O conselho de classe como processo avaliativo

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O CONSELHO DE CLASSE COMO PROCESSO AVALIATIVO Eixo emático: Políticas Públicas, Avaliação e Gestão da Educação Agência Financiadora: não contou com financiamento Resumo Este artigo é parte integrante da pesquisa intitulada: Considerações Sobre o papel do pedagogo no Conselho de Classe que tem como objetivo verificar e analisar como o Conselho de Classe é organizado na escola e qual a participação e função do pedagogo no mes OF17 Classe é uma instânc va da escola, nessa ocas opo avaliação e a incumb de algumas reflexões m ab o Conselho de portância dentro ada a questão da prática através és de estudos bibliográficos sobre esse assunto que traz grande discussão na sociedade. Tendo como base alguns autores pode-se dizer que a prática avaliativa é essencial dentro de qualquer instituição de ensino, pois é através dela que se concentram práticas e se atribui novos pensamentos sobre a educação. O objetivo central deste artigo é compreender como funciona o Conselho de Classe como instância de avaliação presente na escola.

Será apresentado questões que permeiam a prática educativa e a opinião de alguns autores sobre o que é o Conselho de Classe na escola, dando ssim continuidade com a questão da avaliação, uma prática que envolve a todos na definição concreta de ensino aprendizagem, que muitas vezes é vista como uma forma de punição sobre os alunos. Também será tratada a questão da nota, um item fundamental presente na vida dos alu alunos que passa a ser uma espécie de passaporte para o ano seguinte, sem a certeza de uma aprendizagem adequada. A discussão sobre avaliação é bem ampla e abrange vários conceitos, mas vou expor apenas alguns questionamentos que são pertinentes e englobam a prática do Conselho de Classe. Palavras-chave: Conselho de Classe. Escola. Avaliação. Introdução A instituição escolar é um órgão que está presente na sociedade na qual transmite o conhecimento e avalia o aprendizado do aluno para formar cidadãos.

Está presente dentro da escola o Conselho de Classe, um órgão colegiado que surge a partir da necessidade que os professores sentiram na questão de criar um espaço para a avaliação coletiva, a qual apresenta diferentes ideias e precisa do apoio da coordenação pedagógica. O Conselho de Classe é um espaço democrático de avaliações do processo educativo que a escola promove sobre a realidade resente entre aluno e professor. Este pode ser desenvolvido através de reuniões, que podem ser frequentes ou a depender da necessldade em que se encontra o contexto, pois a reunião é realizada a partir dos itens listados pelos integrantes do conselho. Esta instância reúne vários profissionais da área da educação a fim de resolver as questões atribuídas no ensino dos alunos, e no processo de avaliação, entre estes profissionais está presente o pedagogo.

Tendo em vista que o Conselho de Classe é uma instância avaliativa, surge a necessidade de compreender algumas formas e avaliação presentes no cotidiano escolar, compreender questões de aprendlzagem do aluno e a utilização da metodologia utilizada por professores dentro da sala de aula PAGF70F17 aprendizagem do aluno e a utilização da metodologia utilizada por professores dentro da sala de aula. O Conselho de Classe: Conceito e Operacionalização O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica na qual vários profissionais discutem opções e propõe ações educativas eficazes a fim de resolver necessidades ou dificuldades mencionadas no processo de aprendizagem. Nesse sentido Libâneo (2004, p. 03) define Conselho de Classe como: (… ) Um órgão colegiado composto pelos professores da classe, por representantes dos alunos e em alguns casos, dos pais. ? a instância que permite acompanhamento dos alunos, visando um conhecimento mais minucioso da turma e de cada um e análise do desempenho do professor com base nos resultados alcançados. Tem a responsabilidade de formular propostas referentes à ação educativa, facilitar e ampliar as ações mutuas entre professores, pais e alunos, e incentivar projetos de investlgação. Percebe-se que o autor afirma que o Conselho de Classe é de rande importância para o processo educacional, pois envolve não só a equipe de direção, mas professores e em algumas determinadas situações alunos e pais. Conselho de classe é um órgão colegiado, dentro da organização de uma escola em que vários profissionais da área da educação se reúnem para discutir e avaliar o desempenho das turmas e alunos.

Apresenta características que se diferem de outros órgãos da escola. Dalben (2004) comenta que o Conselho de Classe tem como característica a forma de participação direta, efetiva e envolvida dos profissionais ue atuam no processo pedagógico, ue a sua organização é in PAGF30F17 dos profissionais que atuam no processo pedagógico, que a sua organização é interdisciplinar e tem como foco principal de trabalho a avaliação escolar. Afirma que o Conselho de Classe é a mals importante das instâncias colegiadas da escola pelos objetivos de seu trabalho, pois é capaz de dinamizar o coletivo escolar pela via da gestão do processo de escolarização.

Trata-se de um espaço prioritário da discussão pedagógica e de uma parte integrante do processo de avaliação desenvolvido pela escola. segundo Dalben (1995, p. 14): (… o papel do Conselho de Classe no cotidiano escolar tem Sldo mais o de reforçar e legitimar os resultados dos alunos, já fornecidos pelos professores e registrados em seus diários, e não de propiciar a articulação coletiva desses profissionais num processo de análise dialética, considerando a totalidade. O Conselho de Classe é uma instância responsavel na organização pedagógica da escola, pois nessa reunião os educadores discutem a vida de cada um de seus educandos.

Nela se decide os novos olhares para a aprendlzagem dos alunos que possuem dificuldade, bem como analisar as suas condições para seguir diante. O Conselho de Classe quando se trata de avaliação, deseja dos profissionais um olhar mais detalhado sobre os acontecimentos em sala de aula. A avaliação deve ser cotidiana, pois ao observar, diagnosticar e registrar os saberes contribui, no sentido de compreender a partir de um olhar investigativo as metodologias de ensino e as dificuldades. Nessa prática avaliativa todos os alunos devem ser avaliados Individualmente, em seu comportamento e suas aprendizagens. Este órgão colegiado de p 17 avaliados individualmente, em seu comportamento e suas aprendizagens.

Este órgão colegiado de prática avaliativa, demanda que os alunos estejam sendo observados pelos professores até o final do semestre ou ano, pois cada aluno apresenta uma dificuldade diferente e necessita de um olhar mais detalhado sobre ele para atribuir práticas adequadas de ensino a cada indivíduo. A partir da observação é feito um determinado diagnóstico e registrado. Essa técnica permite que, muitos saberes sejam extra[dos sobre cada aluno de forma a enquadrá-lo dentro de uma determinada categoria de desenvolvimento que define metas a serem alcançadas por todos. ? equipe pedagógica vale pensar que as metas educacionais a serem desenvolvidas e avaliadas no processo de aprendizagem dos alunos devem abranger atitudes de participação, respeito e responsabilidade; construção de conhecimento e uma formação de cidadania.

Nesta prática avaliativa, cada aluno deve ser visto individualmente, em suas singularidades de comportamentos, aprendizagens e histórias particulares, pois o professor para realizar um trabalho com êxito sobre os seus alunos deve conhecer a realidade de cada um deles para assm atender a todas as suas necessidades. A equipe pedagógica deve ter conhecimento do processo de avaliação, pois esse é um processo de forte discussão dentro da escola. De acordo com Luckesi (2006), a avaliação educacional juntamente com a aprendizagem escolar são meios, que estão delimitados pela teoria e pela prática que as envolvem. A avaliação está dimensionada por um modelo teórico de mundo e de educação circunstanciada na prática pedagógica. Essa prática pode ser modelo teórico de mundo e de educação circunstanciada na prática pedagógica.

Essa prática pode ser caracterizada como forma de tornar sensata qualidade do objeto avaliado, que compromete uma posição a respeito do mesmo, para aceitá-lo ou para transformá-lo. Nessa perspectiva, percebe-se que a avaliação é baseada dentro de teorias buscadas pelos professores e compartilhadas dentro das reuniões de Conselho de Classe. Os Determinantes do Processo Avaliativo: Pode-se dizer que a principal função de exercitar o Conselho de Classe em uma instituição de ensino é o processo de avallar. É constante a avaliação dos professores no aprendizado dos alunos, isso significa que essa avaliação deve ser feita de acordo com o conteúdo dado em sala de aula. De acordo com a Lei 9394 de 1988, que foi aprovada em 1996, o processo de avaliação está presente no art. 24 inciso V: Art. 24.

A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com algumas regras comuns: V — a verlficação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; ) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados elas instituições período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos; A equipe pedagógica deve ter em mente que as metas educacionais a serem desenvolvidas e avaliadas no processo de aprendizagem dos alunos devem abranger atitudes de articipação, respeito e responsabilidade, construção de conhecimento e uma formação de cidadania.

De acordo com a lei deve existir o processo de avaliar como uma forma de verificação do rendimento escolar. conhecer a realidade de cada um deles para assim atender a Há várias formas de avaliação que podem ser propostas aos alunos, algumas delas são: trabalhos, seminários, provas etc. Mas há um distanciamento entre a aprendizagem dos alunos e a tão esperada nota. Os pais esperam de seus filhos a nota integral, mas se esquecem de averiguar se o seu filho realmente aprendeu. O mesmo acontece com as instituições de ensino que estão preocupados na aprovação ou reprovação dos educandos, ou seja, estão preocupados com os resultados, estatísticas.

A verdade está que tudo gira em torno da “nota”, instrumento que dá ou não o certificado aas alunos, realidade que deveria mudar. Demo (2001), comenta que avaliar só pela nota não é interessante, e que os professores devem utilizar a nota de uma maneira mais adequada usando o quantitativo para exprimir as atividades qualitativas. A Lei 9. 394/9 A Lei 9. 394/96, a LDB, não dá prioridade para o sistema minucioso e notas parcials e médias finais no processo de avaliação escolar. Para a LDB, ninguém aprende para ser avaliado. Prioriza mais a educação em valores, aprendemos para termos novas atitudes e valores. Cabe pensar que aspectos não são notas, mas sim, registros de acompanhamento do caminhar acadêmico do aluno.

O educando, sendo bem orientado, saberá dizer quais são seus pontos fortes, o que construiu na sua aprendizagem o que ainda precisa ir e precisa melhorar. Luckesi (2006 p. 24) fala sobre a constru importância das notas: (… ) as notas se tornam a divindade adorada tanto para o professor como pelos alunos. O professor adora-as quando são baixas para mostrar a sua “lisura” (“não aprovo de graça, sou durão”); por mostrar o seu “pode”‘ (” não aprovo qualquer aluno e de qualquer jeito”). O aluno, por outro lado, está a procura do “Santo Graal” – a nota. Ele precisa dela, não importa se expressa ou não uma aprendizagem satisfatóna; ele quer a nota. Faz contas e médias para verificar a sua situação. É a nota que domina tudo; é em função dela que se vive na prática escolar.

Percebe-se com clareza a afirmação feita acima em relação a nota, e outro fator que podemos perceber em relação a avaliação ? de que alguns professores tiram um certo proveito de seu poder em sala de aula, demonstrando rigidez, o que ocasiona um certo medo nos alunos. O controle de uma sala de aula requer o poder e autoridade do professor mas com certa moderação. Há muitas definições de poder, ma poder e autoridade do professor mas com certa moderação. Há muitas definições de poder, mas vou expor a teoria de Foucault (1987) na qual coloca que poder e saber estão diretamente ligados, que não há uma relação de poder se não houver o saber.

Os professores utilizam a prática do poder em sala de aula principalmente no processo de avaliar, pois este torna- se instrumento de controle e sobre os alunos que tem um comportamento adequado aos olhos do professor para serem avaliados com uma postura exemplar. E o professor faz aquilo que a sociedade quer, que o aluno tenha um bom comportamento o que reflete no desempenho escolar, ou seja, o professor passa a exercer um papel de disciplinador. Dalben (2004, p. 75) fala da reflexão do professor sobre a prática de enslno: Considera-se que a reflexão do professor sobre o seu próprio trabalho é o melhor instrumento de aprendizagem e formação m serviço, já que permite a ele se colocar diante de sua própria realidade de maneira crítica.

Nesse contato com a situação prática, o professor tem chances de adqulrir e construir novas teorias, novos esquemas e novos conceitos, assim como vivenciar o seu próprio processo de aprendizagem. Converter- se em um investigador na sala de aula, tornando-se um avaliador de si mesmo e autônomo em suas decisões, não depende de regras ou receitas externas; torna-se um analista das normas ou prescrições curriculares impostas pelos órgãos de administração escolar e adquire um novo olhar pedagógico perante a realidade ocial. Essa nova atitude dos profissionais da educação é que na verdade, irá ressificar as práticas do Conselho de Classe. O uso autorit PAGF40F17 da educação é que na verdade, irá ressificar as práticas do Conselho de Classe. O uso autoritário da avaliação é uma prática comum dentro da escola.

As avaliações passam a ser vistas pelos alunos como formas de punição, pois os professores utilizam-se de seu autoritarismo para punir o mau comportamento com testes relâmpagos, ou ainda acrescentam conteúdos nas provas como uma forma de coagir o aluno e induzi-lo ao bom comportamento. Os professores utilizam-se da nota como uma forma de controle sobre a turma, ou de alguns alunos com medo de serem avaliados pela direção da escola ou do sistema no qual estão inseridos. A avaliação se torna uma preocupação para todos, pois acaba tornando-se o centro do processo educacional. Essa questão de aprovação e reprovação dos alunos vem sendo discutida há algum tempo. Ao chegar o fim do ano letivo, professores e alunos ficam preocupados com a aprovação ou reprovação escolar.

Os pais desejam que os seus filhos sejam aprovados, mas muitas vezes esquecem de se preocupar se o seu filho realmente aprendeu s conteúdos desenvolvldos durante o ano. E mais uma vez comento sobre as notas, que são uma espécie de passaporte para a série seguinte. Os alunos temem a reação dos pais, e por esse motivo nao estão preocupados em dominar o conteúdo e sim obter a nota. Não se trata de uma generalização, mas de alguns apontamentos sobre essa realidade que infelizmente permeia a nossa educação. A avaliação perde o seu significado, em vez de instrumento dialético se transforma em instrumento disciplinador dos alunos. A avaliação deve ser um instrumento medlador do conhecimento, mas também necessita de certa

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