Elementos da comunicação e função da linguagem

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10 Período. Português / Professora: Sabrina Rodrigues ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO E FUNÇÕES DA LINGUAGEM LINGUAGEM – Na origem de toda a atividade comunicativa do ser humano está a linguagem, que é a capacidade de se comunicar por meio de uma língua. (INFANTE, p. 41-42). NÍVEIS DA LINGUAGEM – Para que se efetue a comunicação é necessário haver um código comum. Diz-se, em termos mais gerais, que é preciso “falar a mesma língua”, o português, por exemplo, que é a língua que utilizamos. A seguir, os tipos de linguagem: Linguagem oratória – escrita) linguagem lit OF9 Swipe view next page

Linguagem cuidada- íngua (L(ngua escrita) lingu Linguagem comum s, sermões; (Língua tos oficiais. omunicaçdes orais; ção, rádio, televisão; (Língua escrita) comunicações escritas comuns. Linguagem familiar – (Língua falada) conversação informal “não- elaborada”; (Língua escrita) linguagem descuidada, incorreta, linguagem literária que procura imitar a língua falada. Os diversos atos de comunicação linguística que produzimos geram “discursos” muito diferentes entre si. Diversos são os critérios para a classificação dessa variedade de atos.

A mais conhecida, de Roman Jakobson, vincula-se de forma direta ?s chamadas funções da linguagem na comunicação. E tais funções da linguagem, por sua vez, atrelam-se aos elementos da comunicação. O esquema da comunicação pode ser representado da seguinte forma: Contexto (Função referencial) Código (Função metalingu[stica) Emissor (Funçao expressiva) Mensagem (Função poética) Receptor (Função conativa) Canal (Função fática) pode haver mais de uma função num mesmo texto, mas, em geral, uma determinada função é predominante e distingue o tipo de mensagem.

Desde o passado, o homem tem criado meios para se apropriar e signos, sinais, gestos, desenhos, letras e por fim a palavra oral e escrita na realização deste processo de comunicação. No processo de comunicação, os interlocutores têm sempre uma intenção ou objetivo, por isso a linguagem modifica-se de acordo com a situação. A linguagem verbal é constituída por diferentes elementos com determinadas fun ões. Existem seis elementos no nicacáo: o locutor biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor. Primeira pessoa do singular (eu), Emoções, Interjeições; Exclamações; Blog Autobiografia; Cartas de amor.

Função referencial: A mensagem é centrada no referente, no ssunto (contexto relacionado a emissor e receptor). O emissor procura fornecer informações da realidade, sem a opinião pessoal, de forma objetiva, direta, denotativa. A ênfase é dada ao conteúdo, ou seja, às informações. Geralmente, usa-se a 3a pessoa do singular. Os textos que servem como exemplos dessa função da linguagem são os jornalísticos, os científicos e outros de cunho apenas informativo. A função referencial também é conhecida como cognitiva ou denotativa.

Função conativa: É aquela que centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do mesmo. Como emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além de vocativos e imperativos. Usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. Segunda pessoa do singular, Imperativo; Figuras de linguagem, Discursos políticos, Sermões, Promoção em pontos de venda – Propaganda. Função fática: É aquela centralizada no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou testar a eficiência do canal.

Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares. Interjeições, Lugar comum, Saudações, Comentários sobre o clima. Função metalinguística: É aquela centralizada no código, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. Principalm 3 poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. Principalmente os dicionários são repositórios de metalinguagem. Referência ao próprio código, Poesia sobre poesia, Propaganda sobre propaganda, Dicionário.

Função poética: É aquela centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as palavras, suas combinações. É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música, em algumas propagandas. Subjetividade, Figuras de linguagem, Brincadeiras com o código, Poesia, Letras de música. Quando falamos, colocamos em funcionamento todas essas funções, sendo que algumas podem estar mais salientes que outras, dependendo do contexto.

Podemos dizer que a linguagem não é aparente, ela depende de um conjunto de fatores que permeiam os variados grupos sociais que compomos em nossa vida diária. Desde de criança, aprendendo com a Fala até o aprimoramento da escrita e a linguagem falada atingindo o nível culto de sua língua. As funções da linguagem nunca estão isoladas em um texto. Elas se combinam e se interpenetram o tempo todo. O que há, quase sempre, é a predominância de uma sobre as outras, em função dos objetivos do discurso. EXERCÍCIOS Questões: OI.

Reconheça nos textos a seguir, as funções da linguagem: a) “O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem, ou serem rompidas, mas o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-vergonhice, pelo hábito covarde de acomodação e da complacência. DF9 desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-vergonhice, pelo hábito covarde de acomodação e da complacência. Diante do povo, diante do mundo e diante de nós mesmos, o que é preciso agora é fazer funcionar corajosamente as instituições para lhes devolver a credibilidade desgastada.

O que é preciso (e já não há como voltar atrás sem avacalhar e emporcalhar ainda mais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) é apurar tudo o que houver a ser apurado, doa a quem doer. ” (O Estado de São Paulo) b) O verbo infinitivo Ser criado, gerar-se, transformar O amor em carne e a carne em amor; nascer Respirar, e chorar, e adormecer E se nutrir para poder chorar Para poder nutrir-se; e despertar Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir E começar a amar e então ouvir E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver E perder, e sofrer, e ter horror De ser e amar, e se sentir maldito E esquecer tudo ao wr um novo amor E viver esse amor até morrer E ir conjugar o verbo no infinito… (Vinícius de Morais) c) “Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a que se dá o nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no enômeno vital da respiração, quando, de uma ou outra maneira, é modificada no seu trajeto até a parte exterior da boca. ” (Matoso Câmara Jr. ) d) ” – Que coisa, né? S Bolas! – Que troço! – Coisa de louco! ) “Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra Lights. ” f) “Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer acontecimento extraordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seria tudo ilusão? Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui espalhar no quintal os fios da gravata. Seria tudo ilusão?… Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o pensamento embaralhar-se longe daquelas porcarias. Senti uma sede horrível… Quis ver-me no espelho. Tive preguiça, fiquei pregado à janela, olhando as pernas dos transeuntes. (Graciliano Ramos) g) ” – Que quer dizer pitosga? – Pitosga significa m[ope. -Eo que é míope? – Míope é o que vê pouco. ‘ 02. No texto abaixo, identifique as funções da linguagem: “Gastei trinta dias para ir do Rossio Grande ao coração de Marcela, não já cavalgando o corcel do cego desejo, mas o asno da paciência, a um tempo manhoso e teimoso. Que, em verdade, há dois meios de granjear a vontade das mulheres: o violento, omo o touro da Europa, e o insinuativo, como o cisne de Leda e a chuva de ouro de Dânae, três inventos do padre Zeus, que, por estarem fora de moda, al ficam trocados no cavalo e no asno. (Machado de Assis) Muraro) b) “O discurso comporta duas partes, pois necessariamente importa indicar o assunto de que se trata, e em seguida a demonstração. (… ) A primeira destas operações é a exposição; a segunda, a prova. ” (Aristóteles) c) “Amigo Americano é um filme que conta a história de um casal que vive feliz com o seu filho até o dia em que o marido suspeita estar sofrendo de câncer. ” ) “Se um dia você for embora Ria se teu coração pedir Chore se teu coração mandar. ” (Danilo Caymmi & Ana Terra) e) “Olá, como vai? Eu vou indo e você, tudo bem?

Tudo bem, eu vou indo em pegar um lugar no futuro e você? Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono tranquilo… ” (Paulinho da Viola) Texto para as questões 04 e 05 Poética Que é poesia? uma ilha cercada de palavras por todos os lados Que é um poeta? um homem que trabalha um poema com o suor do seu rosto Um homem que tem fome predominante”. “Meu canto de morte Guerreiros, ouvi. Sou filho das selvas Nas selvas cresci. Guerreiros, descendo Da tribo tupi. Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante. Guerreiros, nasci: Sou bravo, forte, Sou filho do Norte Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi. (Gonçalves Dias) Indique a função predominante no fragmento acima transcrito, justificando a indicação. 08. (PUC – SP) . Com esta história eu vou me sensibilizar, e bem sei que cada dia é um dia roubado da morte. Eu não sou um intelectual, escrevo com o corpo. E o que escrevo é uma névoa úmida. As palavras são sons transfundidos de sombras que se entrecruzam desiguais, estalactites, renda, música transfigurada de órgão. Mal ouso clamar palavras a essa rede vibrante e rica, mórbida e obscura tendo como contratom o baixo grosso da dor. Alegro com brio.

Tentarei tirar ouro do caruao. Sei que estou adiando a história e que brinco de bola sem bola. O fato é um ato? Juro que este livro é feito sem palavras. É uma fotografia muda. Este livro é um silêncio. Este livro é uma er unta. ” (Clarice Lispector) 8 que ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente, expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade. mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica, vício grave, aliás ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor.

Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direta e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem.. Este trecho revela o estilo de: a) MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA ao usar uma linguagem apelativa, direcionada à reflexão crítica da obra romântica. b) GRACILIANO RAMOS, ao revelar a quebra da ordem cronológica da narrativa de suas obras, omo reflexo coerente da instabilidade psicológica e espacial de suas personagens. ) MACHADO DE ASSIS, ao questionar o leitor quanto à linha lógica e impositiva do tempo velho da obra literária e, ao mesmo tempo, conscientizá-lo de um novo modo de ler. d) LIMA BARRETO, ao retratar o estilo incoerente de suas personagens em seus atos de loucura. e) CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, ao especular o tempo e a qualidade de vida do homem (leitor) em interação com o tempo da narrativa. INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto: curso prático de leitura e redação. São Paulo: Contexto 2001. SARMENTO, Leila cauar. G extos. 2a ed. sao Paulo: g

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