Modos de produção

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TRABALHO DE SOCIOLOGIA 0 p MODOS DE PRODUÇÃO Os modos de produção são formados pelo conjunto das forças produtivas e pelo conjunto das relações de produção, na sua interacção, num certo estádio de desenvolvimento. Simultaneamente designam as condições técnicas e sociais que constituem a estrutura dum processo historicamente determinado. Os homens ao produzirem bens materiais criam, com isso mesmo, um regime para a sua vida. O modo de produção é uma forma determinada da actividade vital dos processo produtivo e podem ser considerados como uma mudança estrutural da economia.

A fase de formação dum novo modo de produção constituí um periodo muito agitado e de excepcional importância na vida concreta das sociedades. Os modos de produção existentes enfrentam cada vez maiores dificuldades em manter a estrutura económica em que se baseiam, tentam reorganizar-se e resistir à influência dos novos modos de produção, por vezes através de formas perturbadoras ou até violentas. Surgem realidades diferentes com novas formas de apropriação dos meios de produção, alteração dos modelos redistributivos ou de relações de trabalho, mudanças na composição das classes ou grupos oclals.

Quando o novo modo de produção assume um papel preponderante numa determinada sociedade, é acompanhado pelo declínio dos existentes, embora estes continuem a subsistir em espaços económicos onde ainda não surgiram as condições económicas e sociais que originaram a mudança. Os traços e as propriedades dos modos de produção manifestam-se de maneira diferente nas várias regiões. O modo de produção dominante assume a determinação dos processos, das relações e das instituições fundamentais. O reconhecimento da forma específica de cada modo de rodução implica a recolha e análise dos dados que os distinguem.

Entre outros factores, é indispensável observar: o nivel de desenvolvimento das forças produtivas, com relevância para a formação dos trabalhadores, os instrumentos e as técnicas adoptadas; o tipo de relações existentes entre os membros da sociedade e o papel de cada classe social no processo 20F 10 relações existentes entre os membros da sociedade e o papel de cada classe social no processo produtivo; a propriedade dos meios de produção e os direitos de cada grupo social ou classe sobre esses meios; o objectivo da actividade económica, onforme se destina a satisfazer as necessidades e interesses dos produtores, dos mercadores ou dos não produtores, mas que se apropriam dos excedentes; a ordem de grandeza, a forma, a utilização e a apropriação do produto do processo de trabalho entre os membros da sociedade; a forma como está assegurada a reprodução social. O homem e o papel do trabalho na sociedade O trabalho é para o homem uma das formas de obter dinheiro,é a forma mais honesta, É através do trabalho que o homem consegue que a sociedade evolua. Todos necessitamos de trabalhar para conseguirmos obter o que recisamos,até para obter os bens de primeira necessidade,é muito mau quando algumas pessoas, (que já vão sendo muitas) vivem á custa do trabalho e do esforço dos outros. Quando há incapacidade física ou intelectual isso justifica-se mas quando é por puro capricho isso faz com que a sociedade não progrida. O trabalho dignifica o homem… ? através do trabalho que o homem consegue alguma realização pessoal e profissional, o trabalho dá um pouco sentido á existência humana. O trabalho é a base de uma sociedade minimamente organizada. Se ninguém trabalhasse seria im ossível sobreviver,pois todos s trabalhos são importan m a sua utilidade/ utilidade/funcionalidade. Trabalhar é a dar o seu contributo para a sociedade. O Modo de Produção na História O conceito de modo de produção foi desenvolvido por Marx e Engels para designar a maneira pela qual determinada sociedade se organiza visando garantir a produção das suas necessidades materiais, de acordo com o nível de desenvolvimento de suas forças produtivas.

Trata-se de um modelo racional abstrato criado com vistas a proporcionar uma análise criteriosa das formações sociais realmente existentes, possibilitando a omparação entre as diferentes sociedades formadas ao longo da história. É preciso ter claro que o modo de produção ajuda a compreender a realidade, mas não é a realidade. Outros sim, o modo de produção não existe na sua forma pura, pois é possível depreender a presença, nas formações sociais reais existentes, de características mescladas de diferentes modos de produção, a depender do momento histórico estudado. O modo de produção, portanto, permite compreender a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui.

O modo de produção de uma sociedade é formado por suas forças produtivas e pelas relações de produção existentes nessa sociedade. Podemos utilizar uma fórmula simplificada, entendendo tratar-se de um recurso meramente didático: modo de produção = forças produtivas + relações de produção. Portanto, o conceito de modo de produção resume claramente o fato de as relações de produção serem o centro organizador de todos os aspectos da sociedade. A história humana pode ser dividida em pe 40F todos os aspectos da sociedade. A história humana pode ser dividida em períodos relativamente ongos de acordo com a estrutura do modo de produção: Comunismo Primitivo; Modo de produção asiático; Escravidão Clássica; Feudalismo; Capitalismo.

Na teoria marxista, o modo de produção comunista deverá substituir o capitalismo, mediado por um período de transição, o Socialismo, entendendo que esta substituição não se dará de maneira natural, mas como resultado da intervenção revolucionária consciente dos homens. As características de cada modo de produção podem ser definidos de acordo com as relações de produção dominantes. Comunismo Primitivo O modo de produção primitivo designa uma formação conômica e social que abrange um período muito longo, desde o aparecimento da sociedade humana. A comunidade primitiva existiu durante centenas de milhares de anos, enquanto o período compreendido pelo escravismo, pelo feudalismo e pelo captalismo mal ultrapassa cinco milênios. Na comunidade primitiva, os homens trabalhavam em conjunto.

Os meios de produção e os frutos do trabalho eram propriedade coletiva, ou seja, de todos. Não existia ainda a idéia da propriedade privada dos meios de produção, nem havia a oposição entre proprietários e não proprietários. As relações de produção eram elações de cooperação e ajuda entre todos; elas eram baseadas na propriedade coletiva dos meios de produção, com a terra ocupando papel preponderante. Também não existia o Estado. Este só passou a existir quando alguns homens começaram a dominar outros. O Estado sur iu como instrumento 0 passou a existir quando alguns homens começaram a dominar outros. O Estado surgiu como instrumento de organização social e de dominação.

Portanto, como característica fundamental, temos a nao existência da propriedade privada nesta formação social, e, consequentemente, como tampouco havia classes, ão havia exploração de uma classe por outra – todo mundo trabalhava por si e por todos. Modo de Produção Asiático Determinados elementos comuns de organização social, econômica, cultural e polltica, reunidos por Marx e Engels no chamado modo de produção asiático, podem ser encontrados em sociedades distintas como as do Antigo Oriente Próximo (Mesopotâmia e Egito), assim como nas antigas formações sociais da China, índia, África e até mesmo na América pré-colombiana, de incas e astecas.

Tomando como exemplo o Egito do tempo dos faraós, a sociedade cujos elementos centrais de organização servem de odelo principal para o modo de produção asiático, vamos notar que a parte produtiva da sociedade era mantida principalmente pelos camponeses, que eram forçados a entregar ao Estado o excedente de sua produção. As comunidades aldeãs, organizadas conforme um sistema coletivo de propriedade, estavam submetidas ao trabalho compulsório (“corvéias”) controlado pelos altos dirigentes do Estado, cujas funções centrais, consideradas nobres naquela sociedade, eram a dedicação exclusiva à religião, à guerra e à administração estatal. Havia escravos, mas a relação rincipal de domínio se dava entre os ocupantes do Estado, que compunham a elite aristocrática, e as comunidades de camponeses 6 0 entre os ocupantes do Estado, que compunham a elite aristocrática, e as comunidades de camponeses.

Fatores que determinaram o fim do modo de produção asiático foram: o progressivo desenvolvimento da propriedade privada, quando os dirigentes estatais passaram a se apropriar, de forma particular, das propriedades estatais, dos bens produzidos pela sociedade, obtidos através do comércio ou da guerra; o crescimento do comércio e da escravidão; o alto custo de anutenção dos setores improdutivos; a rebelião dos escravos. Escravismo Clássico O primeiro modo de produção onde havia o pleno desenvolvimento da propriedade privada e a exploração de uma classe por outra foi o escravismo clássico, cujos exemplos típicos seriam a Grécia e Roma antigas. As duas classes principais eram, de um lado, os donos de escravos, proprietários da terra e, de outro, os escravos que trabalhavam na produção de bens, como máquinas humanas. Na sociedade escravista, os meios de produção (terras e instrumentos de produção) e os escravos eram propriedade do senhor. O escravo era considerado um instrumento, um objeto, assim como um animal ou uma ferramenta.

Identificamos na Grécia e em Roma antigas as sociedades cujas características principais, no que tange à organização econômica, social e política, fornecem os elementos básicos para o escravismo antigo. Assim, no modo de produção escravista, as relações de produção eram relações de domínio e de sujeição, opondo senhores a escravos. Um pequeno número de senhores explorava a massa de escravos, que não poss um. Os senhores eram 0 número de senhores explorava a massa de escravos, que não possuía direito algum. Os senhores eram proprietários da força de trabalho (os escravos), dos meios de produção (terras, gado, minas, instrumentos de produção) e do produto do trabalho.

A questão social na sociedade capitalista A história revela que a ação recíproca entre os homens, embora tenha gerado o progresso econômico-social e toda uma cultura humana, produziu também a alienação, a dominação do homem sobre os outros homens e as desigualdades sociais. Essas desigualdades sociais se tornaram cruciais nas sociedade em processo de industrialização. Marx, em sua obra O Capital (1985), fez uma profunda crítica a sociedade capitalista e das ideologias que mascaram a sujeição real do trabalho ao capital, a alienação e a exploração da classe trabalhadora. Os proprietários dos meios de produção, retirando a mais-valia do trabalho, Intensificaram o processo de acumulação do capital.

A concentração dos bens de produção nas mãos de poucos, em prejuízo dos que só possuíam a sua força de trabalho, levou ao agravamento dos problemas sociais enfrentados pelos trabalhadores. As relações conflituosas que se estabeleceram entre o capital e o trabalho configuram a questão social, problema que, a partir do éculo XIX, tem sido colocado em debate, com o aporte da teoria marxista. Como os desdobramentos da questão social na história serão estudados posteriormente, foram selecionados dois pontos para a discussão: a exploração e a alienação. Marx, a partir do valor do trabalho, construiu o conceito de mais- valia. O aut 80F 10 a alienação. Marx, a partir do valor do trabalho, construiu o conceito de mais-valia.

O autor explica, então, que no modo de produção capitalista, o processo de trabalho é também um processo de exploração, porque se dá uma apropriação do excedente do rabalho pelo capitalista (1985). O trabalhador, que nada possui, se vê obrigado, assim, a vender sua força de trabalho para poder sobreviver, e a burguesia, detentora dos meios de produção, enriquece, se apropriando da mais-valia. A acumulação crescente levou o sistema capitalista a expandir-se, assumindo cada vez mais o controle de todos os recursos materiais e humanos, e colocou esse Imenso potencial a serviço de um processo produtivo cada vez mais eficiente, associado ao desenvolvimento cientifico e tecnológico.

O sistema capitalista, entretanto, além da exploração, significa ambém a alienação do homem. E a obra de Marx (1982-1985) é permeada pelas criticas às várias formas de alienação: a religiosa, a filosófica, a politica e a socioeconômica. Para Marx (1985), a alienação econômica e social reveste-se, principalmente, das seguintes formas: separação entre o homem e seu trabalho, que o priva de decidir o que faz e como faz; separação entre o homem e o produto de seu trabalho, que lhe tira o controle sobre o que é feito com o resultado e os excedentes de seu trabalho, possibilitando a exploração; separação entre o homem e seu emelhante, gerando relações de competição.

Essas formas de alienação se fundamentam na divisão social do trabalho, na propriedade privada e na decorrente divisão da sociedade em classes. Grande part social do trabalho, na propriedade privada e na decorrente divisão da sociedade em classes. Grande parte da obra de Marx e Engels (1982) se constitui numa tentativa de mostrar ao movimento operário como o modo de produção capitalista desvirtua a vida e as relações sociais humanas, sob múltiplas formas, com o intuito de satisfazer as exigências da reprodução do capital. A consciência crescente da exploração e o agravamento dos problemas sociais, ligados à acumulação capitalista, levaram os trabalhadores a se organizar em movimentos e lutas por melhores condições de vida e de trabalho.

As politicas sociais, que começaram a ser implantadas no fim do século XIX, na Europa e Estados Unidos, e a partir de 1930, no Brasil, têm sido apontadas como “uma gestão, ainda que conflitava, da força de trabalho para que ela se reproduza nas melhores condições para o capital” (Faleiros, 1 980, p. 48). Mas as medidas de politica social não podem ser vistas apenas sob o ?ngulo da reprodução ou como escamoteamento da exploração capitalista. Essa seria uma explicação parcial e, de certa forma, mecanicista, porque não considera a realidade concreta da correlação de forças sociais e as contradições do próprio sistema capitalista. Assim, embora não se desconheçam os outros fatores envolvidos, salienta-se o papel de sujeito, desempenhado pelas classes trabalhadoras, na conquista de seus direitos e na implantação de medidas de política social pelo Estado capitalista moderno, em resposta à questão social. 0 DF 10

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