Resumo do artigo “estratégias de coleta de dados com trabalhadores de baixa escolaridade”

Categories: Trabalhos

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ACHAMENTO Borges, L. O. e Pinheiro, J. Q. (2002). Estratégias de Coleta de Dados com Trabalhadores de Balxa Escolarldade. Estudos de Psicologia , 7 (Número especial), 53-63.

Objetivo do artigo: Partindo da constatação de que parte da população economicamente ativa (PEA) do país apresenta baixo nível instrucional ou ser analfabeta, o artigo em questão tem por intuito investigar como os pesquisadores da voltados à área da Psicologia Organizacional e do Trabalho estão realizando suas opções metodológic de dados utilizadas n e s PACE 1 or6 para a discussão des Principais estratégias écnicas de coleta indo, desta forma, imento do texto: A estratégia utilizada pelos autores do artigo em estudo diz respeito a uma revisão de periódicos selecionados nas quatro revistas especializadas em Psicologia melhor avaliadas pela Comissão CAPES/ANPEPP, sendo elas, Psicologia USP; Psicologia: Reflexão e Crítica; Psicologia: Teoria e Pesquisa; e Estudos de Psicologia, bem como, artigos publicados na Revista de Administração Contemporânea (RAC), tendo um de seus autores psicólogo ou vinculado a um programa de pós-graduação de Psicologia. Ao todo, participaram desta seleção 15 artigos.

Informações mais importantes apresentadas no texto: É imprescindível destacar que dos 15 artigos selecionados, apenas 5 diziam respeito a relatos de estudos empíricos envolvendo trabalhadores de baixa escolaridade, e ainda que apenas 7 trabalhos informaram explicitamente o nível de seus participantes, obrigando os pesquisadores a inferir o nível instrucional, de acordo com a categoria ocupacional dos participantes e os procedimentos de coleta de dados. Tal fato reflete a realidade nacional de que são poucas as pesquisas realizadas no país que abarcam este segmento, o que, por sua ez, acaba em muitos casos comprometendo as possibilidades de generalizações dos resultados. Em determinados países, estudos relacionados às categorias de “baixa qualificação” dizem respeito aos postos de trabalho e ao nível de exigência instrucional suscitado pelo próprio trabalho, o que não significa que os ocupantes destes cargos apresentem baixa instrução, diferente do que ocorre no Brasil, fato que acaba suscitando uma maior anállse critica quanto a aplicar os mesmos procedimentos de coleta de dados, havendo uma necessidade de contextualização à nossa realidade. – A aplicação de determinadas écnicas, como perguntas que solicitam do respondente atribuição de pontuação determinadas questões, por exemplo, pode desencadear problemas mesmo entre participantes que apresentam alta escolaridade, o que suscitaria uma aplicação individual questão a questão. Contudo, isto poderia vir a ferir determinados preceitos, como o anonimato do respondente. Nos últimos anos, levantamentos têm demonstrado um aumento significativo no que se refere ao nível de escolaridade da população brasileira. O que de forma alguma significa que não há necessidade de estudar este segmento da população. Afinal de ontas, qual a garantia que os valores destas camadas são iguais aos das demais? Além do mais, a psicologia Social defende os valores como sendo his camadas são iguais aos das demais? Além do mais, a psicologia Social defende os valores como sendo historicamente produzidos, logo, é de se questionar se o fato de aumentar a escolaridade necessariamente implicaria em modificações nestes valores, ao passo que esta trata de uma variável dentre as tantas relacionadas ao fenômeno em questão. Outro argumento interessante refere-se ao fato de que deixar de incluir indivíduos com baixa escolaridade pode ignificar excluir segmentos inteiros de determinadas categorias ocupacionais, o que claramente implica em problemas de generalização dos resultados, ao passo que deixa de abarcar uma diversidade maior de aspectos de construtos estudados no campo da Psicologia Organizacional e do Trabalho. – No que diz respeito às estratégias metodológicas utilizadas nos estudos que incluem trabalhadores de baixa escolaridade, a entrevista se destaca como o principal meio de coleta de dados. Onde muitos pesquisadores alertam para a necessidade de se atentar para determinados cuidados a serem adotados de acordo com a opulação que se deseja investigar. Neste sentido, Albuquerque (2000) ressalta a importância de se levar em consideração as varáveis ambientais na determinação da formulação e expressão do comportamento, descrevendo diversas peculiaridades, por assim dizer, do homem do campo com o qual realizou estudos, alertando que essas devem sempre ser levadas em consideração quando no delineamento de procedimentos de coleta de dados. – Os autores apontam ainda a relevância de se aprofundar na categoria ocupacional que se deseja investigar, tendo em vista o desenvolvimento de uma relação empát PAGF3rl(F6 cupacional que se deseja investigar, tendo em vista o desenvolvimento de uma relação empática com o sujeito. O que não significa tentar se mostrar igual a ele, mas sim, compreender seus costumes, especialmente em se tratando da Ilnguagem que usa. Assim sendo, Pasquali (1999) propõe que a linguagem típica da população investigada deve ser levada em consideração quando na formulação dos itens. ?? Assim, foram levantados pontos positivos da entrevista como instrumento de coleta de dados em trabalhadores de baixa escolaridade, tendo em vista, especialmente, que se trata de uma forma de explorar novos construtos. Todavia, vale ressaltar que não deve ser entendido como único método de se trabalhar com tais indivíduos. – Destarte, os questionários estruturados também significam alternativas válidas para a investigação neste setor da população, devendo-se levar em consideração o notável aperfeiçoamento na elaboração das escalas, na exploração e avaliação da validade e da confiabilidade destas. – Neste sentido, avanços têm sido obtidos na Psicologia Organizacional e do Trabalho partindo- se do pluralismo, sofisticação e rigor metodológico.

Ao mesmo tempo em que despertam posicionamentos controversos, specialmente em relação à noção de pluralismo, levantando-se a questão da relação entre análises quantitativas e qualitativas em pesquisas. Triandis (1994) as percebe enquanto interdependentes e no mesmo caminho, Katzell (1994) e Álvaro-Estramiana (1995) percebem este movimento de combinacao de tecnicas de coleta e análise de dados como uma das grandes tendências na Psicologia Social. – Porém, pesquisadores como Smith (1994), na contramão des PAGF grandes tendências na Psicologia Social. – Porém, pesquisadores como Smith (1994), na contramão deste pensamento, dividem odos os pesquisadores somente enquanto positivistas e idealistas, diferenciando que técnicas de caráter qual tativo pertencem ao idealismo e quantitativas, por sua vez, ao positivismo. Estudos são apontados enquanto possíveis por meio da utilização de ambos os métodos de coleta e análise de dados (Borges, 1997, 1999; Borges & Tamayo, 2000), mostrando a possibilidade real de se aplicar a sofisticação, pluralidade metodológica, rigor conceitual e tratamento dos dados. Contudo, não se deixa de apontar as limitações apresentadas por ambos os métodos. Problemas mais relevantes encontrados no texto: Os artigos apresentados no início do artigo ficaram meio “soltos” ao longo do texto, ao passo que não se deixa muito claro se os temas tratados durante a discussão dizem respeito aos artigos retirados dos periódicos especificados. Os autores citam exemplos de estudos e apresentam argumentos sem citar referência, parecendo que se tratam de inferências dos próprios autores, como por exemplo, afirmar que “é argumento amplamente aceito na psicologia Social que valores são histoncamente sem afirmar estudiosos que concordam com tal colocação, dentre outros pontos semelhantes. REFERÊNCIAS Albuquerque, F. J. B. (2000, maio). Uma aproximação metodológica ao ambiente rural. Trabalho apresentado no VIII Simpósio Brasileiro de Pesquisa e Intercâmbio Científico – ANPEPP). Serra Negra, São Paulo. Álvaro-Estramiana, J. L. (1995). Notas finales acerca de las características y objeto de la Psicol características y objeto de la Psicologia Social. In J. L. Álvaro- Estramiana (Org. , Psicologia Social: perspectivas teóricas y metodológicas (pp. 116-123). Mad id: Siglo Veintiuno de Espana. Borges, L. O. (1997). Os atributos do significado do trabalho e sua mensuração. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 13(2), 211-220. Borges, L. 0. , & Tamayo, A. (2000). A estrutura cognitiva do significado do trabalho [Texto completo]. In Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração (Org. ), 240 ENANPAD – Encontro da Associação Nacional dos Programas de pós-Graduaçào em Administração (Formato CD-ROM). Florianópolis: Autor. Katzell, R. (1994) Contemporary meta-trends in Industrial and Organizational Psychology. In H. C. Triandis, M. D. Dunnette L. M. Hough (Orgs. , Handbook of Industrial & Organizacional Psychology (v. 4, pp. 1-94). Palo Alto, California: Consulting Psychology. Pasquali, (1999). Testes referentes a constructo: teoria e modelo de construção. In L. Pasquali (Org. ), Instrumentos psicológicos: manual prático de elaboração (pp. 37 71). Brasília: LabPAM; IBAPP. Smith, J. K. (1994). Pesquisa quantitativa versus qualitativa: uma tentativa de esclarecer a questão. Psico, 25(2), 33-51. Triandis, H. C. (1994). Cross-cultural Industrial and Organizational psychology. In H. C. Triandis, M. D. Dunnette & L. M. Hough (Orgs. ), Handbook of Industrial & Organizacional Psychology (v. 4, pp. 103-162). palo Alto, California: Consulting Psychology.

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