Febre reumatica

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ESCOLA ÉCNICA MUNICIPAL JOANA DARC “FEBRE REUMÁTICA: Estreptococos Beta hemolítico do grupo A de Lancefield. ” CATAGUASES 2012 3 Trabalho apresentad , Swtp view nent page Érica Norte, Mariana Orientado pela Prof. a Curso de Técnico em Enfermagem FEBRE REUMÁTICA logia, pelas alunas: ista de Oliveira.

A febre reumática é uma doença inflamatória, de caráter autoimune, decorrente de uma importante complicação da infecção pelo Estreptococo beta-hemolitico do grupo A, afeta frequentemente as articulações, daí sua inclusão para estudo entre as doenças reumáticas, embora as complicações raves mais frequentes sejam card[acas (cardite), e, em menor frequência, neurológicas (coréla) e dermatológicas (eritema marginado e nódulos subcutâneos). ? a principal causa de doença cardíaca adquirida em crianças e adultos jovens em todo o por Rebecca Lancefield permitiram a classificação do estreptococo beta-hemolitico como grupo A ou Streptococcus pyogenes, bem como a definição de sua composição celular, levantando questões a respeito de suas funções biológicas e das relações com seu hospedeiro, o ser humano.

O estreptococo do grupo A contém, na camada externa da arede celular, as proteínas M, T e R e o ácido lipoteicóico (L TA), um polímero longo composto por fosfoglicerol e responsável pela ligação da bactéria à fibronectina presente na célula epitelial oral do hospedeiro, iniciando, assim, a colonização bacteriana. As camadas média e interna são formadas por açúcares e conferem rigidez à parede, mantendo a morfologia bacteriana. A proteína M apresenta propriedade antifagocltica e é altamente antigênica.

Sua estrutura é fibrilar em alfa hélice dupla que se projeta da parede celular, apresentando similaridade com proteínas ibrilares do tecido humano, como miosina cardíaca, tropo miosina, queratina, lamina e vimentina. A proteina M contém aproximadamente 450 resíduos de aminoácidos dispostos em quatro regiões, que apresentam blocos de repetições. A porção N – terminal é a mais polimórfica (regiões A e B) e diferenças nos 11 primeiros resíduos de aminoácidos permitem classificar os diferentes subtipos ou cepas do estreptococo do grupo A, que são aproximadamente 100 sorotipos.

As regiões C e D são bastante conservadas e fazem parte da porção C – terminal que se Insere à superfície da bactéria As regiões C de proteínas M e diferentes cepas apresentam aproximadamente de homologia, sendo responsáveis pela fixação da bactéria na mucosa de orofaringe. SINTOMAS E SINAIS O dia 20F O diagnóstico da febre reumática é basicamente clínico. Não existe um exame laboratorial específico para essa doença. Os sinais e sintomas são bastante variados e nem sempre simultâneos, dessa forma, T.

Duckett Jones, em 1944, propôs critérios para ajudar no diagnóstico e limitar o excesso de diagnósticos. Os critérios de Jones, de acordo com a revisão de 1992 da American Heart Association, visam apenas o iagnóstico do ataque inicial de febre reumática aguda e nao suas recorrências. Existem cinco critérios maiores e quatro menores e uma necessidade absoluta de se evidenciar (microbiológica ou sorologicamente) uma infecção recente por estreptococos do grupo A.

O diagnóstico de febre reumática aguda pode ser estabelecido pelos critérios de Jones quando um paciente preenche dois critérios maiores ou um critério maior e dois menores e preenche também a necessidade absoluta (evidência de infecção recente por estreptococos do grupo A). Mesmo com a aplicação estrita dos critérios de Jones, pode ocorrer excesso de iagnósticos, assim como o subdiagnóstico de febre reumática aguda. Existem três circunstâncias nas quais o diagnóstico de febre reumática aguda pode ser feito sem aderência estrita aos critérios de Jones. . A coréia pode ocorrer como a única manifestação da febre reumática aguda. 2. Da mesma maneira, cardite indolente pode ser a única manifestação em pacientes que inicialmente buscam atendimento médico meses depois do início da febre reumática 3. Por fim, embora a maior parte dos pacientes com recorrência de feb 30F 3. por fim, embora a maior parte dos pacientes com recorrência e febre reumática aguda preencha os critérios de Jones, alguns podem não se comportar dessa forma.

SINAIS MAIORES 1. Cardite É o comprometimento do coração caracterizado por inflamação nas três camadas (na membrana que o reveste, no músculo e no tecido que recobre as válvulas). Clinicamente esse comprometimento é indicado pelo sopro cardíaco, pelo aumento da frequência dos batimentos do coração e pelas queixas de cansaço e batedeira aos esforços. Este é o comprometimento mais importante porque pode deixar sequelas e limitar a vida do paciente. 2.

Artrite ? a manifestação mais frequente, que se caracteriza por dor intensa, que dificulta o caminhar, e por inchaço e calores discretos. As articulações mais acometidas são os joelhos e tornozelos. É comum a dor e as outras alterações passarem de uma articulação para outra permanecendo de 2 a 3 dias em cada uma. A simples presença de dor em uma ou mais articulações ou nas pernas e sem as outras alterações (inchaço e calor), nao é um sinal da doença. 3.

Coréia de Sydenham Ocorre predominantemente em crianças e adolescentes do sexo feminino, sendo rara após os 20 anos de idade. Trata-se e uma desordem neurológica caracterizada por movimentos rápidos involuntários incoordenados, que desaparecem durante o sono e são acentuados em situações de estresse e esforço. Esses movimentos podem acometer músculos da face, lábios, pálpebras e língua e são, com frequência, generalizados. Disartria e dificuldades na escrita também podem ocorrer.

O surto da coreia dura, em média de dois a três meses, mas pode prolongar-se por 40F também podem ocorrer. O surto da coreia dura, em média, de dois a três meses, mas pode prolongar-se por mais de um ano. Também foram descritas manifestações neuropsiquiátricas, como iques e transtorno obsessivo compulsivo. 4. Nódulos subcutâneos São raros, presentes apenas em 2%-5% dos pacientes, e estão fortemente associados à presença de cardite grave.

São múltiplos, arredondados, de tamanhos variados (0,5-2 cm), firmes, móveis, indolores e recobertos por pele normal, sem características inflamatórias. Localizam-se sobre proeminências e tendões extensores, sendo mais facilmente percebidos pela palpação do que pela inspeção. Ocorrem preferencialmente em cotovelos, punhos, joelhos, tornozelos, região occipital, tendão de Aquiles e coluna vertebral. O aparecimento é tardio (uma a duas semanas após as outras manifestações), regride rapidamente com o início do tratamento da cardite e raramente persiste por mais de um mês.

Os nódulos não são patognomônicos de Febre Reumática, já que estruturas semelhantes podem ser encontradas em outras doenças reumáticas, tais como artrite idiopática juvenil poliarticular, lúpus eritematoso sistêmico e doença mista do tecido conjuntivo. 5. Eritema marginatum Constitui manifestação rara, sendo descrita em menos de 3% dos pacientes. Caracteriza-se por eritema com bordas nitidas, centro laro, contornos arredondados ou irregulares, sendo de difícil detecção nas pessoas de pele escura.

As lesões são múltiplas, indolores, não pruriginosas, podendo haver fusão, resultando em aspecto serpiginoso. As lesões se localizam principalmente no tronco, abdome e face interna de membros superiores e inferiores, po localizam principalmente no tronco, abdome e face interna de membros superiores e inferiores, poupando a face; são fugazes, podendo durar minutos ou horas, e mudam frequentemente de forma. Ocorrem geralmente no inicio da doença, porém podem persistir ou recorrer durante meses. Essa manifestação está associada à cardite, porém não necessariamente a cardite grave. SINAIS MENORES 1.

Febre A febre é frequente no inicio do surto agudo e ocorre em quase todos os surtos de artrite. Não tem um padrão característico. Em geral, cede espontaneamente em poucos dias e responde rapidamente aos anti-inflamatórios não hormonais. 2. Artralgia A artralgia isolada afeta as grandes articulações e se caracteriza pela ausência de incapacidade funcional, cuja presença distingue a artrite. A presença de artralgia com padrão poliarticular migratório e assimétrico envolvendo grandes articulações é ltamente sugestiva de febre reumática e frequentemente é associada à cardite.

A presença de artrite como critério maior não permite a inclusão da artralgia como critério menor. 3. Elevação dos reagentes de fase aguda (VHS, PCR). As provas de atividade inflamatória ou reagentes de fase aguda não são específicas da Febre Reumática, porém auxiliam no monitoramento da presença de processo inflamatório (fase aguda) e da sua remissão. A velocidade de hemossedimentação (VHS) se eleva nas primeiras semanas de doença. Ressalte-se que, na presença de anemia, a VHS pode estar superestimada, bem omo subestimada, nos pacientes com insuficiência card[aca.

A proteína C reativa (PCR) se eleva no inicio da fase aguda e seus valores diminuem no final da segunda ou da t 6 OF se eleva no Início da fase aguda e seus valores diminuem no final da segunda ou da terceira semana. Sempre que possível deve ser titulada, sendo mais fidedigna que a VHS. A alfa-l- glicoprote[na ácida apresenta títulos elevados na fase aguda da doença, mantendo-se elevada por tempo mais prolongado. Deve ser utilizada para monitorar a atividade da FR- Na eletroforese de proteína, a alfa-2-globulina se eleva precocemente na fase aguda pode ser utilizada também para o seguimento da atividade da doença. . Intervalo PR prolongado no ECG O intervalo PR pode estar aumentado em pacientes com febre reumática, mesmo na ausência de cardite, assim como em indivíduos normais. O eletrocardiograma deve ser solicitado em todos os pacientes com suspeita de Febre Reumática e repetido para registrar o retorno à normalidade. Na criança, considera-se o intervalo PR aumentado quando apresenta valores acima de 0,18 s e, nos adolescentes e adultos, acma de 0,20 s. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: * Administrar antipiréticos prescritos, quando for necessário.

Antibioticoterapia prescrita. * Monitorar a temperatura regularmente. * Monitorar os sinais vitais. * Repouso no leito é recomendado durante o período agudo. * Administrar tranquilizantes prescritos, quando for necessário. * Administrar sedativos prescritos, quando for necessário. * Ficar atento a sinais e sintomas de intolerância gástrica. * Dietoterapia prescrita. * Ficar atento aos efeitos colaterais dos corticoides. * No caso de lesões cardíacas, o tratamento deve ser implementado dependendo do grau da lesão cardíaca ou da insuficiência cardíaca.

MEDIDAS PRE er implementado dependendo do grau da lesão cardiaca ou da MEDIDAS PREVENTIVAS A incidência de Febre Reumática tem apresentado redução progressiva em todo o mundo, principalmente em países com melhores índices de desenvolvimento humano, onde tem chegado a níveis de controle quase pleno. Essa tendência foi observada mesmo antes da existência da penicilina e de certos agentes quimioterápicos, que mais tarde passaram a ser usados para controle das infecções estreptocócicas. ? possível que o controle da doença em países desenvolvidos esteja mais relacionado à melhoria das condições socioeconômicas do que ão somente à introdução de esquemas terapêuticos profiláticos. No entanto, nos países em desenvolvimento, enquanto não se conseguir um melhor nível de desenvolvimento humano para a população, com menos desigualdade social, as profilaxias (primária e secundária) na atenção à saúde individual precisam ser adequadamente ministradas.

Programas multidisciplinares de prevenção e controle da doença devem ser desenvolvidos com o objetivo de promover uma perfeita adesão à profilaxia, o controle das lesões residuais e cuidados relacionados ao bem- estar físico e mental desses pacientes. O uso sistemático de penicilina, adotado oficialmente desde 1 954 pela OMS para a profilaxia da Febre Reumática, é um exemplo de eficácia de intervenção preventiva, em razão dos excelentes resultados observados.

Sabe-se que o tratamento precoce e adequado das faringoamigdalites estreptocócicas do grupo A com penicilina até o nono dia de sua instalação pode erradicar a infecção e evitar um primeiro surto de Febre Reumatica em um indivíduo suscetível 80F erradicar a infecção e evitar um primeiro surto de Febre Reumatica em um indivíduo suscetível – profilaxia primária u um novo surto em quem já teve a doença anteriormente – profilaxia secundária. PROFILAXIA PRIMÁRIA: A profilaxia primária é baseada no reconhecimento e tratamento das infecções estreptocócicas, com a finalidade de prevenir o primeiro surto de Febre Reumática por meio da redução do contato com o estreptococo e tratamento das faringoamigdalites. Embora a profilaxia primária seja, teoricamente, a melhor maneira de prevenir o aparecimento da doença, a Febre Reumática pode ocorrer independente dos esforços despendidos na prevenção primária.

Uma importante dificuldade encontrada a execução dessas medidas são as formas assintomáticas ou oligossintomáticas das infecções estreptocócicas e os casos de tratamento inadequado, seja pelo uso de antibióticos bacteriostáticos, seja pela administração da medicação adequada por período inferior a 10 dias. Por fim, salienta-se que a amigdalectomia não é medida recomendada para profilaxia primária da Febre Reumática. PROFILAXIA SECUNDÁRIA: A profilaxia secundária consiste na administração cont[nua de antibiótico especifico ao paciente portador de Febre Reumática prévia ou cardiopatia reumática comprovada, com o objetivo e prevenir colonização ou infecção de via aérea superior pelo EBGA (estreptococo beta-hemolitico do grupo A), com consequente desenvolvimento de novos episódios da doença. A profilaxia secundária regular previne recorrências da doença e reduz a severidade da cardiopatia residual, de modo a prevenir, consequentemente, mortes decorrentes de valvopatias severas.

Ap cardiopatia residual, de modo a prevenir, consequentemente, mortes decorrentes de valvopatias severas. Após o diagnóstico de FR ser realizado, a profilaxia secundária deve ser prontamente instituída, permanecendo a penicilina benzatina como a droga e escolha. Sua eficácia para prevenir a doença está bem estabelecida. Outras vantagens do uso da penicilina são o baixo custo, a pouca incidência de efeitos colaterais, o baixo espectro antimicrobiano e inexistência de cepas do EBGA resistentes ? penicilina.

PREVENÇÃO DA FEBRE REUMÁTICA Agente Dose Via I Duração Profilaxia primária Penicilina G benzatina 600. 0001U para pacientes < 27 kg 1. 200. 000 para pacientes ugt;27kg IVI I Dose única Amoxicilina Crianças – 50mg/kg 8/8h por IO dias Adultos – 50mgVo 8/8h por 10 dias VO 10 dias Para pacientes alérgicos à penicilina I Eritromicina Crianças – 40mg/kg/dia 6/6h por 10 dias Adultos – 500mgvo 6/6h por 10 dias VO 10 dias I Profilaxia secundária Penicilina G benzatina 1. 00. 000Ui a cada 15 ou 21 dias IM Vide Tabela2 1 Penicilina V 250mg 2x ao dia VO Vide Tabela 2 para pacientes alérgicos a penicilina I Sulfadiazina 0,5g uma vez ao dia para pacientes <27 kg Ig lx dia para pacientes > 27 kg I VO Vide Tabela 2 Para pacientes alérgicos à penicilina e à sulfadiazna I Eritromicina 1 250mg 2x ao dia I VO Vide Tabela 2 | ponte: Rev. Med. (90 pau10). 2008 abr. -jun; 87(2): p. 139. DURAÇÃO DA PROFILAXIA ANTIBIÓTICA EM PACIENTES COM 0 DF 13

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