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Universidade Federal do Pará Centro Sócio Econômico Análise dos Demonstrativos Contábeis Professor: Heber Lavor Moreira Análise dos Demonstrativos Contábeis Índices de Endividamento Cristhiane Carvalho Téles Belém, de agosto de 2003. Análise dos Demonstrativos Contábeis – Índices de Endividamento SUMÁRIO Universidade Federal do Pará . – Resumo Endividamento… … … índices de Endividam 9 Svip page .. 11 da Estrutura e 3 — O Papel dos 54- Principais Indices de Endividamento. 10) Participação de Capitais de Terceiros (PCT) Endividamento (CE).. 8 30) Imobilização do Patrimônio Líquido 20) composiç•ao de (IPL) Recursos Nao correntes (IRNC) 11 50) Nível de Desconto de Duplicatas (NDD) . . 9 40) Imobilização dos 12 60) Endividamento 145- Financeiro Sobre Ativo Total Quadro-Resumo Dos (ndices — Swipe to next -lal Studia 178 Consultada: • 156- Dívidas 16 7 – 18 Principais – Bibliografia Cristhiane Carvalho Téles – cristhiane. teles@bol. com. r 2 1 — Resumo O estudo dos índices tem papel fundamental na análise das Demonstrações Financeiras, pois representam a relação entre contas ou grupo de contas de tais demonstrações, que visa videnciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa. Os índices têm como característica fundamental fornecer Visão ampla da situação econômica e financeira da empresa, além de servirem de medida para a construção de um quadro de avaliação da empresa.

Podemos também, através dos índices, analisar a situação financeira separadamente da situação econômica para, na conclusão, juntar essas duas análises. Assim, são divididos em grupos que revelam a Estrutura, a Liquidez e a Rentabilidade, sendo que daremos nfoque ao índice da Estrutura (Endividamento). Com relação a Participação de Cap tais de Terceiros ou Endividamento (tópico a ser tratado e enfatizado nesse artigo), há autores que utilizam fórmulas diferentes.

Há aqueles que calculam esse índice levando em consideração o total do Passivo da empresa, outros que o calculam em relação ao Patrimônio e outros, ainda, que invertem o índice, calculando a relação entre Ativo e Capitais de Terceiros, s 20F Ig Patrimônio e outros, ainda, que invertem o índice, calculando a relação entre Ativo e Capitais de Terceiros, são, contudo, equenas diferenças que não chegam a afetar propriamente a analise. No decorrer do estudo o comentário exposto será melhor visualizado.

Cristhiane Carvalho Téles — cristhiane. teles@bol. com. br 3 2 — Introdução à Análise da Estrutura e Endividamento Sabemos que o Balanço Patrimonial evidencia a Situação Patrimonial (Bens, Direitos Obrigações) da empresa. Podemos, ainda, numa abordagem mais especifica, identificar a Situacao Econômica da empresa. Assim, uma forma de avaliar a Situação Econômica é observar o Patrimônio Líquido da empresa e a sua variação. Evidentemente que o crescimento real do Patrimônio Liquido vem fortalecer a sua Situação Econômica.

O fortalecimento da Capital Próprio (PL) em relação ao Capital de Terceiros propicia à empresa uma posição mais sólida, não se tornando vulnerável a qualquer revés que possa ocorrer no dia-a-dia. O Patrimônio Liquido poderá ser acrescido, também, com novos aumentos de Capital: os proprietários fazem novos investimentos, normalmente, com o objetivo de expandir a empresa. Todavia, há ocasiões em que a Situação Econômica é tão precária que os proprietários da empresa contribuem com m aumento de Capital para tentar equilibrar aquela situação.

Note que esses aumentos não podem ser contínuos, pois tal situação seria desestimulante para os proprietários. Para que se tenha idéia do nível mais acertado de Endividamento de uma empresa, se faz necessário o conhecimento desses índices, que mostram o percentual de Ca itais de Terceiros fin 30F Ig conhecimento desses índices, que mostram o percentual de Capitais de Terceiros financiando o Ativo da empresa. 4 3— O Papel dos Índices de Endividamento Este índice revela o grau de endividamento da empresa.

A nálise desse indicador por diversos exercícios mostra a politica de obtenção de recursos da empresa. Isto é, se a empresa vem financiando o seu Ativo com Recursos Próprios ou de Terceiros e em que proporção. É por meio desses indicadores que apreciaremos o nível de endividamento da empresa. Sabemos que a Ativo (aplicação de recursos) é financiado por Capitais de Terceiros (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) e por Capitais Próprios (Patrimônio Liquido).

Portanto, Capitais de Terceiros e Captais Próprios são fontes (origens) de recursos. Também, são os indicadores de endividamento que nos nformam se a empresa se utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários. Saberemos se os recursos de terceiros têm seu vencimento em maior parte e Curto Prazo (Circulante) ou a Longo Prazo (Exigível a Longo Prazo). Não há dúvida de que, principalmente em época inflacionaria, é apetitoso trabalhar mais com Capitais de Terceiros que com Capital Próprio.

Essa tendência é acentuada quando a maior parte do Capital de Terceiros é composta de “exigíveis não-onerosos”, isto é, exigíveis que não geram encargos financeiros explicitamente ara a empresa. Por outro lado, uma participação de Capitais de Terceiros exagerada em relação ao Capital Próprio torna a empresa vulnerável a qualquer intempérie. Normalmente, as instituições fi AGE 4 OF Ig Capital Próprio torna a empresa vulnerável a qualquer intempérie.

Normalmente, as instituições financeiras não estarão dispostas a conceder financiamentos para as empresas que apresentarem esta situação desfavorável. Na Análise do Endividamento há necessidade de detectar as características do seguinte indicador: 1) Empresas que recorrem a dívidas como m complemento de Capitais Próprios para realizar aplicações produtivas no seu Ativo(ampliaçáo, expansão, modernização, etc. ). Este endividamento é sadio, mesmo sendo um tanto elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos para saldar o compromisso assumido. ) Empresas que recorrem a dlVidas para pagar outras dívidas que estão vencendo. por não gerarem recursos para saldar os seus compromissos, elas recorrem a empréstimos sucessivos. Permanecendo este círculo vicioso, a empresa será uma séria candidata à insolvência e, consequentemente, à falência. A análise da composição do ndividamento também é bastante significativa para saber se os compromissos assumidos são a Curto Prazo (normalmente utilizados para financiar o Ativo Circulante) ou a Longo Prazo (normalmente utilizado para financiar o Ativo Permanente).

A proporção favorável seria de maior participação de dívidas a Longo Prazo, propiciando à empresa tempo maior para gera recursos que saldarão os compromissos. Expansão e 5 Análise dos Demonstrativos Contábeis – Indices de modernização devem ser financiadas com recursos a Longo Prazo e não pelo Passivo Circulante, pois os recursos a serem erados pela expansão e modernização virão a Longo Prazo. Se a composição do endivida Ig gerados pela expansão e modernização virão a Longo Prazo.

Se a composição do endividamento apresentar uma significativa concentração no Passivo Circulante (Curto Prazo), a empresa poderá ter reais dificuldades num momento de reversão de mercado (o que não aconteceria se as dlVidas estivessem concentradas no Longo Prazo). Na crise, ela terá poucas alternativas: vender seus estoques na base de uma “liquidação forcada” (a qualquer preço), ou mesmo assumir novas d[vidas a Curto Prazo que, certamente, terão juros altos, o que aumentará as despesas financeiras.

Se a concentração fosse a Longo Prazo, a empresa, num momento de revés, teria mais tempo para replanejar a sua situação, sem necessidade de desfazer-se dos estoques a qualquer preço. No entanto, é através do estudo detalhado desses Indices que apreciaremos a real situacao financeira do empreendimento, conforme segue: 4 – Principais índices de Endividamento 10) Participação de Capitais de Terceiros (PCT) Este índice indica o percentual de Captal de Terceiros em relação ao Patrimônio Liquido, retratando a dependência da empresa em relação aos recursos externos.

PCT- + x 100 PL Sendo: PC = Passivo Circulante ELP = ExglVel a Longo Prazo PL = Patrimônio Líquido Para a EXEMPLO SIA, no ano de 20×1, podemos visualizar sua participação de Cap tais de Terceiros conforme segue: Ativo Circulante Realizável a L/ Prazo Permanente Total do Ativo Valores Passivo 335. 676,00 Circulante 82. 303 00 Exigível a ú’ Prazo 210. 622,00 patrimônio Líq O Total do Passivo 6 OF Ig 628. 601,00 O Captal de Terceiros é formado pela soma do Passivo Circulante om o a Longo prazo. Note que o PC de R$ 263. 692,00 somado ao ELP de R$ 77. 166,00 resulta num Captal de Terceiros de R$ 340. 58,00. Dividindo R$ 340. 858,00 pelo Patrimônio Líquido de R$ 6 287. 743,00, obtém-se 11 8,46%, que signTica que para cada R$ 100,00 de capital própno, a empresa utiliza R$ 118,46 de Recursos de Terceiros. PCT 1 18. 46 102151 1011501009590 100 P+L CEP A interpretação do índice de PCT isoladamente, para o analista financeiro,cujo objetivo é avaliar o risco da empresa, é no sentido de que “quanto maior, pior”, mantidos constantes os demais fatores. Para a empresa pode ocorrer que o endividamento lhe permita melhor ganho, porém, associado ao maior ganho estará um maior risco.

O índice de Participação de Capitais de Terceiros relaciona, porta ndes fontes de recursos menor do que o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios. Portanto, sempre que se aborda o índice de Participação de Capitais de Terceiros, está-se fazendo análise exclusivamente do ponto de vista financeiro, ou seja, do risco de insolvência e não em relação ao lucro ou prejuizo. A falência, entretanto, nunca se deve exclusivamente ao endividamento. Há invariavelmente um quadro de má administração, desorganização, projetos fracassados – a isso tudo soma-se o excessivo endividamento.

Principais pontos a serem observados nesse índice: a) Os prazos de vencimento das dívidas a Longo Prazo; b) Participação de dlVidas onerosas no Passivo Circulante; c) A origem dos empréstimos (debêntures, empréstimos e financiamentos bancários,etc. ); d) No caso de países com inflação, a ausência de correção monetária; 7 20) Composição de Endividamento (CE) Indica quanto da dlVida total da empresa deverá ser pago a Curto Prazo, isto é, as Obrigações a Curto Prazo comparadas com as obrigações totais. CE = PC PC + ELP moo Sendo: PC Passivo Circulante ELP = Exigível a Longo Prazo 80F Ig 263. 92,00 77. 1 66,00 287. 743,00 628. 601 O Captal de Terceiros, ou seja, a dívida total, é representado pelo PC de R$ 263. 692,00 mais o ELP de R$ 77. 166,00, totalizando R$ 340. 858,00. Desse valor, R$ 263. 692,00 que é o PC, vence a Curto Prazo. Dividindo R $ 263. 692,00 por R$ 340. 858,00, obtém-se 77,36%, significando o percentual da divida total que vence a Curto Prazo. Desse modo, para cada R$ 100,00 de dívida que a empresa tem, R$ 77,36 vence Curto Prazo, ou seja, num período inferior a um ano. CE 120 100 80 6040200 CT 100 77. 6 8 A interpretação do índice de CE é no sentido de que “quanto maior, pior”, mantidos constantes os demais fatores. A razão é que quanto mais dívidas para pagar a Curto Prazo, maior será a pressão para a empresa gerar recursos para honrar seus compromissos. O passo agora é saber qual a composição dessas dívidas. Uma coisa é ter dívidas de Curto Prazo que precisam ser pagas com os recursos possu[dos hoje, mais aqueles gerados a Curto Prazo (e nós sabemos as dificuldades em gerar recursos Curto Prazo); outra coisa é ter dividas a Longo Prazo, pois aí a empresa dispõe de tempo para gerar recursos para pagar essas dividas.

Daí saber-se que este Índice é uma medida da qualidade do Passivo da empresa, em termos de prazo. Compara o montante de dividas no Curto Prazo com o endividamento total, além de mostrar as características da empresa quanto ao vencimento das dlvidas, p isolado de a dívida está concentrada no Curto Prazo não é, necessariamente, um fator negativo. É preciso conhecer a estrutura geral da empresa analisada quanto a sua participação de capitais de terceiros, sua apacidade de geração de recursos e mesmo sua condição de renovar a dlVida de Curto Prazo junto aos credores.

Por outro lado, as situações em que as parcelas do ExiglVel a Longo Prazo estejam sendo transferidas para o Curto Prazo, sem a empresa mostrar-se vigorosa para liquidar tais compromissos, podem ser muito criticas para o bom andamento do negócio. Admite- se que quanto mais curto o vencimento das parcelas, maior será o risco oferecido pela empresa. De outra forma, empresas com endividamento concentrado no Longo Prazo, principalmente decorrente de investimentos efetuados, oferecem uma situação ais tranqüila no Curto Prazo. 0) Imobilização do Patrimônio Líquido (IP ) O índice de imobilização do PL indica quanto do Patrimônio Liquido da empresa está aplicado no Ativo Permanente, ou seja, o quanto do Ativo Permanente da empresa é financiado pelo seu Patrimônio Líquido, evidenciando, dessa forma, a maior ou menor dependência de recursos de terceiros para manutenção dos negoc. os. IPL = 100 P Sendo: AP = Ativo Permanente PL = Patrimônio Líquido para a EXEMPLO s,’A no ano de 20Xl, seu nível de imobilizaçao pode ser representado conforme segue: 9 0 DF 19

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