O minimalismo na literatura.

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Como David Britling dizia numa análise feita ao meu livro em Londres, afirmando que a cultura inglesa não podia ter uma visão da narrativa poética ao estilo de “Internet – no voo para o abismo”, ou de um escritor como Gabriel Garcia Marquez ou mesmo do escritor Brasileiro Jorge Amado, pois ” o Inglês é uma lingua em que a modernidade e o minimalismo tem comprimido maciçamente. Como resultado, o ouvido de quem fala Inglês foi treinado para assumir, implica “preencher os espaços em branco”, como diria John Updike.

Pensar nos modificadores como os espaços em branco… ” A literatura minimalista é caracterizada pela economia de alavras, evitando advérbios e preferindo estender o tapete dos contextos em vez dos significados, deixando ao leitor a possibilidade de interpretar o texto de qualquer forma, ao agrado de cada mente ou imaginação, dando “dicas” ou insinuações, em vez de representações descritivas directas, levando a que os personagens das histórias sejam banais, comuns, sem expressão ou “rosto”.

Em 1995 Noan Chamosky lança um programa de “pesquisa linguística minimalista”, chamado “programa Minimalista”dispensando todos os elementos “não necessários” (como é subjectivo), gramatical,lexical e teórico que ão seja indispensável para a criação de sentenças. Mais tarde chegou se ao extremo de exigir que na sintaxe se coloquem apenas os itens lexicais e funcionais. Assim, “quando” e “quem” se passaria a escrever “QIJ”, assumindo a possibilidade de uma operação que produz uma cópia dos itens lexicais to vien disponveis e reduzindo a linguagem quase a um sistema de Copia e Cola que hoje é paradigma da informática.

No Brasil tem crescido a produção de mini-contos / micro-contos (género associado ao minimalismo) tendo a obra Ah, é? sido considerada em 1994 uma obra-prima do estilo minimalista mas de curta duração… Hoje Ignora-se a disposição das palavras nas frases, das frases no discurso, incluindo a sua relação lógica entre as múltiplas combinações possíveis para transmitir um significado completo e compreens[vel e à mais completa inobservância das regras de sintaxe (vulgarmente chamado de solecismo).

A capacidade criativa do escritor fica reduzida, a sua visão pessoal de uma paisagem obliterada por uma exposição que induza a que as cores e os traços sejam exteriores ao processo criativo, fazendo-me lembrar uma editora que queria que eu produzisse micro-contos para a elaboração de um “Casino Literário” onde ão se jogaria com dinheiro, mas sim com palavras !.. esses contos seriam introduzidos em máquinas de “jogar” e pagos pelos utilizadores dessas máquinas. Obviamente recusei!..

Entrei em lugares onde se declara publicamente que já nao é preciso ler, que a leitura em nada contribui na nossa formação para que se possa ser um bom escritor, escutei pessoas afirmar que é legítimo que as pessoas cometam plágio como um modo de enriquecerem a sua visão da sua concepção literária. Curiosamente esta postura surge numa sociedade em que o homem mais imoral, mas bem sucedido financeiramente, é plaudido pela sociedade agorafóbica* em que vivemos, tudo agora! tudo já! .. o imediatismo e visão “light” da pela sociedade agorafóbica* em que vivemos, tudo agora! udo já! .. o imediatismo e visão “light” da vida onde a felicidade é confundida com posse de bens materiais. Para combater essa visão minimalista na comunicação há que recordar aqui que os primeiros seres humanos eram na verdade os seus maiores e mais leais adeptos, pois a linguagem (já não falo na escrita) era apenas uma sucessão de grunhidos que eram canalizados através da função esfincteriana esofagica que mais ão era do que um orgão originariamente destinado a suportar o processo de deglutição alimentar.

Antigamente um escritor precisava de ter uma cultura vasta, um processo moroso de sedimentação do conhecimento que muitas vezes levava 30 a 40 anos, hoje tal não é necessário, as ferramentas disponíveis transformam o homem mais inculto num escritor bem sucedido desde que escolha temas adequados à sua formação limitada; como o escandalo, zombies ou casamentos interestelares ou galácticos, mas quando se trata de escrever uma narrativa poético l’ conceptual af as coisas começam a doer ois não existem ferramentas nem computadores que façam o trabalho. felizmente o mercado está dominado por editoras que nada mais são do que máquinas de fazer dinheiro, “casinos literários” onde se paga para entrar. Elas dizem ao autor que o texto tem de ser alterado se o desejar publicar e este adultera a sua produção para ver o seu livro nas livrarias.

Infelizmente eu vejo que o panorama da literatura está a sofrer esta pressão de uma sociedade pouco virada para a cultura e mais ligada ao consumo de “hamburgers” e de “chiclete para os olhos”, a 3 virada para a cultura e mais ligada ao consumo de “hamburgers” de “chiclete para os olhos” , não se procura no livro o conceito que leva o período estrutural da construção sintáctica de uma frase à mente, mas antes se procura dar uma sucessão de palavras que não precisa de ser processada no cérebro, uma imagem, obliterando completamente a capacidade criativa do autor, reduzindo a comunicação a um mundo de estímulos e sensações leves, para quê pensar?… “Como o campo de lavanda que se alongava na sua frente, libertando aromas delicados nos seus sentidos apurados sem horizonte visível. um minimalista escreveria aproximadamente (não domino a rte); ‘ Campo de lavanda. aromas. Sentidos apurados. Horizonte.. ” Penso que o minimalismo não poupa em pontos finais seguidos de maiúsculas.. Qto. + pq – vsvl. Obg. Tds. Ltrs. M. Cpts. Nota do (agora+fobia)- termo inventado pelo autor na sua obra ” Internet no voo para o abismo”. Negar o minimalismo, não significa mudar a plasticidade da língua e a sua adaptação aos tempos e culturas, o exemplo vivo disso é o enriquecimento da língua portuguesa com a sua diversificação não apenas no Brasil, mas em outras regiões como Angola, Cabo- Verde, índia, China (Macau e, S. Tomé e Príncipe e 4DF4

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