Educação continuada do professor de matematica

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UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO – UNIBAN MARISTELA PEREIRA DOS SANTOS 33 p EDUCAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA Uma investigação sobre Grupo de Estudos no coletivo escolar Bibliotecário: Assinatura: São Paulo, de de 20 SANTOS, Maristela pereira dos Educação Continuada do Professor de Matemática: Uma Investigação sobre Grupo de Estudos no Coletivo Escolar/ Maristela Pereira dos Santos – São Paulo: [s. n. ], 2011. 170 f; il. ; 31crn.

DF 133 Gervásio e Onísia, que sempre me incentivaram nos momentos mais difíceis, pois sempre acreditaram em mim e não mediram sforços e sacrifícios para que eu pudesse desfrutar de cada momento de minha formação, desde a pré-escola até os dias de hoje. A professora Dra Maria Elisabette Brisola Brito Prado, mais do que uma orientadora, uma companheira e exemplo. Sempre aberta e disposta a ajudar. Obrigada pela paciência, pelo acompanhamento, apoio e dedicação e, acima de tudo, por acreditar no meu trabalho e na minha pessoa. A professora Dra Nielce M.

Lobo da Costa, pelo apoio e incentivo e por ajudar a reorientar o caminho para a finalização da dissertação. Aos professores do curso de Mestrado em Educação Matemática, que tão sabiamente souberam me levar por caminhos que antes nao conhecia. Foram fundamentais nesta etapa de reconstrução. Aos colegas do grupo de estudo, que possibilitaram esta pesquisa, estudando, refletindo, questionando sobre os aspectos trabalhados. À Professora Coordenadora e em especial à diretora Cida, que foi uma amiga, que me concedeu espaço para realizar minhas tarefas de mestrado. ? professora Gisele pela importante ajuda nas questões da Língua Portuguesa. Enfim, a todos aqueles que direta ou indiretamente cooperaram ara o andamento deste trabalho, principalmente aqueles que foram capazes de um gesto de compreensão e bondade, marcando de forma particular os nossos espíritos. Obrigada a vocês que são pessoas para se lembrar sempre e nunca se esquecer. RESUMO Este estudo identificou e analisou os fatores que emergem no grupo de estudos rela ica do professor 3 DF 133 Fundamental II do Currículo do Estado de São Paulo.

Essa pesquisa, de natureza qualitativa, descritiva e interpretativa foi realizada com esse grupo de estudos constituído por seis professores de matemática de uma mesma escola da rede ública tendo a participação da pesquisadora nos encontros realizados no horário da HTPC (Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo). Para o levantamento de dados foi aplicado um questionário, as anotações feitas no diário de campo, contendo as descrições dos dezessels encontros ocorridos na HTPC e entrevistas individuais semi-estruturadas.

O referencial teórico centrou-se nos conceitos de Nóvoa, Imbernón, Ponte e Tardif que discutem sobre a formação continuada dos professores na perspectiva reflexiva de Schõn e Zeichner. Mais especificamente, oram enfatizadas as idéias de Hargreaves e de alguns estudos que vem sendo desenvolvidos sobre o grupo de estudos centrado na escola, a partir da mobilização de seus profissionais e na reorganização dos espaços.

O resultado desta pesquisa mostrou que o grupo de estudos embora seja constituído com propósitos definidos, na prática o foco do estudo se desenvolveu caracterizando cinco fases: (1) Olhar externo: questões periféricas da prática pedagógica; (2) Olhar sobre si: relatos sobre as dificuldades e inseguranças: (3) Olhar focado no objeto de estudo: dentificação de possibilidades de uso dos materiais constantes do currículo; (4) Olhar reconstruído: organização dos materiais com novas Inclusões de atividades; (5) Olhar expandido: aplicação e reflexão sobre a própria aprendizagem.

Esse processo revelou que a construção de grupo de estudos no espaço coletivo da escola, principalmente diante de inovações curriculares, pode se caracterizar como um complemento para a formação contínua e c 4 133 inovações curriculares, pode se caracterizar como um complemento para a formação contínua e contextualizada do rofessor. Palavras-chave: Educação Matemática. Formação de Professores. Grupo de Estudos. Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC).

ABSTRACT This study identified and it analyzed the factors that emerge in the group of studies related to the mathematics teacher’s practice, tends as base the materials of the Fundamental Teaching II of the Curriculum ofthe State of São Paulo. That research, of nature qualitative, descriptive and interpretative was accomplished with that group of studies constituted by six teachers of mathematics of a same school of the public net tends he researcher’s participation in the encounters accomplished in the schedule of HTPC (Pedagogical Work Collective).

Para the rising of data a questionnaire was applied, the annotations done in the field diary, containing the descriptions of the sixteen encounters happened in HTPC and semi-structured individual interviews. The theoretical framework was centered in the concepts of Nóvoa, Imbernón, Ponte and Tardif that discuss about the teachers’ continuous formation in the reflexive perspective of Schõn and Zeichner. More specifically, Hargreaves’ ideas were mphasized and of some studies, that it has been developed on the group of studies centered at the school, starting from thelr professionals’ mobilization and in the reorganization of the spaces.

The result of this research showed that the group of studies although it is constituted with defined purposes, in practice the focus of the study he/she grew characterizing five phases: (1) to look external: outlying subjects of the pedagogic practice; (2) to look on itself: reports on the difficulties and insecurities: S DF 133 pedagogic practice; (2) to look on itself: reports on the difficultles nd insecurities: (3) to look focused in the study object: identification of possibilities of use of the constant materials of the curriculum; (4) to look rebuilt: organization of the materials with new inclusions of activities; (5) to look expanded: applicatlon and reflection on the own learning. That process revealed that the construction of group of studies in the collective space of the school, mainly before innovations curriculum, it can be characterized as a complement for the continuous formation and the teacher’s inside of the context- Keywords: Mathematics Education. Teacher Education. Group of Studles. Pedagogical Work Collective (HTPC). LISTA DE FIGURAS FIGURA .. 2 Atividade Professor Coordenador Pedagógico PCP PCN Parâmetros Curriculares Nacionais Professor de Educação Básica II PEB II SARESP Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo SEE/SP Secretaria Estadual de Educação de São Paulo EU unidade Escolar SUMÁRIO CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 10 1. 1 TRAJETORIADA PESQUISADORA 1. 2 ORIGEM DO PROBLEMA 14 DF 133 CONSTITUIÇAO GRUPO DE ESTUDOS . 48 3. 4 LEVANTAMENTO DE DADOS DA PESQUISA DE 50 CAPÍTUL04 ANÁLISE DOS CORPUS DA PESQUISA 52 . 1 CURRÍCULO OFICIAL DO ESTADO DE SÃO pAULO — 37 4. 1. 1 CADERNO DO PROFESSOR 4. 1. 2 CADERNO DO ALUNO . 4. 2 HORA DE TRABALHO PEDAGOGICO COLETIVO 6. 2. REFLEXÕES GERAIS (HTPC)••••• 42 CAPÍTULO 5 – DESCRIÇÃO DOS ENCONTROS DO GRUPO DE ESTUDOS — . 5. 1 SÍNTESE DA ORGANIZAÇÃO DOS ENCONTROS DO GRUPO DE ESTUDOS 53 5. 1. 1 RELATO DOS ENCONTROS NOS HTPC 54 CAPITULO 6 – ANALISE DO ESTUDO REALIZADO „ 79 6. 1 GRUPO DE ESTUDOS: 6. 2 ANALISE DE DADOS POR CATEGORIAS . 83 CAPITULO 7 – CONSIDERAÇOES FINAIS — 94 REFERÊNCIAS 8 DF 133 CAPÍTULO 1 1. INTRODUÇÃO 1. 1 . TRAJETORIA DA PESQUISADORA Minha trajetória profissional iniciou-se em 1994, ingressando ao ensino público estadual, lecionando as disciplinas de matemática e ciências, em 2000 efetivei como PEB II na disciplina de matemática, sendo aprovada no concurso público da rede estadual de ensino.

Em 2002, me removi para uma escola pública estadual, localizada na Zona Leste da capital, a mesma que constituiu o cenário para a realização desta pesquisa. Durante minha atuação como professora de matemática do Ensino Fundamental II nesta escola, tive a oportunidade juntamente com alguns professores e trocar idéias sobre nossas práticas em algumas reuniões do HTPC. Observava que um professor procurava outro professor da mesma disciplina para auxiliar em suas dificuldades, mas eram ações esporádicas que aconteciam informalmente. Esta minha vivência, Instigou a investigar se um grupo de estudos que se desenvolve no espaço coletivo da escola pode interferir na prática do professor de matemática.

A idéia de realizar a dissertação de mestrado sobre o tema Educação Continuada na formação de Grupo de Estudos é fruto de uma caminhada escolar como aluna e docente, permeada por uvidas e incertezas, mas também por uma imensa vontade de buscar novos conhecimentos para vencer essas angústias e para dar lugar a outras que provavelmente Virão. Esta contextualização apresenta uma síntese da minha trajetória de estudos, buscando ilustrar minha história escolar que perpassa pelas experiências que vivi desde a educação básica até os dias atuais. Apresenta essas experiências de forma conjunta e interligada com a temática e as questões centrais da pesquisa g DF 133 pesquisa abordada nesta dissertação. A experiência como professora que tive nestes 15 anos de agistério, algumas vezes apresentei dificuldades em ensinar e até de compreender alguns conteúdos matemáticos, foram frustrantes devido à dificuldade de compreensão.

Juntamente o fracasso de ensinar, vinha a frustração de vida, pois tinha que fazer algo para vencer estas barreiras, então fui atrás do meu objetivo que é melhorar a qualidade de ensino em Matemática, sendo uma disciplina tão temida pelos alunos, por encontrarem dificuldades em aprender, pedi ajuda aos meus colegas de profissão e partindo desse principio que obtive a idéia de formar um grupo de estudos. Sabemos, de uma maneira em geral que a educação, passa por momentos de transformação a cada mudança de Governo, tendo que o professor se adequar a estas mudanças que ocorreram no ensino público nas redes estaduais paulistas. Levando o professor a administrar sua própria formação continuada, principalmente quando há mudanças.

Nos últimos anos, novas propostas pedagógicas surgiram nos meios escolares, e a cada mudança de Secretário de Educação, modificando seus assessores na Secretaria de Educação, que estes são os responsáveis pelo ensino tem-se mostrado sensíveis ela. Mas sua aplicação encontra várias dificuldades além das habituais resistências à mudança. A Matemática é vista, por grande parte dos alunos, como uma disciplina inacessível, desinteressante, assumindo então o papel de uma disciplina responsável pelo fracasso no ensino e aprendizagem dos alunos, que muitas vezes é consequência pela falta de motivação com os estudos por parte da família que não participa da vida escolar de seus filhos, aceitando com naturalidade o baixo rendimento em Matemática, como afirma Vicentino (2009). 33

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