Fichamento

Categories: Trabalhos

0

Influências Filosóficas nas Abordagens: • Psicanálise A trajetória e historia da psicanálise está indissociavelmente ligada à vida de Freud. A teoria criada por ele em Viena no início do século XX se difundiu por inúmeras áreas do saber, e seus termos circulam até mesmo em conversas coloquiais. Segundo pesquisas publicadas pelo autor Wilhelm W.

Hemecker (1955) formado em filosofia, germanística, teologia e doutor em filosofia, sua conclusão a respeito das influências filosóficas sofridas por Freud é a de que houve uma influência direta de uma psicologia orientada na filosofia de Johann Friedrich Herbart 1776-1841) nos fundamentos da psicanálise e que se a virmos Swipe view next page to vien dentro dessa perspe psicanálise uma “out 0 salienta Hemecker,b a q e a psicanálise para e filosófica. rmos para a ntífica. Para tanto, s naquilo que ela é, la”, ou psicologia Hemecker fala em seu livro sobre uma pesquisa histórico- filosófica da psicanálise de Freud, deixando claro que tudo aquilo que é fundamento psicológico da psicanálise pode ser desprendido da psicologia herbatiana. Em várias passagens de sua obra, diz Hemecker, Freud fez indicações claras acerca dos caminhos para o estudo do urgimento e desenvolvimento da psicanálise e de sua formação intelectual.

Assim, ele afirma que a história da psicanálise deve começar pela “descrição das influências que presidiram sua gênese”, e que não poderiam ser esquecidos “o tempo e as condições de sua criação”. Mas, em outras vezes, acrescenta o autor, quando trata de precisar tais influencias, Freud omite uma parte considerável delas, como ocorre em sua Autobiografia, que por indicar apenas as influências de grandes nomes das ciências naturais e da medicina (Breuer, Charcot, Bernheim, Goethe,

Darwin, Brüeke e Meynert), é considerada como uma “obra prima da arte do ocultamento”. O que Freud oculta sistematicamente, salienta Hemecker, é a sua própria experiência pessoal com a filosofia e a psicologia filosófica correntes na Viena em que realizou sua formação intelectual. O Freud aluno do Gymnasium recebeu da psicologia de Adolf Lindner (1828-1887), elaborada no espírito de Herbart, seu “primeiro olhar mais profundo”.

Nos seus primeiros anos como estudante de medicina, Freud se ocupou intensivamente com filosofia. Isto pode ser demonstrado através da análise de seu”histórico escolar” em conjunto com assagens significativas de sua correspondência pessoal. Freud estudou com Franz Brentano (1848-1917) durante quatro semestres (1874/1876). Assistiu a um curso sobre lógica (1875) e a um curso sobre a filosofia de Aristóteles (1876). Assistiu ainda aos seminários de leitura, interpretação e resenha de escritos filosóficos escolhidos.

Através de sua correspondência com seu amigo de juventude, Eduard Silberstein, ficamos sabendo que o interesse de Freud pela psicologia de Brentano chegou mesmo a levá-lo a decisão de lazer um doutorado sob a orientação de Brentano. A análise de Hemecker mostra que a relação entre Freud e Brentano foi o encontro mais intensivo de Freud com a filosofia, mas que também não foi o encontro filosófico mais significativo para a origem da psicanálise.

A influência de Brentano teria sido mesmo impeditiva do surgimento da psicanálise, pois Brentano discorda de pontos fundamentais da psicologia de Her 20F 10 do surgimento da psicanál•se, pois Brentano discorda de pontos fundamentais da psicologia de Herbart como, por exemplo, o conceito de “consciência inconsciente”. De acordo com Hemecker, a doutrina da psicologia empírica de Herbart não foi deduzida a partir das proposições doutrinárias da teoria da autoconsciência e de seus princípios metafísicos subjacentes, mas foi formulada em cima dos fatos da consciência comum.

Sua orientação empírica busca as experiências usuais e os fatos da consciência comum. Nesse sentido, diz Hemecker, a psicanálise seria sua herdeira, e como fundamento do que está a afirmar, nos oferece a seguinte passagem de Herbart a respeito das matérias de interesse da psicologia: “Constituem a matéria da psicologia, a percepção interna, a fala de homens de diferentes formações, as observações de educadores e de omens de estado, as representações dos viajantes, de escritores de histórias, de poetas e de moralistas, as infindas experiências dos loucos, dos doentes e dos animais. Lindner aceita a doutrina de Herbart, diz Hemecker, inclusive sua complicada proposta de matematização da teoria psíquica e incorpora e conserva mesmo seus resíduos metafísicos, que podem ser vistos quando ele estabelece como tarefa da psicologia empírica, a fundação, a partir de fatos particulares da consciência, pelo método da indução, de uma “teoria explicativa da vida da alma”, sendo a alma entendida como o “eu”, a ssência de todos os estados internos.

Na psicologia empírica de Lindner, a psicanálise teria aprendido onde estavam suas fontes de conhecimento: a observação de crianças, dos “primitivos”, o dos “doentes do esp[rito”. As fontes mais importantes de conhecimento na psicologia de Lindner são as seguintes: a 30F 10 espírito”. As fontes mais importantes de conhecimento na psicologia de Lindner são as seguintes: a auto-observação, a observação dos outros, a auto-observação dos outros, e a observação de outros dos outros.

Junto a essas fontes, Lindner enumera também em seu “manual de psicologia”, os objetos ue se relacionam com as regras da auto-observação, a saber, as primeiras manifestações da consciência em crianças; os afetos em que estamos como que “fora de nós”; e, “os diferentes estados extremos e anormais, que aparecem apenas como produto de todo o desenvolvimento biográfico característico de um indivíduo particular. ‘ O interesse de Lindner pelos fenômenos psicopatológicos, diz Hemecker, é extraordinariamente manifesto em lodo o livro.

Há um capítulo inteiro dedicado às “doenças da alma”, cujo primeiro parágrafo, desenvolve a ideia do “sonho como modelo das oenças da alma”, analogia que Lindner formula expressamente: “O estado de sono apresenta fenômenos temporários análogos aos observados nas doenças da alma”. A relação entre os sonhos, às doenças da alma e a psicopatologia, assim como a teoria dos sonhos de Lindner assentada na psicodinâmica das representações, o cerne da psicologia herbatiana, tal como nos apresenta Hemecker, mostra uma surpreendente e espantosa afinidade com as teorias de Freud.

O caráter de desejo dos sonhos, a ideia do sonho como alucinação, a noção de “trauma psíquico”, a Ideia de que o feto está na origem das doenças psíquicas, a noção de afeto bloqueado ou interrompido, a hipnose como método, a questão do papel dos fatores externos nas disposições para as neuroses, a possibilidade de representações inconscientes e seu modo de funcionamento específico, a noção de “limiar da consciência”, 10 representações inconscientes e seu modo de funcionamento especifico, a noção de “limiar da consciência”, os “restos de memória”, a identidade entre “ocultamento” e “repressão” de representações, a relação antagonística mútua entre “trabalho o sonho” e Interpretação do sonho”, os mecanismos de “condensação” e deslocamento” e, em suma, tudo aquilo que fundamenta a psicologia da psicanálise, enfatiza Hemecker, está já presente em Lindner. • Comportamental (Behaviorismo Radical) O Behaviorismo Radical é o campo filosófico da análise do comportamento. As questões trabalhadas no Behaviorismo Radical avaliam a repercussão e a validade das pesquisas científicas experimentais no estudo do comportamento. Skinner teve como referência as ideias dos filósofos da ciência, incluindo Percy Bridgeman, Ernst Mach e Jules Henri Poincaré.

Esses criaram novos modelos de pensamento explanatório que não dependiam de nenhuma subestrutura metafísica. No decorrer de sua obra, Skinner teorizou que a lógica do modelo de seleção natural de Darwin também poderia ser aplicada ao comportamento dos indivíduos como um novo modelo causal diferente do mecanicismo. O Behaviorismo Radical se baseia no pragmatismo. O pragmatismo é uma tradição filosófica que se concentra na tarefa de compreender as experiências humanas sem afirmar que existe verdade absoluta, pois “a verdade de um conceito reside na sua capacidade de organizar parcelas de nossas experiências, rganizá-las e compreendê-las” (BAUM 2006).

O Behaviorismo Radical surgiu como uma proposta alternativa á de Watson afirmando também que o comportamento não era somente fator dos estímulos que o antecediam, mas era influenciado pelos estimulos consequentes ao comportamento, 0 antecediam, mas era influenciado pelos estimulos consequentes ao comportamento, ou seja, aqueles provocados por ele mesmo. Tao importante como o fato do comportamento ser resultado dos estimulos antecedentes e consequentes, de acordo com Skinner, era o fato dele não ser mediado por nenhuma estrutura orgânica. Na verdade um determinado comportamento deveria ser entendido como um resultado provável de uma série de fatores imediatos e históricos tanto morfológicos, anatômicos e funcionais. O Behaviorismo Radical também pode ser chamado de metafísica da Análise do Comportamento.

Metafísica é um ramo da filosofia que estuda a essência do mundo. A saber, é o estudo do ser ou da realidade, assim, a metafísica behaviorista radical também estuda a experiência humana a partir das descobertas proporcionadas pela Análise Experimental do Comportamento. O Behaviorismo Radical é a parte da Análise do Comportamento ue estuda os conceitos vistos acima: ciência, ciência natural, evento natural, ambiente, estímulo, resposta e comportamento. • Gestalt A Terapia Gestalt baseou-se, explícita e implicitamente, na combina-çào de numerosas correntes filosóficas e terapêuticas de diversas fontes: europeias, americanas e orientais.

As mais marcantes foram: a Fenomenologia, o Existencialismo, a Psicologia da Gestalt, a Psicanálise, o Taoísmo e o Budismo Zen. Da Fenomenologia (Husserl, Scheler, Buber, Jaspers, Heidegger, Merleau-Ponty) retiveram-se as seguintes Ideias fundamentais: A intencionalidade da consciência e o primado da vivência imediata, tal como ela é percebida ou sentida corporalmente, assim como o processo que se está a desenvolver no Aqui-e- Agora. A percepção que cada um tem do mundo que o rodeia é dominada 6 0 está a desenvolver no Aqui-e-Agora. dominada por fatores subjetivos, que lhe conferem um sentido próprio para cada um. É mais importante descrever do que explicar – Primado do Como so-bre o Porquê.

No que concerne ao Existencialismo e ao seu tema único da relação Homem – Mundo (Kierkegaard, Binswanger, Arendt, Marcel, Sartre, Beauvoir, Ortega y Gasset), salientam-se em Terapia Gestalt as seguintes noções: Primado da Responsabilidade, ou seja, a participação ativa na cons-truçao do projeto de vida. Confiança nas potencialidades Inerentes, específicas e únicas de cada indivíduo. A ideia da liberdade como constitutiva da existência humana. Respeito pelo ser humano na sua singularidade e originalidade da experiencia. Dado a Terapia Gestalt ter estabelecido as suas raízes nas concep-ções existencial e fenomenológica, participou da corrente precursora da Psicologia Humanista, que tomou corpo por volta e 1954 com Maslow.

Esta recolocava o homem total no centro da Psicologia, conferindo-lhe um estatuto de sujeito, responsável pelas suas escolhas e crenças. A Psicologia da Gestalt (Von Ehrenfels, Wertheimer, Koffka, Kohler, Goldstein, Lewin, Zeigarnik) é considerada das influências mais significativas da Terapia Gestalt, enfatizando nos seus trabalhos desde os inícios do séc. XX que “o todo é uma realidade diferente da soma das suas partes”. Os psicólogos gestaltistas estudaram essencialmente, num primeiro momento, os mecanismos fisiológicos e psicológicos da percepção e as relações do rganismo com o seu meio, nomeadamente o funcionamento do processo Figura-Fundo.

Este processo refere-se a uma característica da dinâmica da per-cepção, e demonstra que todo Este processo refere-se a uma característica da dinâmica da per- cepção, e demonstra que todo o campo perceptivo se diferencia num Fundo e numa Figura. A Figura é algo que surge “à vista” salientando-se sobre o Fundo. A inovação trazida por Fritz Perls foi a aplicação do principio de organização acima referido as necessidades ou motivações do indivíduo, levando a um modelo compreensivo da personalidade omo um todo. Na Terapia Gestalt todos os fenómenos da experiência (pensamentos, sentimentos, recordações, preocupações, sensações, etc. organizam-se segundo uma dinâmica de Figura – Fundo. Da Psicanálise Freudiana, retiraram-se e adaptaram-se conceitos como mecanismos de defesa, instâncias psíquicas, compulsão à repetição, trabalho realizado com os sonhos, entre outros. A Terapia Gestalt recebeu a influência de outros psicanalistas como Rank, com a ideia de auto-apoio e individuação; Adler, que enfatiza a responsabilidade do individuo e a noção de olismo; Jung com o princípio dos opostos (conceito de sombra), concepção dos sonhos e do respectivo simbolismo como expressões criativas do próprio indivíduo; de Horney destaca-se a Importância do contexto sociocultural e das circunstâncias de vida.

A importância dada ao corpo na Terapia Gestalt deve-se ? influência de Reich. No que diz respeito às influências filosóficas das Filosofias Orientais, poderá dizer-se que estas ocorreram a um nivel implícito na elaboração do modelo da Terapia Gestalt. O contexto sóciocultural e filosófico (anos 20 – anos 70) da própria vida de Perls foi muito marcado pela entrada do Oriente no Ocidente, inicialmente pela literatura de ensaio e filosófica (no caso de Heidegger, Merleau-ponty), também nos meios mais académicos (Jung, Ran 80F 10 e filosófica (no caso de Heidegger, Merleau-Ponty), também nos meios mais académicos (Jung, Rank), e pelos seus próprios analistas (Karen Horney e Reich).

Em meados dos anos 50, mestres orientais de meditação começam a fixar-se nos parses ocidentais e, em plenos anos 60, a filosofia oriental estava já na moda, introduzida pela geração pacifista da época. No que concerne ao Taoísmo (V a. C. ), este poderia dizer-se ser es-sencialmente uma metafisica da espontaneidade, tolerância e liber-dade. Os conceitos convergentes com a Terapia Gestalt são: conceito de polaridades; expressão livre e espontânea; importância do corpo como morada do espírito; libertação de introjecções moralizantes; concentração no aqui e agora; ponto zero de ação ou vazio; teoria paradoxal da mudança. O Budismo surge em VI d. C. mas só no séc. XIII chega ao Japão adotando o nome de Budismo Zen.

Os principais pontos de conver-gência deste orientalismo com a Terapia Gestalt são: o stado de Awareness; Atenção ao momento presente, focada nos sentidos – o Aqui-e-Agora; o Não – Pensamento ou prática da não ação mental, como condição para a Fluidez da Experiência; Mente como impeditivo ao contato com a experiência imediata; e Vazio Fértil. Outras influências significativas foram a Teoria de Campo de Kurt Lewin, o Psicodrama de Moreno, e a teoria da Indiferença Criativa de Friedlander. • Abordagem Humanista A psicologia hummanista surgiu como uma reação ao determinismo dominante nas outras práticas psicoterapêuticas, ensinando que o ser humano possui em si uma força de utorrealização, que conduz o indivíduo ao desenvolvimento de uma personalidade criativa e saudável. Essa força inerente a todo ser humano é muitas veze imped personalidade criativa e saudável.

Essa força inerente a todo ser humano é muitas vezes, no entanto, impedida por fatores externos de se desenvolver plenamente. A psicologia humanista busca, assim, uma humanização da psique, considerando o homem como um processo em construção, detentor de liberdade e poder de escolha. Filosoficamente baseia-se a psicologia humanista, sobretudo no hu-manismo, no existencialismo (Jean-Paul Sartre, Martin Heidegger) bem como na fenomenologia (Edmund Husserl) e na autonomia fun-cional (Gordon Alport). A maior contribuição dessa nova linha psicológica é a da experiência consciente, a crença na integralidade entre a natureza e a conduta do ser humano, no livre arbítrio, espontaneidade e poder criativo do indivíduo.

Um dos principais teóricos da Psicologia Humanista foi Abraham Maslow (1908-1970), americano, considerado o pai espiritual do movimento humanista, acreditava na tendência individual da pessoa para se tornar auto realizadora, sendo este o nível mais alto da exis-tência humana. Maslow criou uma escala e necessidades a serem satisfeitas e, a cada conquista, nova necessidade se apresentava. Isso faria com que o indivíduo fosse buscando sua auto realização, pelas sucessivas necessidades satisfeitas. Outro grande teórico da Psicologia Humanista foi Carl Rogers (1902-1987), americano, que baseou seu trabalho no individuo. Sua visão humanista surgiu através do tratamento de pessoas emocionalmente perturbadas. Ele trabalhou com um conceito semelhante ao de Maslow, a que deu o nome de tendência atualizante, que é a tendência inata de cada pessoa atualizar suas capacidades e potenciais. 0 DF 10

Genetica

0

Elementos móveis do DNA ou elementos transponíveis DNA dos eucariotas • Genes que codificam proteínas solitários • Famílias de genes

Read More

Introdução ao estudo do direito

0

3) Um dos grandes marcos da previdência social no mundo ocorreu com: A lei de amparo aos pobres (Poor Relief

Read More