Estudo clínico de paciente portador de múltiplas doenças crônicas em acompanhamento em ambulatório de enfermagem

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Estudo clínico de paciente portador de múltiplas doenças crônicas em acompanhamento em ambulatório de enfermagem Premium gy Iailauscr anpc,np 10, 2012 IE pagos Sumário l. INTRODUÇAO 4 2 dados coletados 6 2. 1 História da Paciente 5 4. 2 Dados Objetivos 8 3 ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA PACIENTE9 3 1 Problemas Ativo 3. 1. 1 Hipertensão Arterial…. „ 10 3. 1. 2 Artrite Gotos I 6 Swipe to page 3. 1. 3 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica 12 3. 1. 4 Hipotelreoidlsmo 12 3. 1. 5 Cardiopatia Isquêmica 13 3. 1. 6 Insuficiência Cardíaca Congestiva 13 3. 1. 7 13 3. Representação Gráfica da Situação de Enfermagem 14 3. Formulação dos Diagnósticos de Enfermagem 15 3. 3. 1 Prioritários 16 3. 3. 2 secundários 17 4 plano de cuidados 18 4. 1 Autocontrole ineficaz da saúde 18 4. 2 Nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades idosos estiveram expostos durante toda a vida, podem acarretar variadas incapacidades crônicas. Sabe-se que 85% dos Idosos possuem uma doença crônica e 10% possuem no mínimo cinco delas (PIN ELLI,2005). As doenças crônicas são definidas como condições clínicas ou problemas de saúde com sintomas associados ou incapacidades ue exigem tratamento por longo prazo (SMELTZER, 2009).

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) além de reduzirem a qualidade de vida dos pacientes, representam um grande desafio para as equipes de saúde, bem como incontáveis gastos propiciados ao sistema publico de saúde. De acordo com a OMS, as DCNT são responsáveis por 58,5% de todas as mortes ocorridas no mundo. A OMS também estima que é pequeno o grupo de fatores de risco que levam a maioria das mortes por DCNT, são eles: tabagismo, e consumo excessivo de bebidas alcoólicas, obesidade, dislipidemias e inatividade ffsica.

Sabe- se que muitas das DCNT podem ser prevenidas e também ter seu curso alterado por modificações nestes fatores de risco (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). A disciplina de Cuidado ao Adulto II propicia aos alunos a vivência da consulta de enfermagem sob diversos focos, como as doenças crônicas não transmssíveis, a dor crónica, a saúde ocupacional, etc. Dentre estes, pude experienciar o atendimento à pacientes com doenças crônicas não transmissíveis. Nesta agenda, atendemos as seguintes alterações: diabetes, hipertensão, dislipidemias, obesidade e etc.

Antes de iniciar a onsulta, realizamos o plano prévio, ou seja, estudo do prontuário do paciente, verificação de resultados de exames e formulação do objetivo desta consulta. Durante o atendimento, além de ouvir as queixas do paciente, realizamos algumas perguntas que s Durante o atendimento, além de ouvir as queixas do paciente, realizamos algumas perguntas que serão chave para nossas intervenções, assim como prática de atividades físicas, alimentação, adesão aos medicamentos, atividades diárias, sono e repouso e eliminações. Durante o período do estágio, atendemos diversos pacientes.

Dentre eles, um em especial me chamou atenção. O. S. B. S é ex tabagista, recentemente ex-etilista, tem hipertensão arterial, atrite gotosa, dislipidemia, doença pulmonar obstrutiva crônica, hipotireoidismo e recentemente obteve o diagnóstico de insuficiência cardíaca congestiva com disfunção sistólica. O. S. B. S não possuía nenhuma orientação sobre sua alimentação e as práticas não farmacológicas que deveria segur para otimizar o tratamento. Ao longo deste estágio, O. S. B. S veio à uma consulta em nosso ambulatório, realizada por mim sob orientação da Prof.

Michelli Assis. Além dos dados obtidos nesta consulta, foi verificado o prontuário do paciente para colher dados de exames, antigas consultas e visitas à emergência. 2 dados coletados dislipidemia, hipotireoidismo e insuficiência cardíaca congestiva, além disso é ex-tabagista e recentemente ex-etilista. O. S. B. S foi encaminhado para o ambulatório enfermagem adulto para receber orientações de autoculdado e aumentar adesão ao tratamento. Durante seus relatos nas consultas foi posslVel notar a falta de adesão aos medicamentos e as medidas não farmacológicas orientadas.

No que se refere à alimentação, ? a esposa que prepara os alimentos e relata que tem grandes dificuldades em reduzir as quantidades de sal, gorduras e frituras. o. s. g. s possui um consumo aumentado de carboidratos, carne vermelha, gorduras, refrigerante e sal e reduzido de frutas, verduras e água, como podemos notar na alimentação referida pelo paciente: Café da manhã: meia xícara café preto com açúcar; 10h: pão cacetinho com margarina, salame, presunto ou queijo, café com leite integral Almoço: feijão, arroz, bife a milanesa, ou carne frita e salada de cebola.

Toma um copo de refrigerante junto. Costuma encher o rato e repetir. Normalmente come ovo frito; Café da tarde: café com leite, 1 fruta, 1 ou 2 pães cacetinhos com margarina; Janta: o que sobrou da janta. um copo de refrigerante; Ceia: bolachas Esposa referiu que quando o paciente cozinha exagera na quantidade de sal, temperos prontos e no azeite. O controle dos medicamentos é feito pela esposa, pois o paciente refere não conhecer os nomes dos remédios e os horários para tomar.

O paciente referiu que parou de fumar há 15 anos, fumou durante 40 anos 1 carteira por dia. Segundo ele, até maio deste ano ingeria diariamente de 1-2 doses de bebida alcoólica cachaça). Relatou crises de dores intensas e inchaço nas articulações, principalmente nos pés e joelhos, principalmente nos pés e joelhos, o que lhe impossibilita de caminhar e realizar exercícios físicos. Reduziu as atividades que realizava normalmente por causa das dores. Sob grandes esforços sente dor no peito e falta de ar.

Referiu eliminações urinárias reduzidas no último mês, em média 3 vezes ao dia. Dorme cedo, porém acorda no meio da noite e tem dificuldades em manter o sono. I MANHÃ I NOITE I HORA I Creatinina ITGP I TGO I HDL I LDL Glicose I Potássio Sódio I Tireotrofina I Triglicerídios I MEDICAÇÃO 11,34 127 1210 142 1149 1113 14,5 1137 5,61 1190 TARDE ICP 1,2 128 1224 44 1151 4,5 14,95 1155 11,42 1253 1181 14,7 1143 5,3 15,3 I IJréia I Colesterol Total ITSH Ácido úrico 59 45 62 1276 14,710 16,7 Além dos exames laboratoriais, O.

S. B. S realizou um ecocardiograma onde foi possível perceber que sua disfunção foi agravada para sistólica, percebida pela fração de ejeção de 34% e hipertrofia do ventrículo esquerdo reforçando o diagnóstico de insuficiência cardíaca; espirometria que demonstrou um distúrbio entilatório moderado classificando a DPOC como classe II (moderada); e ergometria que evidenciou a capacidade funcional moderada, depressão de segmento ST e dor típica, corroborando o diagnóstico de cardiopatia isquêmica.

Estudos epidemiológicos realizados no Brasil a partir da aferição casual da pressão arterial registram prevalências de 40% a 50% de hipertensão arterial em adultos. A hipertensão arterial (HAS) é responsável por diversas complicações, como infarto agudo do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais, complicações renais e vasculares. Estima-se que dos AVCs e 25% dos IAM poderiam er sido evitados com a terapia anti-hipertensiva adequada.

No Brasil a HAS juntamente com o diabetes constituem a maior causa de internaçoes pelo SUS (MINISTERIO DA SAUDE, 2007). Dentre os diversos fatores de risco para HAS, podemos destacar os pertencentes à O. S. B. S: tabagismo, inatividade física, idade superior à 55 anos. 3. 1. 2 Artrite Gotosa A artrite gotosa é uma manifestação clínica do distúrbio do metabolismo das purinas que causa a artrite inflamatória associada a hiperuricemia. Os cristais são sais de ácido úrico e se depos tam nas articulações.

No corpo humano, o ácido ?rico é o produto final do metabolismo de purinas (o organismo humano não possui a enzima aricase que oxida o ácldo únco transformando em alantoína que é altamente solúvel). Estudos indicam que a doença acomete 2% da população mundial. Na faixa etária, entre 30 a 60 anos, cerca de 95% dos pacientes são homens, enquanto 40% destes apresentam história familiar. Alguns estudos epidemiológicos observam que, antes da idade dos 40 anos, a proporção da incidência em homens do que em mulheres é de 20:1 .

Nas mulheres, a gota geralmente ocorre alguns anos após a menopausa. Cerca de 60 % dos pacientes apresentam recorrência da crise dentro de um ano. A maioria dos casos da gota primária é idiopática. Acredita-se que o aumento do ácido úrico pode ser provocado por vári gota primária é idiopática. Acredita-se que o aumento do ácido úrico pode ser provocado por vários fatores, estando relacionada ao sexo masculino, obesidade, ingestão de proteína e álcool.

Entretanto, pode ser causada também por menor excreção de ácido úrico, também de natureza idiopática ou em patologias como a hipertensão arterial, cetoacidose diabética, insuficiência renal, entre outras. Na artrite gotosa aguda, a dor aparece como um ataque artrítico incapacitante com predominância nos membros inferiores apresentando também eritema, calor e acentuada sensibilidade dolorosa. Cerca de 30% dos pacientes com a doença Gota, apresentam também hipertensão arterial. As duas condições mais comuns associadas à doença Gota são o consumo abuslvo de álcool etnico e a obesidade.

O consumo crônico e excessivo de álcool etílico causa uma renovação excessiva de nucleotídios (principalmente nas células do fígado, pois, o etanol é um tóxico), assim como uma produção e ipoexcreção de urato, portanto, as bebidas alcoólicas aumentam o ácido úrico sérico, tanto devido ao est[mulo a produção de uratos, quanto pela menor excreção de ácido úrico. Em geral, as dietas com conteúdo moderado e um pouco pobre em gorduras, são preferidas, associada a aumento da ingestão de líquido objetivando obter débito urinário em torno de 2000 ml por dia.

Entre os alimentos, deve-se restringir: carnes vermelhas e gordas, defumados, enlatados e conservas, miúdos e vísceras, peixes e frutos do mar (OLIVEIRA, 2008). O. S. 3. S apresentou a primeira crise de artrite gotosa com em média 65 anos. Durante toda sua vida, consumiu quantidades elevadas de prote[na e bebidas alcoólicas. Atualmente, esta é a patologia que mais o torna incapacitado em suas atividades diárias. 3. 1. 3 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é um estado patológico caracterizado por limitação do fluxo de ar que não é totalmente reversível.

De acordo com a OMS, 210 milhões de pessoas no mundo têm DPOC e a estimativa é que esta doença se torne a terceira principal causa de morte por volta de 2020. No Brasil, a DPOC atinge cerca de 6 milhões de pessoas. Ocorre a limitação rogressiva do fluxo de ar que está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões para as partículas ou gases nocivos. Com as diversas inflamações e tentativas de reparo do organismo causa a formação de tecido cicatricial que estreita a luz da via aérea.

O principal fator de risco para DPOC é o tabagismo. O tabagismo intenso deprime a atividade das células depuradoras e afeta o mecanismo de limpeza ciliar, obstruindo o fluxo de ar, assim os alvéolos se distendem muito, o que diminui a capacidade pulmonar (SMELTZER, 2009). O. S. B. S foi fumante por 40 anos e consumia 20 cigarros por dia. Atualmente, ao realizar testes como capacidade pulmonar e espirometria seus resultados são distúrbio ventilatório obstrutivo moderado e redução na capacidade de expansão pulmonar. 3. 1. Hipotireoidismo Podemos definir hipotireoidismo como um estado clinico resultante de quantidade insuficiente de hormônios circulantes da tireóide para suprir uma função orgânica normal. A forma mais prevalente é a doença tireoidiana primária, mas também pode ocorrer hipotireoidismo devido à doença hipotalâmica ou hipofisária (denominado hipotireoidismo central) (SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA METABOLOGIA, 20 denominado hipotireoidismo central) (SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA, 2005).

AS principais etiologias para o hipotireoidismo primário são: doença auto- imune de tireóide, também denominada de tireoidite de Hashimoto, deficiência de iodo, Doença de Graves e câncer de tireóide. Sabe-se que o hipotireoidismo afeta cinco vezes mais as mulheres do que os homens e sua incidência aumenta com o avanço da idade (SMELTZER, 2009). As manifestações clínicas do hipotireoidismo resultam da redução da atividade metabólica e depósito de glicosaminoglicanos e ácido hialurônico a região intersticial.

Nos estágios iniciais da doença, os sintomas podem ser inespeciTicos, como: queda de cabelos, unhas quebradiças, mialgia, artralgia, câimbras, pele seca, dores de cabeça e menorragia. O hipotireoidismo grave está associado a um nível sérico elevado de colesterol e aterosclerose, ambos fatores presentes no paciente deste estudo de caso (SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA, 2005). 3. 1. 5 Cardiopatia isquémica A cardiopatia isquêmica é definida como o déficit de oxigênio e a redução ou ausência de irrigação sanguínea no miocárdio ausadas por estreitamento ou obstrução das artérias coronárias.

A incidência anual de doença isquémica aumenta com a idade e declina após os 85 anos. Atualmente, a estimativa anual de mortalidade é de a (THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY, 2006). O principal sintoma da Cl é a dor no peito, porém ela pode se manifestar de diversas maneiras como a sensação de queimação no esterno que pode se irradiar para a mandlbula, ombro e braço esquerdos (GUS, 1998). Os fatores de risco para Cl são: pacientes com 200 mg/dL. Os valores do colesterol total foram mais altos PAGF 16

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