Sociologia rural

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Sociologia rural UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIENCIAS – FFCH PROGRAMA DL POS-GRADUAÇAO EM SOCIAIS Conhecimentos e Técnicas a Serviça da Sociedade? uma análise do papel de in… Segurança e saúde na mineração MÉTODOS DE POLARIZAÇÃO INDUZIDA (IP) Dais tipos de medição. m diferentes frequências, são normalmente feitas: I) EFEITO PERCENTUAL OF FREQUÊNCIA (PFF) – pl PIO Onde por I e PIO são as resistivi„, crisalinos A Estrutura de Sólidos Cristalinos São pequenas grupos de átomos que formam um padraa repetitivo Lima célula unitária é escolhida para representar a imetria da estrutura cristallna, ela conslste na unidade estrutural bâslca ou bl_. Mineracao Aloisio Pedro Marchetti Filho Raul Soares de Camargo Neto SELEÇÃO DE PFNFIRAS PARA INDÚSTRIA MINERAÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Engenharia de Sorocaba – FR_. Analise de cenarios 3 ANALISE DE CENARIOS A técnica de análise de cenários vem percorrendo um longo camlnho desde a década era usada pelos mllltares na segunda guerra mundial. os quais construíram cenários para visualizar o sucesso das in…

Orgãos sociais Órgãos Sociais uma companhia como titular de direitos e obrigações, tem a ecessidade de expressar a sua vontade na mundo jurídico. São os Orgãas Sociais que manifestam a da companhia é um Teste UMA ABORDAGEM nos TFSTFS NÃO-PARAMFTRlcos COM EXCEL Arthur Alexandre Hackbarth Neta, Esp_ FORB – universidade Regional de intermediação de iniciativas de desenvolvimento. A preocupação com a utilidade social das ciências é um fenômeno cada vez mais marcante na agenda política e educacional da Academia.

Embora não seja recente o envolvimento de universidades públicas com a formulação, execução e avaliação de ações de intervenção ocial, seja na condição de agente responsável e propositar, seja na condição de agente colaborador, a inclusão do denominado “compromisso social do conhecimento” nos currículos e programas pedagógicos de cursos privados de terceiro grau ganhou força na última década, ampliando os espaços de práticas e reflexões sobre a utilidade pública dos conhecimentos científicos e técnicos.

Tais rumos no âmbito das universidades, além de acompanhar o contexto polítlco-institucional do pais, guardam ligação com movimentos no campo do conhecimento cientifico, que vive um momento de crise do paradigma radicional da ciência moderna (SANTOS, 2003). De acordo com este autor, a ciência moderna teria se constituído rompendo com o senso comum e dele distanciando-se.

Estaria em curso, no entanto, um movimento de reaproximação entre ciência e senso comum e entre os diversos setores da sociedade com seus saberes, o que tende a produzir uma ciência mais democrática e próxima das necessidades da sociedade e, ao mesmo tempo, um senso comum mais esclarecido. No entanto, essas frentes de atuação da universidade podem ter como motivação atender a demandas específicas da sociedade, obter ecursos orçamentários adicionais ou promover oportunidades de aprendizagem aos universitários.

Ou, ainda, uma combinação desses e de outros elementos. No campo das relações travadas para o desenvolvimento sócio-territorial, as universidades costumam e PAGF travadas para o desenvolvimento sócio-territorial, as universidades costumam envolver-se em processos com a presença de atores governamentais, empresariais e da sociedade clvi’ organizada. As iniciativas, usualmente, caracterizam-se pela utilização de elementos do discurso participativo em suas metodologias de campo e pelo almejado respeito à diversidade e saberes locais.

A intenção costuma ser a de contribuir para a consolidação de uma cultura política compreendida não somente como legado histórico, mas como prática, resultado de um processo de construção cotidiana por meio da reciprocidade e compartilhamento de significados atribuídos e construídos no campo do imaginário e das representações sociais de grupos e indivíduos (CHAUL 1986, apud COHN, 2005).

Embora haja diversos modos de relação entre universidade e sociedade, neste trabalho, focalizo atenção em iniciativas em que a universidade figura como intermediária entre organizações romotoras e financiadoras de programas ou politicas sociais, por um lado, e setores específicos da população, por outro, no intuito de contribuir para melhores condições de vida dessas pessoas por meio da incorporação de tecnologias associadas à produção familiar.

Assim, este trabalho foi realizado com o objetivo de refletir sobre o papel da Academia diante de questões relacionadas à utilização dos conhecimentos e técnicas científicas em prol do desenvolvimento sócio-econômico de comunidades tradicionais de Pesca e Mariscagem, através da implantação de tecnologias de produção familiar.

Os contextos de análise são projetos de pesquisa e extensão universitária desenvolvidos, no âmbito da política nacional de fomento à maricultura familiar, em comunidades de uma dada região do estado da Bahi PAGF 91 nacional de fomento à maricultura familiar, em comunidades de uma dada região do estado da Bahia, no periodo de 2005 a 2009. A inquietação fundamental que motiva este trabalho é fruto da particlpação direta da autora nas iniciatlvas anallsadas. Foram também consultadas pesquisas a respeito de iniciativas similares e entrevistadas pessoas das comunidades radicionais beneficiárias dos projetos.

A POLITICA NACIONAL DE FOMENTO À MARICULTURA FAMILIAR & AS INICIATIVAS DE INTERVENÇAO DA ACADEMIA Apesar de os fenômenos mais relacionados ao contexto soclal urbano estarem em evidencia, é possível visualizar uma retomada de questões características dos meios rurais brasileiros. A formulação de um conjunto de políticas, sobremaneira em nível federal, em curso na última década transparece a necessidade permanente de se problematizar e refletir sobre as questões do campo.

Assim, políticas retributivas, distributivas e regulatórias FREY, 2000) têm sido pensadas para solucionar problemas que atingem as diversas realidades geográficas, grupos econômicos, produtivos e étnicos que integram o meio rural. parte deste conjunto de políticas, embora formulada pelo Governo Federal, é implementada por meio de parcerias e convênios com organizações não governamentais e outras instituições públicas (FONTE, 2003).

Neste contexto, as universidades exercem importante papel – também em decorrência do histórico de parcerias e articulações com movimentos sociais campesinos – não somente como intermediadoras entre governo e sociedade, as como executoras e responsáveis pela implementação direta de ações que, frequentemente, envolvem o desenvolvimento de conhecimentos científicos e técnicas para a melhoria das condições de vida dos públicos benefi 91 condições de vida dos públicos beneficiários.

A Política Nacional de Fomento à Maricultura Familiar pode ser empregada como um exemplo da utilização dos conhecmentos cientlficos e das formas de atuação das universidades – pesquisa e extensão – como fundamentais para sua implementação.

Tal política, lançada em 2003, no escopo de ações contínuas do Ministério a Pesca e Aquicultura – MPA (extinta Secretaria Nacional de Aquicultura e Pesca – SEAP), apresenta alguns eixos que merecem destaque, quais sejam: a) Planos Locais de Desenvolvimento da Maricultura – PLDM, regulariza e organiza o uso comum dos corpos de água pública; b) Programa de Controle de Moluscos Blvalves – estabelece padrões mínimos de higiene para consumo dos produtos derivados da maricultura, assim como financia equipamentos e infra-estrutura para garantir a qualidade comercial e sanitária dos produtos; c) Edital Anual para pequenos empreendimentos – busca descentralizar ecursos para as entidades de base em comunidades de pescadores e aquicultores artesanais; d) Edital de Pesquisa, em conjunto com o CNPq – fomenta pesquisas para subsidiar a implantação de módulos produtivos de maricultura em comunidades tradicionais de pesca e Mariscagem; e) Articulações interinstitucionais, interministeriais e bilaterais visam a estruturação de editais de financiamento a projetos de intervenção para implantação da maricultura familiar solidária e otimização dos recursos, iniciativas e políticas pré-existentes.

Neste trabalho, a ênfase recai sobre os eixos “d” e “e” da Política Nacional, tendo em vista que a instituição de ensino superior investigada implementou ações de pesquisa e intervenção nessas linhas de s 1 instituição de ensino superior investigada implementou ações de pesquisa e intervenção nessas linhas de ação entre os anos de 2005 e 2009. O campo empírico que constitui a base das observações e reflexões neste trabalho é composto por três iniciativas desenvolvidas pela universidade no período compreendido, denominadas: i) Projeto Experimentar (2005); ii) Projeto Implantando o Futuro (2007); iii) Projeto Aumentando a Rede (2009)1.

Cabe salientar que estas iniciativas foram desenvolvidas no mesmo território pelo mesmo núcleo de pesquisa e financiadas por distintas instituições, mas todas se encontravam circunscritas no escopo da Politica Nacional. O Projeto Experimentar, submetido para financiamento em 2005, porém implementado em 2006, tinha como objetivos a pesquisa de recursos tecnológicos e geração de conhecimento para implantação da maricultura e a contribuição para a melhoria da qualidade de vida de famílias de pescadores (as) e marisqueiros (as) moradores de cinco povoados de uma região do estado da Bahia. Os recursos foram alocados pela SEAP, mas fiscalizados e geridos pelo CNPq.

O Projeto Implantando o Futuro envolveu os mesmos povoados do projeto acima, buscando a implantação de unidades produtivas familiares para geração de trabalho e renda local, tendo como base os conhecimentos e técnicas produzidas no projeto Experimentar. Esta iniciativa foi financiada por uma empresa estatal e desenvolvida entre os anos de 2007 e 2009. O Projeto Aumentando a Rede, financiado e executado em parceria com uma agência multilateral e o MPA, tinha como objetivos, dentre outros, a construção de Todos os nomes foram inventados a fim de evitar a identificação direta dos projetos e instituição. redes de cooperação ent evitar a identificação direta dos projetos e instituição. edes de cooperação entre instituições envolvidas com o fomento da atlvidade de maricultura familiar; o fortalecimento de vínculos associativos e comerciais entre maricultores familiares e a verticalização de questões de gênero nas políticas públicas e projetos em curso. De forma geral, buscou potencializar os projetos anteriores, articulando ações de parceiros e políticas públicas existentes. AS INTERVENÇOES NA “PRATICA” De acordo com relatório da FAO (2000), a aquicultura conflgura- se como uma importante fonte de proteína animal em várias regiões do mundo, tendo, em 1999, alcançado uma produção de, aproximadamente, 38 milhões de toneladas. ? possível afirmar que a adoção de práticas e tecnologias de produção simples pode contribuir para a geração de trabalho e renda de núcleos familiares rurais, a proteção ambiental das águas e ambientes estuarinos/marinhos e, consequentemente, para a segurança alimentar de muitas famaias, beneficiando diversos setores de rodução e de consumo. No Brasil, as atividades mais relevantes no âmbito da aqüicultura estão relacionadas ao cultivo de espécies marinhas (maricultura), especialmente a malacocultura que envolve a produção de moluscos (ostras, mexilhões e vieiras). Esta atividade produziu, em 2000, um total de 12,5 toneladas, segundo dados do Departamento de Pesca. No estado da Bahia, a maricultura, em especial a ostreicultura, tem sido objeto de projetos de pesquisa e extensão no ambiente governamental e acadêmico há, pelo menos, duas décadas.

O território, no ual foram desenvolvidos os projetos em análise, é habitado, mormente, por comunidades tradicionais que estabelecem íntimas relações com a natureza e seus re PAGF 7 íntimas relações com a natureza e seus recursos como meio de reprodução cultural e econômica. Atualmente, parte dessas comunidades “luta”, nos termos locais, com produtos extraídos do mar/mangue, em resposta aos problemas decorrentes de conflitos fundiários e distribuição irregular de terras, enfrentados na extração de recursos da flora nativa. Eé no sentido de reduzir a exploração dos recursos, garantir a segurança alimentar e nstituir uma forma alternativa de renda que a academia propôs a introdução de empreendimentos de maricultura familiar neste território.

Apesar de esse tipo de prática ser relevante para a produção de conhecimentos e para a segurança econômica e alimentar das comunidades envolvidas, sem citar as questões de preocupação ambiental, algumas dificuldades relacionadas com o papel de intervenção da Academia foram recorrentes e comuns às iniciativas, tanto de pesquisa quanto de extensão rural, as quais serão apontadas resumidamente abaixo, e analisadas no próximo tópico deste artigo. ) Dificuldades em cumprir metas físicas Em nenhuma das iniciativas realizadas as equipes alocadas conseguiram alcançar as metas de implantação das quantidades previstas de módulos produtivos de maricultura, sendo instaladas pouco menos de 10% das infra-estruturas orçadas.

Os constrangimentos para realização de tais metas estiveram relacionados diretamente com a fragilidade acadêmica das pesquisas e procedimentos científicos programados e com as limitações encontradas para a articulação entre conhecimentos tradicionais das populações locais e científicos dos técnicos extensionistas. uma vez que não conseguiram garantir o cumprimento das metas físicas, igualm extensionistas. Uma vez que não conseguiram garantir o cumprimento das metas físicas, igualmente não conseguiram impactar a realidade social e econômica a partir da geração de renda. Os projetos não conseguem estabelecer uma relação causal entre trabalho e renda. Assim, os pescadores e marisqueiras trabalham, se empenham, se dedicam aos cultivos, mas nada garante que eles terão retorno econômico por isso. ) Dificuldades em planejar, executar e sistematizar os resultados as pesquisas Os raros procedimentos científicos realizados e dados coletados nos três projetos não foram sistematizados de forma a subsidiar um protocolo técnico ou documentos referenciais para as intervenções sociais ou tecnológicas. As coletas de dados, em geral, não foram acompanhadas de uma metodologia estruturada, com variáveis de controle ou outros artifícios que pudessem amparar e legitimar os achados. Nas situações de coleta de dados qualitativos relacionados com o ambiente cultural e social das comunidades, não ocorreram sistematização e discussão coletiva dos resultados.

Assim, na elaboração dos projetos subsequentes elementos e ações equivocadas continuaram na pauta, tendo em vista que as pesquisas realizadas não foram sistematizadas, nem mesmo utilizadas para a estruturação dos demais projetos. Cabe salientar que a estruturação e realização dos Diagnósticos Rurais Participativos não contaram com a participação de técnicos habilitados ou com formação acadêmica apropriada, implicando em sérias fragilidades no processo de coleta de dados e na vulnerabilidade do princípio “participativo”, condição e prérequisito de uma pesquisa de tal natureza. ) Dificuldades em articular conhecimentos científicos e populares Outro desafio esteve rel Outro desafio esteve relaclonado com o estabelecimento de um processo dialógico de construção do conhecimento que considerasse os saberes tradicionais locais.

Evidências das dificuldades enfrentadas e, notadamente, da preterição desta forma de conhecimento tradicional foram os recorrentes conflitos de uso dos espaços coletivos (corredores de água e espaços de pesca) em decorrência da instalação de infra-estrutura e equipamentos. Embora os pescadores e marisqueiras, além e alguns moradores dos povoados, tivessem alertado sobre a posslbilldade de conflito e também sobre as inadequações ambientais (físico-quimíco-biológicas) dos espaços selecionados pela Academia para instalação das estruturas, as unidades foram instaladas com base menos no conhecimento científico e tradicional, pois não existiram pesquisas sobre os parâmetros para seleção das áreas de cultivo, e mais nos julgamentos prévios e superficiais dos técnicos e extensionistas universitários. ) Dificuldades em respeitar as práticas extrativistas locais e a cadeia produtiva existente De maneira geral, atividades extrativistas (pesca e mariscagem) eram consideradas como prejudiciais e ambientalmente insustentáveis, como uma prática que devesse ser modificada num curto espaço de tempo. Entretanto, não existiam dados que fundamentassem uma afirmação de tal natureza, nem mesmo algum estudo de capacidade de recarga. Apesar de os projetos incentivarem a maricultura familiar como uma atividade alternativa de renda, a estruturação dos módulos produtivos e a própria tecnologia utilizada exigia muitas horas de dedicação por parte dos participantes, o que, conseqüentemente, dificultava a concil

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