Articulações

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Articulações zigoapofisárias Os arcos vertebrais adjacentes unem-se através de articulações sinoviais, entre as facetas das zigoapófises (ou processos articulares) denominadas articulações zigoapofisárias e por articulações fibrosas que unem as lâminas, os processos espinhosos e transversos adjacentes. A forma e o plano de orientação das facetas das zigoapófises é que determinam os tipos de movimentos entre duas vértebras. As facetas são planas e estão orientadas obliquamente – de superior e anterior para inferior e posterior – na curvatura cervical; são planas e orientadas quase no plano frontal na urvatura torácica.

Na região lombar, as facetas das zigoapófises superiores são ligeira enquanto aquelas da convexas e voltadas articulações é quase No entanto, entre a S I 2 Swipe to page das medialmente, são ligeiramente ue o plano destas a sacral as facetas são quase planas; com orientação obl qua, entre os planos sagital e frontal, e isso ajuda a prevenir o deslizamento anterior da 5a lombar sobre a superfície muito inclinada da face superior do sacro. As articulações zigoapofisárias possuem cápsulas articulares delgadas e suficientemente frouxas para permitir uma amplitude e movmento normal nas articulações.

As cápsulas, geralmente, não contribuem para orientar ou limitar movimentos; esta função é realizada pelos ligamentos longitudinais anterior ou posterior, pelos ligamentos que Swipe tc next page unem as diversas partes de arcos vertebrais adjacentes, pelos músculos e discos intervertebrais. No entanto, as cápsulas tornam-se muito tensas em um movimento excessivo ou anormal e contribuem para limitá-lo, sendo que na flexão máxima da coluna lombar, suportam aproximadamente 40% do peso corporal.

Articulações fibrosas As lâminas de vértebras adjacentes são unidas internamente or fortes ligamentos elásticos denominados amarelos (flavos), que realmente são amarelos “in vivo”, devido a sua riqueza em fibras elásticas. Os ligamentos flavos ficam tensos em qualquer posição assumida pela coluna vertebral, sendo importante em sua estabilização. São melhor visualizados do interior do canal vertebral, pois estão localizados na parede posterior do mesmo.

Estendem lateralmente sobre as cápsulas articulares, constituindo o limite posterior do foram intervertebral e assim protegem os nervos de serem pinçados (ou beliscados) durante os movimentos de flexão da coluna. As pontas dos processos espinhosos, desde a 7a. értebra cervical até o sacro são unidas pelo ligamento supraespinhal, – tecido conjuntivo denso encorpado com orientação longitudinal -, que limita a flexão da coluna. Ele se continua superiormente como o ligamento da nuca, de formato triangular, com a base fixada na protuberância e crista occipitais externas e o ápice na ponta do processo espinhoso da 7a vértebra cervical.

Os ligamentos interespinhais são delgadas membranas de tecido conjuntivo denso que unem os corpos dos processos espinhosos adjacentes e são contínuos com os ligamentos amarelos e supra- espl corpos dos processos espinhosos adjacentes e são contínuos om os ligamentos amarelos e supra-espinhais. Os ligamentos interespinhais são bem desenvolvidos na região lombar, não estão sob tensão e portanto não limitam o movimento de flexão. Os ligamentos intertransversais unem lateralmente os processos transversos vizinhos e são mais desenvolvidos na região lombar inferior e tendem a faltar, principalmente, na região cervical. . 3 – Articulações atlanto-axiais As facetas superiores dos processos articulares do áxis e as inferiores das massas laterais do atlas formam articulações planas. O arco anterior e o ligamento transverso do atlas ormam com o dente do áxis uma articulação cilindróide. As três articulações funcionam como uma unidade e permitem a rotação da cabeça. 3. 4 – Articulações atlanto-occipitais Ocorrem entre os côndilos occipitais e as faces superiores das massas laterais do atlas.

As duas articulações funcionam como uma unidade, elipsóide e biaxial, permitindo assim os movimentos de flexão, extensão e flexão lateral da cabeça. 3. 5 – Articulações costovertebrais A maioria das costelas se articula com a coluna vertebral em dois pontos: a articulação costovertebral, entre a cabeça da costela e s fóveas costais superior e inferior dos corpos de duas vértebras adjacentes e a articulação costotransversal, entre o tubérculo da costela e a fóvea costal transversal do processo transverso da vértebra correspondente.

Na articulação costovertebral, sinovial, envolvida pela cápsula articular, a cavidade articular é dividida em duas, superior e inferior, pe envolvida pela cápsula articular, a cavidade articular é dividida em duas, superior e inferior, pela presença de um ligamento intra-articular, curto, situado horizontalmente, que vai da cabeça da costela para o disco intervertebral. A cápsula articular está eforçada anteriormente, pelo ligamento radiado.

A articulação costotransversal, também sinovial, é revestida por uma cápsula articular que é espessa, inferiormente, mas delgada nas outras porções. Os ligamentos costotransversais próprio, lateral e superior reforçam a articulação. 3. 6 – Articulação sacroilíaca São articulações sinoviais simples do tipo plano e portanto capazes de movimentos em várias direções mas de amplitude muito limitada. São formadas pelas faces auriculares do íleo e do sacro.

A cavidade articular constitui apenas uma parte da articulação entre o sacro e o íleo. ma grande érea, póstero- superior a face auricular do íleo, entre a tuberosidade ilíaca e o sacro está ocupada pelo forte ligamento sacroillaco interósseo, o qual posteriormente se confunde com o ligamento sacroilíaco dorsal, um forte espessamento da cápsula articular. Anteriormente a cápsula articular também apresenta um espessamento, o ligamento sacroilíaco ventral, que é bem menos espesso que o dorsal.

Além destes, a articulação sacroilíaca apresenta dois ligamentos a distância: o ligamento sacrotuberal e o ligamento sacroespinhal. 4 – anormalidades congênitas e adquiridas da coluna vertebral 4. 1 – Cifose Geralmente, é um aumento exagerado na curvatura torácica. uma pessoa cifótica, em linguagem popular, é conhecida como corcu exagerado na curvatura torácica. uma pessoa cifótica, em linguagem popular, é conhecida como corcunda. Quando ocorre uma inversão na direção das curvaturas lombar e cervical estas deformidades são conhecidas como cifose cervical e cifose lombar.

A cifose torácica pode ser uma compensação de uma lordose lombar ou devido à compressão dos corpos vertebrais, como na osteoporose. Já as cifoses lombar e cervical, geralmente são acompanhadas de escoliose, e são consequentes ao crescimento esigual de vértebras (presença de hemivértebras ou vértebras em forma de cunha). 4. 2 – Lordose A lordose é um aumento exagerado nas curvaturas cervical e lombar. Pode ser uma compensação de uma cifose ou à flacidez muscular com ou sem aumento de peso anterior à coluna – como na obesidade e na gravidez. . 3 Escoliose A escoliose é a deformidade em que existe uma ou mais curvaturas laterais da coluna. Pode ser funcional (ou fisiológica) e estrutural (ou patológica). No primeiro caso, a coluna curva-se lateralmente devido ? diferença de peso nas duas metades do corpo em consequência: ) da poliomielite; b) da diferença de comprimento dos membros inferiores, devido à fraturas mal reduzidas, à uma prótese mal adaptada ou a um joelho valgo unilateral, c) de uma má postura.

A escoliose estrutural, geralmente, aparece na infância e é progressiva. A causa é o crescimento desigual das vértebras, como a presença de vértebras em cunha ou hemivértebras. 4. 4 – Espinha bífida A espinha bífida é um defeito de fechamento do arco vertebral: falta o processo espinhoso e, às vezes, parte das lâmina um defeito de fechamento do arco vertebral: falta o processo espinhoso e, às vezes, parte das lâminas adjacentes. Na maioria dos casos, aparece na 5a vértebra lombar ou no sacro.

A forma benigna, chamada espinha blfida oculta, às vezes é assintomática e o defeito ósseo é um achado radiológico. A pele relacionada ao defeito osseo, às vezes, apresenta uma mancha avermelhada e com uma quantidade maior de pelos. Nos casos graves, denominada espinha bífida aberta, as meninges e o líquor se exteriorizam e formam uma hérnia, denominada meningocele e em casos mais graves herniam, além das meninges e do líquor, a medula espinhal -é a mielomeningocele. 4. – Espondilólise A espondilólise é um defeito de fechamento do arco vertebral o nlVel da lâmina, logo posterior ao pedículo. Quando a falha é bilateral, uma parte anterior da vértebra (incluindo corpo, pedículos, processos transversos e zigoapófises superiores) está unida, por tecido conjuntivo denso, com o restante do arco vertebral (lâminas, zigoapófises inferiores e processo espinhoso). Ou seja, não há continuidade óssea entre as duas zigoapófises superiores com as inferiores.

Em consequência de um trauma ou de uma hiperextensão, a parte anterior da 5a lombar pode deslizar junto com o restante da coluna sobre a 1a vértebra sacral. A este deslizamento patológico enomina-se espondilolistese 4. 6 Osteofitose A osteofitose é o crescimento de esporões ósseos com forma e tamanho variáveis, denominados osteófitos (bicos de papagaio, em linguagem lega), nas bordas superior e ou inferior dos corpos das vértebras. Os ost papagaio, em linguagem leiga), nas bordas superior e ou inferior dos corpos das vértebras.

Os osteófitos podem se desenvolver nos contornos anteriores, ântero-laterais, posteriores ou póstero- laterais das bordas dos corpos vertebrais e além de limitar movimentos, podem comprimir a medula espinhal ou suas raízes A doença pode estar circunscrita a duas ou três értebras de uma região ou ser universal, ou seja, acometer todas as vértebras pré-sacrais. 4. 7 – Hérnia de disco A hérnia de disco é o extravasamento do núcleo pulposo, devido a uma fraqueza do anel fibroso: o núcleo pulposo hernia e pode comprimir a medula espinhal ou suas raízes nervosas.

A protrusão pode ser precipitada por trauma, mas a degeneração – por envelhecimento do disco – é um fator importante. A compressão do disco em uma direção, movimenta, o núcleo pulposo em direção oposta. Assim, a herniação pode acontecer em diversas direções (anterior, posterior, ântero-lateral e póstero- ateral). Na curvatura cervical, a hérnia é mais frequente no disco entre as vértebras C5 e C6. Na curvatura lombar, a maior frequência acontece no 50 disco, seguido em ordem decrescente no 40 e 30 discos. – O mito da posição ereta É um erro comum considerar o ser humano mal adaptado ? postura ereta e apontá-la como causa de várias patologias, entre as quais destacam-se as hérnias de disco e os osteófitos. Os estudos paleontológicos mostram que a postura ereta é uma característica dos nossos antepassados antropóides e hominídeos há cerca de 25 a 30 milhões de anos. Tanto a postura uanto a forma de locomoção b antropóides e hominídeos há cerca de 25 a 30 milhões de anos.

Tanto a postura quanto a forma de locomoção bípede se tornaram uma constante no Plioceno, há uns 12 milhões de anos atrás e estavam completamente estabelecidos nas formas humanas ancestrais há mais de 1 milhão de anos. Com esta longa história de evolução progressivamente mais eficiente é difícil imaginar circunstâncias nas quais patologias atribuíveis à postura ereta pudessem ter persistido no reservatório genético do qual surgiu a moderna humanidade.

Assim, patologias como hérnias abdominais, prolapso uterino, esões de discos intervertebrais e varizes dos membros inferiores e do testículo, que trazem consigo claras desvantagens para a sobrevivência e a reprodução do seu portador, ainda mais nos tempos pré-históricos, se decorrentes de uma mal adaptação à postura ereta, já teriam sido eliminadas, sendo extintas pela seleção natural. Desta forma, é necessária uma outra explicação que não a postura ereta para tais patologias.

Uma boa teoria é a de que elas são decorrentes de uma recente (em termos evolutivos) alteração ambiental à qual o ser humano ainda não se adaptou bem. Esta alteração ambiental foi a passagem da vida nômade ? sedentária que trouxe consigo a realização de esforços repetitivos e constantes, geralmente acompanhados da manipulação e do transporte de objetos de grande peso. Em síntese, a postura e a locomoção eretas não trazem por si só maiores problemas.

Estes são decorrentes do trabalho constante e repetitivo com objetos de grande peso elou da execução também repetitivas de mov repetitivo com objetos de grande peso elou da execução também repetitivas de movimentos, que constituem fenômenos evolutivamente recentes. 5 – Movimentos da Coluna Vertebral Os movimentos da coluna vertebral são o resultado de pequenos movimentos permitidos entre as vértebras adjacentes_ A amplitude de movimento entre duas vértebras depende, fundamentalmente, da altura do disco: quanto mais alto o disco, maior seu grau de compressão e, em consequência, maior a amplitude de movimento permitida.

A direção do movimento, no entanto, depende particularmente da forma e do plano de orientação das facetas zigoapofisárias. Os fatores limitantes de movimento nas articulações em geral, como os ligamentos e o grau de alongamento dos músculos antagonistas aqui também são importantes. A amplitude do movimento de flexão é limitada pelos ligamentos posteriores (longitudinal posterior, flavo, supraespinhal e da nuca) e pelos músculos posteriores (ou extensores); limitam a amplitude do movimento de extensão o ligamento longitudinal anterior, o contato entre os processos espinhosos e os músculos anteriores (ou flexores).

A amplitude do movimento de flexão lateral é limltada, na curvatura lombar, pelos músculos e ligamentos intertransversais do lado convexo – o oposto ao movimento, e na região cervical, pelos músculos do lado convexo e pelo contato entre os processos unciformes do lado côncavo – o do movimento. A extraordinária mobilidade da região cervical deve-se à altura dos discos, ao plano de orientação das facetas das zigoapófises e ao número proporcionalmente grande de artic discos, ao plano de orientação das facetas das zigoapófises e ao número proporcionalmente grande de articulações para um segmento curto da coluna.

A curvatura torácica permite movimentos limitados na parte superior e é mais móvel próxima à junção toracolombar. A pouca mobilidade nas porções superior e média da curvatura é devida à união das dez vértebras superiores com o esterno através das costelas e os discos serem baixos. A direção quase frontal das facetas das zigoapófises limitam a flexão e a extensão, exceto na parte inferior em que as facetas dispõem-se em um plano que se aproxima do sagital.

A extensão além de ser limitada pelo ligamento longitudinal anterior, pela superposição dos processos espinhosos, também o é pela superposição das lâminas. As lâminas das vértebras torácicas são as mais altas da coluna e mais altas que os corpos de suas respectivas vértebras. A flexão lateral e a rotação são mais amplas próximo à junção toracolombar. Na parte superior da curvatura lombar, a flexo-extensáo e a lexão lateral têm relativamente grande amplitude devido às facetas estarem dispostas no plano sagital e suficientemente afastadas e à altura dos discos.

Nesta porção da curvatura lombar o movmento de rotação é limitado, por que as facetas – neste movimento – se trancam quase de imediato. A 4a e 5a vértebras lombares possuem facetas dispostas obliquamente, entre os planos sagital e frontal, que permitem maior amplitude do movimento de rotação. A flexão lateral é acompanhada de certo grau de rotação para o mesmo lado e vice-versa, devido ? obliqüidade das f PAGF 19

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