A feminizaçao do trabalho

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – CINEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇAO – DEDC CAMPUS II – ALAGOINHAS DISCIPLINA – SOCIOLOGIA DO TRABALHO DISCENTE – PRISCILA LAGO Realizado com base no texto “A feminização do trabalho no Brasil e suas principais tendências. ” De Claudia Mazzei Nogueira e outras pesquisas. As mulheres sempre foram coadjuvantes na família e na sociedade. A História por muito tempo foi direcionada a assuntos político-soci ausentes nesse cont serem colocadas del um universo masculi mulheres na socieda OF8 m quase sempre opria e sim por al trouxe consigo ‘Vipe view nent page articipação das

Porém este paradigma vem aos poucos sendo desconstru(do através de trabalhos que demonstram a importante atuação das mulheres em diferentes contextos da Historia, seja ele no âmbito familiar, social, político ou econômico. A mulher dos dias de hoje já conseguiu se emancipar de muitos preconceitos que a cercavam, além de terem obtido varias conquistas. Isso demonstra que apesar de ser chamada por muito tempo de “sexo frágil”, ela soube de comprovar que tem força para atingir seus objetivos.

Isso vem sendo demonstrado principalmente na forte entrada das mulheres no mercado de trabalho. A nossa sociedade patriarcalista, sempre privilegiou os homens e na questão do trabalho não foi diferente. As mulheres até os anos 50 do século passado, eram preparadas para o casamento e para cuidar de sua casa e da família desde crianças, sendo estudo e o trabalho. Mulheres que não se adequavam a esse contexto e afrontavam a sociedade com profissões como enfermeira, artistas e cantoras eram mal vistas pela sociedade.

O homem por outro lado era tido como o provedor do lar, aquele que sairia em busca do sustento familiar, através do trabalho. Ao homem, porem, não era dado à responsabilidade do cuidado com familia tal qual tinha a mulher. Casos espec[ficos de mulheres dentro do mercado de trabalho ocasionalmente ocorriam. Na idade moderna, mulheres pobres trabalhavam porque eram obrigadas a ajudar na renda mensal familiar, ou precisavam juntar dinheiro para poder pagar seu próprio dote.

Esses trabalhos eram em sua maioria na área agrícola, onde o trabalho feminino se encaixava nas áreas de produção da própria família. As mulheres também se inseriam nas manufaturas onde ficavam na responsabilidade de seus patrões, que cobrava das funcionarias uma parte do salário pela omida e pela dormida e o restante era guardado por ele mesmo para formar um futuro dote. As mulheres de classes mais ricas ficavam com a incumbência de cuidar da sua fam[lia e do seu lar e algumas vezes ajudavam na administração dos bens de seu marido.

Tudo começaria a mudar na década de 60 com o aparecimento da pílula anticoncepcional e o aparecimento do movimento hippie que iniciaram uma liberdade sexual sem precedentes para as mulheres. Essa liberdade afrontava a sociedade conservadora e machista que as discriminavam. Porem as mulheres foram a luta estudando, se aperfeiçoando e avançando sobre o mercado e trabalho e fazendo ate trabalhos pesados que eram ditos masculinos. Isso é de o mercado de trabalho e fazendo ate trabalhos pesados que eram ditos masculinos.

Isso é demonstrado na citação a seguir do texto: “Do lar para as ruas: capitalismo, trabalho e feminismo. ” “A reivindicação por igualdade política e econômica estava presente no discurso feminista desde seus primórdios; entretanto, a partir dos anos 60, esse movimento ganhou novos contornos transformadores. É preciso lembrar que os anos em questão foram um período de efervescência cultural em todo o mundo. O movimento de maio de 1968 despertou, especialmente na juventude, a ânsia de construir uma nova sociedade.

E, para que esta existisse, seria necessário derrubar tabus e preconceitos. Foi nessa onda libertária que uma diversidade de novos movimentos sociais começaram a discutir publicamente questões que antes eram reservadas, quando muito, aos divãs dos psicanalistas. O direito à liberdade sexual foi uma das tônicas desses movimentos. A bandeira foi imediatamente incorporada pelas feministas, já que o advento da pílula anticoncepcional garantia, pela primeira vez na história da humanidade, que as ulheres exercessem um método totalmente seguro de controle da gravidez.

A possibilidade de poder optar em ter ou não filhos, de planejar a maternidade, teve um importante significado para as mulheres. Um dos seus reflexos é a maior participação feminina no mercado de trabalho, bem como o aumento de sua presença em universidades, na política e no cenário cultural. ” 1 (Pag. 12) Claudia Nogueira em seu texto vem discutir justamente a participação das mulheres no mercado de trabalho a partir dos anos 20. A autora começa falando sobre a situação 3 anos 20.

A autora começa falando sobre a situação histórica rasileira que trouxe uma acentuada exploração do trabalho que estava explicitada pelos baixos salários, jornada de trabalho prolongada entre outras. As mudanças ocorridas nesse processo chamado de reestruturação produtiva trouxeram grandes mudanças no âmbito do trabalho principalmente no que se diz respeito ao trabalho feminino. A autora comenta que há uma precarização do trabalho e demonstra através da analise de pesquisas empíricas e de dados estatísticos as mudanças ocorridas em relação ao trabalho feminino durante algumas décadas.

Inicialmente o texto fala sobre a participação da mulher no ercado de trabalho dizendo que houve um crescimento entre as décadas de 20 e 80. Comenta também que as mulheres ocupam trabalhos ruins, alem de ocuparem espaços ditos femininos como professora, enfermeira, domestica e etc. Porem uma significativa mudança vem sendo percebida a partir dos anos 90. Isso pode ser chamado de feminização do trabalho e só pode ser entendido como parte de um processo mais amplo.

Em relação ao aumento da participação do trabalho feminino a autora cita Cristina Bruschini que comenta: “Enquanto as taxas de atividade masculina mantiveram patamares semelhantes, as das ulheres se ampliaram significativamente nos anos 80 e mais ainda na década seguinte, quando atingiram, em 1 998, 47,5%” e isso vem confirmar o que a autora diz anteriormente sobre o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho. ” 2 Citamos Cristina Bruschini, quando explica esse aumento da 4DF8 de trabalho. 2 participação feminina no mercado de trabalho quando fala que: “A participação feminina no emprego, que, em 1990, alcançava 37,59% dos postos de trabalho, ampliou-se, representando 40,52% do contingente regularmente empregado em 2000 e 42,55% em 2002, o que caracteriza a tendência à feminização os postos de trabalho ocorrida em virtude das transformações culturais no comportamento das famílias brasileiras, que propiciaram às mulheres a liberação para o trabalho fora do lar (Bruschini, 2000, p. 4). Entre essas transformações, estão a redução do número de filhos, o aumento da escolarização e a redefinição do papel social da mulher, postulada pelos movimentos feministas, que alterou a identidade feminina, tornando-a mais voltada para o trabalho produtivo (Bruschini, 2000, p. (pag 2) Sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho também podemos citar um trabalho dos autores Leni B.

C. Collares Elásio Soares de Faria: Gênero e mercado de trabalho em Pelotas: balanço dos últimos anos, que analisa o mercado de trabalho de Pelotas com destaque na participação feminina. Diz: “Observa-se que não só se mantiveram como se acentuaram alguns redutos femininos (caso da educação e da saúde) e que houve avanço das mulheres em ocupações de n[vel superior onde antes predominavam os homens.

Ao mesmo tempo, decresceu a participação feminina em alguns segmentos do setor serviços, o que redundou em maior equilíbrio entre os sexos, enquanto, na indústria, se aprofundou a segregação ocupacional feminina. 3 (pag. 10) O texto de Mazzei cont S O texto de Mazzei continua a tratar do assunto tocando no ponto da remuneração feminina. Pois é perceptível a diferença entre os salários entre homens e mulheres sendo que elas estão sempre nas faixas de rendimentos mais baixos.

Ela conclui sobre isso que o valor pago a mulher é na maioria das vezes muito menor do que ao que é pago aos homens e diz “a precarização no mundo do trabalho vem atingindo muito mais a mulher trabalhadora e acentua as desigualdades de género” 2 ( pag. 73) Sobre a diferenciação no ganho dos salários entre os sexos, Leni 3. C. Collares & Elásio Soares de Faria também fazem a sua analise e dizem: “De maneira geral, em 1990, os homens ganhavam cerca de 1,5 salário mínimo a mais do que as mulheres. Essa diferença caiu para em 2000 e para 0,65 em 2002.

A menor variaçao que existiu entre homens e mulheres foi no setor administração pública, em 2000 (0,24 salário mínimo), e a maior variação ocorreu na indústria de transformação, em 1990 (1 ,89 salário mínimo). ” 3 (pag. 12) Claudia Mazzei ainda toca no assunto da precarização do trabalho feminino sob a dimensão de raça/cor o que piora a situação da ulher, pois, mulheres negras estão no ultimo lugar no que diz respeito a trabalho e a salário, vinda depois dos homens brancos, mulheres brancas e homens negros.

Esse mesmo fato é comprovado por um estudo realizado com os dados apurados pela Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre nos diz: “Como demonstram esses resultados, as mulheres negras constituem o grupo populacional mais vulner constituem o grupo populacional mais vulnerável da População Economicamente Ativa. A inserção ocupacional mais precária dessas mulheres coloca-as em um patamar de rendimentos nferiores aos dos demais segmentos populacionais.

Nesse sentido, verifica-se, para a força de trabalho feminina negra, uma situação de dupla vulnerabilidade: enquanto mulher e enquanto negra” 4 (pag. 10) Outra particularidade e diferença na divisão sexual do trabalho no Brasil esta na questão da duração da jornada de trabalho. A autora diz que em geral quanto menor for a jornada de trabalho, maior é a presença feminina. Isso sugere mais uma vez a precarização do trabalho feminino, pois, na maioria das vezes estes trabalhos de pequena jornada de trabalho são os que têm ma menor remuneraçao.

O problema do trabalho informal e do desemprego também é analisado pela autora. Sobre o primeiro ela constata que apesar de a mulher este em trabalhos mais precários que os homens estes perdem mais trabalhos formais que as mulheres. Já sobre a questão do desemprego, ela mostra que a década de 90 foi marcada por uma reestrutaração produtiva que somada ? desregulamentação do trabalho e o desemprego é uma forte exemplo dessa precarização, no qual as mulheres, por vários motivos demonstrados por ela, são muito mais atingidas por ele do que os homens.

Podemos concluir que as mulheres tiveram sim um grande avanço no que diz respeito à sua entrada no mercado de trabalho, como também em outros aspectos, como por exemplo, o poder exercer o cargo da chefia da família, porém a muito que alcançar. As mulheres j por exemplo, o poder exercer o cargo da chefia da família, porém a muito que alcançar. As mulheres já conseguem ter uma significativa participação no mundo do trabalho, mas não conseguiram ainda, mesmo tendo uma qualificação igual, ou melhor, obter uma igualdade nesse setor.

O mesmo estudo sobre a Região Metropolitana de Porto Alegre nos diz: Contudo esses resultados positivos não excluem a situação de desvantagem que ainda permanece para as mulheres, tendo em vista que a diferença de rendimentos entre os gêneros continua ainda muito elevada, apesar da progressiva inserção de mulheres mais escolarizadas e melhor qualificadas no mercado de trabalho. ” 4 (pag. ) Finalizando, para concluir tudo que foi dito sobre o trabalho feminino na ultima década, cabe aqui uma citação da própria autora Claudia Mazzei, quando diz que ” . a flexibilização e a desregulamentação do mundo do trabalho vem atingindo de orma acentuada toda classe trabalhadora, mas de maneira muito mais intensa e particular quando se trata da mulher trabalhadora. ” 2 (Pag. 83) REFERENCIAS 1. MÉNDEZ, Natalia Pietra.

Do lar para as ruas: capitalismo, trabalho e feminismo. 2. MAZZEI, Claudia Nogueira. A Feminizaçao no Mundo do Trabalho. São Paulo: Editora Autores Associados, 2004. 3. COLLARES, Leni B. C; DE FARIA, Elásio Soares. Gênero e mercado de trabalho em Pelotas: balanço dos ultimos anos. 4. MARQUES, Elisabeth Kurtz; GALEAZZI, Irene Maria sassi; KRELING, Norma Hermínia. A Inserção das mulheres no mercado de trabalho da RMPA, em 2004. 8

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