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Hooker é perseguido por policiais corruptos, que querem uma parte do dinheiro roubado, além de pistoleiros de Amon Lorrimer – o chefão do crime que Hooker e seus amigos iveram a estupidez de roubar – que o queriam matar a qualquer custo. Hooker foge. Procura Gondorff, um mestre na arte da vigarice. Juntos planejam dar um golpe no próprio Amon Lorrimer, para vingar a morte de Luther. Só havia uma dificuldade: como dar um golpe em um mestre na arte do crime? Gondorff escolhe o golpe do “bookmaker”, uma banca de apostas em corridas de cavalos.
Hooker, agora disfarçado de empregado de Gondorff – Shaw- insatisfeito com seu patrão, finge traí-lo, de pois que Gondorff trapaceia em um jogo de pôquer contra Lorrimer. Hooker consegue ganhar a confiança de Lorrimer ao devolver o dinheiro que este perdera para Gondorff. É o começo da vingança. Hooker convençe Lorrimer a fazer uma aposta milionária na banca de apostas de Gondorff (Shaw), fazendo-o acreditar que tinha meios para ganhar trapaceando Gondorff.
O chefão aceitou e apostou todo o dinheiro que tinha, pois se encontrava em dificuldades financeiras. Foi Swipe to view next page um golpe de mestre. Uma encenação perfeita de um falso jogo. Gondorff e Hooker conseguem ludibriar o rei do crime. Cinema & Debate Clique aqui para acessar a Página Inicial [pic][Antes de qualquer coisa, gostaria de pedir que só leia esta crítica se já tiver assistido o filme. Para fazer uma análise mais detalhada é necessário citar cenas importantes da trama].
Quatro anos depois do sucesso “Butch Cassidy”, Paul Newman e Robert Redford voltaram a se reunir sob a direção de George Roy Hill para realizar este delicioso “Golpe de Mestre”, que conta com um roteiro primoroso e uma reconstituição de época impecável para narrar a interessante e divertida história de dois golpistas nos anos trinta. Dois vigaristas dão um golpe num capanga de um importante chefe de quadrilha de Nova York, embolsando uma alta quantia em dinheiro que garantiria a aposentadoria de um deles.
Não demora muito até que a reação chegue e, a pedido do “chefão” Doyle Lonnegan (Robert Shaw), um dos golpistas, conhecido como Luther Coleman (Robert Earl Jones), é assassinado. Johnny Hooker (Robert Redford), o outro golpista, consegue fugir e, seguindo o conselho do falecido Coleman, entra em contato com o experiente vigarista Henry Gondorff (Paul Newman), com quem arquiteta um gigantesco golpe contra o mafioso Lonnegan. pic][pic][pic]A seqüência de abertura de “Golpe de Mestre” dá o tom da narrativa, através da bem orquestrada simulação de um assalto, que resulta no primeiro golpe aplicado pelos vigaristas Luther e Hooker.
Esta cena servirá também como base para todo o desenrolar da trama tada através da divi 1 também como base para todo o desenrolar da trama, que será contada através da divi Esta cena servirá também como base para todo o desenrolar da trama, que será contada através da divisão de capítulos, com transições como fade, zoom e páginas, garantindo uma característica de conto ou fábula ao longa e evelando o bom trabalho de montagem de William Reynolds, que além disso, ainda confere um ritmo delicioso ? narrativa.
O longa conta ainda com um excelente trabalho técnico, responsável pelo belíssimo visual. O conjunto formado pelos impecáveis figurinos de Edith Head, a excepcional Direção de Arte de Henry Bumstead e a fotografia dessaturada (Direção de Robert Surtees) criam uma reconstituição de época incrivelmente realista, ambientando perfeitamente o espectador à trama. Observe, por exemplo, os carros nas ruas de Nova York, a fachada das lojas e até esmo os trajes utilizados pelos jogadores para notar como o trabalho técnico é irretocável.
O diretor de fotografia Robert Surtees cria ainda um visual interessante nos ambientes internos, constantemente utilizando a sombra dos chapéus para encobrir o rosto dos personagens e usando o contraste luz e sombras de forma muito elegante. Finalmente, a ótima trilha sonora de Scott Joplin apresenta deliciosas canções e ainda utiliza o piano para compor divertidas melodias durante os jogos, o que reforça o clima leve e descontraído do longa. ic][pic][pic]A direção de George Roy Hill é segura e até mesmo discreta, apesar da freqüente utilização do zoom, como na espetacular jogada final de Gondorff durante o pôquer ou quando ele observa da janela a chegada de Lonnegan ao bar. Hill demonstra competência também na condução dos principais janela a chegada de Lonnegan ao bar. Hill demonstra competência também na condução dos principais momentos do longa, como as cenas de pôquer, a falsa narração da corrida de cavalos e a perseguição de Snyder (Charles Durning) ? Hooker.
Outra seqüência muito bem dirigida é a fuga de Hooker do bar, que termina com o sugestivo plano da tampa do bueiro, indicando o esconderijo de emergência do rapaz. Finalmente, o diretor faz um interessante movimento de câmera que sai do quarto de Gondorff, corta para o quarto de Hooker e termina com o plano da misteriosa luva preta, que terá fundamental importância momentos depois, em outra cena surpreendente que termina com a morte de Loretta Salino (Dimitra Arliss). pic][pic][pic]Mas apesar da boa direção de George Roy Hill, o principal responsável pelo sucesso de “Golpe de Mestre” é o excepcional roteiro de David W. Maurer e David S. Ward. Inteligente e com ótimas reviravoltas, o delicioso texto da dupla prende a atenção do espectador e permite observar pacientemente como os dois vigaristas arquitetam cuidadosamente o grande golpe final. Mas ainda que seja interessante observar este aspecto da narrativa, para que ela funcionasse perfeitamente seria necessário algum tipo de ameaça ao plano.
E a dupla Maurer e Ward insere este elemento na trama de forma muito inteligente, através do tenente William Snyder, interpretado corretamente por Charles Durning e que é o responsável pelo desequilíbrio da equação. Personagem chave para o sucesso da trama, Snyder é o responsável pelo temor gerado no espectador durante boa parte da narrativa – assim como sua participação pelo temor gerado no espectador durante boa parte da narrativa – assim como sua participação é fundamental na espetacular seqüência final do longa, que reserva a maior e mais agradável surpresa do roteiro. pic][pic][pic]E que surpresas seriam estas? “Golpe de Mestre” é repleto de cenas em que o espectador é levado a acreditar que está vendo algo, somente para alguns minutos depois descobrir que foi enganado. E mesmo assim, amais sabemos o que vai acontecer na próxima cena, graças à criatividade do roteiro e às ótimas interpretações do elenco, que tornam verossímeis personagens que poderiam soar cartunescos ou completamente irreais. Interpretado com muito carisma pelo ótimo Paul Newman, Gondorff, por exemplo, é um golpista experiente, que sabe cada passo necessário para alcançar seu objetivo.
Extremamente irônico (repare como ele provoca o adversário durante o jogo de pôquer), Gondorff caminha com segurança pelo perigoso caminho que escolheu para viver e acreditamos nos ideais do ersonagem, por mais sem caráter que suas atitudes possam parecer. Já Robert Redford interpreta com competência o astuto Hooker, que apesar de sua esperteza, freqüentemente corre grande perigo durante suas escapadas. Observe, por exemplo, como Redford transmite muito bem a apreensão de Hooker dentro do quarto, momentos antes de supostamente trair o parceiro e entregá-lo aos federais.
Após o surpreendente final, entendemos que sua apreensão pode ser interpretada como fruto da ansiedade pela resolução do plano (que aconteceria no dia seguinte) ou pela olidão do personagem, algo que fica claro quando este procura compa aconteceria no dia seguinte) ou pela solidão do personagem, algo que fica claro quando este procura companhia para passar a noite. Mas inteligentemente, no momento em que vemos o personagem apreensivo, somos levados a pensar que ele realmente entregaria o parceiro, graças também à boa interpretação do ator.
A química da dupla, aliás, é essencial para a empatia do público, pois mesmo sendo dois trapaceiros e golpistas, nos identificamos com os personagens graças às simpáticas atuações de Newman e Redford. Vale citar também a impressionante habilidade de Gondorff com as cartas na mão, notável quando as embaralha e sempre mostra o Às de Espadas. Fechando o elenco, além do já citado e importante personagem de Charles Durning, temos Robert Shaw, que vive o mal-humorado chefe da máfia Doyle Lonnegan.
Determinado a recuperar o dinheiro que perdeu para os vigaristas (e mais do que isso, manter o respeito pelo seu nome), ele não mede esforços na caça ao astuto Hooker, raramente encontrando espaço para sorrisos e brincadeiras em seu cotidiano. Shaw é competente ao transmitir muito bem esta irritação constante do ersonagem, como podemos notar durante o jogo de pôquer no trem ou nas seguidas vezes em que ele entra para apostar na corrida de cavalos. Mesmo ganhando o prêmio, o homem é incapaz de sorrir, sempre mantendo um ar de desconfiado – o que não impede que ele sofra o incrível golpe no final. pic][pic][pic]Quando a última faceta do “golpe de mestre” é revelada ao espectador, sentimos uma gostosa mistura de desorientação e euforia. Apesar de acompanhar o engenhoso planejamento e a meticulos desorientação e euforia. Apesar de acompanhar o engenhoso planejamento e a meticulosa execução do plano, escobrimos que um detalhe essencial foi ocultado e percebemos que a intenção era exatamente esta. O fato de não revelar propositalmente uma parte vital do golpe faz com que o espectador tema pelo futuro dos personagens, se envolva ainda mais com a trama e se surpreenda com o delicioso final. ? como testemunhar um passe de mágica, com a diferença de que descobrimos os detalhes do truque segundos depois de sua execução. Leve e descontraído, “Golpe de Mestre” soa como um delicioso truque que consegue ao mesmo tempo enganar e agradar ao espectador. Produzido numa época em que o termo “diversão sem compromisso” tinha outro significado, oposto às explosões e a ação frenética recheada de clichês narrativos dos dias de hoje, seu excelente roteiro, aliado às simpáticas interpretações, garante a diversão do espectador. pic]Texto publicado em 25 de Abril de 2010 por Roberto Siqueira Avalie este texto Clique aqui para cancelar a resposta. Quatro anos após Butch Cassidy and the Sundance Kid (1 969), o diretor George Roy Hill e os astros Paul Newman e Robert Redford se juntaram para fazer algo tão bom e especial quanto a primeira eunião do trio. Acho que é simplesmente questão de gosto pessoal escolher seu favorito entre Butch Cassidy and the Sundance Kid e Golpe de Mestre (The Sting, 1973).
Mas foi o segundo filme que consagrou a colaboração entre Hill, Newman e Redford com os sete Oscars dados pela Academia: Melhor Filme, Direção, Roteiro Original, Montagem, Direção de Arte, Figurino e Tri Melhor Filme, Direção, Roteiro Original, Montagem, Direção de Arte, Figurino e Trilha Sonora, claro, afinal você pode até não ter visto Golpe de Mestre, mas já ouviu a música composta por Marvin Hamlisch. Esse é o melhor filme já feito sobre “roubos com elegância e inteligência”. Não falo de um filme sobre assalto a banco, pois Um Dia de Cão, de Sidney Lumet é imbatível.
Falo de trapaceiro organizando um plano para enganar um ricaço, aplicar-lhe o golpe e fugir com a grana. Você conhece esse “gênero”, que costuma sempre ser feito com muito bom humor, elegância e leveza no lugar de violência, sangue e palavrões. Um filme de criminosos para toda a família. Como Onze Homens e um Segredo – o de 1960, dirigido por Lewis Milestone, e o de 2001 , de Steven Soderbergh. Mas iferente das versões de Onze Homens, em que os astros visivelmente preferem se divertir a atuar de verdade, Golpe de Mestre coloca os atores comprometidos com um roteiro perfeito e um diretor em total controle de seu ofício.
Obviamente, Paul Newman e Robert Redford se divertem neste filme, mas o compromisso deles é com o cinema e o público. Não é uma festa particular entre amiguinhos que se divertem mais que a platéia. É entretenimento feito com seriedade, profissionalismo. Mas é difícil comentar Golpe de Mestre sem entregar as camadas do grande roteiro de David S. Ward, um dos mais criativos e empolgantes da história do cinema. Deixe-me colocar assim: Eu acho que o tempo é o melhor crítico que existe.
E visto hoje, por um marinheiro de primeira viagem, Golpe de Mestre ainda permanece indecifrável, imprevisível até a última cena. Mes primeira viagem, Golpe de Mestre ainda permanece indecifrável, imprevisível até a última cena. Mesmo com tantos filmes nos dias de hoje com reviravoltas atrás de reviravoltas, banalizando um artifício que já foi usado tantas vezes de forma genial. Esse é o maior elogio que posso fazer ao roteiro de Ward. Imaginar o bandido triunfando no final ainda não era comum no cinemão dos anos 70.
Naquele tempo, mesmo que os trapaceiros fossem simpáticos e sorridentes, eles costumavam terminar mortos ou presos em nome da lei, em histórias baseadas ou não em fatos reais. Isso tudo para mostrar que o crime não compensa. Ainda no reflexo da forte censura instalada em Hollywood, que tentava driblar o velho Código Hays, que cuspia em criminosos, marginais, prostitutas e qualquer manifestação de sexualidade, Golpe de Mestre chegou aos cinemas. Mesmo um ano após O Poderoso Chefão, esse tipo de filme, abordado de forma liberal, ainda era sinônimo de raridade.
Imagine só, então, um filme desses ganhando o reconhecimento da Academia. Golpe de Mestre se passa nas ruas de Chicago, em plena Depressão de 30. Nada mais esperto que colocar vigaristas pobres enganando vigaristas ricos naquela época. Robert Redford é John Hooker, um jovem trambiqueiro que passa a perna em trouxas, ao lado de seu amigo Luther Coleman (Robert Earl Jones). Quando seu comparsa é assassinado pelos capangas de Doyle Lonnegan (o fantástico Robert Shaw), um trapaceiro milionário, Hooker procura um velho amigo de Coleman, o rei dos golpes Henry Gondorff (Paul Newman).