Documentario a invenção da infancia
Socialização significa aquisição de aptidões e características que possibilitem a você conviver com outros membros de nossa sociedade (GOLDSMITH, 1983), é um processo continuo, se dando desde o nascimento, até o fim da vida, nunca é completo e perfeito. A cada vez que ingressamos em um novo grupo social, nesse momento se inicia um novo processo de socialização onde aprendemos os códigos para bem atuarmos nesse grupo social.
Há debates a cerca da natureza do individuo, onde se questiona se o comportamento de uma pessoa é determinado por heranças genéticas, ou pelo meio social em que lhe são repassados xperiências e aprendizados. Tais questões são de fato irrespondíveis, pois não de trata de uma coisa ou outra, mas sim da interação entre hereditariedade e ambiente social. É neste Documentario a invenção da infancia Premium By 9ahiPsi MapTa 22, 2012 II pagos INTRODUÇAO Uma criança vem ao mundo sem conhecimento de regras, papéis ou relacionamentos entre as pessoas.
A socialização é um processo que decorre em função de uma de série expectativas e limitações fundamentais transmitidas para as crianças até que se torne um adulto social em pleno funcionamento. Para que sse processo seja satisfatório é necessário que os indivíduos aprendam e recriem habilidades, valores, conhecimentos, motivos e papéis adequados á sua posição em grupo ou em uma to vien sociedade.
Segundo Goldsmith ( das noções sociais, OFII comportamentos, alé de , : „ next page políticos e econômic intelectuais básicas. m aprender algo s a diferentes rais dos sistemas bilidades motora e contexto que o documentário terá relevância, tentando expor as diferentes formas de socialização que o individuo pode sofrer em decorrência do meio em que vive, mostrando que não só hereditariedade, mas o modo como se vivem ira moldar os indivíduos para de que se socializem. 3 FUNDAMENTAÇAO TEORICA 3. Perspectivas de socialização A criança passa por um processo de maturação; ela cresce fisicamente, desenvolve habilidades motoras em uma sequências relativamente uniforme e começa a envolver-se em vários comportamentos sociais quase na mesma idade em que outras crianças. (MICHENEZ DELAMATER, MYERS, 2005). Gesell e lig (1943); apud (MICHENER; DELAMATER; MYERS, 2005) em uma perspectiva desenvolvimentista consideravam que muitos comportamentos sociais devem-se primordialmente á aturação fisica e neurológica, e não a fatores sócias.
Enquanto a perspectiva desenvolvimentista enfoca seus estudos em como se dá a construção das habilidades motoras e sócias das crianças, a aprendizagem social tem sua total atenção direcionada a aquisição de habilidades cognitivas e comportamentais a partir do ambiente. A interação social é primordialmente essencial para que ocorra a socialização, pois segundo a perspectiva interpretativa, é a partir dela que o individuo interage em si, comunicando-se com os pais, outros adultos e outras crianças. ? necessário também ue os mesmos, participem de rotinas culturais, onde aprendera atividades básicas para a vida social cotidiana além de utilizar as linguagens e habilidades interpretativas que está descobrindo e desenvolvendo. Uma quarta perspectiva da ênfase a estrutura social em que o indivi 20F está descobrindo e desenvolvendo. uma quarta perspectiva da ênfase a estrutura social em que o individuo este inserido, onde a socialização é organizada de acordo com a sequência de papeis pelos quais os recém- chegados á sociedade normalmente passam.
Esses papéis estão relacionados com a idade, onde cada fase do individuo ele poderá ssumir papeis diferentes, incluindo familiares e de instituições educacionais. 3. 2 Agentes de socialização da criança Frequentemente se diz que a “sociedade” ensina seus valores, suas crenças e atitudes durante o processo de socialização. Naturalmente, isso é inexato, porque a “sociedade” é uma abstração. São os membros de uma sociedade, individualmente que são responsáveis pela transmissão da cultura as crianças.
Segundo Michener, Delamater e Myers (2005) a socialização de crianças se dá por meio de quatro componentes, os agentes (pares, o ambiente familiar e escolar) um processo de prendizagem, um alvo que é a pessoa que está sendo socializada e um resultado que é o que está sendo aprendido. A familia, principalmente os pais e seu relacionamento intimo para com o filho, é indispensável para o desenvolvimento saudável da criança, porém, cabe salientar também que os irmãos ou outras crianças, podem proporcionar experiências diferenciadas levando a um crescimento social e emocional.
Os pais são os primeiros agentes da socialização. Durante os dois primeiros anos de vida de uma criança, são eles os responsáveis pela a maioria das experiências da criança. Também ajudam a criança a aprender a interagir com os companheiros de Idade, depois os mestres começam a exercer influência sobre interagir com os companheiros de idade, depôs os mestres começam a exercer influência sobre a criança e, juntamente com os companheiros de escola e os companheiros de brinquedos, tornam-se grandemente responsáveis pela socialização até o ir,iCi0 da adolescência (GODSMITH, 1983).
Conforme a criança cresce, seus pares tornam-se cada vez mais importantes como agentes de socialização (MICHENER; DELAMATER; MYERS, 2005), eles a oferecem a experiência de scolha de quem com se relacionar, permitindo interação com outras crianças onde tem experiências diretas que levam ao crescimento social e emocional que complementam a sua formação de identidade.
Segundo Corsaro e Rizzo (1988); apud (MICHENER; MYERS, 2005) as associações dos pares fornecem importantes contribuição ao desenvolvimento da identidade da criança em interação com os pares, aprendendo o papel do amigo, o que contribui para maior diferenciação do eu. Diferentemente do grupo familiar e os pares, a escola além de ensinar a ler, a escrever, a fazer contas, é uma instituição ntencionalmente concebida para socializar crianças sendo responsável pela transmissão de valores e componentes 3. Teorias e Processos de Socializaçao Segundo Freud em sua teoria psicanalítica, os seres humanos nascem com um conjunto de instintos que fornece energia para todo o comportamento e desenvolvimentos subsequentes (GODSMITH, 1983). Há duas fontes de energia: instintos de vida e instintos destrutivos.
Tais energias são também referidas como id, que é um conjunto de energias psiquicas que determina os desejos do sujeito, operando de forma inconsciente não havendo di 40F nergias psiquicas que determina os desejos do sujeito, operando de forma inconsciente não havendo distinção entre realidade e fantasia; ego, estrutura onde está todo conhecimento que o indivíduo possui de si e sobre o meio, inclui crenças, recordações, sentimentos, percepções e pensamentos e irá fazer com que os impulsos inconscientes sejam realizados de modo socialmente aceitável; o superego é constituído dos valores da sociedade internalizados, passando a ver o comportamento de acordo com os valores e normas convencionais da sociedade ou do grupo social no qual o indivíduo foi criado e em que está inserido, epresentando a sociedade dentro do próprio indivíduo, com as suas leis e normas muitas vezes fonte de embaraço e de inibição para a estrutura do ego. para Freud, a personalidade consiste basicamente neste conflito entre os desejos instintivos e as normas interiorizadas da sociedade, conflito que se desenrola pela relação mútua entre o Ego e a realidade ambiental.
A teoria da aprendizagem utiliza de diferenciados processos para tentar explicar como ocorre a socialização, dentro desta temos: o condicionamento clássico e instrumental, além da aprendizagem por observação. O condicionamento clássico se dá por meio de associações de significados emocionais ás palavras e mais tarde, associação de palavras a objetos. Para melhor entendimento deste condicionamento, C. K. Staats e Staats (1957) desenvolveram estudos onde os mesmo irão apresentar a estudantes de faculdades sílabas desprovidas de significado, exemplo KIW e LOP, à medida que os estudantes memorizavam as sílabas, tinham que darem atenção a outras palavras que eram estudantes memorizavam as sílabas, tinham que darem atenção a outras palavras que eram emocionalmente negativas ou ositivas, além de palavras neutras.
No decorrer do experimento, tiveram que indicar quão favorável ou desfavorável eram cada umas das silabas para eles, chegando ao termino, observou- se que as sílabas acompanhadas de palavras negativas, foram avaliadas de formas desfavoráveis, as de palavras positivas de forma favoráveis, concluindo que palavras anteriormente neutras adquiriram significados emocionais através de um condicionamento clássico. Um segundo processo da aprendizagem é o condicionamento instrumental ou operante, onde a pessoa aprende qual resposta eve dar em determinada situação, podendo proporcionar recompensas ou punições após um comportamento verbal ou manifesto, temos como exemplo o habito da leitura, a partir do momento em que a criança atribui ao comportamento significados positivos, a mesma será recompensada por isto e consequentemente o fato de ter sido recompensada, irá lhe fortalecer a atitudes favoráveis á leitura.
A modelagem refere-se a um tipo de aprendizagem instrumental onde o comportamento do aprendiz aproxima-se cada vez mais da semelhança com a resposta desejada pelo agente do reforço. Aquisição de comportamento com base na observação do comportamento de outrem e das suas consequências para a pessoa se da por meio da aprendizagem por observação. Ao observar outra pessoa realizando ações habilidosas uma criança pode não só aumentar suas próprias habilidades como também associar características das situações com o comportamento adulto, porém dificilmente era Irão produzir esses comporta características das situações com o comportamento adulto, porém dificilmente era irão produzir esses comportamentos antes de ocupar os papes de adultos e descobrir-se em situações emelhantes.
As teorias interacionistas simbólicas descrevem a socialização como um processo que dura à vida toda e opera sempre que uma pessoa interage com outra (LAUER; HANDER, 1 977 apud GOLDSMITH, 1983), ou seja, é por meio da interaçao do individuo para com os outros que ele irá aprender regras e papeis sociais, descobrindo também o significado social de comportamentos, objetos e idéias. Se as pessoas tratam alguém de um modo especialmente amistoso e agem como se esse alguém fosse inteligente, este ira desenvolver uma definição de si mesmo como amistoso e nteligente, ou seja, o eu ira se desenvolver através da interação com os outros. 3. Resultados da socialização O processo de socialização faz com que os indivíduos inseridos nele possam adquirir novas habilidades, novos conhecimentos e consequentemente novos comportamentos. Dentre os resultados decorrentes deste processo temos: os papeis de gênero, a competência linguistica e cognitiva, desenvolvimento moral e orientações profissionais. Toda sociedade tem expectativas diferenciadas em relação ás características e aos comportamentos dos homens e das mulheres, (MICHENER DELAMATER,• MYERS 2005), nde tradicionalmente espera-se que as mulheres sejam compreensivas, doces, gentis, emocionais e educadas, enquanto os homens sejam grosseiros, competitivos, racionais, capazes de tomar decisões com facilidade.
Esses papeis são repassados pelas crianças principalmente pelos pais que Esses papeis são repassados pelas crianças principalmente pelos pais que possuem grandes influencias em sua construção, devido suas expectativas de comportamento associados ao gênero da criança e por serem um dos principais agentes de socialização do indivíduo, vale ressaltar que as escolas juntamente com a idia, também ensinam os papeis de gênero, em muitos casos reforçando a agressividade dos meninos e sensibilidades das meninas. Outros Importantes resultados da socialização são a linguagem que os indivíduos irão usar para interagirem e o desenvolvimento de capacidades de representar cognitivamente o mundo que os rodeia.
Usar a linguagem para comunicar-se com os outros é um pré-requisito para a plena participação nos grupos sócias (SHIBUTANI, 1961 apud MICHENER; DELAMATER; MYERS, 2005), ou seja, a partir da fala as crianças irão não só desenvolver abilidades motoras e perceptivas, como também interagirem com os demais que participam do seu meio social, reforçando a socialização. As crianças devem construir em sua mente por meio do desenvolvimento da linguagem, a capacidade de representar as características do mundo que as rodeiam (MICHENER; DELAMATER; MYERS 2005), devido o fato de estarem expostas a diferentes situações e estímulos, ambientes físicos e sócias, as crianças necessitam categorizar o que as cercas para lembrar- se de cada uma como entidade distinta, ou seja, é necessário formação de esquemas.
Como por exemplo, crianças aprendem a palavras au-au e consequentemente aplicam a todos os animais, porém no decorrer de sua maturação, passam aprender por meio de esquemas abstratos dos animais a discriminação entre cacho maturação, passam aprender por meio de esquemas abstratos dos animais a discriminação entre cachorros e gatos. Para uma maior eficácia no desenvolvimento da interação entre os indiv[duos, é necessário que aqueles pertencentes ao grupo social aprendam as regras impostas a eles e as internalizem, pois a partir das mesmas irão desenvolver capacidades de fazer ulgamentos morais avaliando comportamentos em situações especificas aplicando determinados padrões. O trabalho tem importância central na vida social (MICHENER; DELAMATER; MYERS 2005), onde a profissão é a responsável pela distribuição de renda, levando os adultos a trabalharem em empregos que os forneçam recompensas econômicas. 3. A socialização dos adultos A socialização é um processo continuo, ou seja, se da desde o nascimento até o fim da vida. É importante salientar que o sujeito que sofre influencia de outro e do meio que o cerca, será também influenciador, da maneira em que foi influenciado. Quando os pais ensinam seus filhos aptidões, valores e comportamentos, os próprios valores e comportamentos dos pais, nesse processo, também se modificam. (BELL, HARPER, 1977; Apud GOLDSMITH). valores, crenças e atitudes. No que se refere valores e crenças religiosas e familiares, acredita-se na existência de um Deus, um Deus que da vida, mas que também a tira.
Analise 02: A importância da Linguagem Ah, eu acho que as outras crianças que não fazem, por exemplo, inglês estão um pouco em desvantagem, né, que se elas quiserem viajar pro exterior pra fazer uma faculdade, uma coisa ssim, elas não vão ter base pra falar. (Ana Livia, criança de classe favorecida). A linguagem é um resultado de socialização, facilitador para a continuidade desse processo. Livia devido o meio social em que esta inserida, recebe reforços para que desenvolva não so a linguagem desse meio, como também conheça outras. Analise 03: Orientação para o trabalho Porque os pais têm dias que não podem gastar. Só dar pra fazer a feira, assim mesmo fica faltando às coisas. Não pode comprar roupa.
E as crianças trabalham aqui, em três semanas, se ganhar dois reais, com três semanas compra uma feira boa. Adriano, criança da classe desfavorecida). O trabalho é um resultado do processo de socialização onde a profissão é responsável pela distribuição de renda. Adriano internaliza essa visão de trabalho passado pelos agentes de sua Analise 04: Brincadeiras “ah.. faço um monte de coisa, ando de bicicleta, ano de patins, gosto de assistir W, jogo vídeo game”. ( Criança da classe “Brinco mais com os amigos de revolve, de bola, brinco de um bucado de brincadeira Criança classe desfavorecida. ) A diferença entre as classes sociais determina os tipos de brincadeiras. 0 DF 11