Mulheres em ação

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[pic] UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO Departamento de História Licenciatura Plena em História RESENHA CRITICA Corpo Fermnino e Fo REFERÊNCIAS ors to neZ*ge rso e práticas SOIHET, Rachel. Corpo Feminino e formas de Violência: discurso e práticas. In: Mulheres em ação: práticas discursivas, práticas politicas. (orgs) Tânia Navarro Swain; Diva do Couto G. Muniz. Florianópoles: Ed. Mulheres; Belo Honzonte: PUC Minas, 2005. p. 305-336.

Rachel Soihet possui graduação em História pela Universidade Federal Fluminense (1959), especialização em História do Brasil ela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1968), mestrado em História pela Universidade Federal Fluminense (1974), doutorado violência; movimentos feministas: estereótipos e caricaturas; novos ares, o deboche continua. Na introdução Rachel Soihet relata que embora a mulher assim como na França no Brasil também tenha sido símbolo da nação república, onde foi varias vezes exaltado, o corpo feminino também foi alvo de violência de todos os tipos desde fisica a violência simbólica.

Tal pesquisa segundo Soihet compreende os períodos do fim do século XIX aos anos de 1930 e entre os fins dos anos 1960 a 1980. Estes períodos abarcam os limites temporais da primeira e da segunda movimentação mais marcante das mulheres pela participação igualitária na sociedade. Segundo a autora as informações foram retiradas de periódicos e escritas literárias, sendo também consultados os processos criminais e noticiário policial dos jornais do momento.

Tais documentos foram fundamentais para entender melhor o cotidiano das camadas mais populares, embora as desigualdades de gênero fossem além da questão da classe social. Na segunda parte a autora faz referencia a vários casos, estes sendo em sua maioria nas classes mais populares, onde o omem não conseguia prover o sustento da casa sozinho sendo necessário que as mulheres trabalhassem o que proporcionava uma “certa liberdade”, pois estas precisavam sair todos os dias para trabalhar.

E consequentemente essas mulheres acabavam se rebelando contra esses homens que não concorria para a subsistência, negando fazer os serviços domésticos ou até mesmo a suprir os desejos sexuais do parceiro, os homens aproveitavam essa rebeldia feminina para justificar a agressão contra elas. Desta maneira percebe-se que ambos essa rebeldia feminina para justificar a agressão contra elas. Desta maneira percebe-se que ambos apoiam suas justificativas buscando demostrar à inadequação do companheiro aos papeis de gênero estabelecidos pela sociedade.

Em alguns casos citados pela autora Rachel Soihet as mulheres eram cumplices da agressão realizada por seus maridos, sendo capazes de defendê-los em julgamento, por partilharem das concepções machistas, que predominava na sociedade da época. Concepção esta onde as mulheres deveriam se sujeitar aos homens executando os serviços exigidos, e caso não fossem atendidos, estes se sentiam do direito de agredi-las. Porém a grande maioria reagia algumas chegando até a enfrentar o agressor.

Alguns homens usavam o adultério feminino, onde na maioria das vezes não existia nenhum tipo de prova, para justificar atitudes agressivas baseando-se no argumento da legitima defesa da honra. Dentre os outros motivos também existiram casos de da figura masculina possu[da pelo ciúme, ou mesmo de homens inconformados coma rejeição tanto das esposas, quanto de mulheres com as quais não detinham nenhum tipo de vinculo. Como se pode perceber a violência ocorria de maneira muito diversa.

Segundo Soihet no meio desse contexto social inda existiram mulheres que conseguiram superar a agressão sofrida e dar sequencia em suas vidas, construindo novos relacionamentos. A violência física também ocorria nos seguimentos médios e elevados da sociedade, onde imperava os padrões tradicionais de comportamento, no entanto estes grupos dispõem de recursos que impedem na maioria dos casos, que os fatos cheguem ao conhecimento da PAGF3rl(FS dispõem de recursos que impedem na maioria dos casos, que os fatos cheguem ao conhecimento da policia e da população em geral.

Na terceira parte denomnada de “no símbolo, a wolência” utora trata da violência, que vai além da agressão física, que esta inserida e normatizada pela sociedade onde a mulher é posta numa situação de descriminação e submissão. Neste discurso a mulher esta sempre restrita de liberdade e autonomia, configurando em uma relação de hierarquia de desigualdade em relação à figura masculina. Que tem como base a relação histórica, cultural e linguística constru(da presentes no discurso da Igreja Católica, e em movimentos como Iluminismo e a Revolução Francesa.

Além do respaldo da ciência, que compõem as características femininas por argumentos biológicos a ragilidade, o recato, o predomínio das faculdades afetivas sobre as intelectuais, a subordinação da sexualidade e a vocação maternal. A quarta parte que aborda os movimentos feministas, que a partir da segunda metade do século fizeram-se presente em demonstração da insatisfação de muitas mulheres diante da exclusão do terreno público, criando impressa própria e organlzando assoclações em luta pelo reconhecimento de seus direitos visando também o âmbito da sexualidade.

Porém essas manifestações não foram bem recebidas por parte do governo e da sociedade, principalmente a camada masculina. A oposição a esse movimento pode ser visto nas peças teatrais, na literatura, em crônicas e em diversas matérias da imprensa. Segundo Soihet foram ridicularizadas, representadas como masculinizadas, feias e amorais. Nas crônicas e charges eram alvos d PAGF ridicularizadas, representadas como masculinizadas, feias e amorais.

Nas crônicas e charges eram alvos de caricaturas, onde era passada a imagem do terror e do grotesco. As criticas eram presentes também no próprio ambiente feminino, contudo em meio a tantas censuras, as feministas tiveram êxito nas suas reivindicações na Constituição de 1934. Na quinta parte esta inserido o contexto dos ano de 1960 em plena guerra fria, momento marcado pela reação da juventude de uma maneira geral contra a repressão e o controle dos quais consideravam reféns.

O capitalismo em oposição ao socialismo real. Momento em se tem como concepção politica e cultural a conciliação da justiça social, a liberdade, a arte e a vida. Em melo a esse contesto surge à rebelião das mulheres lutando pela exclusão de modelos patriarcais familiares, de estereótipos como da maternidade compulsória, modelos de beleza, entre outros. E mais uma vez foram alvo da impressa ridicularizando-as, fazendo so de rótulos relativos a masculinização ou a falta de beleza.

Diante dos aspectos observados a obra aborda a diferença de gêneros entre o público e o privado, relatando a luta das mulheres tanto nas camadas populares, quanto nas médias e elevadas, para adquirir um patamar de igualdade perante os homens em meio a uma sociedade marcada pelo machismo e conservadorismo. Penetrar na esfera pública como citado no texto pela a autora segundo Hannah Arendt era “assumir sua plena condição humana, través da politica, da qual por um longo tempo permaneceram violentamente excluídas”.

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