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COLEGIO NOVO EVOLUÇAO – CAMPINAS TÉCNICO EM ENFERMAGEM DO TRABALHO NATACHA JACOBINI SORAIA APARECIDA RODRIGUES THAís MARIANE ANTONIO TRABALHO NOTURNO E EM TURNOS: OS DISTÚBIOS E AS CONSEQUÊNCIAS DE QUEM se SUBMETE A ESSE SISTEMA DE T CAMPINAS – sp 2012 Swipe to page OS DISTÚBIOS E AS CONSEQUÊNCIAS DE QUEM SE SUBMETE A ESSE SISTEMA DE TRABALHO Trabalho de Conclusão de Curso de especialização em Técnico em Enfermagem do Trabalho Prof. Fabrizio Moretti Orientador tanto nos aspectos físicos e psíquicos, como emocionais e sociais.

Estudando a cronobiologia e compreendendo os ritmos ircadianos, entendemos que manifestações agudas como insônla, excessiva sonolência durante o trabalho, distúrbios de humor, aumento de acidentes, problemas familiares e manifestações crônicas como doenças cardiovasculares e gastrointestinais, compõem os sinais e sintomas de que esse sistema de trabalho traz mais problemas do que soluções. O presente trabalho teve por objetivo demonstrar o funcionamento do organismo humano através do ciclo circadiano e as consequências que a inversão nesse ciclo pode causar à saúde do trabalhador.

Diversos estudos realizados, pnncpalmente na última década, omprovam que o trabalho noturno e em turnos traz prejuízos tanto psíquicos quanto físicos para as pessoas que a ele se submetem. Repensar num novo sistema de trabalho, que traga menos danos à saúde, e orientar esses trabalhadores de como amenizar tais efeitos, é important[ssimo para oferecer a eles mais qualidade de vida. SUMÁRIO INTRODUÇA08 OBJETIVO 9 1. Trabalho Noturno e em Turnos 10 2. Cronobiologia e o Ciclo Circadiano 11 3.

Distúrbios Causados pelo Trabalho Noturno e em Turnos 13 3. 1 Distúrbios Metabólicos 13 3. 1. 1 Diabetes 15 3. 1. 2 Obesidade 15 3. 2 Distúrbios Cardiovasculares e Gastrointestinais 16 . 3 Distúrbios psiquiátricos 17 4. Aspectos Psicossociais e Familiares 1 9 5. Sonolência e Fadiga 21 5. 1 son021 5. 2 Causas e conseqüências da sonolência 21 5. 3 Sonolência em Funca carga de Trabalho 23 Carga de Trabalho 23 6. Acidentes Causados pela Privação do Sono 24 7. Prevençã025 7. Mais folgas 26 7. 2 Melatonina e Fototerapia 27 7. 3 Mais Saúde para os Trabalhadores de Turno e Noturno 28 CONCLUSA030 REFERCNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 31 INTRODUÇÃO A sociedade esta cada vez mais se acostumando a serviços que funcionam 24 horas por dia e por isso, nos últimos anos, em crescendo o numero de trabalhos em turnos e noturnos, fazendo com que, cresça também a quantidade de pesquisas relacionadas ao trabalho noturno e seus efeitos a saúde e a vida do trabalhador.

No organismo humano existem os ritmos biológicos responsáveis pela nossa adaptação ao ciclo claro-escuro do planeta Terra e uma mudança nesses ritmos pode ocasionar problemas físicos, psíquicos e sociais na vida do ser humano. Quando o trabalhador se expõe ao trabalho em turnos e noturno, esse desajuste no seu ritmo biológico faz com que ele tenha um maior risco de apresentar doenças cardíacas, orgânicas e istúrbios do sono.

A qualidade de vida torna-se prejudicada e a convivência social diminuída, aumentando assim o risco de surgirem problemas psicológicos como, por exemplo, a depressão. Alem de todos esses problemas, o trabalhador noturno também apresenta um risco maior de sofrer acidentes de trabalho ou cometer equívocos durante sua jornada de trabalho, podendo ser fatal principalmente nos casos de quem trabalha na área da saúde, por ter seu sistema de alerta diminuído durante a noite.

OBJETIVO humano, e os prejuízos em que os trabalhadores noturnos e em turnos estão submetidos devido à inversão e alternância de uas atividades, bem como, os motivos do trabalho noturno e as intervenções que visam melhorar as consequências danosas à integridade dos trabalhadores, buscando conscientizar que o custo humano é bem maior que a remuneração superior à dos outros trabalhadores. 1 . Trabalho Noturno e em Turnos O trabalho em turnos e noturno existe desde a antiguidade, no entanto, nas ultimas décadas, cresceu radicalmente.

Além dos benefícios financeiros, que justificam essa opção do trabalhador, ainda mais em sociedades onde a taxa de desemprego atingiu níveis elevados, existem outras onveniências destacadas por trabalhadores noturnos, como a maior autonomia decorrente do pouco contato com chefes e superiores, a facilidade de encontrar alguém da família para ficar com os filhos durante a noite, a ausência de trânsito e a possibilidade de juntar folgas para viagens.

A sociedade esta cada vez mais acostumada com serviços que funcionam 24 horas, além das empresas e indústrias com suas produções em jornadas noturnas de trabalho, visando o lucro e a competitividade. para atender essa demanda, nos últimos anos, é comum um grande número de pessoas que trabalham fora dos orarias convencionais e se submetem a trabalhos em turnos e noturno, sem ter conhecimento dos riscos que essa mudança pode causar ao organismo humano.

Em geral, podemos dizer que existem duas formas básicas de trabalho em turnos, sendo elas: – permanente: quando o trabalhador trabalha todos os dias no mesmo horário, por exemplo, só no período da manhã, à tard trabalhador trabalha todos os dias no mesmo horário, por exemplo, só no periodo da manhã, à tarde ou à noite. – Alternados ou rodiziantes: quando os trabalhadores fazem rodizio de turnos, onde a rotação pode ser lenta (menor de uma emana) ou semanal (5 a 7 dias).

O homem tem sua vida social e ritmo orgânico ligado à vivência diurna, ou seja, o corpo possui uma lógica natural que o prepara para a vigília durante o dia e o repouso durante a noite. A organização temporal do trabalho em turnos e noturno traz inegáveis prejuízos para a saúde do trabalhador, tanto no aspecto fisico, psíquico, emocional e social. A cronobiologia estuda os sistemas biológicos – mudanças em variáveis fisiológicos e comportamentais que se repetem regularmente, como a alternância entre a vigília e o sono ou o ciclo menstrual.

O organismo do ser humano funciona de cordo com um relógio biológico, que possui ritmos distintos, funcionando conforme os fatores ambientais externos e internos. O homo sapiens é uma espécie diurna, adaptada para exercer suas atividades na fase clara do CICIO claro/escuro e repousar na fase escura. O período principal de sono na nossa espécie situa-se, portanto, na fase escura, mas podem ocorrer outros momentos de descanso durante o dia. O centro que rege a cronobiologia dos mamíferos é o núcleo supraquiasmático (N. S. Q. ) do hipotálamo.

Localizado junto ao nervo óptico recebe conexões da retina que informam o sistema sobre a existência de luz. A melatonina é excretada pela glândula pineal, obedecendo ao estímulo do N. S. Q. na ausência de luz, traduzindo a informação fótica em estímulo químico obedecendo ao estímulo do N. S. Q. na ausência de luz, traduzindo a informação fótica em estimulo químico a todas as células. A exposição à luz interage com o N. S. Q. e pode alternar os ciclos do relógio. Luz intensa no final da tarde atrasa o relógio. Luz intensa no início da manhã adianta o relógio.

Tudo isso é importante para compreendermos que tambem os estímulos externos, como a luz e a escuridão, influenciam na sincronização dos ritmos internos. A repetição regular dos episódios de sono noturno caracteriza o que chamamos de ciclo sono – vig(lia. Além do sono, todas as funções do sistema nervoso apresentam oscilações. Consideram-se, erradamente os diversos componentes do desempenho humano como fenômenos estáveis. Evidências derivadas de estudos de laboratório em condições controladas e por manipulações de ciclo sono-vigília, demonstram ser o desempenho fortemente afetado por fenômenos cíclicos.

A ritmicidade natural para diversas funções do nosso corpo seguem um comportamento periódico, definido de acordo com sua freqüência e classificado em três tipos: Circadianos: leva cerca de um dia, ou seja, tem frequência próxima das 24 horas por dia. Estão presentes em diversas funções corpóreas como, por exemplo: temperatura corporal, corticosteróides e eletrólitos urinários, funções cardiovasculares, secreção de enzimas gástricas, número de leucócitos no sangue, força muscular, estado de alerta, humor, memória imediata e a longo prazo. Ultradianos: tem freqüência maior que o ciclo circadiano, porém inferior às 24 horas do dia. Estão presentes no intervalo de 90 a 100 minutos entre as repetições do movimento rápido dos Estão presentes no intervalo de 90 a 100 minutos entre as repetições do movimento rápido dos olhos durante o sono paradoxal. * Infradianos: tem frequência menos que o ciclo circadlano, porém seus ciclos têm duração superior às 24 horas de um dia. Estão presentes dentro do ciclo menstrual das mulheres.

Durante este trabalho, abordaremos mais o ciclo circadiano, como a temperatura corporal e alguns distúrbios no organismo. A temperatura corporal do ser humano sofre variações durante todo o dia, sendo que alcança seu pico maximo durante o tempo de maior atividade (na parte da tarde) e seu pico mínimo, onde corre um declínio considerável, durante o tempo de repouso (na madrugada, por volta de 02hOOmin). As oscilações físicas e mentais no ser humano são de magnitude relevante e de alto risco. Acidentes com mortes representam a face mais sombria da queda de desempenho associada ao ciclo circadiano. . Distúrbios Causados pelo Trabalho Noturno e em Turnos 3. 1 Distúrbios Metabólicos O trabalho em turnos, especialmente o trabalho noturno está associado a alguns distúrbios característicos, entre eles: fadiga crônica, alteração do padrão do sono e alteração no funcionamento intestinal. O trabalho em turnos e um fator de risco para o início da diabetes mellitus tipo 2 e existem diferentes riscos de acordo com os diferentes turnos de trabalho, em especial, a alternância de turnos é um fator independente de risco para c seu desenvolvimento.

Indivíduos jovens, com até 50 anos de idade, que trabalham no turno da noite possuem níveis mais elevados de triglicerídeos e de glicemia, assim como níveis mais baixos de HDL colesterol, q mais elevados de triglicerídeos e de glicemia, assim como níveis mais baixos de HDL colesterol, quando comparados aos indivíduos que trabalham apenas durante o dia. Um estudo com indivíduos que trabalhavam em período de seis dias no turno noturno evidenciou a má adaptação do ciclo circadiano endógeno por alterações abruptas nos turnos e está associada a alterações metabólicas.

O diagnóstico clínico da síndrome metabólica é feita quando três de cinco critérios estiverem presentes. Estes critérios são: obesidade abdominal (aumento da circunferência da cintura – maior que 102 cm em homens e 88 em mulheres), triglicérides elevados (maior que 150mg/dl), baixos níveis de colesterol HDL (menos que 40mg/dl e menos que 50mg/dl em mulheres), ipertensão arterial e glicemia de jejum superior a 110mg/dl. Reduções na quantidade de sono estão associadas a sobrepeso e obesidade, de forma que indivíduos obesos demonstram uma relação inversamente proporcional entre o peso e horas dormidas/dia. ? bem estabelecido que o sono curto apresenta correlação com a obesidade. Embora o mecanismo exato relacionando privação do sono e obesidade permaneça sem ser estabelecido, dados preliminares apontam diversas consequências neurohumorais de restrição do sono, como alterações do balanço simpático-vagal, aumento dos níveis e cortisol, redução dos pulsos de secreção do hormônio do crescimento e dos níveis plasmaáticos de leptina, substância que regula o apetite e o gasto de energia.

Além da obesidade visceral, outros componentes da síndrome metabólica também podem ser afetados pela duração do sono. Estudos prospectivos sugerem que diminuição de horas podem ser afetados pela duração do sono. Estudos prospectivos sugerem que diminuição de horas de sono seria um fator de risco independente para diabetes. Em concordância com tais dados está o fato de que o aumento da resistência a insulina ser ncontrada em indivíduos com privação do sono.

Em geral, os tabalhadores de turno dormem menos durante a semana quando comparados a trabalhadores que exercem seu oficio durante o dia. Além disso, esses trabalhadores apresentam alterações do ciclo circadiano e de ritmos biológicos, alterações do fotoperíodo e sonecas durante o dia para compensar o déficit do sono. Alterações da função endotelial foram encontrados em trabalhadores de turno, independentemente do tempo de trabalho de tal forma.

Quando tomados em conjunto, estes dados sugerem que a privação do sono podem ser direta e indiretamente implicados omo um fator de risco para síndrome metabólica. 3. 1. 1 Diabetes S[ndrome metabólica de origem múltipla decorrente da falta de insulina e ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, sendo que a insulina é o hormônio que regula o nível de açúcar no sangue. A insulina é produzida pelo pâncreas e é responsável pela manutenção do metabolismo da glicose.

A falta desse hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, conseqüentemente diabetes caracterizada por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente. A Diabetes Mellitus tipo 2 se desenvolve a vida adulta, principalmente em decorrência da má alimentação e do excesso de peso. Nesse caso, a pessoa que faz um planejamento alimentar e exercícios físicos pode não precisar do uso de ins a pessoa que faz um planejamento alimentar e exercícios físicos pode não precisar do uso de insulina ou outras medicações.

Porém, segundo um estudo na Universidade Havard nos Estados Unidos, o nsco de desenvolver dlabetes é maior se a pessoa não dorme quando sente necessidade, ou se não dorme tempo suficiente e, principalmente, se mantêm horários irregulares nos trabalhos noturnos (dias alternados, por exemplo). Esses fatores podem prejudicar o metabolismo e alterar com a capacidade do organismo de usar a insulina e processar açúcar no sangue. Além disso, as calorias ingeridas à noite são mais difíceis de serem digeridas e são armazenadas no corpo em forma de gordura.

O aumento de peso é um dos fatores de risco do diabetes tipo 2, que é uma doença grave, que pode causar cegueira e até a morte. 3. 1. 2 Obesidade É caracterizada quando o IMC apresenta índice superior a 30 kg/m2. Normalmente o problema surge quando o consumo de energia a partir dos alimentos é superior àquele que é gasto com as atividades diárias. Atualmente a obesidade é considerada um problema de saúde pública e está relacionada a várias doenças como diabetes, distúrbios cardiovasculares, distúrbios gastrointestinais e distúrbios alimentares.

Em estudos realizados com 58 mulheres e dois homens, trabalhador noturno que através de livre consentimento tiveram mensurado a circunferência abdominal, sendo a prevalência da faixa etária de 31 a 40 anos, constatou-se que a maioria das mulheres 67,3% estavam com a medida acima dos parâmetros de normalidade (80cm) e no que diz respeito ao sexo masculino 100% da amostra estava acima dos padrões normais (90cm). Em vamos PAGF