O trypanosoma cruzi e a doença de chagas

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parasito está distribuído em todas as Américas, desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina e o Chile (Rey, 2001). A doença de Chagas ou tripanossomíase americana foi descrita pela primeira vez em 1909, pelo médico sanitarista Carlos Chagas. O pesquisador foi enviado à frente de construção da ala mineira da estrada de ferro Central do Brasil, na cidade de Lassance (MG), para estudar uma doença que incapacitava os trabalhadores.

De maneira notável, ele descreveu o parasito protozoário causador da doença (Trypanosoma cruzi), os vetores (insetos hematófagos comumente conhecidos como “barbeiros”), lal Studia O trypanosoma cruzi e a doença de chagas Premium By dirceu MapTa 16, 2011 5 pages O Trypanosoma cruzi e a doença de Chagas Dirceu Esdras Teixeira, Web Biologia, Consórcio CEDERJ, Fundação CECIERJ, Rio de Janeiro, R], Brasil. O T. cruzi, agente causador da doença de Chagas, é um parasito flagelado da ordem Kinetoplastida, família Trypanosomatidae, gênero Trypanosoma. ? caracterizado pela presença de um flagelo e um cinetoplasto, formado de maxi e minicírculos de DNA que se condensam, formando uma estrutura densa localizada em uma região espec[fica da mitocôndria única do protozoário De Souza, 2008). A doença de Chagas acomete entre 16 e 18 to nut milhões de pessoas responsável por OF5 21 mil mortes a cada o. o ram 300 mil novos Swipetoview nentp casos por ano (‘WHO, 05). se um dos principais principalmente no se ença tornou- blica, ocorrendo Olo, 2008). Este o ciclo de Vida do parasito e vários aspectos epidemiológicos, clínicos e sociais.

Os tripanosomatídeos apresentam um ciclo de vida relativamente complexo e exibem alguns estágios de desenvolvimento em hospedeiros vertebrados e invertebrados (De Souza, 2002). O parasito pode apresentar variações em sua strutura, de acordo com seu ciclo de vida, que varia entre o hospedeiro vertebrado e o invertebrado. Assim, este protozoário apresenta formas morfológicas e características (epimastigota, amastigota tripomastigota), que diferenciam pela posição relativa do cinetoplasto e do núcleo na célula. A forma tripomastigota (Fig. a) é alongada e levemente achatada. O cinetoplasto está localizado na região entre o núcleo e a extremidade posterior do corpo do parasito, onde o flagelo emerge de uma bolsa flagelar. Parasitos tripomastigotas são evidenciados no marmTero e no inseto (formas infectantes). A forma epimastigota (Fig. 1 b) é mais larga e alongada que as demais formas. O cinetoplasto encontra-se na porção anterior ao núcleo, próximo à bolsa flagelar, que se estreita, abrindo- se lateralmente. Esta forma é encontrada no tubo digestório do barbeiro.

A forma amas ) é arredondada, diferencia na forma tripomastigota, que é a forma infectiva. 2 Fig. 1. Microscopia eletrônica de varredura das formas do parasito Trypanosoma cruzi. A) tripomastigota B) epimastigota e C) amastigota. H = hemácia (Modificado de FIOCRUZ/ H. Barbosa/ G. Rocha). Ciclo evolutivo do Trypanosoma cruzi O T. cruzi apresenta um iclo de vida heteroxeno (Fig. 2), com hospedeiros mamíferos (que pode ser o homem) e insetos (barbeiro). A contaminação de um hospedeiro vertebrado ocorre quando o barbeiro, que é um inseto hematófago, pica o mamífero.

Neste processo, o inseto geralmente defeca e urina, depositando, assim, sobre a pele ou mucosa do mamífero a forma tripomastigota metacíclica, que é a forma infectiva (Fig. 2, item 1). A invasão do parasito ocorre quando o hospedeiro se coça (Fig. 2, item 2). Os tripomastigotas metacíclicos acessam a circulação sanguínea, aderindo e invadindo outras células do hospedeiro, principalmente as élulas musculares. Inicialmente, as formas epimastigota e tripomastigota são fagocitadas pelo macrófago e 3 destinadas ao vacúolo parasitóforo.

Os epimastigotas são digeridos, enquanto que os tripomastigotas escapam para o citoplasma, onde se diferenciam para a forma amastigota (Fig. 2, item 3). Esta forma se multiplica por fissões binárias sucessivas, podendo tomar todo o citoplasma (Fig. 2, item 4). Normalmente, os amastigotas se diferenciam na forma tripomastigota antes da célula hospedeira ser rompida pelo excesso de parasitos, mas pode ocorrer a lise antes da transformação ser completada, o que era 3 parasitos, mas pode ocorrer a lise antes da transformação ser completada, o que gera o aparecimento de formas imaturas no meio externo (Fig. , 5). Os tripomastigotas infectam novas células, dando origem a um ciclo particular no hospedeiro mamífero (Fig. 2, Item 6). O barbeiro ingere as formas tripomastigotas sanguíneas, que são conduzidas à porção anterior do intestino (Fig. 2, item 7). Neste novo ambiente, os tripomastigotas se diferenciam em epimastigotas (Fig. 2, item 8). Quando alcançam a porção posterior, começam a se multiplicar por divisão binária (Fig. 2, item 9). Uma vez completada a iferenciação, os tripomastigotas metacíclicos (Fig. , item 10) se soltam da cutícula que reveste o epitélio intestinal do inseto, podendo ser eliminados na urina ou fezes do Inseto em seu próximo repasto sanguíneo (Argolo, 2008; Rey, 2001). O parasita pode ainda penetrar no corpo humano por outras vias: por transfusão sanguínea ou durante a gravidez. 4 Fig. 3. Ciclo biológico do Trypanosoma cruzi (Modificado de TDR/ Wellcome Trust). 1 . Fezes do barbeiro com a forma trpomastgota metacíclica; 2. Invasão; 3. Infecção de células do hospedeiro pelo parasito; 4. Multiplicação da forma amastigota; 5. Amastigotas se diferenciam em tripomastigotas; 6.

Tripomastigotas infectando novas células; 7. Ingestão das formas tripomastigotas sanguíneas pelo barbeiro; 8. Diferenciação em epimastigota; 9. Multiplicação por divisão binária; 10. Diferenciação em tripomastigotas metacíclicos. Os Vetores: Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus Barbeiro é o nome vulga 4DF5 tripomastigotas metaciclicos. Os Vetores: Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus Barbeiro é o nome vulgar dos insetos hemípteros hematófagos (Fam[lia Reduvi dae) que transmitem a doença de Chagas. O nome barbeiro se deve ao fato de geralmente picarem a face, área ais propensa a ficar descoberta quando a pessoa dorme.

São também conhecidos como triatomídeos por pertencerem à subfamília Triatominae. Os barbeiros saem de seus abrigos essencialmente à noite, nas frestas das paredes das casas de pau a pique, para sugar o sangue de pessoas e animais. Os três gêneros de triatomideos (Fig. 3) Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus podem transmitir a doença de Chagas. 5 Fig. 3. Três gêneros dos barbeiros transmissores da doença de Chagas. a) Rhodnius b) Panstrongylus e c) Triatoma (Extraído de wikipedia/D. Teixeira) Referências bibliográficas: Argolo, A. M. Felix, M. ; Pacheco, R. Costa, J. (2008). Doença de Chagas e seus Principais Vetores no Brasil. lê. ed. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 63p. De Souza, W. (2002). Special Organelles of some Pathogenic protozoa. parasitol. Res. , 88, 1013-1025. De souza, W. (2008). Electron microscopy of trypanosomes – A historical view. Mem Inst Oswaldo Cruz, 103: 313-325. Rey, L (2001). Parasitologia. 3a ed. , Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 856p. WHO em World Health Organization [online]. (2005). Chagas’ disease, em: Seventeenth Programme Report Progress 2003-2004. Consultado 06/2007 Disponível . 6 S

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