Pedagogia
Alfabetização Alfabetizar é propiciar condições para que o indivíduo — criança ou adulto – tenha acesso ao mundo da escrita, tornando-se capaz não só de ler e escrever, enquanto habilidades de codificação e decodificação do sistema de escrita, mas, sobretudo, de fazer uso real e adequado da escrita com todas as funções que ela tem em nossa sociedade e como instrumento na luta pela conquista da cidadania plena.
Existem algumas sugestões quanto ao ensino que podem ser até modificadas, onde o professor pode trabalhar com materiais de apoio no ensino da linguagem oral, composição scrita, leitura com interpretação, jogos e brincadeiras e uma p infinidade de materia na alfabetização. O o OF17 o desenvolvimento d • no processo e utiliza mecanismos básicos terial de apoio é de favorecer _ : «p são com ênfase utilização dos Reflexões sobre a história da alfabetização Na imaginação popular, a alfabetização é a característica distintiva mais importante de um homem civilizado e de uma sociedade civilizada.
Expressões dessas atitudes são prontamente colhidas na imprensa popular. Embora os historiadores que têm abordado a alfabetização como um fenômeno histórico tenha em geral edido seu progresso em termos da história da escrita, as reais condições da alfabetização dependem não apenas da história da escrita, mas da história da leitura. Ao lidar com o passado, é obviamente muito mais difícil estar seguro sobre a prática da leitura, sua conduta e amplitude, que sobre a da escrita. Para certos usos da linguagem, a -lal Studia to vien alfabetização é não apenas irrelevante, mas um obstáculo decisivo. elo contrário diz o autor, elas são exemplos importantes das correções e das revisões que apenas agora estão começando com respeito à compreensão dos supostos feitos e consequências da alfabetização. Pelos dois últimos séculos, eles têm estado inextricável e inseparavelmente ligados às teorias sociais e pós-iluministas, “liberais” e às expectativas contemporâneas com respeito ao papel da alfabetização e da escolarização no desenvolvimento sócio-econômico, na ordem social e no progresso individual.
Esse elenco de conjunturas “presentes na teoria, no pensamento, na percepção e nas expectativas” é enormemente importante. Os resultados dos fracassos estão ao nosso redor. Eles impedem que conheçamos até mesmo as dimensões das mudanças qualitativas nas abilidades populares para empregar de forma útil ou funcional as capacidades da leitura e escrita hoje.
Expectativas e suposições a respeito da primazia e da prioridade da alfabetização e da imprensa, para a sociedade e para o indivíduo; a necessidade de habilidades “funcionais” para a sobrevivência; ou a condição de massa da alfabetização como um índice da condição da civilização, todas essas coisas se mantêm de forma Insatisfatória e inadequada como substitutos para uma compreensão mais profunda, fundamentada, das questões e problemas. De forma mais importante, a alfabetização é excessivamente valorizada or causa da própria estrutura da escolarização formal.
A moeda corrente da escola é constituída de palavras, palavras, que são moldadas de acordo com as exigências da alfabetização. Podemos ter uma visão distorcida tanto da criança quanto das realidades sociais se acha que os valores 20F Podemos ter uma Visão distorcida tanto da criança quanto das realidades sociais se acha que os valores e os prazeres da alfabetização são tão grandes que podem se tornar fácil ou difícil, leve à riqueza ou a poder..
Muito influenciada pela psicologia behaviorista, acredita que a criança é um branco obre o qual o professor vai depositar o conhecimento. Desse trabalho, resultou um conhecimento precioso, que era deslocar o foco da questão mais importante até então que era a de como o professor ensina, para outra questão, a de como a criança aprende. A teoria construtivista piagetiana mostra que a criança constrói o seu conhecimento de acordo com estágio de desenvolvimento em que esteja através da ação.
Essa ação da criança, no ambiente escolar, significa que é ela própria quem escolhe, elimina, coordena, ajusta, organiza e reorganiza os dados que, em seu nível de desenvolvimento, ela pode assimilar. Em outras palavras, a criança nao aprende acumulando conhecimento,mas construindo conhecimento. E esse aprender é um processo absolutamente revolucionário, pois cada novo conhecimento construído remaneja o conhecimento que a criança já tem.
Em cada momento e em todo o decorrer da vida humana, o processo adaptativo tem funcionamento idêntico, precedido por dois mecanismos indissoluvelmente ligados: assimilação e acomodação: Assimilação: há um organismo que assimila o meio, um sujeito que busca o objetivo de conhecimento (assim como existem órgãos que assimilam alimentos), tudo conforme as possibilidades da organização, ou eja, conforme a estrutura mental de que dispõe o sujeito, seus esquemas assimiladores em atividade.
Acomodação: a atividade deassimllaçãolevaaumaacomodaçãodaprópria estrutura, que atividade. Acomodação: a atividade deassimilaçãolevaaumaacomodaçãodaprópria estrutura, que se modifica em resultado daquela atividade, seja desenvolvendo novos esquemas, seja diferenciando-os ou coordenando-os uns aos outros. Inicialmente, a estrutura mental do recém-nascido está presa a seu equipamento biológico, aos atos reflexos, ás montagens hereditárias, das quais derivam os primeiros esquemas de ações efetivas.
Perguntar-se-ia: onde está o começo da ação adaptativa? Na influência do meio? Na iniciativa do sujeito? Piaget explica o processo por uma indiferenciação inicial entre o sujeito e o objeto, da qual derivam os dois movimentos, uma atividade incorporadora de assimilação e uma atividade acomodatícia. Denomina auto-regulação ou equilibração ao fator que é a própria atividade relacionada do sujeito com o objetivo e que explica todo processo. No círculo indissolúvel que leva por meio de acomodação e assimilação, à elaboração da atividade é predominante.
Decididamente, a atividade – auto – atividade – ertence ao sujeito, seja assimilado o meio ou acomodando-se a ela, e determina a sua organização interna e a sua adaptação ao meio. É assim que Piaget coloca o conceito da atividade no centro de suainterpretaçãoda Vida mental e com papel relevante na explicação do processo adaptativo e no decurso de todo processo, pois onde há vida há adaptação. A condenação ao tipo de erro cometido pelos alunos, o professor terá condições de fornecer-lhes possibilidades para que o supere.
Isso transforma a avaliação num momento produtivo e ao mesmo tempo favorável à aprendizagem. Portanto os erros os alunos servem de pistas para sabermos em que fases do conhecimento se encontram. Percebemos, então, a i 40F servem de pistas para sabermos em que fases do conhecimento se encontram. Percebemos, então, a integração dessas duas forças da vida humana, num processo contínuo de superação de etapas desenvolvimento. A busca continua de equilíbrio está ligada em todas as interações do organismo e do ambiente, particularmente na cognição.
Diante dos estágios de desenvolvimento do raciocínio pode-se verificar várias transformações nos sujeitos que estão em constante construção o conhecimento, passando ao amadurecimento de suas idélas. Na maioria dos casos a produção de um erro indica em si mesma uma conquista. Ela sempre se refere a um momento evolutivo da criança. Assim, devemos considerá-lo e fazer uso dele como fonte da construção do conhecimento, aproveitando o que o mesmo traz de conhecimento e desenvolvimento para o indivíduo que o produz.
Nesta parte do trabalho queremos mostrar que na construção do conhecimento há erros e erros que podem ser considerados ou não como construtivos, ou seja, nem todos os erros são construtivos, queremos, neste ponto, deixar claro ue, por tratar especificamente deste assunto, tomamos como referências Ferreiro (1986, p. 56), que foi discípula de Piaget e construiu sua pesquisa sobre a psicogênese da língua escrita de acordo com a teoria de seu mestre, e Teberosky (1986, p. 74).
O que notamos é que Piaget não trabalhou com os erros denominados construtivos, o que fez foi estruturar a concepção teórica sobre o processo de desenvolvimento cognitivo da inteligência da criança, tratando tal assunto como estrutura do pensamento (assimilação, acomodação) como já retratamos anteriormente. Assim, um professor que pretende ensinar algo em procurar conhecer os seus alunos, está sem procurar conhecer os seus alunos, está agindo às cegas, por ensaio e erro, e seu trabalho arrisca-se, no máximo, a causar danos à vida intelectual das crianças.
Características das crianças com dificuldades Todos os anos são identificadas crianças, dentre as que frequentam escolas, aquelas que, por alguma razão, não conseguem cumprir de modo satisfatório as expectativas da escola e/ ou dos pais. Habitualmente, os familiares ou responsáveis por estas crianças são orientadas no sentido de procurar um profissional a fim de que este possa diagnosticar “problema da criança” com o objetivo de corrigir ou sanar as dificuldades presentes.
Os professores consideram que a causa dos erros cometidos pelos alunos se deve à falta de conhecimento para o qual preconizam a terapia clássica de repetição da explicação e dos exercícios. Este conceito é fruto da teoria de Piaget, que oferece uma discriminação extremamente interessante sobre o desenvolvimento cognitivo do ser humano, dentro de uma concepção construtivista do processo de aprendizagem.
Erros construtivos são aqueles que permitem ao professor observar o percurso intelectual do aluno. Quando são discutidos com a criança, ela também pode acompanhar seu próprio desenvolvimento. O erro construtivo indica a hipótese que a criança faz sobre determinado problema. Esse diálogo vai gerar o desenvolvimento cognitivo da criança. Erros por falta de informações:- no que se refere a um conhecimento das normasouconvenções (como em algunscasosdasregrasortográficasounamatemática).
O erro passa a ser entendido como parte do processo de aprendizagem, como um momento transitório revelado parte do processo de aprendizagem, como um momento transitorio revelador do movimento do indivíduo em seu processo de conhecimento. Para que haja um avanço na aprendizagem, também é necessário que a criança perceba que pode “errar” na construção de seu conhecimento e que nem sempre o caminho por ela escolhido é o mais adequado. Assim, vemos os erros como necessário na construção do conhecimento.
Portanto é preciso que as teorias sejam explicitas fazendo do erro, passos inerentes ao processo de construção. Os métodos tradicionais estão totalmente desintegrados do meio social. Suas finalidades, suas regras, suas prioridades são diferentes das necessidades reais da criança. A realidade muda constantemente e as aulas pararam no tempo e no espaço,por ua rotina e principalmente pela repetitividade das técnicas de ensino. O repetitivo se torna um dos fatores mais decisivos para a passividade do aluno.
Não existem apelos à criatividade, ao raciocínio. O aluno não consegue resultados satisfatórios, sendo rotulados de problemas ou alunos indisciplinados, sem concentração. “A alfabetização ou o ensino da leitura deve partir do todo, para posteriormente passar para decomposição”. Partia ele do princípio de que o processo do ensino da leitura deveria partir de uma palavra que a criança conhecesse, pois este deveria trazer consigo uma idéia interessante e apresentada ob uma forma divertida.
Se observar as bases pedagógicas lançadas por Adams, notamos que estas sugerem princípios, que hoje postos em prática, nos parecem invenções atuais: – a globalização; – palavras que pertencem à linguagem da criança; – Adaptação à Psicologia da criança, onde a alfabetização deve explorar os recursos do jogo do movi Adaptação à Psicologia da criança, onde a alfabetização deve explorar os recursos do jogo do movimento; – organização da sala de aula – onde a criança possa agir com naturalidade e quetenhaasuadisposiçáo material de uso comum.
A alfabetização deve partir de uma frase. Lança-se a frase e analisa junto ? criança os elementos destacando o mais importante, passando da análise para a síntese. Como atualmente, também naquela época as pessoas reagiam às inovações: isto implicava em sair da rotina e mais, implicaria acima de tudo numa tomada de posição, questionando seu próprio trabalho e não simplesmente atribuir a não aprendizagem ao aluno. Do século XIX ao XX, esta passaria por Claparede, Ernest Renan, Decroly, Montessori, Piaget, Wallon, Freinet.
Todos deram sua contribuição para o aprofundamento e enriquecimento dos Métodos Globais. Entre estes, Decroly e Freinet foram os que ais esforços fizeram, de forma prática, adaptando o ensino da leitura e da escrita à nova corrente. Decroly conseguiu através da prática fundamentar todo o seu trabalho nesta nova proposta. Ambos exigem que o ensino seja apropriado aos interesses da criança e julgam útil iniciar sempre com as mais primitivas necessidades da humanidade em contato com o meio: necessidades de nutrir-se, de vestir-se, de trabalhar em harmonia com a coletividade.
Preconiza ainda que as escolas sejam laboratórios e não auditórios, exigindo o concurso dos trabalhos manuais para a aquisição dos conhecimentos. O ideal comum é, ois, aproximar a vida à escola e ensinar a criança a agir, fazendo- a agir. O jogo lúdico é, sem dúvida nenhuma, a maneira mais natural de despertar na criança a atenção para uma atividade. “O jogo é um traço de união entre a c 80F jogo é um traço de união entre a criança e a vida no domínio da escola Conforme Decroly apud Freinet (1998, p. 4) “a escola há de ser para o menino e não o menino para a escola”. A afirmação deixa bastante evidente o objetivo da educação para Decroly. Decroly concentra sua atenção muito mais nos meios, na técnica, na realidade viva que o menino representa. O método fundamenta- se norespeito à criança, cuja personalidade é sagrada e ser„’irá de centro de toda complexidade de seu programa. É o aluno, com sua realidade, interesse e capacidade que definirá o fim da educação – o esforço para que cada criança alcance seu grau de perfeição de que seja capaz.
A figura da criança deverá ser inteiramente ativa, livre, espontânea, onde o aluno e professor definem juntos as regras do jogo, que garantirão uma disciplina, uma organização. Princípios da Liberdade: A liberdade na escola é fundamental para a criança desenvolver-se sem coações, sem imposição de ituações, conhecimentos previamente concebidos. Decroly, para realizar este princípio propõe um programa amplo, elástico, formulado dentro das características da faixa etária, este programa elaborado deve ser escolhido pelas próprias crianças.
A atividade educativa é condicionada por vários fatores, como faixa etária, sexo, saúde, as habilidades do professor. Em face disto, para que a criança consiga trabalhar com autonomia, é preciso recorrer a um outro princípio – o da Individualidade, pois como afirma o próprio Decroly, “não há nada nem pode haver senão liberdade na escola. Atividades da criança: Outra aracteristica do Método é o de provocar o trabalho espontâneo e constante. da criança: Outra caracteristica do Método é o de provocar o trabalho espontâneo e constante.
Este princípio tem sua fundamentação na Psicologia, a qual explica que a característica da criança nesta idade é a inquietude e o movimento, sendo seus Interesses dominantes o brinquedo e o jogo. Através do jogo a criança aprende a resolver problemas sociais, intelectuais e morais, desenvolve o raciocínio, a reflexão. A atividade lúdica deve fazer parte do programa escolar, pois é só através desta atividade que a criança realmente conseguirá trabalhar spontaneamente.
A sala de aula deve estar organizada de tal forma que as crianças realmente possam agir, trabalhar espontaneamente e circular livremente, e que o material esteja ao alcance da criança. A sala deve apresentar materiais que a criança mesma colecionou. A ação da criança deve seguir uma graduação, da simples observação a observação estruturada, até exercícios de elaboração. A Intuição: Princípio que proclama a necessidade de substituir a palavra como forma exclusiva para o ensino, propondo então o ensino através do contato direto com o objeto em estudo.
Ainda aseando-se na Psicologia ativista, a criança só aprende quando pode intervir livre e diretamente na realidade. A criança deve ter o domínio completo do objeto em estudo. A função do professor já não é mais de determinar definir a observação, mas de aclarar dúvidas e as conclusões dela, a resolver as perguntas da criança, a motivar as associações. Para despertar a observação na criança, Decroly recorre ao meio mais rico e inesgotável – a Natureza. Decroly fez do meio ambiente o elemento criador de seu programa, uma vez que o artificial afasta a criança do seu mundo, do seu interesse 0 DF