Ensino da matematica

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Resenha: O ensino da matemática no Brasil Nome: Fernanda Pinto Nunes Esse texto apresenta uma breve revisão sobre a historia da Matemática no Brasil. De acordo com D’Ambrósio, os países periféricos não participaram do progresso da matemática antes do final do século XIX, ocorrendo até esse momento apenas uma recepção e não uma elaboração do conhecimento matemático. Valente, apresenta u desenvolvimento da 1730 a 1930, o perío cha,:. ‘Vipe view next page matemática escolar t Na fase inicial do col ara o estudo do rasil, delimitando constituição da a escolar clássica”. inicio da companhia de Jesus uma considerável preocupação em relação à língua usada pelos nativos. Já o padre Jose de Anchieta veio a escrever a primeira gramatica e dicionário Tupi-Guarani, com a finalidade de instrumentar os missionários, não se percebeu a mesma preocupação em resgatar as atividades de natureza matemática desenvolvidas pelos nativos. Encontramos em valente que pouco se sabe do ensino da matemática nos colégios jesu[tas do Brasil ao longo dos duzentos anos de existência dessas escolas.

Há também em Miorim elementos que confirmam a ausência da atemática nos colégios jesuítas, somente em meados do século XVIII, as escolas jesuítas passaram a considerar o en Swipe to next ensino da matemática, mas somente em 1 757 segundo valente ira se registrar o ensino da matemática como elemento autônomo. Onde estaria então a origem da matemática escolar no Brasil? Segundo valente, foi a necessidade de defesa e fortificação da colônia o embrião do ensino da matemática no Brasil, atrelado ao ensino militar.

Para esse fim foi criada em 1 699, no Rio de Janeiro a aula de fortificações com o objetivo de ensinar a desenhar e ortificar, apesar de instituição em 1699 ainda em 1710 a aula não tinha iniciado devido à falta de livros e compêndios didáticos, bem como compassos e outros instrumentos. Valente indica como primeiro momento do ensino da matemática no Brasil, as aulas de artilharia e fortificações do Rio de Janeiro, em 1738, sendo esse ensino reservado aos futuros oficiais militares ate a independência do pais, estando ai de alguma forma, o inicio da escolarização da matemática no brasil.

Devemos assim, segundo o autor atribuir o desenvolvimento da matemática as necessidades de fortificação, artilharia e marinha e ão aos jesuítas como se acreditava. D’Ambrósio revela os esforços para a defesa como elemento de maior evidencia da matemática no Brasil; a utilização das obras de Belidor e Bezout marca uma nova etapa da matemática escolar no Brasil. Poderíamos chama-la de escolar institucional.

Todos brasileiros que pretendiam seguir seus estudos iniciados nas escolas e concluídos nos colégios jesuítas, só podiam fazê-lo partindo para os centros europeus. Presenciou-se praticamente o desmonte do sistema educacional brasileiro, após a expulsão dos jesuítas em 1759, sendo criadas pela reforma pombalina as “aulas regias”. No entanto Morim considera ess 1759, sendo criadas pela reforma pombalina as “aulas regias”. No entanto Miorim considera essas aulas como um retrocesso determinar os conteúdos e horários das aulas.

A autora atribui ? criação das aulas regias as modificações dos conteúdos escolares desse período a exemplo da introdução de novas disciplinas como álgebra, geometria e aritmética. Problemas de frequência a essas aulas deixavam duvidas sobre a popularidade. Outro indicio que comprova que ate a primeira metade do século XIX era bem reduzido o numero de aulas avulsas de matemática; e duas aulas, uma de geometria e outra de aritmética, geometria e álgebra: a primeira não estava em funcionamento e a segunda, embora provida, não possuía alunos matriculados.

Foi a vinda da familia real de Portugal para a então colônia em 1808 que pela necessidade de criar uma infraestrutura que possibilitasse a permanência da familia felá e também da aristocracia na colônia , por um período que poderia se prolonga, favoreceu o desenvolvimento do ensino da matemática no Brasil. Foram então criadas de imediato, as primeiras escolas superiores, as escolas de cirurgia do Rio de Janeiro e da Bahia em seguida a Academia real Militar. ? também resultante da vinda da família real, a criação segundo o padrão europeu da imprensa Regia da biblioteca real, do jardim botânico, do museu real, do observatório astronômico, do banco do Brasil e de outras instituições que possibilitassem o funcionamento de uma metrópole na colônia. Na academia real militar criou-se o curso de Ciências físicas, matemáticas e naturais, eram adotados os livros de matemática de Euler, Legendre, Lacroix e outros importantes autores franceses. Visto que os manuais 3 matemática de Euler, Legendre, Lacroix e outros importantes utores franceses.

Visto que os manuais escolares passaram a conter elementos de um dado sabe, aritmética, álgebra e geometria, “como novas alternativas para apresentar os elementos das matemáticas”. um exemplo dessas elementarização da matemática é a passagem de conteúdos como extração de raízes e logaritmos. A idade para ingresso na academia era igual ou superior a 15 anos onde saiam formados como oficiais de engenharia ou ainda como geógrafos e topógrafos. Além do curso de ciências matemáticas, física e química e das ciências militares, com mineralogia, metalurgia e historia natural.

O autor destaca a diferença que foi acontecendo nas academias em relação ao ensino da matemática: Enquanto a academia real militar vai se transformando num curso superior, de matemáticas superiores com, por exemplo, a introdução do calculo diferencial, a academia real de guardas-marinha vai se constituindo num curso de nível secundário. Na academia real militar ira progressivamente ocorrer à separação do que é elementar nas matemáticas, sendo esses conteúdos colocados para o ensino no primeiro ano como um verdadeiro curso preparatório.

Na academia real dos guardas-marinha, a permanecia do curso atemático de Bezout vai se sedimentando o caráter de colégio, de instituição de ensino secundário. Assim serão os cursos técnicos militares os responsáveis pelo rol de conteúdos matemáticos que serão ensinados aos que já aprenderam as quatro operações fundamentais e irão prosseguir seus estudos dentro das áreas cientificas e militares estando então o conhecimento matemático técnico e especializado, aquele além da aritmética elementar 4 aquele além da aritmética elementar, reservados aos futuros engenheiros, guardas-marinha, etc.

No “curso matemático” da academia real militar havia quatro pções de cadeiras de matemática, com aulas diárias com uma hora e meia cada. * 10 ano: aritmética, álgebra, até as equações do 30 e 40 graus, geometria, trigonometria retilínea e noções de trigonometria esférica; * 20 ano: álgebra superior, geometria analítica, calculo diferencial e integral. 30 ano: mecânica (estática e dinâmica), hidrostática e hidrodinâmica. * 40 ano: trigonometria esférica, optica, astronomia e giodesia. É em 1827, pela lei de 15 de novembro, que são criadas as escolas primarias que constituía a gratuidade do ensino primário. Na lei constava que os professores deviam ensinar a ler, escrever e também contar, incluindo também o ensino da geometria na escola de primeiras letras.

Os alunos deveriam aprender o sistema de numeração no primeiro ano e as quatro operações aritmética e primeira noção de geometria, bem como o exercício dos traçados de figuras a mão, no segundo ano, apesar de constar no texto da lei, não se efetivou o ensino da geometria nas escolas primaria durante o império, ficando como conteúdo das escolas de primeiras letras: ler, escrever e contar. No ensino secundário, existiam nesse período, além das já omentadas aulas regias que irão desaparecendo aos poucos, alguns seminários e colégios mantidos por ordens religiosas, professores e escolas particulares e os primeiros liceus.

Toda ela tinha como objetivo a preparação para os exames de ingresso, vestibulares, nas academias militares e escolas superiores q S preparação para os exames de ingresso, vestibulares, nas academias militares e escolas superiores que apresentavam maior exigência dos estudos humanísticos, fazendo que a matemática se restringisse ao ensino da aritmética e da álgebra, “a partir dos exames preparatórios é que as matemáticas vão assar a integrar a cultura geral escolar”.

Os novos estatutos dos cursos superiores de ciências jurídicas e sociais do império previam, em 1831, que fossem ministradas nas academias, cadeiras destinadas aos conhecimentos necessários para os exames de ingresso a esses cursos, dando-lhes um caráter propedêutico. As cadeiras de aritmética e geometria são então incluídas nas academias juntando-se a cultura clássico- literária, dando mais um passo na direção da Incorporação da matemática como cultura escolar geral. Em 1832 aritmética e geometria passam a ser exigidos também dos candidatos às cademias medico-cirúrgicas do Rio de Janeiro e da Bahia.

Tanto Valente como Miorim consideram que a criação do colégio imperial Dom Pedro II em 1 837, um modelo de escolarização publica secundaria no Rio de Janeiro, a ser seguido pelo pais, foi de grande importância, passando a referencia para a matemática escolar que a partir de 1838, passa a figurar em todas as oito series do colégio. Apesar de todas as reformas ocorridas durante o período imperial pelos planos de estudo do colégio Dom Pedro II, as matemáticas sempre se fizeram presentes, apresentando apenas variações a carga horaria ou na profundidade como eram abordados os conteudos.

No ano 1839 a academia militar transformou-se em escola militar da corte, sendo Instituido a partir de nove de março de 1842, pelo decreto no 140, a prati decreto no 140, a pratica de defesa de tese para obtenção do grau de Doutor em Ciências matemáticas. É conveniente destacar que o grau de doutor era concedido, por meio de tese, aos bacharéis egressos da escola militar da corte, não caracterizando um curso de pós- graduação como temos nos dia de hoje. É criada no Rio de Janeiro, em 1855, a escola de aplicação, ontinuando o ensino básico da matemática e ciências físicas e naturais ser ministrado na escola militar.

No ano de 1858 passa a escola de aplicação a se chamar” escola militar de aplicação” e a escola militar passam a se chamar de ” escola central”, com seu curso reestruturado em seis anos, ficando com o ensino da matemática, ciências físicas e naturais e também com o ensino das cadeiras de engenharia civil. Acentua-se nesse momento a tendência da separação do ensino civil do ensino militar, que vem se efetivar depois que a lei no 2261 de 24 de maio de 1873 utoriza a reforma no regulamento da escola militar e central e a transferência dessas ultima para o ministério do império.

No ano seguinte a lei foi posta em execução com os decretos que fixaram os estatutos da Escola Politécnica (antiga escola central), que velo a ser a primeira escola de engenharia civil do Brasil. É destacada por Castro a importância do papel desempenhado pelas escolas do exercito (e também da marinha) e pelas escolas de engenharia, no ensino superior de matemática, durante mais de cem anos, pois até 1 934 não foi criada no pais outra instituição de ensino de matemática superior.

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