Mario cravo neto

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INTRODUÇÃO Considerado pela crítica entre os artistas brasileiros mais influentes de seu tempo, as fotografias em preto e branco e as coloridas de Cravo Neto contêm características formais e espirituais associadas ao candomblé, à prática afro-brasileira que remanesce como parte essencial do tecido cultural da Bahia nos dias de hoje. As fotografias de Cravo Neto são distinguidas por imagens elegantes em cor e contraste vívidos que sugerem as manifestações das divindades do candomblé e da vida nas ruas da Bahia.

Ao contrario do carnaval do Rio de Janeiro, o carnaval da Bahia é celebrado de um modo bem diferente, pois constitui ma parte integrante da cidade de hoje, que se demonstra central aos interesses de Cravo Neto. Nas obras do artista baiano, há a cumplicidade af profundo conhecime imagens que combin emocional. Conhecid retratar a religiosidad PACE 1 orig Sv. i* to next*ge rafado.

Por seu ata, lhe permite criar a uma forte carga m que consegue ografia jamais deve ser vista como mera maestria t cnica, mas como veiculo utilizado para materializar idéias, visões e arranjos da realidade. “Um dos criadores de uma forma de olhar a Bahia e o seu povo, é uma Salvador colorida, pulsante, comandada pelas forças do Candomblé, dos rituais do axé da poluição sonora e visual. Cravo Neto a respeito de seu trabalho relata: “Eu creio que a fotografia me cham to page chamou há muitos anos atrás quando eu era menino ainda, mais ou menos quando tinha 15 anos de idade, na década de 60, no Rio vermelho, num momento que eu ainda jovenzinho via fotógrafos que vinham do exterior para cá e outros do sul do pais, alguns baianos e esse contato direto com esses personagens, fotógrafos que passavam por aqui pela cidade, foi me dando um certo tipo de pano de fundo de como eu deveria criar as coisas que eu queria expressar.

Fernando da Rocha Peres, 2008, diz sobre Mário Cravo: “O olhar de Mario Cravo Neto é uma mistura de pacto cultural e critica social, é o olhar de quem valoriza a importância das manifestações culturais afro-baianos na constituição simbóllca do nosso estado, mas também denuncia os retratos em cores a miséria do pelourinho. ” “A obra de Mariozinho capta misticismo com a sensibilidade áspera, excepcional e assustadora. ( Valdomiro Bezerra, 2008) A obra alinhava nos tempos de hoje essa construção que nasce nos anos 40 através do Pierre Verge e o Durico Tavares, de Caribé, do próprio pai, Mario Cravo Junior, então, é uma espécie de atualização dessa emergência de uma construção chamada da cultura baiana. ” Mariozinho como era conhecido entre os amigos é um mestre para os amantes das artes fotográficas , que foram impactados por suas imagens em preto e branco feitas em estúdio, depois de Pierre Verge Mario Cravo Neto é o nome mais reconhecido da fotografia produzida na Bahia.

MARIO CRAVO NETO Mestre da suavização das superffcies, Mario Cravo Neto faz a dureza física da luz CRAVO NETO Mestre da suavização das superf(cies, Mario Cravo Neto faz dureza física da luz de Salvador passar pelo filtro da doçura espiritual que anima a cidade. O horizonte contundente do mar, as alvenarias ásperas, as pedras brilhantes e as personalidades espalhafatosas — todas essas maravilhas exageradas da Bahia – são como que cobertas por uma bruma invisível que as domésticas para que o melhor possamos nos aproximar de sua verdade estridente. ? que, aqui, ele viu tudo e todos deste dentro, subjetivamente, antes de pôr-se na condição de operador de uma objetiva. O valor documental e poético do seu trabalho reside nessa capacidade de despejar o espírito sobre as matérias; não elas escolhas de situações e pessoas — escolhas que também são sempre densas de poesia e informação – mas principalmente pela transformação da qualidade dessa mesma matéria.

O fato é que ninguém poderia fazer um livro ao mesmo tempo tao deslumbrante e tão elucidativo sobre a cidade de Salvador quanto ele. Sente-se o amor com que ele toca cada parede, cada grão de areia, cada ruga, cada mente desta cidade: tudo é acariciado por sua serena espera de luz. Ao ver as imagens que Mariozinho compõe com o visível e o invisível de Salvador,nós baianos nos sentimos mais bonitos – salvos – e os forasteiros aprenderão a elhor nos admirar, nos compreender, nos perdoar.

Caetano Veloso Mario Cravo Neto nasce aos vinte dias do mês de Abril de 1 947 na cidade de Salvador, Bahia, onde no ano de 2009, exatos 09 de agosto, faleceu, após uma enfermidade prolongada e Bahia, onde no ano de 2009, exatos 09 de agosto, faleceu, após uma enfermidade prolongada e uma batalha contra o câncer, mas o seu legado artístico continuará sendo sempre o trabalho de um dos grandes artistas contemporâneos. Aos 17 anos, muda-se para Alemanha, quando seu pai, o então conhecido Mario Cravo Jr. participa do programa Artists in Residence, em Berlim. durante ste período que Cravo Neto, dá inicio as suas experiências com escultura e fotografia. Retorna ao Brasil em 1965, e é premiado na I Bienal Plásticas da Bahia e, naquele mesmo ano, faz sua primeira exposição individual. Entre os anos de 1968 e 1970, morou em Nova lorque e estudou na Art Student League, sob a orientação do artista plástico Jack Krueger.

No ano de 1 970 publica sua primeira fotografia fora do Brasil no catálogo da exposição Information, no Museu de Arte Moderna de Nova lorque, ainda em Nova lorque produz uma sérire de fotografias em cores intitulada On the Subway, publicada na revista Câmara 35, e otografias em preto e branco que abordam o aspectos de solidão humana na grande metrópole. Cravo Neto com apenas 17 anos já havia ganhado o Prêmio de Escultura da I Bienal de Artes plásticas da Bahia.

Mas ainda era pouco do que ele ainda tinha em dizer, a partir de então empunhou uma câmara fotográfica e passa a retratar o homem baiano, o qual se encontrava próximo a sua vida. Muito atento aos acontecimentos mundiais Cravo Neto experimenta também, o vídeo, e em 1991 junto a Guerra do Golfo, montou um v[deo nomeado de GW41 – Persian Gulf. Cravo neto vídeo, e em 1991 junto a Guerra do Golfo, montou um vídeo omeado de GW41 – p ersian Gulf.

Cravo neto não gosta de estabelecer e nem de definir metas. Em seu estúdio no Soho que desenvolve, paralelamente à fotografia, as esculturas em acrílico baseadas no processo do “terrarium”, envolvendo o crescimento de plantas vivas em ambientes fechados. Apresenta pela primeira vez na XI Bienal Internacional de São Paulo, em 1971, em sala especial, a instalação das esculturas vivas produzidas em Nova York, das quais recebe o Prêmio de Escultura Governador do Estado de São Paulo.

Entre os anos de 1971 a 1974, dedica- se à criação de projetos “em sitio” conhecido como “land art”, nterferindo diretamente na natureza do sertão baiano e no perímetro urbano de sua cidade natal. Com a documentação sistemática desses trabalhos há presença da intimidade com a linguagem cinematográfica. Sua curiosidade o leva a experimentar também o cinema, que nesse contexto realiza diversos curtas-metragens e, em 1976, recebe o Prêmio Nacional da Embrafilme, pela direção de fotografia do longa-metragem Ubirajara, do diretor André Luis Oliveira.

No período de um ano Cravo Neto é forçado a permanecer com ambas as pernas Imobillzadas, em razão de um acidente automobilístico, em 31 de março de 1975. Esta fato, não interrompe sua produção. Neste tempo trabalha em maquetes de seus projetos tridimensionais e volta a sua atenção para o retrato em estúdio. Surge assim um trabalho único, autoral, no qual cria, a partir da integração que promove entre personagem e objeto único, autoral, no qual cria, a partir da integração que promove entre personagem e objeto, o que podemos chamar de fotografias-esculturas em preto-ebranco.

Spode-se destcar dessa fase o Ninho de Fiberglass, 1977, e Câmaras Queimadas, 1977, criações emblemáticas, expostas simultaneamente nas XIV e XVII Bienal Internacional de São Paulo. Nas palavras de Lefingwell, “0 elo principal dentre os projetos citados, as instalações que se seguiram e as fotografias que o tornaram conhecido, foi a apresentação de um translúcido ninho feito com filamentos de fiberglass, catados por algum arquiteto desconhecido: uma ave da vizinhança de seu estúdio na Cidade do Salvador.

Algum tempo antes da publicação do The Eternal Novv, as fotografias em preto-e-branco são mostradas em diversas exposições e editadas em vários livros e catálogos. Das várias exposições, destacam-se: em 1988, Pallazo Fortuny, Veneza; em 1992, Witkin Gallery, Nova orque e Houston FotoFest, Houston; em 1 995, Museu de Arte de São Paulo, São Paulo; em 1998, Fahey Klein Gallery, Los Angeles e Photo Espana, Real Jard[n Botânico de Madrid, quando o artista mostrou impressões fotográficas em grande formato, expostas ao ar livre.

Em 1994 Cravo Neto publica Edition Stemmle, Zürich, que acompanha uma exposição individual no Frankfurter Kunstverein, Frankfurt, este era seu prmeiro livro com fotografias em preto-e-branco editado fora do Brasil. Já no ano de 2000 faz uma viagem até à Dinamarca a convite de Tove Thage, diretora do Nationalhistoriske Museum pá Frederiksborg, Hillerad, para f PAGF Ig Dinamarca a convite de Tove Thage, diretora do Nationalhistoriske Museum pá Frederiksborg, Hillerad, para fotografar os mais importantes coreógrafos e bailarinos do Danish Royal Ballet, onde realizaria uma exposlção no mesmo museu.

Respectivamente à produção em estúdio, Cravo Neto vive e retrata em cores sua cidade, Salvador, terra do sangue misturado, onde convivem santos católicos e deuses da África, ou seja, a cidade do São Salvador da Baía de Todos os Santos, território único e farto que instigava o artista e se faz como tema de sete dos seus livros, publicados entre os anos de 1 980 e 2000. Desses ivros, os mais significativos são: Cravo, Áries Editora, 1 983, “Mario Cravo Júnior visto por Mario Cravo Neto representa uma realização plástica e interpretativa das mais sensíveis como livro de fotografia de esculturas. (MC]); Exvoto, Áries Editora, Salvador, 1986, Ilvro que retrata os ex-votos do sertão baiano, objetos oferecidos aos santos em gratidão a graças alcançadas; Salvador, Áries Editora, Salvador, 1999, íntimo retrato de sua cidade e Laroyé, Áries Editora, Salvador, 2000, onde Exu é o cenário encarnado nos corpos em movimento, livro oferenda ao polêmico personagem mítico da cultura africana. Esú, baia do corpo, navio solitário, atracado em todos nós. ” (MCN) Algumas viagens marcam especialmente a produção de Cravo Neto, gerando um livro ou uma mostra, ou anda, fazendo conexões entre o mundo interior e exterior.

Como por exemplo a experiência por qual passou, onde permaneceu cerca de um mês exterior. Como por exemplo a experiência por qual passou, onde permaneceu cerca de um mês a bordo de um navio-hospital da Marinha do Brasil no rio Solimões, Amazônia em 1990, ou ainda sua ida a Luanda, Angola, para produzlr as fotografias do livro Angola e a Expressão da sua Cultura Material, FEO, Salvador, 1991, nde pode entrar em contato com o acewo do Museu Nacional de Antropologia de Angola, estes certamente fazem parte do percurso que o levou, em 1998, ao interior dos terreiros. ? a partir desse período que Cravo Neto se aproxima do culto afro-baiano e, por sete anos consecutivos, dedicou-se a fotografar e gravar em vídeo a vida e os rituais do culto, em particular do terreiro “Ilé Àse Ópó Aganju”. Dessa fase o artista publioua três livros, em todos pode-se notar o uso da composição mista de imagens em cor e em preto-e-branco para abordar, com a densidade de um iniciado, a religiosidade afro-baiana.

No ano de 2003, apresenta a instalação e o livro Na Terra Sob Meus Pés, CC3B — Rio de Janeiro, em 2004, livro e instalação integram a mostra Black Gods in Exile de Pierre Verger no Dahlen Ethnologisches Museum, Berlin. E o seu mais recente de seus livroa, O Tigre do Dahomey A Serpente de Whydah, Salvador, 2004, editado por ocasião da mostra de inauguração do novo espaço da Paulo Darzé Galeria de Arte, Salvador, e posteriormente exibido no Museu Afro-Brasil, São Paulo, em 2005.

Exposição esta que trazia consigo a mensagem de Sóren Kierkegaard ‘Viver é sentirse perdido”, foi certamente o sentimento dos que visitaram Kierkegaard “Viver é sentirse perdido”, foi certamente o sentimento dos que visitaram a video-instalação “Somewhere Over The Rainbow — La Mer,” 2005, a qual consistia em imagens das águas do mar projetadas nas paredes dos 400m2 da sala principal do Museu de Arte Moderna da Bahia, antigo engenho de açúcar do século XVI, construído por escravos negros em cima da Baía de Todos os Santos.

Transitando em águas profundas do mundo criativo, do inconsciente, Mario Cravo Neto produz uma obra e expressa a cultura de sua terra. Mario Cravo Neto foi treinado em artes como escultor, atraindo maior atenção nos nos 80, com instalações, mesmo sem recursos fotográficos, nas quais ele justapunha coisas animadas com inanimadas em vanadas relações umas com as outras. A energia que toma forma em suas fotos tem suas raízes no mito. É a expressão de um estado de espirito pertencente, devemos reconhecer, ? uma percepção religiosa do mundo.

As fotos estão embebidas no exotismo da cultura Afrobrasileira e, elas refletem ao mesmo tempo a magia tribal xamanista e a sensibilidade barroca da cultura Portuguesa no Brasil, no qual o culto negro religioso importado da África se uniu. O fotógrafo foca o essencial; corpos partes de corpos; objetos primários de um mundo conhecido por todos. Desta forma ele comunica a natureza essencial de coisas e seres humanos assim como suas relações de um para o outro. Cravo Neto traz o observador muito perto de si.

Os objetos aproximam-se do observador saídos de sua própria penumbra ou, se afundam nela. Corpos e faces – p ou, se afundam nela. Corpos e faces – particular atenção é dada à cabeça, a sede do espírito – mas também orifícios como as orelhas, bocas e olhos, os quais representam sentidos funcionais e simbólicos, parecem ser intuídos. Os objetos bidimensionais irtualmente pedem para ser tocados. O artista intensifica a densidade, beleza e qualidade dos materiais através do uso de detalhes e uma luz dramática.

Isso fica evidente no caso dos galhos que saem de uma boca como um grito e pode ser visto também nos músculos de uma pessoa curvada, enfatizados pela concentração e isolamento, nas penas brancas colocadas em contraste brilhante com a pele negra e nos peixes pendurados, pesadamente, sobre as costas de um homem. Tais qualidades táteis são engrandecidas pelos elementos de tensão, energia e concentração. Figura 1 – África III gelatina / prata tonalizada – Mario Cravo Neto Disponível em: < http:'TAww. coIecaopirelIimasp. art. r/autores/4 'obra/ 176 > Figura 2 – Pedro com Dois Cachorros, 1989 – Mario Cravo Neto. Disponivel em: < http://'W. 'w. colecaopirellimasp. art. br/autores/4 'obra/ 171 > Freqüentemente a dualidade entre objetos inanimados e representantes do mundo animado é sublinhada. A identidade do sujeito é sempre obscurecida por algo – uma pedra, uma tartaruga, um pássaro, um ídolo Africano diante de suas cabeças. O trabalho nunca sugere alienação facial, mas sim o oposto. uma sublime união do homem e natureza. E estes objetos podem ser vistos num contexto arc

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