em 23 de maio de 1536, por outra bula em tudo semelhante

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