Histologia
PRODUЗГO DE ENERGIA E MEIO AMBIENTE NA AMAZФNIA CHACON, Thais Brito COSTA, Victor da Silva TRIAM, Amadeu Rocha RESUMO A produзгo e distribuiзгo de energia na Amazфnia sгo desafios de dimensхes continentais, levando em consideraзгo a maior floresta do planeta, localizada, em uma enorme planнcie, com perнodos sazonais de enchentes e secas, alйm das transposiзхes de rios e largos. As c respectivas linhas de em бreas inexplorad provocando impacto dimensхes territoriai OF17 relйtricas e suas is instalaзхes • – quentemente, p suas extensas sidade demogrбfica.
Apesar de a Amazфnia possuir um potencial idrelйtrico capaz de suprir as demandas energйticas do Brasil por dйcadas, ultrapassando inclusive a jб instalada, devem- se levar em consideraзгo os possнveis impactos irrevers[veis, nas construзхes de barragens alagamento de grandes бreas da planнcie Amazфnica, invadindo florestas, destruindo sua biodiversidade ainda nгo estudada e suas conseqькncias. No passado, a construзгo de hidrelйtricas nгo tinha uma legislaзгo, nem tecnologia avanзa para evitar prejuнzos ao meio ambiente.
Hoje, hб necessidade de associar os recursos disponнveis, para evitar os erros do passado, preservar a fauna e flora, bem como, s matas ciliares, comunidades indнgenas e ribeirinhas, para que haja o desenvolvimento sustentбvel. Existem alternativas capazes de suprir parte dessa demanda, associando meios de produзгo menos impactantes, aproveitando os recursos renovбveis locais e judiciais, como embargos das construзхes de barragens, atrasos no desenvolvimento tecnolуgico do paнs. INTRODUЗГO A produзгo de eletricidade, na Amazфnia, e seus impactos ao meio ambiente sгo desafios para os уrgгos ambientais, os setores produtivos de energia, as comunidades indнgenas, os produtores rurais e outras comunidades espalhadas nesta vasta egiгo, que representa quase metade da extensгo territorial do paнs.
As instituiзхes governamentais e, principalmente, a populaзгo brasileira precisa se integrar, discutir e apresentar soluзхes para os problemas atuais e futuros, pois a demanda de energia elйtrica cresce a cada dia e todos necessitam consumir a mesma em prol das necessidades diбrias, porйm ninguйm quer ficar nas escuras. A falta de energia elйtrica impede o desenvolvimento de atividades economicamente produtivas, organizadas e potencialmente geradoras de emprego e renda, no interior da Amazфnia.
Este fato tem reflexo direto nas condiзхes e vida e no Indice de Desenvolvimento Humano (IDH). O suprimento de energia elйtrica para comunidades isoladas й, entгo, uma das formas de proporcionar melhorias nas condiзхes de vida da populaзгo e inserзгo social, mediante a possibilidade de atrelar atividades produtivas а geraзгo de energia. A captaзгo e geraзгo de energia solar associada аs atividades econфmicas, alйm de promover a reduзгo do consumo dos combustнveis fуsseis, diminuindo as emissхes de C02 na atmosfera e o impacto ambiental, podendo gerar emprego e renda.
Os projetos relacionados а captaзгo de energia solar podem ser esenvolvidos, nessa, regiгo, com um grande potencial de produзгo por metro quadrado, tendo em vista sua localizaзгo entre os Trуpicos 20F potencial de produзгo por metro quadrado, tendo em vista sua localizaзгo entre os Trуpicos de Cвncer e Capricуrnio, com uma incidкncia significativa solar significativa o ano inteiro e, no futuro, a produзгo excedente poderб ser interligada as futuras linhas de transmissгo. ? possнvel que a comunidade cientнfica desenvolva estudos hнbridos na produзгo de energia solar, associada a outros meios de produзгo. Existe um grande potencial de atйria orgвnica na regiгo amazфnica sem ser aproveitada e potencializada pelo clima quente, podendo os produtores locais agregar valores em seus produtos, potencializando os recursos naturais, com baixo o impacto ambiental. 3 Associado a energia solar, podem-se construir biodigestores aproveitando os dejetos produzidos pelas criaзхes de aves, bovino, caprino, suнno e residuos vegetais.
Atualmente, o aumento da produзгo mundial requer do setor agropecuбrio maior produзгo de alimentos, seja de origem animal ou vegetal, com inevitбvel aumento de res[duos, os quais se tornarгo um roblema se nгo forem aproveitados. Um manejo integrado dos dejetos de animais poderб ser obtido fazendo-se a reciclagem dos mesmos por meio de utilizaзгo dos biodigestores, que sгo sistemas de fбcil construзгo e operaзгo, os quais produzem fertilizantes, bem como, o biogбs poderб ser produzido e utilizado em diversos equipamentos, como os de queima direta no acionamento de motores, geradores, fogхes e aquecedores.
Este artigo tem o objetivo, de contribuir com os profissionais da Geografia e a Comunidade Cientнfica, no horizonte do desenvolvimento multidisciplinar na produзгo de energia elйtrica, amo da geografia econфmica que a cada dia a tem aumentado a demanda, energia elйtrica, ramo da geografia econфmica que a cada dia a tem aumentado a demanda, porйm devemos atentar para os impactos ambientais causados pelas fontes geradoras de energia 2. A MATRIZ ENERGETICA BRASILEIRA Segundo a Agкncia Nacional de Energia Elйtrica-ANEEL, em dezembro de 2009, a produзгo de energia elйtrica brasileira, atingiu mais de 102. 00 megawatts (MW), composta por 74% em hidrelйtricas, 23,55% de termoelйtricas, 1 usinas atфmicas e 0,55% eуlica, uma pequena parcela de fontes renovбveis em esenvolvimento como: a biomassa, a solar e a produзгo de bicombustнveis para funcionamento de geradores. A produзгo de energia elйtrica estб em fase de expansгo, e busca o desenvolvimento sustentavel, conceito que alinha a expansгo da oferta com o consumo consciente, a preservaзгo do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida.
O potencial energйtico do Brasil a ser explorado com responsabilidade, possivelmente garantirб o desenvolvimento sustentбvel para as presentes e futuras geraзхes, e atй exportar para os paнses vizinhos a produзгo excedente; para isso terб que interligar todas s formas de produзгo de energia, aperfeiзoar e desenvolver novas tecnologias de produзгo, em sistemas alternativos e hibridos. 4 2. 1 A importвncia das hidrelйtricas para o Brasil Segundo o Atlas de Energia Elйtrica do Brasil (ANEEL 2008, p. 3), a primeira hidrelйtrica do Brasil foi construнda no final do sйculo XIX, por volta de 1823, no reinado de D. Pedro II, localizada no municнpio de Diamantina, Minas Gerais, utilizando as бguas do Ribeirгo do nferno, afluente do rio Jequitinhonha, com 0,5 MW (megawatt) de potкncia e linha de transmissгo de dois quilфmetros. Hoje, a realidade 40F om 0,5 MW (megawatt) de potкncia e linha de transmissгo de dois quilфmetros.
Hoje, a realidade й outra, o Brasil vem expandindo o sistema com um grande potencial jб instalado, na produзгo de energia por meio das hidrelйtricas conectadas а rede de distribuiзгo do Sistema Integrado Nacional (SIN), “representando menos de 30% da sua capacidade” (ANEEL 2008, p. 09), um produto indispensбvel no desenvolvimento do paнs, abastecendo as indъstrias, comйrcios, residкncias e propriedades rurais. A produзгo de energia elйtrica estб diretamente ligada a uma legislaзгo ambiental rigorosa, na preservaзгo do meio mbiente, fauna, flora, biodiversidade, populaзгo local e tudo que envolve o ecossistema.
O Brasil caminha a passos lentos na execuзгo de projetos ambientais em consonвncia com a demanda produtiva do paнs. Atй na produзгo de eletricidade por micro usinas hidrelйtricas, precisa-se de estudos ambientais relacionados а localizaзгo, instalaзгo, operaзгo e a ampliaзгo de uma atividade ou empreendimento, apresentados como subsнdios para anбlise da licenзa requerida, de acordo com a resoluзгo do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA NO 237/97. . 2 Impactos decorrentes da instalaзгo de usinas idrelйtricas O aumento do preзo do petrуleo, a partir de 1973, levou o governo a construir a Usina Hidrelйtrica de Balbina, localizada no rio Uatumг, no meio da floresta amazфnica, com intuito de suprir a energia elйtrica de Manaus e substituir as termoelйtricas.
Apesar da geraзгo de energia por hidrelйtricas ser considerada limpa, hб restriзхes quanto а бrea inundada pela barragem, a relaзгo entre energia gerada e a бrea inundada й dependente da altura de crista da barragem e das condiзхes topogrбfic energia gerada e a бrea inundada й dependente da altura de crista da barragem e das condiзхes topogrбficas locais.
Manaus, uma metrуpole, capital do Amazonas, com um parque industrial que, desde a sua implantaзгo, na dйcada de sessenta, possui uma demanda por energia 5 elйtrica, a qual й gerada, ainda por termoelйtricas, a base da queima de combustнveis fуsseis para atender a populaзгo, comйrcio e suas indъstrias. A construзгo da hidrelйtrica de Balbina, em xxxx, na tentativa de suprir essa demanda, teve efeito foi negativo, sendo considerada pelos tйcnicos como um desastre ambiental, e nгo suprindo as necessidades de Manaus, continuando com o funcionamento das termoelйtricas.
Ressalta- se que a construзгo de Balbina roporcionou a produзгo de gases com efeitos tуxicos devido a grande бrea de floresta inundada, segundo os tйcnicos. A planнcie amazфnica, apesar da enorme malha hidrogrбfica, sofrem restriзхes а Implantaзгo de usinas hidrelйtricas em razгo de suas caracterнsticas topogrбficas, deve-se levar em consideraзгo a necessidade de empreendimentos capazes de produzir energia, objetivando menos impactos ao meio ambiente, evitando os erros das instalaзхes das hidrelйtricas do passado: Balbina-AM, Tucuruн-PA e Samuel-RO.
Lago de Balbina-AM Foto Antonio Ribeiro e divulgaзгo (Fig. 1) Histуrico do passado, segundo de geraзгo de energia, representando apenas 1,678% de produзгo comparada a Itaipu, seria necessбrio 60 6 hidrelйtricas de Balbina, para atingir a capacidade da hidrelйtrica binacional de Itaipu, sua бrea inundada, corresponde a cinqьenta por cento da бrea alagada de Balbina; segundo, a liberaзгo de gases de efeito estufa em Balbina й dez vezes superior ? emissгo de uma termelйtrica movida a carvгo de potкncia igual а da hidrelйtrica. Para cada megawatt/hora (MW/h) gerado nessa hidrelйtrica sгo liberadas 3,3 toneladas de carbono na tmosfera”, de acordo com os levantamentos de Kemenes pesquisador do INPA; e o terceiro, й a falta de investimentos para diminuir as emissхes de gases da usina, superam todo o crйdito de carbono obtido pela estatal Eletrobrбs, que controla Balbina por intermйdio da Eletronorte.
De acordo com AGКNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELЙTRICA (ANEEL), a usina hidrelйtrica de Jirau й a segunda do Complexo Hidrelйtrico do Rio Madeira a ser viabilizada, com previsгo de gerar energia elйtrica a partir de janeiro de 2013. Os empreendimentos Santo Antфnio e Jirau, em territуrio brasileiro, ficarгo prуximos a Porto Velho, capital do stado de Rondфnia e longe dos grandes centros consumidores. Juntas, a capacidade instalada serб de 6. 450 MW.
As principais caracterнsticas tйcnicas da usina hidrelйtrica de Jirau sгo: Бrea de drenagem: 972. 710 Km2, nнvel de montante: 90 metros, nнvel de jusante: 74,23 metros, potкncia: 3. 300 MW, com garantia fнsica total: 1. 975,3 MW mйdios, nъmero de turbinas: 44 e turbina do tipo Bulbo. A Usina Hidrelйtrica (UHE) de Belo Monte serб a terceira maior do mundo, atrбs da chinesa Trкs Gargantas, com 22,5 mil MW, e da binacional Itaipu (14 mil M maior do mundo, atrбs da chinesa Trкs Gargantas, com 22,5 mil
MW, e da binacional Itaipu (14 mil MW), de propriedade brasileira e paraguaia, e a segunda maior do paнs. A UHE envolve obras em trкs sнtios distintos (Belo Monte, Bela Vista e Pimental). A capacidade total instalada da usina serб de 1 1. 233,1 Megawatts (MW), com garantia assegurada de 4. 571 mil MW mйdios (MW med). A usina vai operar a fio d’бgua. Isso significa que a geraзгo vai variar de acordo com a quantidade de бgua do Rio Xingu a cada perнodo do ano, ou seja, a usina vai gerar mais energia nas йpocas de cheia e menos nos momentos de seca.
Assim, a garantia fнsica do empreendimento serб definida pela Empresa de Pesquisa Energйtica (EPE). A UHE Belo Monte vai integrar o Sistema Interligado Nacional (SIN) e, com isso, sua energia vai contribuir para expansгo da oferta em todo o paнs. Assim, na cheia do Rio Xingu, serб possнvel gerar muita energia, promovendo a acumulaзгo de бgua nos reservatуrios das usinas de outras regiхes, tirando proveito da sazonalidade hidrolуgica decorrente das dimensхes continentais do paнs.
Nos 7 perнodos de seca do rio Xingu, essas usinas com бgua armazenada suprirгo a diferenзa da menor geraзгo em Belo Monte. A expansгo do sistema, nгo ocorreu na velocidade revista, devido аs pressхes de carбter ambiental contra as usinas hidrelйtricas de grande porte, tendo como principais argumentos contrбrios sгo: os impactos provocados sobre o modo de vida da populaзгo, flora e fauna local, formaзгo de grande lagos ou reservatуrios, aumento do nнvel dos rios ou alteraзгo em seu curso apуs o represamento.
A pressгo dos organismos internacionais refletem na aprovaзгo dos projetos relacionados а regi 80F represamento. A pressгo dos organismos internacionais refletem na aprovaзгo dos projetos relacionados а regiгo Amazфnica, nгo й difнcil encontrar pesquisadores de diversos aнses na regiгo, coletando dados e fazendo pesquisas de toda ordem, sem qualquer fiscalizaзгo, em certas localidades hб restriзгo ao acesso de brasileiros, porйm й comum a presenзa de estrangeiros.
Faltam investimentos na pesquisa em diversos setores, escassez de mгo de obra qualificada em бreas Imprescindнveis, projetos de campo para fazer um inventбrio multidisciplinar abrangendo os setores ambientais, biotecnolуgicos, recursos minerais, hнdricos, eуlicos, solar e a biomassa matйria prima em abundвncia. 3. A PRODUЗГO DE ENERGIA NA BACIA AMAZONICA UM SISTEMA ELETRICO
ISOLADO Segundo Aneel, a Amazфnia possui o maior potencial hidrelйtrico do Brasil, representando um potencial acima de 106 mil MW, superior а potкncia jб instalada no paнs, em 2008, de 102 mil MW. A Inclusгo da Regiгo Norte ao SIN estб em fase inicial, com a implantaзгo do linhгo de Tucuruн, previsto para entrar em funcionamento em 2012, com 1. 829 quilфmetros de extensгo dentro da Floresta Amazфnica, ilustrado na (figura no 02), adicionando o Amapб e Amazonas.
O total de linhas em operaзгo no Brasil, com 87. 568 km, o equivalente a mais de duas voltas em torno do planeta Terra. Segundo Guerra (2006), As torres de transmissгo de energia elйtrica podem causar sйrios impactos ambientais relacionados а erosгo dos solos, bem como a movimentos de massa, que podem ser ocasionados pelo desmatamento que й necessбrio para instalaзгo das redes de transmissгo de energia. Sem contar as estradas de acesso a serem construнdas para manutenзгo per manutenзгo permanente, ao longo das linhas de transmissгo, na regiгo amazфnica, devem-se levar em consideraзгo as propriedades fнsicas e quнmicas do solo onde as torres deverгo ser construнdas, os perнodos sazonais das cheias e secas, as ossнveis erosхes que podem ser desencadeadas ao longo do tempo e o possнvel comprometimento das bases das torres, sendo fatores importantes no processo geomorfolуgico a serem estudados. Fonte: ANEEL 2011 (Fig. 2) O linhгo de Tucuruн alйm de inserir parte da regiгo amazфnica ao (SIN), vai reduzir a dependкncia pela geraзгo de energia elйtrica movida a уleo subsidiada pelos consumidores de todo o paнs. A importвncia da interligaзгo da regiгo Norte ao restante do paнs й uma questгo estratйgica, considerando a capacidade de produзгo futura, visando atender a demanda ocal e principalmente, os grandes centros do paнs, que jб estгo saturados e dependendo de complemento no fornecimento de energia, onde estгo sendo atendidas por empresas particulares, com geradores poluentes na queima de combustнveis fуsseis. . 1 Hidrelйtricas em Roraima: problema ou soluзгo? De acordo com o PAC-2 Plano de Aceleraзгo do Crescimento do Governo Federal, existe a viabilidade de construзгo de usinas hidrelйtricas em Roraima. Segundo a ANEEL- Agencia Nacional de Energia Elйtrica os Estudos de Inventбrio da Bacia do Rio Branco (RR) foram aprovados, por meio do Despacho no 3. 785, de 9 19 0 DF