Mundo de sofia

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RESUMO DO LIVRO O MUNDO DE SOFIA O JARDIM DO EDEN Sofia era uma menina de quase quinze anos que morava com sua mãe pois o trabalho de seu pai o deixava ausente boa parte do tempo. Certo dia, quando vinha da escola, encontrou dois pequenos envelopes brancos, não simultaneamente. Em cada um havia uma indagação e elas levaram Sofia a refletir sobre a vida e a origem do mundo. Também recebeu um cartão-postal que deveria ser entregue a uma pessoa que ela nem conhecia e cujo nome era Hilde.

Sofia recorreu a um esconderijo no jardim de sua casa para pensar e refletir sobre as perguntas. para ela, ele epresentava um mundo à parte, um paraíso particular, como o jardim do Éden menc- A CARTOLA Neste capítulo, Sofia a inscrição: Curso de esconderijo. O seu c OF42 Swip view nent page lope amarelo com idado e vai lê-lo no as têm preferências por diversos tipos de assuntos: umas gostam de esporte, outras curtem observar os astros. Porém existem questões que deveriam interessar a todos como, por exemplo, saber quem somos e de onde viemos.

Essas e muitas outras têm sido pensadas e discutidas há muito tempo e as explanações para elas variam de acordo com o contexto histórico. Os filósofos buscam verdades e por mais difícil que seja encontrá-las nunca se deve desistir ou pensar que não existam. Hoje em dia também devemos procurar nossas respostas e é importante conhecermos o que cfoi dito em outras épocas para que -lal Studia Sv. ‘ipe to View next page possamos formar uma opinião própria. O professor de filosofia também faz referência a um truque mágico onde um coelhinho branco é tirado de uma cartola preta.

Assim, ele quer passar para Sofia a idéia de que também fazemos parte de um grande mistério e nos comparar ao coelho com a diferença de que, ao ontrário deste, temos consciência de estarmos participando de um enigma e procuramos explicações para isso. No mesmo dia, Sofia recebe um outro envelope amarelo. Primeiramente, o professor faz uma citação: “a única coisa de que precisamos para nos tornarmos bons filósofos é a capacidade de nos admirarmos com as coisas”. Depois diz que os bebês possuem esta capacidade mas, à medida que crescem, vão perdendo-a.

Deste modo, compara um filósofo a uma criança: tanto um quanto o outro ainda não se acostumaram com o mundo e não pretendem se acomodar com as coisas. OS MITOS Mais um dia e continua o curso. Agora Sofia lerá sobre a Visão mitológica do mundo. A filosofia surgiu por volta de 600 a. C. na Grécia. Antes dela, as explanações para as coisas eram resultantes dos mitos que são histórias de deuses. Os mitos surgiram da necessidade do homem justificar fenômenos como o crescimento das plantas, as chuvas, os trovões, etc. Tudo que ocorria aqui na Terra estava intimamente ligado ao que acontecia no mundo dos deuses.

Dessa maneira, secas, epidemias e outras coisas ruins eram reflexo de que as forças do mal triunfavam sobre as do bem e o inverso ocorria quando havia fartura e riqueza. or volta de 700 a. C. Homero e Hesíodo registraram por escrito boa parte da 2 42 havia fartura e riqueza. Por volta de 700 a. C. Homero e Hesíodo registraram por escrito boa parte da mitologia grega. Isso foi importante, pois agora era possível questioná-la. Xenófanes foi um filosofo crítico em relação aos mitos pelo fato de seus representantes terem sido criados ? imagem e semelhança das pessoas.

Nessa mesma época começaram a surgir as cidades-Estados na Grécia e em outras regiões e como o sistema era escravista, os homens livres podiam participar mais dos eventos políticos, ulturais, etc. Com isto, houve uma evolução no modo de pensar e às explicações pelos mitos seguiram-se “explicações naturais para os processos da natureza’ OS FILOSOFOS DA NATUREZA A denominação “filósofos da natureza” é dada aos primeiros pensadores gregos por estes se interessarem pelos processos naturais.

Eles partiram do pressuposto de que sempre existiu alguma coisa e, vendo as transformações que ocorriam no meio ambiente, indagavam-se como aquilo era possível. Então, acreditavam que havia uma substância básica que subjazia a todas essas transformações. Esses filósofos também tentaram descobrir leis eternas a partir da observação dos fatos, desconsiderando as explanações mitológicas. Assim, a filosofia se libertava da religião e os primeiros indicios de uma forma científica de pensar começavam a aparecer. Falaremos de alguns pensadores desta época. Comecemos por Tales, Anaximandro e Anaxímenes, três filósofos de Mileto.

TaIes achava que a água era um elemento de fundamental Importância. Dela tudo se originava e a ela tudo retornava. 3 42 um elemento de fundamental Importância. Dela tudo se originava e a ela tudo retornava. Anaximandro não pensou como Tales. A seu ver, a Terra era um entre vários mundos surgidos de alguma coisa, sendo que tudo se dissolveria nessa “alguma coisa” que ele denominava de infinito. Anaxímenes (c. 550-526 a. C. ) cria que o ar era a substância básica de todas as coisas. A água sena a condensação do ar e o fogo, o ar rarefeito. Pensava ainda que se comprimisse mais ainda a água, esta se tornaria terra.

Nada pode surgir do nada para Parmênides, nada podia vir do nada e nada que existisse poderia se transformar em outra coisa. Era extremamente racionalista e nao confiava nos sentidos. Não acreditava nem quando via, embora soubesse que a natureza se transformava. Tudo flui Heráclito pensou que a principal caracteristica da natureza eram suas constantes transformações. Ele confiava nos sentidos. Sobre ele, podemos falar ainda que acreditava que o mundo estava impregnado de constantes opostos: guerra e paz, saúde e doença, bem mal e que reconhecia haver uma espécie de razão universal dirigente de todos os fenômenos naturais.

Quatro elementos básicos Para acabar com o impasse a que a filosofia se encontrava, Empédocles (c. 494 434 a. C. ) fez uma síntese do modo de pensar e Heráclito e Parmênides e com isso chegou a uma evolução do pensamento. Empédocles acreditava na existência de mais de uma substância primordial. Para ser mais exato havia quatro elementos básicos: terra, ar fogo e água e tud a produto da iunçào disso, 4 42 elementos básicos: terra, ar fogo e água e tudo existente era produto da junção disso, em proporções diferentes. Achava também que o amor e a disputa eram duas forças que atuavam na natureza.

O amor une e a disputa separa as coisas. Um pouco de tudo em tudo Anaxágoras (c. 500-428 a. C. ) declarava que as coisas eram onstituídas por pequenas partículas invisíveis a olho nu. Estas podiam se dividir, mas mesmo na pequena parte existia o todo. Ele denominava estas partes minusculas de sementes ou gérmens. Também imaginou uma força superior, a inteligência, responsável pela criação das coisas. Anaxágoras foi o primeiro filósofo de Atenas, mas foi expulso da cidade acusado de ateísmo. Interessava-se por astronomia, explicou que a Lua não possuía luz própria e como surgiram os eclipses.

DEMÓCRITO Demócrito (c. 460-370 a. C. ) foi o último filósofo da natureza. Ele imaginou a constituição das coisas por partículas indivisíveis, inúsculas, eternas e imutáveis e as chamou de átomos. Estes, a seu ver, possuíam vários formatos, se diferenciavam entre si e podiam ser reaproveitados. Por exemplo, quando um animal morresse seus átomos participariam da constituição de outros corpos. Era justamente por isso que o Lego era o brinquedo mais genial do mundo. Ele podia ser utilizado para a construção de vários objetos, ficando a cargo da imaginação das pessoas.

Era resistente e “eterno”, pois em qualquer época, crianças se interessavam por este tipo de entertenimento. Com os conhecimentos atuais, sabe-se que Demócrito estava erto em grande parte de sua teor s 2 certo em grande parte de sua teoria, mas errou ao falar que os átomos são indivisÑ•eis. Demócrito foi um filósofo que valorizou a razão e as coisas materiais. Não acreditava em forças que intervissem nos processos naturais. Achava também que sua teoria atômica explicava nossas percepçoes sensoriais e que a consciência e a alma também se constitu[am de átomos. Ele não cria numa alma imortal.

O DESTINO Uma das características dos antigos gregos era o fato de eles serem fatalistas, isto é, acreditar que tudo que vai acontecer já está pré-destinado. Para eles, as doenças eram vistas como um castigo de Deus. Achavam também que os deuses podiam curar as pessoas, bastando para Isso que lhes fosse feito o sacrifício apropriado. SOCRATES Sofia recebeu a carta do seu professor de filosofia que pedia desculpas por recusar o convite de ir até a sua casa conhecê-la pessoalmente. Nela estava seu nome: Alberto Knox. No entanto, ele a presenteou com uma echarpe de seda.

Quando olhou o verso da carta, viu algumas perguntas e passou algum tempo refletindo sobre elas. Ela estava em seu esconderijo. Num dado instante, percebeu que alguém vinha da floresta. Passados alguns nstantes, entrou em seu local secreto um grande cão labrador com um envelope amarelo na boca. Então, ela descobriu que ele o mensageiro de seu professor. A nova carta falava da filosofia em Atenas e de Sócrates. Sócrates Na cidade de Atenas primeiramente surgiram os sofistas – homens que criaram uma Eles discu 6 42 Atenas primeiramente surgiram os sofistas – homens que criaram uma critica social .

Eles discutiam sobre o que era natural e o que não era, ou seja, o que era criado pela sociedade. Sócrates foi contemporâneo dos sofistas. Ele também se ocupava das pessoas e de suas vidas, levando-as a refletirem por si mesmas obre coisas como os costumes, o bem e o mal. Mas ele diferia dos sofistas por não se considerar um sábio, não cobrava por seus ensinamentos e tinha a convicção de que nada sabia. Reconhecia que havia muita coisa além do que podia entender e vivia atormentado em busca do conhecimento.

Sócrates ousou mostrar as pessoas que elas sabiam muito pouco. Para ele o importante era encontrar um alicerce seguro para os conhecimentos. Ele era um racionalista convicto. Em 399 a. C. foi acusado de corromper a juventude e de não reconhecer a existência dos deuses. Foi julgado, considerado culpado e condenado à morte. ATENAS Sofia encontrou mais um dos envelopes amarelos e desta vez veio uma fita de vídeo. Ela correu para sua casa e ao colocá-la no aparelho apareceram imagens de uma grande cidade que ela supôs ser Atenas.

Pouco tempo depois, um homem apresentou- se no filme e começou a falar da capital grega. Era seu professor. Ele falou a Sofia sobre a Acrópole e seu significado, sobre os templos e a época áurea de Atenas. Mostrou-lhe monumentos, o antigo teatro de Dioniso onde se realizavam as comédias e tragédias gregas, o Areópago, as ruinas da antiga praça do mercado onde numa época bastante remota concentrava ribunais, edifícios públicos, comércio, gin 42 do mercado onde numa época bastante remota concentrava tribunais, edifícios públicos, comércio, ginásio de esportes, etc.

Porém, ele achava que isso não era o bastante para Sofia e então, como num passe de mágica, toda a Atenas se reconstruiu. Todos aqueles edifícios e templos apareceram novos, intactos. Várias pessoas trajadas de modo diferente andavam pelas ruas. Nesse momento, seu professor surgiu novamente para a câmera e apresentou Sofia a Sócrates e Platão. Este, fez-lhe algumas perguntas par que ela refletisse depois e, de repente, o filme acabou. PLATAO Platão (427-347 a. C. ) foi discípulo de Sócrates e o acompanhou em sua condenação.

Publicou um discurso em defesa de seu mestre onde revelava o que ele havia dito ao júri. Além disso, escreveu uma coletânla de cartas e mais de trinta diálogos filosóficos e fundou sua própria escola de filosofia, que recebeu o nome de Academia, porque se localizava num bosque denominado Academos, herói legendário grego. O projeto filosófico de Platão é baseado no seu interesse pelo que é eterno e imutável tanto no que se refere à natureza, quanto à moral e à sociedade.

Platão acreditava numa realidade utônoma por trás do mundo dos sentidos a qual denominou de mundo das idéias que, a seu ver, continha as coisas primordiais e imagens padrão referentes a tudo existente. Para ele, todas as coisas que existiam eram efêmeras como uma bolha de sabão e, deste modo, nada podia ser verdadeiramente conhecido. O que se percebe e o que se sente nos dá opiniões incertas e só é possível possuir conhecimento seguro so 8 42 percebe e o que se sente nos dá opiniões Incertas e só é possível possuir conhecimento seguro sobre algo através da razão.

Platão acreditava na dualidade humana: o homem possui um orpo (que flui) e uma alma imortal (a morada da razão). Ele também achava que a alma Já existia antes de vir habitar nosso corpo (ela ficava no mundo das idéias) e que quando passava a habitá-lo, esquecia-se das idéias perfeitas. Também pensava que a alma desejava se libertar do homem e isso propiciava um anseio, uma saudade, que chamou de Eros (amor). Platão dividiu o corpo humano em três partes: cabeça (razão), peito(vontade) e baixo-ventre (desejo ou prazer) e achava que quando elas agiam como um todo tinha-se o homem íntegro, que atingiu a temperança.

Imaginava um Estado-modelo dirigido por ilosófos e o constituía como o ser humano onde a cabeça seria os governantes; o peito (defesa), os sentinelas; e o baixo-ventre, os trabalhadores. Era extremamente racionalista e cria que tanto homens quanto mulheres possuíam capacidade de governar, desde que estas tivessem a mesma formação daqueles. A CABANA DO MAJOR Depois de ler sobre Platão, Sofia permaneceu em seu esconderijo refletindo sobre as idéias deste filósofo. Era um dia de Domingo e ainda estava bastante cedo. Então, ela resolveu ir floresta adentro a fim de encontrar seu professor de filosofia, cujo nome era Alberto Knox.

Sofia seguiu a trilha que cortava a floresta e, pouco tempo depois, viu um lago e do outro lado, uma cabana. Ela o atravessou usando um barco a remo. Quando chegou à casa, bateu na porta lado, uma cabana. Ela o atravessou usando um barco a remo. Quando chegou à casa, bateu na porta e, como ninguém respondeu, resolveu entrar. Sofia entrou numa sala grande e concluiu que alguém morava ali, pois havia resquícios de fumaça num velho fogão à lenha. Viu uma máquina de escrever, alguns livros, dois quadros na parede (Berkeley e Bjerkely) e um grande espelho com moldura de latão entre outras coisas.

Encontrou também uma tigela com restos de comida o que significava que quem ali residia possuía um animal. Quando foi ao quarto viu dois cobertores e sobre eles pêlos amarelos. Então, deduziu que na cabana moravam Alberto e seu cachorro Hermes. Quando voltou à sala, Sofia foi olhar o espelho e viu que sua imagem piscava os olhos para ela. Ela se assustou com aquilo. Também ouviu latidos distantes que significava que seu professor já estava a caminho de casa. Antes de sair, Sofia viu uma carteira sobre a cômoda que ficava abaixo do espelho.

Ela a abriu e viu, dentre outras coisas, uma arteira de estudante de Hilde Knag. Sofia se assombrou. Quando ia saindo, viu um envelope com seu nome sobre a mesa e, involuntariamente, o pegou e correu. Porém, um problema lhe esperava: o barco estava no meio do lago. Então, para retornar ? sua casa, ela teve que dar a volta pela floresta. No caminho, abriu o envelope que pegara, leu o seu conteúdo e achou que tinha alguma coisa a ver com o próximo filósofo, Aristóteles. Ao chegar à casa eram quase onze horas da manhã. Encontrou sua mãe preocupada e lhe explicou que tinha ido dar uma volta na floresta, fa 0 DF 42

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