Crise na argentina
O “day after” da Argentina após o seu “default” no início do milenio Factores que levaram ao incumprimento da Argentina No inicio do século XX, a Argentina era a 7a maior economia do mundo. A situação da economia da Argentina no final dos anos de 1980 e início da década de 1990 era muito grave, isto porque em 1983 o governo militar foi substituído pelo regime democrático, o que levou a conflitos internos e a um disparo na taxa de inflação. Em 1989 foi eleito Carlos Menem, que levou a uma aproximação política de seu gover por meio da esteriliz OF6 prazo fixos, poupanç Swipe nentp or bónus com prazo inflação nao baixou. deter a inflação ma. Os depósitos a ica foram trocados . No entanto, a Foi então que entrou o economista Domingo Cavallo no Ministério da Economia no início de 1990. A sua ideia era usar o câmbio como forma de segurar a inflação de uma forma definitiva e iniciar uma nova etapa na história do país. O pais abre assim mão de sua autonomia, e fica dependente da politica monetária dos EUA. O Plano de conversibilidade da Argentina transformou a moeda antiga, o austral, em peso, e estabeleceu sua paridade com o dólar americano, na base de m por um. Com esta nova política o PIB cresceu 10,5% em 1991 e 10,3% em 1992.
Ao mesmo tempo, iniciou o processo de privatização de grandes empresas estatais argentinas. As receitas obtidas com a venda dessas empresas estatais alcançar Swipe to next alcançaram cerca de 10% do PIB, entre 1988 e 1997. O governo Menem também introduziu mudanças na legislação laboral, por criar contratos de trabalho de curto prazo, o que tornava precária a garantia de emprego e enfraquecia a capacidade de negociação dos sindicatos. A dependência da Argentina não era simplesmente de xportações tradicionais, mas ela também dependia, fundamentalmente, do capital financeiro internacional.
Em 1994 0 cenário externo começou a preocupar, devido ? moratória decretada pelo México, que acabou por afectar a confiança dos investidores externos. Quando os investidores estrangeiros perceberam os riscos que corriam, retiraram os seus capitais e o pais acabou por entrar em um colapso cambial. Esta crise somente foi superada por um empréstimo do FMI e do governo dos EUA, com a garantia de parte das receitas futuras vindas das exportações de petróleo. Quando já não existiam empresas estatais a serem vendidas, a situação externa começou a se deteriorar.
A sobrevalorização da taxa de câmbio, imposta pelo regime, também criou o deficit na balança comercial. Como a moeda local adquiriu poder de compra, as importações dispararam acima das exportações. Em 1995, Menem é reeleito. Muitas indústrias argentinas foram extintas no per[odo, pois não conseguiram enfrentar a concorrência estrangeira. Com isso, a Argentina perdeu sua capacidade de exportação. Em 1996, houve uma variação negativa do PIB. A taxa de esemprego disparou e os sinais de descrédito já eram visíveis.
A recessão interna e o desemprego em massa, ajudavam a manter a paridade c visíveis. A recessão Interna e o desemprego em massa, ajudavam a manter a paridade cambial. A crise social atingiu níveis insuportáveis no fim da década de 1990, quando a taxa de pobreza chegou à marca de 30%. Em 1997 os países asiáticos entram em crise cambial e desvalorizam suas moedas; em 1998 a Russia anunciou moratória de sua dívida externa. Esses fatos assustaram investidores estrangeiros que começaram a retirar recursos investidos na Argentina.
Em Janeiro de 1999, o Brasil também desvalorizou o câmbio e abandonou o regime de bandas cambiais, o que acabou por piorar o saldo comercial argentino. Em 1999, Fernando de la Rúa, venceu as eleições presidenciais. Porém, foi mantido o regime de conversibilidade. A arrecadação fiscal diminuiu enormemente, a produção doméstica encolheu e o desemprego disparou, enquanto o país registava deflação. A dlVida externa passou de 61 bilhões de dólares, em 1991, para 145 bilhões de dólares em 1999. Em 2000, o governo cortou os gastos públicos e aumentou os mpostos, para diminuir as pressões sobre a conversibilidade da moeda.
O governo argentino confiscou os depósitos bancários, tornando a conversibilidade do peso de forma totalmente impossível. Crise e Recuperação Em 1 de Dezembro de 2001 a Argentina foi à bancarrota. O default atingiu 81,2 mil milhões de dólares de d[vida, o maior da história até à data, e os juros vencidos não pagos aos credores ascenderam a 25 mil milhões de dólares. E foi acompanhado por uma desvalorização do peso que deixou de ter paridade com o dólar americano e caiu para 1/4 do valor. A bancarro 3 esvalorização do peso que deixou de ter paridade com o dólar americano e caiu para 1/4 do valor.
A bancarrota doméstica afectou brutalmente de um dia para o outro os aforradores e depositantes que viram as contas emagrecer para 1/4 no valor no extracto que chegava a casa. A partir de 19 de Dezembro e da saída do Presidente De la Rua e do ministro das Finanças, Domingo Cavallo, sucederam-se dois presidentes provisórios até final do mês. Finalmente a 30 de Dezembro, o parlamento elege Eduardo Duhalde que iniciou um processo de aprofundamento da bancarrota: a depreciação do peso continuou e procedeu-se ? pesificaçáo”de todos os activos e encargos.
O sector financeiro foi multo penalizado. Em Janeiro de 2002, o governo decretou oficialmente extinto o sistema de conversibilidade. Com o abandono da conversibilidade, o banco central argentino retomava as rédeas da politica monetária como instrumento operacional. O novo governo imediatamente suspendeu os pagamentos da dívida externa e adoptou uma mega desvalorização da taxa de câmbio, que beneficiou o país com o aumento das exportações. Isso expandiu a produção doméstica, reduziu o desemprego e aumentou as reservas cambiais.
Ao encarecer as importações, a desvalorização cambial atraiu empresas estrangeiras que passaram a se instalar no país. Ao desvalorizar a taxa de câmbio aumentaram as exportações e a produção interna, detonando incipiente, porém gradual programa de substituição de importações. Apesar de um “programa de estabilização” a partir de Abril de 2002, a contracção que se seguiu foi brutal. O produto a partir de Abril de 2002, a contracção que se seguiu foi brutal. O produto interno bruto caiu 10,9% nesse ano e a inflação mensal disparou, nesse Abril, para 10,4%.
Em termos acumulados ao longo da crise a recessão destruiu 30% da riqueza nacional. No período 2003/2004, a indústria, comércio e construção civil tiveram fortes incrementos, ao passo que o sector de intermediação financeira reduziu sua participação na economia. Porém, uma inflação de dois dígitos foi um dos resultados nao desejados. O processo conturbado só começou a aliviar graças à alta dos preços das commodities que permitiram ao país crescer a 9% ao ano em média entre 2003 e 2005.
O azeite de soja, uma das exportações em que a Argentina é líder, foi um dos salvadores. O investimento estrangeiro directo voltou à Argentina, principalmente devido ao clima de relativa estabilidade de preços e aumento do mercado consumidor doméstico. Foi a desvalorização do câmbio, que tornou o preço de muitos activos mais baixos. Em Fevereiro de 2005, o governo argentino propôs aos credores externos um desconto de 75% na dívida, o que foi aceito por 76% dos credores.
Este foi um fato inédito na história das finanças internacionais em tempos de paz. Em 2006, o grande aumento do fluxo de turistas (principalmente brasileiros), em virtude da existência de um peso mais fraco do ue o real, gerou mais receita cambial do que a exportação de carnes e cereais. As relações comerciais com o Brasil também evoluíram positivamente. A Argentina estava na dependência de fluxos financeiros para irrigar seu meio circulante. Por sua S A Argentina estava na dependência de fluxos financeiros para irrigar seu meio circulante. or sua vez, o país mantinha taxas internas de juros elevadas para atrair capital estrangeiro, o que encarecia o custo do dinheiro para financiar o consumo interno e novos investimentos. Com o fim do sistema de conversibilidade e desvalorização ambial a Argentina deu um salto económico, com grandes taxas de crescimento do PIB. Entre 2003 e 2006, o país teve o segundo maior crescimento do mundo. Ao desvalorizar o câmbio, afrouxar o rigor fiscal e permitir uma política monetária comjuros reais negativos houve notável crescimento do PIB e redução das desigualdades sociais.
A economia argentina teve altos e baixos. No entanto, desde o “colapso económico” de 2001/2002, quando o PIB desceu em cerca de e o peso argentino foi desvalorizado em três quartos, a Argentina tem conseguido alcançar taxas de crescimento sólidas, na ordem dos 7%, com m único ano de excepção que foi 2009 em que a economia se retraiu Entre 2002 e 2011, segundo estimativa do FMI, o PIB argentino cresceu cerca de 94%, o que coloca a taxa de crescimento real do país entre as primeiras a nível global.
Apesar disso, a economia argentina apresenta algumas vulnerabilidades. A taxa de inflação tem aumentado significativamente nos últimos quatro anos e estimativas nao oficiais apontam para 27%. Apesar deste longo processo, a Argentina continua a ser considerada um dos dez países de mais alto risco de bancarrota.