Docencia superior

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Émile Durkheim – O criador da sociologia da educação para o sociólogo francês, a principal função do professor é formar cidadãos capazes de contribuir para a harmonia social Márcio Ferrari (Márcio Ferrari) Foto: Bettmann/Corbis Em cada aluno há dois seres inseparáveis, porém distintos. Um deles seria o que o sociólogo francês Ém- individual. Tal porção do sujeito – o jovem estados mentais de cada pessoa. O dese principal função da 1 ) chamou de armada pelos de do homem foi a educação até o século 19.

Principalmente por meio da psicologia, entendida então omo a ciência do indivíduo, os professores tentavam construir nos estudantes os valores e a moral. A caracterização do segundo ser foi o que deu projeção a Durkheim. “Ele ampliou o foco conhecido até então, considerando e estimulando também o que concebeu como o outro lado dos alunos, algo formado por um sistema de idéias que exprimem, dentro das pessoas, a sociedade de que fazem parte”, explica Dermeval Saviani, professor emérito da Universidade Estadual de Campinas. lal Studia a sociedade é moldada pelo “espirito” ou pela consciência humana. “A construção o ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo individuo de uma série de normas e princípios – sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento – que baliza a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela”, escreveu Durkheim.

Essa teoria, além de caracterizar a educação como um bem social, a relacionou pela primeira vez às normas sociais e à cultura local, diminuindo o valor que as capacidades individuais têm na constituição de um desenvolvimento coletivo. “Todo o passado da umanidade contribuiu para fazer o conjunto de máximas que dirigem os diferentes modelos de educação, cada uma com as características que lhe são próprias. As sociedades cristãs da Idade Média, por exemplo, não teriam sobrevivido se tivessem dado ao pensamento racional o lugar que lhe é dado atualmente”, exemplificou o pensador.

Ensino público e laico Durkheim não desenvolveu métodos pedagógicos, mas suas idéias ajudaram a compreender o significado social do trabalho do professor, tirando a educação escolar da perspectiva individualista, sempre limitada pelo psicologismo idealista influenciado pelas escol lemas de Kant 21 Biografia Émile Durkheim nasceu em 1858, em Épinal, no noroeste da França, próximo ? fronteira com a Alemanha. Era filho de judeus e optou por não seguir o caminho do rabinato, como era costume na sua familia. Mais tarde declarou-se agnóstico.

Depois de formar-se, lecionou pedagogia e ciências sociais na Faculdade de Letras de Bordeaux, de 1887 a 1902. A cátedra de ciências sociais foi a primeira em uma universidade francesa e foi concedida justamente àquele que criaria a Escola Sociológica Francesa. Seus alunos eram, sobretudo, professores o ensino primário. Durkheim não repartiu o seu tempo nem o pensamento entre duas atividades distintas por mero acaso. Abordou a educação como um fato social. “Estou convicto de que não há método mais apropriado para pôr em evidência a verdadeira natureza da educação”, declarou.

A partir de 1902, foi auxiliar de Ferdinand Buisson na cadeira de ciência da educação na Sorbonne e o sucedeu em 1906. Estava plenamente preparado para o posto, pois não parara de dedicar-se aos problemas do ensino. Dentro da educação moral, psicologia da criança ou história das doutrinas edagógicas, não há campos que ele não tenha explorado. Suas obras mais famosas são A Divisão do Trabalho Social e O Suicídio. Morreu em 1917, supostamente pela tristeza de ter perdido o filho na Primeira Guerra Mundial, no ano anterior. rocesso de ensino, estão relacionadas à religião, às normas e sanções, à ação política, ao grau de desenvolvimento das ciências e até mesmo ao estado de progresso da indústria local. Se a educação for desligada das causas históricas, ela se tornará apenas exercício da vontade e do desenvolvimento individual, o que para ele era ncompreensível: “Como é que o indivíduo pode pretender reconstruir, por meio do único esforço da sua reflexão privada, o que não é obra do pensamento individual? E ele mesmo respondeu: “O indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto em que está inserido, a saber quais são suas origens e as condições de que depende. E nao poderá sabê-lo sem ir à escola, começando por observar a matéria bruta que está lá representada”. por tudo isso, Durkheim é também considerado um dos mentores dos ideais republicanos de uma educação pública, monopolizada pelo Estado e laica, liberta da influência do clero romano. Autoridade do professor Durkheim sugeria que a ação educativa funcionasse de forma normativa.

A criança estaria pronta para assimilar conhecimentos – e o professor bem preparado, dominando as circunstâncias. “A criança deve exercitar-se a reconhecer [a autoridade] na palavra do educador e ao seu ascendente; é 4 21 criticado por Jean Piaget (1896-1980) e Pierre Bourdieu (1930- 2002), defensores da idéia de que a criança determina seus juízos e relações apenas com estímulos de seus educadores, sem que estes exerçam, necessariamente, força utoritária sobre ela. Durkheim e a educação: padrão social Sala de aula na França: adultos como responsáveis pela socialização dos jovens.

Foto: Bert Hardy/Getty Images A elaboração, adoção e socialização dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS)f0i uma grande conquista para a educação brasileira. Houve padronização na indicação dos conteudos curriculares e uma clara demonstração do que o governo espera dos jovens que deixarão os bancos escolares nos próximos anos. para o professor Dermeval Saviani, da Unicamp, esse fato tem certa relação com as concepções de Durkheim. “Os curriculos são sugeridos para todos. Esses documentos mostram as necessidades da sociedade.

Agora, cabe aos estabelecimentos de ensino pegar essas indicações e moldá-las aos estudantes”, explica. “A idéla de fundo é colocar as pessoas certas nos lugares certos, onde a comunidade precisa”, diz. Tempo de mudanças A segunda metade do século 19 marca o nascimento de algumas ciências humanas, onde Durkheim nasceu, foi tomada pela Alemanha em 1 871, o que levou à guerra entre os dois países. Nesse mesmo ano, foi proclamada a Terceira República Francesa, que implantou edidas politicas inovadoras, como a instituição da lei do divórcio.

Na educação, devido também ? influência das concepções de Durkheim, a Terceira República trouxe a obrigatoriedade escolar para crianças de 6a 13 anos e a proibição do ensino religioso nas escolas públicas, ideais que até hoje estão entre os pilares educacionais naquele pais. Tais transformações foram fundamentais para a preocupação de Durkheim com a formação de professores para a nova escola laica republicana. Ele viveu também no período da chamada Segunda Revolução Industrial, quando o motor de combustão nterna, o dínamo, a eletricidade, o telégrafo e o petróleo tomaram a atenção do mundo todo.

Morreu durante a Primeira Guerra Mundial, no ano da Revolução Russa. Para pensar Durkheim dizia que a criança, ao nascer, trazia consigo só a sua natureza de individuo. “A sociedade encontra-se, a cada nova geração, na presença de uma tábua rasa sobre a qual é necessário construir novamente”, escreveu. Os professores, como parte responsável pelo desenvolvimento dos indivíduos, têm um papel determinante e delicado. Devem transmitir os conhecimentos adquiridos, com cuidado para não político? Ideologia e alienação Quando se fala em ideologia, o que nos vem logo à mente?

Um sistema de idéias. E, sem dúvida, não deixa de ser. Se digo: “tenho uma ideologia”, “fulano não tem ideologia”, estou me referindo, geralmente, a um ideal concretizado na sistematização de algumas idéias. Geralmente, elaboramos um sistema de idéias para explicar uma realidade social, mas, na verdade, é a realidade que explica aquela sistematização de determinadas idéias. Exemplo: quando nascemos, encontramos um mundo que se nos apresenta como um mapa onde tudo já está explicitado e determinado.

Existem zonas “proibidas”, regras sagradas, os “pode” e “nao pode”. Desde cedo os chamados “aparelhos ideológicos do estado”, como a família, a escola, a Igreja,os partidos políticos, colocam em nossa cabeça certa “visão de mundo”,certas explicações a respeito de tudo,como se fossem verdades inquestionáveis. Porque aceitamos que haja uma moral para o homem e outra para mulher? Porque há sociedades que as mulheres aceitam a barbaridade de serem mutiladas, na infância, para nunca sentirem prazer?

Como o trabalhador aceita uma situação em que ele mal ganha para sobreviver, enquanto o patrão se enriquece cada ez mais? Como não percebe o absurdo das classes sociais, em que uma vive da exploração e da miseráveis contemplam, maravilhadas, vitrines repletas de produtos que lhe são inteiramente inacessíveis? Aí somos remetidos exatamente à questão da ideologia, que é o obscurecimento da realidade para favorecer uma determinada classe dominante. As pessoas aceitam situações tão revoltantes como naturais porque foram condicionadas, desde cedo, a verem-nas como “certas”.

Eo problema da ideologia é tão sério, o trabalho de condicionamento é tão bem feito e tão antigo, que os róprios membros da classe dominante acham muito natural: “as coisas são assim mesmo”, “alguns nascem para ser pobres”, etc. Existem mil maneiras de alienar o homem. Porque um pobre coitado chega em casa às 23h e se levanta às 4h e apenas trabalha e não pára, um só minuto, para pensar no absurdo dessa situação? Porque sua mente já foi bem trabalhada e ele dá graças à Deus porque ainda tem trabalho e pode comer…

Mas, alem de alienado da verdadeira realidade, o homem cada vez mais, se aliena de si próprio, de sua verdade e de seu trabalho. São os homens que criam as relações sociais. Eé daí que temos de partir para compreender a maneira como agem e pensam de determinadas formas. Também são eles que dão sentido a tais relações e as conservam ou transformam. Através da ideologia, os homens procuram “Legitimar condições de exploração, dominação e injustiça. E não podemos nos esquecer que toda pratica social tem como ponto de logia. Ela impregna tudo, ideologia, idéias que, a priori, já estão estabelecidas em nossas mentes.

Podemos sem querer, estar fazendo o jogo do poder desde o momento em que levantamos as questões que vão dirigir nosso filosofar. Resumo: Ideologia é um sistema de idéias para explicar a realidade A ideologia, geralmente, oculta a verdadeira realidade para favorecer alguns Os homens aceitam uma realidade absurda e injusta porque são alienados A ideologia governa toda a ação e todo pensar QUEM SOU EU Carlos Leda Sou uma pessoa que procuro viver minha vida segundo os meus conceitos, o que eu julgo correto, decente, de bons princípios.

Não primo por convenções sociais, grupos organizados, entidades. Primo sim minha integridade, agir de acordo com os meus valores, claro que Isso sem desrespeitar os valores e as outras pessoas. Tenho uma formação Sociologia da Educação Pérsio Santos de Oliveira “Enquanto a Sociologia não for a d•sciplina básica na formação do professorado, os mestres não compreenderão que a Pedagogia é a arte de modificar a sociedade”. Lauro de Oliveira Lima 1. A educação como objeto de estudo sociológico. A Sociologia da Educação como Sociologia especial. Embora Augusto Conte (1798 – 1857) seja considerado o pai da Sociologia, por ter utilizado pela primeira vez esse termo (em 1839) em seu livro Curso de Filosofia Positiva, foi com Émile Durkheim (1858 – 1917) que a Sociologia passou a ser onsiderada uma ciência e se desenvolver como tal. Durkheim formulou as orientações para à Sociologia e demonstrou que os fatos sociais têm características próprias, que as distinguem dos estudos pelas outras ciências.

Para ele a Sociologia é o estudo dos fatos sociais. Como ciência, a Sociologia pode ser geral e especial. É geral quando estuda os fatos sociais considerados em suas manifestações gerais, isto é, quando consideramos a sociedade em seu sentido mais amplo, e é especial quando se ocupa de determinado grupo de fatos sociais da mesma natureza. Assim, a Sociologia divide-se em várias 0 DF 21

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