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CURSOS ON-LINE – PORTUGUÊS AULA 5: ANÁLISE SINTÁTICA I TERMOS DA ORAÇÃO – PROFESSOR RENATO AQUINO Frase, oração, período 1) Chama-se frase todo enunciado, com ou sem verbo, que tenha sentido completo. Ex. : Fogo! (Sem verbo: frase nominal) Estou em casa. .Com verbo: frase verbal) 2) Chama-se oração todo enunciado, de sentido completo ou não, que possua verbo. Ex. : Maurico chamou o amigo. (Um verbo: uma oração) Ele pediu que colaborássemos. (Dois verbos: duas orações) 3) Chama-se período o conjunto de orações. Ex. : Fizemos o serviç e fui para a escola. (D oração se divide em

São os chamados ter integrantes e os aces 3 Swipe to v simples) Estudei mposto) Cada ito e predicado. tem também os os ou no sujeito ou no predicado. Predicação verbal Este assunto é a base da análise sintática e da regência. Estude e aprenda o máximo que puder, que lhe será de extrema valia mais adiante. 1) Verbo transitivo direto: exige um complemento sem preposição obrigatória, chamado objeto direto. Ex. : Recebi o dinheiro. verbo transitivo direto: recebi objeto direto: o dinheiro Obs. : Não se pode dizer apenas “recebi”, pois quem recebe recebe alguma coisa. Qual a coisa recebida?

O dinheiro, que é o objeto direto. 2) Verbo transitivo indireto: exige um complemento com preposição obrigatória, chamado objeto indireto. Ex. : Gosto de você. verbo transitivo indireto: gosto objeto indireto: de você www. pontodosconcursos. com. br 1 CURSOS ON-LINE PORTUGUÊS – PROFESSOR RENATO A -lal Studia AQUINO Obs. : Também não se pode dizer somente “Gosto”, porque quem gosta gosta de alguma coisa ou de alguém. Qual a pessoa de quem se gosta? Você, que é o objeto indireto. 3) Transitivo direto e indireto: exige dois complementos, um sem preposição (objeto direto) e um com (objeto indireto). Ex.

Dei o lápis ao colega. Verbo transitivo direto e indireto: dei objeto direto (a coisa dada): o lápis objeto indireto ( a pessoa a quem se deu): ao colega 4) Intransitivo: o que não exige complemento; pode pedir adjunto adverbial. Ex. : As mulheres gritaram. Verbo intransitivo: gritaram. Ele foi à praia. verbo intransitivo: foi adjunto adverbial de lugar: à praia. Obs. : O verbo, aqui, não parece intransitivo. Acontece que à praia não é objeto indireto, pois indica o lugar, função que compete ao adjunto adverbial. Assim, se o verbo não tem objeto (nem direto nem indireto), só pode ser classificado como ntransitivo. ou de ligação) 5) De ligação: o que indica estado ou mudança de estado e possui um predicativo; os principais são: ser, estar, parecer, ficar, continuar, permanecer, andar, tornar- se e virar. Ex. : Ela está feliz. Verbo de ligação: está predicativo do sujeito: feliz Obs. : Cuidado com a “decoreba” indiscriminada, que já derrubou muita gente. Se não houver predicativo, o verbo NÃO será de ligação. Ex. : Ela está em casa. Verbo intransitivo: está adjunto adverbial de lugar (e não predicativo): em casa Observações a) Todo verbo que só tenha adjunto adverbial com le no predicado é intransitivo.

Ex. : Cheguei cedo. Estamos no quintal. O garoto sonha muito. b) Os pronome pessoais oblíquos me, te, se, o, a lhe, nos e vos são, normalmente, complementos. Desse 23 Os pronome pessoais oblíquos me, te, se, o, a lhe, nos e vos são, normalmente, complementos. Desses, o é sempre objeto direto; lhe, sempre indireto. Ex. : Esperei-o de manhã www. pontodosconcursos. com. br 2 CURSOS ON-LINE PORTUGUÊS – PROFESSOR RENATO AQUINO o: objeto direto Obedeço-lhe sempre. lhe: objeto indireto. c) Com base no que se afirmou acima, deve-se notar que é Impossivel usar um pelo outro. Ex. Eu lhe vi no aeroporto.

Frase errada, pois o verbo ver pede objeto direto. Corrija-se para “Eu o vi no aeroporto”. Termos essenciais l) Sujeito: é o termo a respeito do qual se declara alguma coisa. Ex. : Teu irmão está lá fora. Sujeito: teu irmão. (Declara-se algo sobre ele: está lá fora) Normalmente, acha-se o sujeito perguntando ao verbo: quem? No caso do exemplo dado, teríamos: quem está? Teu irmão, que é o sujeito. Classificação 1) Simples: constituído de apenas um núcleo (geralmente um substantivo ou pronome substantivo, palavra mais importante do grupo). Há inúmeras situações de sujeito imples. a) Com substantivos Ex. O carro entrou à esquerda. b) Com pronomes de um modo geral, inclusive os indefinidos. Ex. : Ela reclamou bastante. Alguém vai explicar o problema. (Não é sujeito indeterminado) Não se trata de sujeito indeterminado, já que a palavra está presente no texto; diga, então: sujeito simples: alguém. c) Com frases na voz passiva pronominal. Ex. : Recuperou- se o material. Quando o verbo é transitivo direto e é usado com a palavra se (significando alguém), o que parece objeto direto é, na realidade, o sujeito da oração. Quando isso ocorre, é possível azer uma troca, usando-se a outra voz passiva . om o verbo ser e o partic isso ocorre, é possivel fazer uma troca, usando-se a outra voz passiva . com o verbo ser e o particípio: o material foi recuperado. vw. w. pontodosconcursos. com. br 3 CURSOS ON-LINE – PORTUGUES – PROFESSOR RENATO AQUINO d) Com sujeito subentendido. Ex. : Estou muito feliz. O sujeito, como se vê pela desinência verbal, é eu. Não diga sujeito oculto, que é uma classificação indevida; é sujeito simples, mesmo. Observações a) Às vezes, o sujeito é representado por um pronome relativo: que, o qual, quem. Nem sempre é fácil erceber. Há, no entanto, uma maneira prática de descobrir isso. Ex. O rapaz que telefonou estava preocupado. Divida as orações. Primeira: “O rapaz estava preocupado”; segunda: “que telefonou”. Coloque no lugar do pronome relativo que o seu antecedente, que é rapaz. Teremos: “o rapaz telefonou”, onde o rapaz é, nitidamente, o sujeito. Assim, o pronome que, seu substituto, é o sujeito da oração. O mesmo vale para outros termos da oração, como objeto direto, objeto indireto etc. , que podem igualmente ser representados por um pronome relativo. b) Cada termo só pode desempenhar função sintática na sua ração. pode parecer, no exemplo da primeira observação, que o rapaz é o sujeito de telefonou.

Acontece que ele é o sujeito de estava, que se encontra na sua oração. 2) Composto: formado por mais de um núcleo. Ex. : Manuel e Cristina pretendem casar-se. Eu e ela estávamos na praia. 3) Indeterminado: quando existe, mas não se sabe qual é. Há dois casos: a) Com o símbolo (ou índice) de indeterminação do sujeito se. Ex. : Precisa-se de ajudantes. Cuidado para não confundir com a particula apassivadora se. Aqui, a palavra se também significa al 4 23 para não confundir com a partícula apassivadora se. Aqui, a palavra se também significa alguém, mas o verbo não é transitivo direto.

Veja que não é possível a troca por “ajudantes são precisados”. b) Com o verbo na terceira pessoa do plural sem o sujeito escrito no texto. Ex. : Falaram bem de você. Colocaram o anúncio. Alugaram o apartamento. www. pontodosconcursos. com. br 4 CURSOS ON-LINE – PORTUGUÊS – PROFESSOR RENATO AQUINO 4) Oração sem sujeito: quando a oração tem apenas o predicado; alguns falam em sujeito inexistente, que não é um termo preciso, mas se encontra por aí. Há vários casos. a) Com o verbo aver significando existir ou Indicando tempo decorrido. Ex. : Havia muitas pessoas na sala. Há dias que não o encontro. A primeira oração é que não tem sujeito) b) Com o verbo fazer indicando tempo decorrido. Ex. : Já faz meses que nao viajo com ele. (A primeira oração é que não tem sujeito) c) Com verbos de fenômeno da natureza. Ex. : Venta muito naquela cidade. Amanhã não choverá. Nevava bastante. d) Com os verbos ser, estar e ir (este, quando seguido de para) na indicação de tempo. Ex. : Sao três horas. Hoje são dez de setembro. Hoje está muito frio. Já vai para 4 anos que não leio esse jornal. A primeira é que não tem sujeito) II) Predicado: aquilo que se declara do sujeito; é formado pelo verbo e seus acompanhantes.

Ex. : Ricardo pediu orientação ao sindico. Classificação 1) Nominal: formado por um verbo de ligação e um predicativo do sujeito; o núcleo do predicado é o predicativo. Ex. : Lúcia está apreensiva. predicado nominal: está apreensiva núcleo: apreensiva (predicativo do sujeito) verbo de ligação: está 2) Verbal: formado por um v s OF23 apreensiva núcleo: apreensiva (predicativo do sujeito) verbo de ligação: está 2) Verbal: formado por um verbo que não seja e ligação; o núcleo do predicado é o verbo. Ex. : Lúcia fez os trabalhos. redicado verbal: fez os trabalhos núcleo: fez verbo transitivo direto: fez ww. w. pontodosconcursos. com. br 5 3) Verbo-nominal: formado por um verbo que não seja de ligação mais um predicativo (do sujeito ou do objeto). Ex. : Lúcia fez os trabalhos apreensiva. Predicado verbo nominal: fez os trabalhos apreensiva núcleos: fez e apreensiva (predicativo do sujeito) O menino deixou a mãe satisfeita. Predicado verbo-nominal: deixou a mãe satisfeita. núcleos: deixou e satisfeita (predicativo do objeto direto) Obs. No predicado verbo-nominal, há sempre um verbo de ligação subentendido. Ex. Ele regressou esperançoso. (regressou e estava esperançoso) Predicativo Termo que se liga ao sujeito ou ao objeto, atribuindo- lhes uma qualidade ou estado. É representado por diferentes classes gramaticais. a) Predicativo do sujeito Ex. : Ele continua enfermo. Eu sou o professor da turma. Minha vida é isto. b) Predicativo do objeto direto Ex. : Carlos deixou-a zangada. c) Predicativo do objeto indireto Ex. : Gosto de meu filho sempre limpo. Obs. : O predicativo pode ser introduzido por preposição. Ex. Chamei-o de louco. Termos integrantes 1) Objeto direto: o complemento de um verbo transitivo direto. Ex. perdi os documentos. Encontrei-os. O jornal que li no consultório é antigo. Obs. : No último exemplo, temos um pronome relativo na função de objeto direto. Lembra- se do que falamos ao estudar o sujeito simples? Va 6 na função de objeto direto. Lembra-se do que falamos ao estudar o sujeito simples? Vamos lá, então. Coloca-se o antecedente (jornal) no lugar do pronome que. Temos: “li o jornal”, onde o jornal é o objeto direto. Assim, o pronome que também se classifica como objeto direto. w. w. pontodosconcursos. com. br 6 Classificação a) Objeto direto (sem nome especial): os casos vistos até agora.

Ex. : Vi muitas pessoas na rua. b) Objeto direto pleonástico: repetição, por meio de um pronome obl[quo, do objeto direto. Ex. : Essa roupa, ninguém a quer. Objeto direto: essa roupa Objeto direto pleonástico: a c) Objeto direto preposicionado: aquele cuja preposição não é exigência do verbo, que é transitivo direto. Ex. : Amo a Deus. Ele puxou da espada. Ninguém entende a mim. Obs. : Os verbos amar, puxar e entender não exigem preposição: são transitivos diretos. ) Objeto direto interno ou cognato: quando um verbo, normalmente intransitivo, passa a transitivo direto.

Ex. : Ele vive uma vida feliz. Obs. : Geralmente, o complemento tem a raiz do verbo: viver uma vida, sonhar um sonho etc. 2) Objeto indireto: complemento de um verbo transitivo direto. Ex. : Necessitamos de apoio. Refiro-me a você. Eu lhe obedeci imediatamente. Classificação a) Objeto indireto (sem nome especial): os vistos até aqui. Ex. : Tudo depende de boa vontade. b) Objeto direto pleonástico: repetição, por meio de um pronome oblíquo, do objeto indireto. Ex. : Ao amigo, nao lhe peça tal coisa. Objeto ndireto: ao amigo objeto indireto pleonástico: lhe vw. w. ontodosconcursos. com. br 7 3) Complemento nominal: complemento de um substantivo abstrato, um adjetivo ou um advérbio. Ex. : Ele tinha medo do escuro. Estava certo da vitória. Agirei relativamente ao seu caso. Observações a) Há palavras, mesmo que não sejam verbos, que pedem complemento para que a frase tenha sentido lógico. No primeiro exemplo dado, a palavra medo dá margem a uma pergunta: de quê? Isso porque quem tem medo tem medo de alguma coisa. Assim, do escuro é o complemento nominal da palavra medo. b) O complemento nominal se confunde com o bjeto indireto.

Este completa o sentido de um verbo; aquele, de um nome. Ex. : Necessito de ajuda. de ajuda: objeto indireto (complemento do verbo necessito) Tenho necessidade de ajuda. de ajuda: complemento nominal (complemento do substantivo necessidade) c) O complemento nominal também se confunde com o adjunto adnominal. Veremos as diferenças quando dermos este terma. 4) Agente da passiva: quem pratica a ação verbal quando o verbo está na voz passiva analítica ou verbal; é introduzido pelas preposições por (e suas contrações) ou, mais raramente, de. Ex. A grama foi aparada pelo jardineiro. Obs. : O agente da passiva corresponde ao sujeito da voz ativa. Ex. : Meu pai trouxe um dicionário. Sujeito: meu pai. Um dicionário foi trazido por meu pai. Agente da passiva: por meu pai. ww. w. pontodosconcursos. com. br 8 Termos acessórios 1) Adiu I: termo que acompanha frase; pode ser representado por: a) um artigo Ex. : O carro parou. b) um pronome adjetivo Ex. : Encontrei meu relógio. c) um numeral Ex. : Recebi a segunda parcela. d) um adjetivo Ex. : Tive ali grandes amigos. e) uma locução adjetiva Ex. : Tenho uma mesa de pedra.

Observações a) O adjetivo pode também ser predicativo. Ex. Achei um lugar bom. objeto direto: um lugar bom núcleo: lugar adjuntos adnominais: um e bom Deixem o corredor limpo. objeto direto: o corredor predicativo do objeto direto: limpo As duas frases são parecidas, não é mesmo? Ambas têm um substantivo seguido de um adjetivo. Um macete interessante, para tirar qualquer dúvida, é trazer o adjetivo um pouco mais para a frente. Se ele continuar perto do substantivo, será adjunto adnominal; se ficar afastado, predicativo. Veja isso com as duas frases dadas: Achei um bom lugar. ficou junto ao substantivo: adjunto adnominal) Deixem limpo o corredor. o artigo ficou entre eles: predicativo do objeto) b) O adjunto formado por uma locução adjetiva pode ser confundido com o complemento nominal. Veja as diferenças: • Substantivo concreto pede adjunto adnominal. Ex. : Trouxe copos de vidro. www. pontodosconcursos. com. br 9 • Adjetivo e advérbio pedem complemento nominal. Ex. : Estava cheio de problemas. Fez tudo favoravelmente ao seu caso. • Mesmo com substantivo abstrato, se a expressão corresponder a um adjetivo, será adjunto adnominal. Ex. : O amor de mãe é especial. materno) • Se a retirada do termo deixar a frase sem entido completo ou com sentido alterado, será complemento nominal. Ex. : Tenho sede de justiça. (A retirada do termo altera o alterado, será complemento nominal. Ex. : Tenho sede de justiça. (A retirada do termo altera o sentido da frase) • Se a palavra base vier de verbo, o termo preposicionado será adjunto, se ativo; complemento nominal, se passivo. Ex. : A invenção do rádio mudou o mundo. O rádio sofreu a ação; portanto do rádio é complemento nominal. A invenção do cientista mudou o mundo. O cientista praticou a ação; logo do rádio é adjunto adnominal. ) O pronome relativo cujo (e flexões) é sempre pronome adjetivo; assim, sempre se classifica como adjunto adnominal. Ex. : O trabalho cujo autor desconheço está perfeito. cujo: adjunto adnominal de autor. 2) Adjunto adverbial: termo que se liga ao verbo, adjetivo ou advérbio, atribuindo-lhes uma circunstância qualquer. Veja os mais importantes. a) De afirmação Ex. : Farei realmente a prova. b) De negação Ex. : Não estarei presente. c) De dúvida Ex. : Talvez eu lhe peça explicação. d) De tempo Ex. : Ontem poucos fizeram comentários. 10 e) De lugar Ex. : A caixa ficou atrás do armário. De modo Ex.. Todos saíram às pressas. g) De intensidade Ex. : A criança chorava muito. h) De causa Ex. : Tremiam de medo. (O medo causava a tremedeira) i) De condição Ex. : Não vivemos sem ar. (O ar é a condição para que vivamos) j) De instrumento Ex. : Machucou-se com a lâmina. I) De meio Ex. : Viajaram de trem. m) De assunto Ex. : Falavam sobre economia. (A economia era o assunto da conversa) n) De concessão Ex. : Apesar do frio, tirou a camisa. (Idéia de oposição: normalmente nao se tira a camisa no frio) o) De conformidade Ex. : Agiu conforme a situação. (Idéia 0 DF 23

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