Formaçao economica do brasil

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FORMAÇAO ECONOMICA DO BRASIL Sabemos que qualquer assunto histórico, ou mesmo atual, pode ser visto sob vários ângulos. Um fato social, econômico ou politico é abordado historicamente por vários autores, de diversas linhas de pesquisas, bases e fontes. Essas análises diversas são importantes, pois ampliam a fundamentação histórica na medida em que provocam discussões sobre as divergências dos assuntos abordados. Essa riqueza bibliográfica da economia brasileira nos leva a refletir a formação econômica do Brasil sob a ótica diversa e ampla de autores renomados nacionalmente.

A realização desse trabalho sobre a formação econômica Swipe nentp brasileira a partir das escritores sugeridos provoca uma maiora rt. a. – surgir a respeito da e Nas leituras comple 2 conômicas que sete texto histórico, • 5 0 crítico que virá de perceber que historiadores de linhas radicalmente diferentes chegaram a um consenso quanto à idéia do Brasil como uma colônia mercantilista cuja economia se estruturava no latifúndio escravista orientado para exportação, liderada por uma aristocracia de fazendeiros que determinava de várias formas sua vida social, mesmo nas regiões não dedicadas a produtos de exportação.

Mas este consenso, explícito ou não, pode estagnar o pensamento para atitudes e idéias que se formaram em meio a estas estruturas e relações do fenômeno econômico propriamente dito. A configuração histórica do Brasil colônia apresentada pelos livros de história já está, de certa forma, convencionalmente estabelecida, u Swipe to next uma padronização de um modelo econômico brasileiro. Não há um aprofundamento sobre a formação econômica do pais, daí a importância da leitura de textos diversos para a formação do senso crítico, principalmente, dos estudantes de economia.

O primeiro autor e texto sugeridos são Argemiro J Brum e “O Modelo Econômico Primário-Exportador (1500-1930)”. O texto em questão é o segundo capítulo do livro “O Desenvolvimento Econômico Brasileiro”, 19a edição, de 1998. A análise feita por Argemiro sobre o periodo colonial enfatiza o potencial industrial que o Brasil possuía, bem como influência positiva e negativa que Portugal teve na formação do país. Ele enfatizou bem a questão do potencial brasileiro para aspectos de crescimento econômico, pois as suas terras e produtos poderiam ser facilmente comercializados, constituindo uma nação independente e romissora.

Mas a ocupação das terras brasileiras pelos portugueses deu-se pelo processo de colonização por exploração. “O Brasil foi considerado como uma grande empresa extrativa, integrada na engrenagem do sistema mercantilista, explorada em função da metrópole e destinada a fornecer produtos primários para abastecer os centros econômicos da Europa. A preocupação central de Portugal consistia, em ultima analise, na exploração das riquezas da terra e na sua remessa aos mercados europeus. Quando o autor aborda os aspectos relevantes do legado português, o que como ele expressa, um legado bastante ositivo, observa-se uma análise positivista da metrópole em relação a colônia do Brasil. Por mais que nenhum fato seja de todo positivo ou negativo e em qualquer situação haja sempre um aprendizado a ser levado em consideração, o tratamento que po 22 em qualquer situação haja sempre um aprendizado a ser levado em consideração, o tratamento que Portugal teve com o Brasil foi completamente egoísta e mal formulado em relação a futuros progressos até para a própria nação.

As atitudes tomadas por Portugal, em muitos casos, não eram condizentes com o projeto de expansão. Não interessava ao portugueses um rogresso paralelo com o Brasil e a exploração feita no país fo devastadora. A história do Brasil está vinculada aos planos que Portugal traçou desde o seu surgimento, talvez por isso a nação brasileira teria muito o que agradecer aos portugueses. Mas não concordo com tal situação, visto que os aspectos da formação do Brasil poderiam ser bem mais concretos e independentes. Apesar de tudo, Portugal transmitiu um legado bastante positivo. Não só defendeu a colônia da cobiça de outras potências poderosas (franceses e holandeses… ), mas também conseguiu anular o Tratado de Tordesilhas e triplicar o território. O Brasil oi a mais rica colônia do mundo no passado e hoje é o país tropical mais desenvolvido. Somos o único país de dimensões continentais no mundo, onde todos os habitantes se entendem falando a mesma língua.

Transplantou plantas para outras terras e introduziu outras, como a cana-de-açucar e o café, que se tornaram importantes riquezas econômicas. O espírito de tolerância português, aliado à necessidadede defender e povoar um vasto território, possibilitou ampla mestiçagem e um grau razoável de convivência, sem atritos étnico-culturais profundos e violentos (caso único no mundo) — além de outras contribuições. Argemiro ainda comenta sobre os CICIOS e subciclos econômicos. Segundo ele, o ciclo econômico pode ser defin ainda comenta sobre os ciclos e subciclos econômicos.

Segundo ele, o ciclo econômico pode ser definido como o período em que determinado produto, beneficiando-se da conjuntura favorável do momento, se constitui no centro dinâmico da economia, atraindo as forças econômicas – capitais e mão-de-obra – e provocando mudanças em todos os outros principais setores da sociedade, como na criação de novas atividades, no uso de equipamentos, na distribuição das rendas, na constituição das classes sociais ou rações de classe, com o declino de uma e ascensão de outras. m ciclo propriamente supõe três fases sucessivas: o inicio da expansão, o auge e a decadência acentuada tendente ao desaparecimento. Em sua abordagem sobre os ciclos econômicos, o autor escreve sobre as etapas de crescimento econômico, momentos e produtos brasileiros que, de certa forma, movimentaram o cenário econômico da época.

A extração do pau-brasil, o escambo com os indios, a introdução do gado na ocupação de extensas áreas do interior, o ciclo do ouro, período em que os cofres de Portugal ficaram cheios ao mesmo tempo que vazios (a ambição e Portugal não tinha bases de sustentação, onde o supérfluo era a meta), o açúcar, que segundo autor, foi uma riqueza criada pelos portugueses na colônia, fumo, algodão, diamante e outros ciclos e riquezas pertencentes ao Brasil. Tratava-se ainda de uma economia visceralmente vulnerável, baseada na produção e exportação de alguns produtos não- essenciais (açúcar e café, principalmente), o que nos valia o apelido de ‘país da sobremesa’. ” Em relação a evolução social, acredito que o caráter integracionista que o autor afirma ter a formação cultural brasileira, é um tanto genera 4 22 aráter integracionista que o autor afirma ter a formação cultural brasileira, é um tanto generalizador. Hoje formamos uma nação múltipla, com características diversas de raça, mas em contrapartida, somos um povo único.

O autor afirma que “trazemos a marca da integração, não da segregação” e coloca o homem português como tolerante e aventureiro em suas relaçoes sexuais. Apesar de enriquecer culturalmente, a introdução de costumes de outras nações pode acarretar na aculturação, que não acredito ser uma coisa completamente positiva. A formação étnico- cultural brasileira foi melhor abordada pelo texto de Zuleika Alvim “Imigrantes: a vida privada dos pobres do campo”, que será comentado adiante, seguindo uma ordem de autores, mas merece uma chamada para essa discussão.

Acredito que a mistura de costumes e culturas acarreta numa perda de valores, ficando a nova estrutura cultural solta no espaço da nova terra. Adaptar-se ao novo e diferente não é tarefa tão fácil. Zuleika Alvim comenta: “Pouco se sabe dos diversos atritos entre colonos de nacionalidades diferentes convivendo no mesmo espaço, como no caso das fazendas de São Paulo, e menos ainda das relações estabelecidas entre imigrantes, negros, caboclos e obretudo Índios — os habitantes antigos. É muito fácil notar que o Brasil é formado por uma mistura de raças e culturas, mas dizer que havia uma unidade nacional ou uma integração racial é contraditório até na superioridade de umas em relação as outras. As relações mantidas durante o período colonial são as bases da nossa formação étnica, mas acho interessante analisar, como Zuleika fez no seu texto, as relações no seu contexto íntimo. A Revolução Industrial desencadeou prof no seu texto, as relações no seu contexto intimo.

A Revolução Industrial desencadeou profundas transformações conômicas, sociais, politicas e culturais na Europa, alterando substancialmente a fisionomia das sociedades européias. Argemiro J Brum analisa que essa emancipação politica, no Brasil, foi lenta e durante muito tempo ainda permaneceu a estrutura colonial. “No Brasil, romanticamente, tentou-se transplantar as idéias políticas liberais mais avançadas, que expressavam a ideologia da burguesia em ascensão na Europa, mas conservaram-se as estruturas coloniais: latifúndio, monocultura, escravidão, patriarcalismo, produção primaria voltada à exportação etc.

No Brasil, ao contrário, a Revolução Industrial ainda não havia hegado. Não havia indústria e, portanto, nem burguesia nem proletariado. As condições eram distintas. E os resultados também o foram. ” No texto de Argemiro J. Brum, diverge em alguns pontos, mas a síntese de haver uma característica pessoal em cada autor, abrindo o espaço para questionamentos e esclarecimentos posteriores foi a substância da leitura. Abordei pontos que serão comuns em todos os textos, como um direcionamento pessoal.

O texto de José Luís Fragoso, retirado do livro ‘Os Modelos explicativos da Economia Colonial”, tem uma ênfase na estrutura econômica do modelo colonial. Logo no início o autor afirma que de todos os modelos explicativos do funcionamento da economia colonial brasileira, o de Caio Prado Júnior é o que fincou raízes mais profundas. Isso nos leva a observar que esse trabalho foi fruto de uma pesquisa aprofundada sobre a economia colonial. Na realidade, toda publicação exige uma base, fundamentação e pesquisa, mas esse texto em pa 6 OF22 colonial.

Na realidade, toda publicação exige uma base, fundamentação e pesquisa, mas esse texto em particular, possui elementos comparativos, dados estatísticos que nos levam a uma análise mais informativa. ? interessante observar desde então que os autores utilizam faixas de tempo distintas em suas análises. Apesar da economia colonial ter sido baseada no latifúndio, monocultura, escravidão, patriarcalismo e produção primária voltada para exportação, como explicitou Argemiro J.

Brum, temos vários outros elementos intrínsecos que devem ser levados em consideração. ragoso aborda a questão do mercado interno do período colonial, que apesar de ser considerado improdutivo, existia. Claro que a metrópole não estava Interessada em concorrer com a colônia, logo acabava com qualquer manifestação de esenvolvimento do comércio interno. “Deste modo, apesar de ser uma empresa especializada, a agroexportação não teria gerado um mercado Interno significativo e nem, portanto, setores produtivos coloniais ligados a seu abastecimento.

A exemplo de Caio Prado Júnior, Celso Furtado afirma que a grande exceção seria dada à pecuária (abastecimento de carne e de animais de tiro). Atividade que voltada para o mercado interno, teria um grande desenvolvimento no interior da economia colonial. Os setores ligados ao abastecimento interno, por sua vez, teriam alguns traços peculiares. De Inicio eles não se assentavam majoritariamente a escravidão, e grande parte de sua produção se destinava à auto-subsistência.

E isto tinha dois resultados: 1 – A natureza não-escravista e náo-mercantil desses setores permitia-lhes resistir a fases negativas do mercado (queda de preços), já que a sua reproduçã preços), já que a sua reprodução não dependia inteiramente da mercantilização de sua produção. 2 – Por outro lado, esta mesma natureza nao-mercantil dos setores ligados a atividades não-exportadoras os impedia de criar, por si próprios, uma circulação de mercadorias e de moedas.

As comparações textuais, de abordagem de cada autor, nos permite estudar a situação econômica no seu choque de idéias e suposições. Se cada autor imprime a sua forma de pensamento a respeito de assuntos históricos ou atuais, é interessante notar a pesquisa e análise de João Luís Fragoso. Os elementos determinantes usados no texto são comparativos, podendo-se tirar, a grosso modo, como disse o autor, conclusões sobre a estrutura econômica colonial.

Segundo Fragoso, as produções coloniais eram voltadas para o mercado internacional – internamente, estas se assentariam no trabalho scravo (reproduzido externamente via trafico atlântico) e na hegemonia de uma classe senhorial; a transferência e apropriação de parte do sobretrabalho colonial pelo capital mercantil metropolitano, que controlaria assim o ritmo de reprodução da economia colonial; A economia colonial estaria desprovida de flutuações econômicas próprias, estas seriam determinadas pelas conjunturas do mercado internacional, das economias aí dominantes; Em nível microeconômico, a unidade de produção colonial se reproduziria, em grande medida, ? margem do mercado; e como decorrência destes traços, teríamos impossibilidade de um mercado interno colonial e, portanto, de acumulações endógenas coloniais dele derivadas. Essas conclusões foram resultado de revisões e pesquisas recentes coloniais dele derivadas. recentes, analisadas por Fragoso. Quando ao autor fala sobre a acumulação primitiva de capital, o sistema colonial e o caso da sociedade portuguesa, podemos grifar as interpretações acerca das relações entre a economia colonial brasileira e a metrópole portuguesa.

Ele também mostra a impropriedade do uso dos termos “capitalismo comercial”, por já ser o capitalismo, por efinição, um sistema mercantil; e “o papel da empresa colonial para a acumulação prévia”, visto a incongruência de se considerar capitalista a Europa de transição, alem da excessiva ênfase da colonização enquanto mecanismo de acumulação. Segundo ele, se a economia tinha por objetivo propiciar a acumulação prévia na metrópole, não foi esse o seu papel em Portugal, que no século WIII, tinha predominância um mundo agrário, em principio típico do Antigo Regime, onde a aristocracia detêm metade das terras, e seus pares eclesiásticos outro terço. “Além disso, a forte presença estatal na atividade econômica nsejava a emergência de uma contradição: por depender do imposto sobre as atividades econômicas, sua prosperidade se assentava no crescimento destas.

Ao atuar como empresário, o Estado restringia a sua própria capacidade de captação de impostos, isto sem contar a decorrente inibição de uma acumulação mercantil privada. Por ultimo, o destino dado pelo Estado às rendas provenientes do trafico marítimo pode ser ilustrado pelas despesas extraordinárias realizadas pelas finanças publicas entre 1 522 e 1543. nada menos do que 42% destas se destinavam ao custeio de cerimônias matrimoniais da família rela a presentes principescos, pe ao custeio de cerimônias matrimoniais da familia rela e a presentes principescos, percentagem maior do que a investida na proteção militar das colônias. ” Mais do que dizer que o legado português foi extremamente positivo, Fragoso observou os pontos fracos que a metrópole tinha.

A imposição de modelos arcaicos e de exploração são frutos de uma inexperiência mercantil, já que o destino dado as riquezas daqui retiradas na condiziam com a expansão comercial da metrópole. Portugal havia adquirido uma riqueza colonial, singular situação, tratando-se do primeiro Estado nacional uropeu, da economia pioneira na expansão marítima do século XV, que, por conseguinte, conheceu muito precocemente o desenvolvimento do capital mercantil. Essa reinterpretação do sistema do comércio português atlântico implica a necessidadede se revisitar o funcionamento da economia colonial por ele gerada. O autor comenta os modelos da economia colonial e o periodo de 1790-1830.

Com um trecho de Caio Prado Júnior, ilustra a relação metrópole e colônia: “O resultado dessa política, reduzindo o Brasil à simples situação de produtor de alguns gêneros destinados ao comercio nternacional, acabou por se identificar a tal ponto com sua vida, que já não se apoiava unicamente em nossa subordinação de colônia, já não derivava apenas da administração do Reino. Tanto não era apenas o regime de colônia que artificialmente mantinha tal situação (econômica brasileira colonial), que , abolido ele com a Independência, vemo-lo perpetuar-se. O Brasil não sairia tão cedo, embora nação soberana, de seu estatuto colonial a outros respeitos, e em que o ‘sete de setembro’ nao tocou. A situação de fato, sob o regime colonial, correspo 0 DF 22

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