Reestruturaçao capitalista e a crise dos estados nacionais

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A reestruturação capitalista da sociedade e o ressurgir da economia solidária Kelen Christina Leite Resumo O artigo que se segue é resultado de algumas reflexões e discussões desenvolvidas junto ao grupo de Pesquisa Trabalho, Organização Soclal e Comunitária, bem como junto ao Grupo de Pesquisa Educação, Comunidade e Movimentos Sociais acerca da intrinseca relação existente entre a reestruturação capitalista da sociedade, que te regulação fordista/ke esi Solidária. O artigo se tratar alguns elemen fordista/keynesianist org rise do modo de d da Economia s.

O primeiro busca modo de regulação tir dos anos de 1970, abre as portas para a introdução das politicas neoliberais e a consequente precarização das relações de trabalho. O segundo momento busca trabalhar reflexões iniciais acerca da concepção de Economia Solidária bem como seu ressurgimento após o recrudescimento das consequências socioeconômicas do neoliberalismo. No último tópico, avançando em conclusões, são destacados alguns dos desafios que se colocam para o vasto campo das experiências de solidariedade na economia. ttp://seer. fclar. unesp. br/estudos/article/view/4514 V – Globalização e crise dos Estados nacionais ttp://globalization. sites. uol. com. br/globaliza. htm A conclusão da revolução burguesa no Brasil parecia abrir novas século XX (1 914-1945), identificadas nas políticas keynesianas, com investimentos públicos e seguridade social, no governo representativo de uma cidadania ampliada e na base produtiva fordista-taylorista, chegara a seu limite como elemento dinamizador da acumulação do capital.

Para fazer frente ao avanço do movimento operário e à crise de valorização, visando atingir a desterritorialização e mundialização do capital, foi desencadeada uma ofensiva global contra o mundo do trabalho, ontra o socialismo de Estado e contra os Estados subalternos mais consolidados. Uma revolução técnico-cient[fica e gerencial foi ativada a partir de fins dos anos 70 com o duplo objetivo de aumentar a produtividade do trabalho e quebrar o poder de negoclação do sindicato.

O resultado foi uma substancial alteração na própria materialidade do mundo do trabalho, com significativas alterações no perfil profissional derivadas da desqualificação, fragmentação e precarização nas relações de trabalho, além de uma desocupação estrutural massiva. Outra faceta das mais importantes assumidas pelo capital em crise tem sido a inanceirização e a já aludida desterritorialização que permitem uma aceleração no processo de centralização e concentração, assm como uma reprodução ampliada que tende a se desmaterializar e se reduzir à fórmula do dinheiro que produz dinheiro.

Mas a ofensiva do capital em crise de valorização tem necessidade como em qualquer outro momento da contradição em processo de um Estado adequado a essa nova fase voltada para a consecução da mundialização. O Estado assistencial entrou em crise no momento que a valorização do capital começou a decair, manifestando uma crise fiscal de porte, passando a ncontrar dificuldades par capital começou a decair, manifestando uma crise fiscal de porte, passando a encontrar dificuldades para efetivar os compromissos socialmente assumidos.

Os custos com investimentos em infra- estrutura, seguridade social e administração pública estavam ficando insustentáveis, abrindo brechas para o fortalecimento do movimento operário e implicando perdas para o capital, tornando incontornável a necessidade de uma profunda reestruturação do Estado. Em fins dos anos 70, portanto, tem início a gestação do Estado neo-liberal, intimamente vinculado às necessidades do capital m crise.

Aparentemente surge com a tarefa de resolver o déficit fiscal, mas suas incursões incidem sobre as relações sociais de produção e sobre a correlação de forças entre as classes sociais. O Estado neo-liberal surge como instrumento da mundialização do capital e guarida do império universal do Ocidente, para benefício da oligarquia financeira. A transferência do patrimônio público/estatal para a gestão direta do capital privado, fazendo largo uso de subsídios, é uma das mudanças nodais, juntamente com a drástica retirada dos direitos sociais do trabalho.

A crise nduzida aos sindicatos e partidos operários, antes de tudo, com a fragmentação dos sujeitos coletivos, reforçam a tendência ao esvaziamento das instâncias de representação politica democrática, estimulando, pelo contrário, formas decisórias mediático plebiscitárias. O espaço público tende a encolher e a sociedade civil passa uma vez mais a se reduzir à semelhança da dimensão do conflito entre interesses privados do individuo mercantil.

O Estado neo-liberal cumpre um papel importante na recomposição da hegemonia do capital sobre o conjunto da ordem social difundindo diretamente PAGF3rl(F8 rdem social difundindo diretamente ou por meio de instâncias privadas, os valores do mercado e do individualismo egóico- proprietário, componde-se como um verdadeiro “fascismo de mercado” (para dizer com Lukacs).

Embora surja apenas como guardião da propriedade, tentando evitar que a ânsia descontrolada do homem mercantil inviabilize o próprio processo de acumulação, ao contrastar os direitos sociais econômicos dos trabalhadores, o Estado neo-liberal atenta contra o conjunto dos direitos liberais ao permitir que o capital se poste à margem da ordem juridica da qual foi um dos autores e invista com decisão o tráfico de armas e de drogas, de detritos industriais e na prostituição em massa.

O Estado neo-liberal continua sendo um grande consumidor de armas, pois é com elas que defende os interesses do capital, seja internamente ou extra-fronteiras. Ainda para cumprir os desígnios do capital em processo de mundialização, o Estado neo-liberal aloja uma parte da soberania em instâncias supranacionais.

Algumas que podem vir a ser instituições burocráticas ou representativas de um futuro Estado regional, ou em instituições (como a Organização Mundial do Comércio, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial) ue procuram coordenar o mercado mundial, sendo essa mais uma forma de fazer valer os interesses da oligarquia financeira, promovendo a desestabilização polltica das instituições democráticas encrostadas no velho Estado liberal burguês.

Não se pode assim dizer que o Estado neo-liberal seja uma mera revivescência do antigo Estado liberal emerso da revolução burguesa original, por que são expressão evidente de fases diferentes da contradição capitalis PAGF diferentes da contradição capitalista em processo.

Note-se, antes de tudo, que o Estado liberal é territorial e “nacional”, delimitando m mercado e representando seus cidadãos, enquanto o Estado neo-liberal é extraterritorial e oscila entre o “localismo” e o supranacional, não mais delimita um mercado e nem corresponde a um espaço no qual se criam identidades coletivas, de caráter nacional-popular ou classista. Ademais, o Estado neo- liberal tem-se mostrado bastante eficaz na produção de um cotidiano despolitizado O Estado neo-liberal mostrou ter uma enorme capacidade expansiva e de imposição de sua forma. outros Estados, provocando assm sua desestabilização. Não é por acaso que a reinvenção neo-liberal do Estado do capital (à parte a xperiência precursora do Chile) ocorreu precisamente nos Estados imperialistas mais poderosos e no G-7 mais em geral. Os governos Thatcher na Grã-Bretanha, Reagan nos EUA, Khol na Alemanha e Nakasone no Japão, no início dos anos 80, são a marca dessa reinvenção do Estado do capital. ? então da maior importância observar que a forma neo- liberal do Estado, tem mais de uma faceta. Por um lado, libera e potencializa as forças mais dinâmcas do capital dos entraves institucionais, repassando parte do patrimônio publico para usufruto direto da esfera privada e adquirindo empresas públicas e outros Estados, reforçando e ampliando o controle de partes do mercado mundial.

A forma neo-liberal imposta aos Estados que não fazem parte do chamado Grupo dos 7, serve apenas para facilitar a transferencia de recursos para o exterior e abrir os seus mercados à desapiedada colonização, vitimando amplamente, inclusive, setores do c seus mercados à desapiedada colonização, vitimando amplamente, inclusive, setores do capital produtivo local, sempre em beneficio da oligarquia financeira transnacional.

O que se pode afirmar então é que a reinvenção neo-liberal do Estado do apital tem motivações e efeitos diferenciados conforme ocorra nos Estados nacionais imperialistas ou nos Estados subalternos, pois aqueles são a sede é o instrumento direto dos interesses da imperial oligarquia financeira, enquanto que todos os outros são a forma mais eficaz de drenagem de riqueza e transferencia de recursos para o capital financeiro global. No entanto, deve-se ter em mente que não mais ocorre o repasse para os trabalhadores dos Estados imperialistas de parte dos recursos extraídos das zonas subalternas do império do Ocidente.

Com uma agressiva política de defesa dos interesses do capital de seu projeto de constituição de uma império universal, articulando um programa armamentista com forte ofensiva ideológica, o Estado neo-liberal serviu também de eficaz instrumento de desestabilização pol[tica do socialismo de Estado. A partir de 1989 toda a área que compunha o império do Oriente, sob condução da URSS, fosse reduzida a uma situação colonial e wtimada por métodos da acumulação primitiva do captal, em parte graças a Incorporação mmética da forma de Estado neo- liberal, identificada como uma “democracia de mercado”.

Da mesma forma, os interesses da mundialização do capital em forjando Estados neo-liberais na heterogênea a vasta zona composta por Estados subalternos. Para uma gama de Estados já brutalizados e empobrecidos desde a origem, v[timas permanentes da exploração imperial, a imposição da forma neo- liberal significa na prática a dissolução do Est liberal significa na prática a dissolução do Estado e a regressão social, como pode ser observado em quase toda a África e em vastas zonas da América Latina.

O Japão e os Estados orientais subalternos (chamados na imprensa aduladora de tigres asiáticos”) que usufruíram de vantagens relativas no mercado mundial no correr dos anos 0/80, por prescindirem de direitos sociais do trabalho e não contarem com recursos naturais variados, sendo obrigados a uma inserção comercial ampla, tiveram sua estabilidade posta em risco no correr dos últimos anos.

Os Estados subalternos mais sólidos, que passaram por revoluções passivas bem sucedida e que nos correr dos anos 70 passavam a reivindlcar uma nova disposição das relações internacionais e uma nova organização do comercio mundial, tiveram que ser atacados e induzidos a se recompor sob a forma neo-liberal, inicialmente com a arma da “dívida externa”, tendo seus mercados internos sido colonizados, té como condição mesmo de realização da mundialização do capital.

QUARTA-FEIRA, 25 DE FEVEREIRO DE 2009 A REESTRUTURAÇAO CAPITALISTA A PARTIR DA DECADA DE 80 E SUAS INFLUÊNCIAS NA PRÁTICA SOCIA http://rebeliaocultural_blogspot. com. br/2009/02/reestruturacao -capitalista-partir-da. html A partir da década de 80 a classe trabalhadora sentiu um golpe significativo que redesenhou seu perfil. Uma gigantesca implantação de inovações tecnológicas possibilitou às fábricas uma diminuição considerável nos numeros de seus quadros de operários.

Sofreram mais com tal mudança aqueles operários, omens e mulheres, cuja pouca capacitação os habilitava apenas ao desempenho de trabalhos braçais, trabalhos este que dorava habilitava apenas ao desempenho de trabalhos braçais, trabalhos este que doravante seria atribuido às máquinas. Além disso, nos anos 80 a indústria mundial retraiu-se não mais repetindo aquele crescimento que a caracterizara nas décadas anteriores.

Somando-se estes fatores tivemos como conseqüência imediata o desemprego e frente a isso a instabilidade profissional daqueles que apesar de tudo conseguiram manter seus postos de trabalho, postos estes que agora era almejado por um número cada vez aior de pretendentes. Esta divisão da classe trabalhadora entre empregados e desempregados minou a histórica unidade que ela possu(a, e mesmo no meio daqueles trabalhadores que conseguiram permanecer em seus postos surgiu uma classe pnvileglada nos postos de chefia que marcava uma diferença até econômica em relação aos trabalhadores dos cargos subalternos.

Estes dois fatores provocaram um enfraquecimento do sindicalismo e subseqüentemente a diminuição da representação política das classes trabalhadoras. Outra característica da década de 80 foi que com a indústria e massa barateando os preços de bens de consumo a classe trabalhadora pode pela primeira vez adquirir produtos que até então não estava acostumada a possuir como, por exemplo, o automóvel.

Perante esta aparente ascensão social os trabalhadores que faziam parte daquela porção que ainda mantinha seus empregos e começava a participar de forma mais ativa no mercado de consumo não estava mais interessada em lutas sociais de caráter esquerdista temendo a perda das vantagens que começavam a adquirir, e havia entre estes os que se tornavam militantes de políticas de direita. PAGF8rl(F8

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