Questões auto da barca (consulta)
FIJVEST 2010 Considere a seguinte relação de obras: Auto da barca do inferno, Memórias de um sargento de milícias, Dom Casmurro e Capitães da areia. Entre elas, indique as duas que, de modo mais visível, apresentam intenção de doutrinar, ou seja, o propósito de transmitir princípios e diretivas que integram doutrinas determinadas. Divida sua resposta em duas partes: a), para a primeira obra escolhida e b), para a segunda obra escolhida, conforme já vem indicado na respectiva página de respostas. Justifique sucintamente cada uma de suas escolhas. FIJVEST 2007 E chegando à barca d
OF4 p Brisida: Barqueiro, mano, meus olhos, prancha a Brísida Vaz! Anjo. Eu não sei quem te cá traz… Br[sida: Peço-vo-lo de giolhos! Cuidais que trago piolhos, anjo de Deus, minha rosa? Eu sou Brísida, a preciosa, que dava as môças aos molhos. A que criava as meninas para os cônegos da Sé Passai-me, por vossa fé, meu amor, minhas boninas, olhos de perlinhas finas! Gil Vicente, Auto da barca do inferno. (Texto fixado por S. Spina) que ela deseja . isto é, levar o Anjo a permitir que ela embarque? por quê? Unicamp 2009 Na seguinte cena do Auto da Barca do Inferno, o Corregedor e o
Procurador dirigem-se à Barca da Glória, depois de se recusarem a entrar na Barca do Inferno: Corregedor arrais dos gloriosos, passai-nos neste batel! Anjo pragas pera papel, pera: para pera as almas odiosos! Como vindes preciosos, sendo filhos da ciência! Corregedor ó! habeatis clemência habeatis: tende e passai-nos como vossos! Joane (Parvo) Hou, homens dos breviairos, homens dos breviairos: homens de leis rapinastis coelhorum Rapinastis coelhorum/Et perniz et perniz perdiguitorum perdiguitorum: Recebem coelhos e mijais nos campanairos! pernas de perdiz como suborno Corregedor ó!
Não nos sejais contrairos, Pois nom temos outra ponte! Joane (Parvo) Beleguinis u guinis ubi sunt? : Onde empregado pelo Corregedor? E pelo Parvo? Unicamp 2007 – Leia o diálogo abaixo, de Auto da Barca do nferno: DIABO Cavaleiros, vós passais e não perguntais onde is? CAVALEI RO Vós, Satanás, presumis? Atentai com quem falais! OUTRO CAVALEIROVós que nos demandais? Siquer conhecê-nos bem. Morremos nas partes dalém, e não queirais saber mais. (Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno) a) por que o cavaleiro chama a atenção do Diabo? ) Onde e como morreram os dois Cavaleiros? ) Por que os dois passam pelo Diabo sem se dirigir a ele? Unicamp2011. Os trechos abaixo, do Auto da barca do inferno e das Memórias de um sargento de milícias, tratam, de maneira cômica, dos “pecados” de duas personagens que, cada uma a seu modo, representam uma autoridade. Leia-os com atenção e responda às questões propostas em seguida. Frade – Ah, Corpo de Deus consagrado! Pela fé de Jesus Cristo, qu’eu não posso entender isto! Eu hei-de ser condenado? Um padre tao namorado 3 Par Deus! Essa seri’ela! Não vai em tal caravela inha senhora Florença. Como?
Por ser namorado e folgar com ua mulher se há um frade de se perder, com tanto salmo rezado? Diabo Ora estás bem aviado! Mas estás bem corregido! Devoto padre marido, haveis de ser cá pingado… (Gil Vicente, Auto da barca do inferno. São Paulo: Ática, 2006, p. 35-36. ) Unicamp2011. Os leitores estão já curiosos por saber quem é ela, e têm razão; vamos já satisfazê-los. O major era pecador antigo, e no seu tempo fora daqueles de quem se diz que não deram o seu quinhão ao vigário: restava-lhe anda hoje alguma coisa que às ezes lhe recordava o passado: essa alguma coisa era a Maria- Regalada que morava na Prainha.
Maria-Regalada fora no seu tempo uma mocetona de truz, como vulgarmente se diz: era de um gênio sobremaneira folgazão, vivia em contínua alegria, ria-se de tudo, e de cada vez que se ria fazia-o por muito tempo e com muito gosto: daí é que vinha o apelido – regalada — que haviam juntado ao seu nome. (Manuel Antonio de Almeida, Memória de um sargento de milícias. São Paulo: Ática, 2004, Capítulo XLV – “Empenhos”, p. 142. ) a) O que há de comum na 4DF4 o da conduta do Frade, na