Reponsabilidade social
Responsabilidade Social das empresas Luciana Horta I Em uma época — 1900, na Revolução Industrial, o lema era Relações Industriais, onde se importava I a produção acima de qualquer coisa, inclusive das pessoas. O foco era a tradição, o passado. Passados alguns anos, final da 2a Guerra Mundial, com muita mudança e transição, chegou a Era da Informação – década de 90, com culturas organizacionais focadas no futuro, valorizando o conhecimento, lidando com as pessoas como seres humanos pró-ativos, dotados de inteligência e habilidades.
Tecnologias cada ve substituindo e ajuda pessoas, produção Qualidade, Gestao d 6 Swipe nentp inas e robôs Gestão da Ida Segurança no Trabalho, Qualidade de Vida no Trabalho, tudo para padronizar processos, I aumentar a satisfação dos funcionários no trabalho, diminuir o turnover, reter talentos e atrair I outros, fidelizar clientes e captar outros e, por aí vai. O lema hoje é Responsabilidade Social das empresas. Nunca ouvi falar tanto disso!
Mas, lembro-me bem, que recentemente – 2002, quando era gerente de Recursos Humanos de uma grande empresa, já nos ocupávamos com isso. Oferecíamos apoio à comunidade, em escolas da região através de investimentos em livros para os alunos, contribuição com cestas ásicas para os professores, cuidados com os jardins da escola, palestras educativas, entre atividades. Uma pesquisa realizada pela Market Analysis revelou que 76% dos consumidores brasileiros acreditam que podem influenciar a atitude das empresas por meio do poder de compra.
Ao preferir produtos e serviços sustentáveis, o consumidor valoriza as empresas que pautam suas operações pelos princípios da Responsabilidade Social: conservação do melo ambiente, respeito aos funcionários, envolvimento em ações na comunidade. E a preocupação él tanta que está em fase de elaboração, a ISO 26. 000, que fala da Responsabilidade Social das mpresas, com previsão de lançamento em 2008. Essa ISO está sendo encabeçada por dois países, um desenvolvido que é a Suécia e outro em desenvolvimento que é o Brasil, que participa pela 1a vez da elaboração de uma ISO.
O papel I dessa ISO é tentar difundir de uma forma sistematizada, o que as empresas podem fazer, e apresentará diretrizes de Responsabilidade Social e orientações a organizações de diferentes portes. Então, antes da ISO 26. 000, ainda temos algum tempo para fazer algo… Vamos começar a fazer nossa parte, de dentro para fora, buscando a humanidade que está lá dentro de cada um esperando ara ser tocada e começar a agir! Eu posso, você pode e, juntos, faremos a diferença. Pré) OCUPAÇÃO com o meio ambiente Luciana Horta I Atendendo a um aluno no seu trabalho de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), tive um insi ht Isobre a (pré) ocupação d seus funcionários, do 2 OF SS netos, bisnetos e para todos nós! Mas, deixando um pouco o exemplo de empresas especializadas neste segmento e, “passando para o outro lado da cerca”, quantos de nós brasileiros conhecemos o real conceito de meio ambiente e las conseqüências da falta de OCUPAÇÃO com esta área?
Não tenho qualquer estatística para uma I afirmaçào precisa, mas posso arriscar um palpite: a minoria da população, especialmente a de classe baixa — que mesmo sem querer ou saber, é a que mais contribui para a poluição fluvial, pois seus esgotos nao têm outro destino a não ser para os rios… Esta é a realidade! E quantos de nós, com acesso a informações, não deixamos um filtro de cigarro, uma lata de cerveja, um papel não mais necessário por aí, jogados em qualquer lugar? Em uma reportagem I I assistida recentemente, percebi a diferença de educação dos países de primeiro mundo com o nosso.
Nestes países, além das câmeras de vigília da polícia istribuídas pela cidade, I encontram-se também, megafones para que o cidadão receba “o puxão de orelha” na hora que comete I alguma infração, seja ela ultrapassar fora da faixa de pedestres, seja jogar papel na rua ou de qualquer outra natureza. Onde está nossa OCUPAÇÃO com o meio ambiente? Onde está a OCUPAÇÃO do governo, quando não espalha pela cidade, comunidades, vilas latas de coleta seletiva de resíduos? Cadê a educação I direcionada para este foco? Preocupar-se com o meio ambiente é fácil e já virou moda e questão de diferencial entre as empresas.
Mas quando v omento de OCUPAR com E eflexão para quem sabe contribuir para sua AÇÃO.. Nova liderança Nádia Rebouças Os sinais vieram devagar. Aos poucos a demanda cresceu para projetos empresariais, onde a liderança ganha foco. Há anos, nas ONGs, esse tem sido o tema e justifica o crescimento da I Ashoka e da Avina, no Brasil e no mundo. O investimento tem sido nos empreendedores sociais, em líderes que pensem e atuem na sociedade construindo um mundo diferente. As necessidades de transformação cresceram. As notícias foram ganhando espaço e credibilidade. Desde a Eco 92, sabemos das ameaças do aquecimento global.
Na ocasião, uma adolescente canadense I I convidou líderes do mundo todo a reformular suas atitudes e valores. O filme, que está disponível no Youtube (http://www. youtube. com:80 levou um parceiro jovem da a nos perguntar outro dia: “Por que nao muda? ‘. Muda. Vai mudando. A “ficha” vai caindo laos poucos… até que cai a “jaca”. É esse o momento que estamos vivendo. Nós, pessoalmente I temos horror a mudanças. Imaginem, então, o medo estendido a toda uma civilização? Imaginem o medo daqueles que, de certa forma, controlam o mundo quando percebem que terão que encontrar I outras formas de fazer?
Imaginem o que nos desafia como profissionais de RH e comunicação que assamos a ser linha de frente na construção de uma nova cultura empresarial que dê conta dos desafios do novo século? 4 estudantes já para criar novos paradigmas humanos na formação dos profissionais. I Assim nascem projetos nas empresas que nunca cheguei a sonhar. A comunicação ganha mais importância, não só temos muito mais cuidados e estratégias para construir os veículos internos de comunicação, mas também fornecemos informações mais transparentes, educamos.
Para as empresas, com olho no futuro, está cada vez mais claro que planilha do Excel, manuais, I I códigos de ética não dão conta de anos de uma cultura oorporativa burocrática, hierárquica, I autoritária e que despreza o potencial humano. Precisamos mudar o estilo de nossas lideranças. Mexer com os sentires e pensares. Acreditar em treinamento, em adestramento, silêncio e obediência sem reflexão não mais são receitas de sucesso. Uma empresa não se prepara para o mundo de hoje, matando a auto-estima de I seus empregados e impedindo a criatividade. ? cada vez mais necessária uma liderança que gere motivação para colaborar, converse com empregados, estimule a autocapacitaçao, converse com suas I comunidades de influência, para dar conta do minimo exigido ara uma empresa socialmente responsável. Comunicação face a face virou uma nova onda. A onda que vem depois de termos nos I entregado aos fios, aos teclados, aos visores, aos celulares… Podemos agora colocar a tecnologia no seu devido lugar. O fascínio vem diminuindo para muitos e deixou novos desejos: apetite para o diálogo, por estar junto, por se cumprimentar nos elevadores, por poder olhar outro simplesmente, conversar. OF texto I [PiC] Existem limitações para deficientes? Patrícia Bispo No meio organizacional, a busca por novos talentos virou uma prerrogativa para assegurar a obrevivência diante de tanta competitividade, afinal cada vez mais as informações são disseminadas numa velocidade impressionante. Diante dessa realidade, as organizações deparam-se com um desafio: estimular a diversidade. Para Isso, é preciso elaborar estratégias que sejam bem-sucedidas e dentre essas está a contratação de pessoas portadoras de necessidades especiais.
I Uma organização que se destaca no mercado por assegurar espaço para a empregabilidade para profissionais com deficiência é a Serasa – que desde agosto de 2001 deu inicio ao “Programa I Serasa de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência”. Essa experiência tem inspirado outras organizações a valorizarem o talento desses trabalhadores que multas vezes não têm a chance de mostrarem suas competências para o mercado. Criada em 1968, a Serasa é a maior empresa do Brasil em pesquisas, informações e análises econômico-financeiras para apoiar decisões de crédito e negócios e referência mundial no Iseemento.
Participa ativa paldo às decisões de 6 SE iniciativa é o desenvolvimento da competência profissional e procura atingir dois objetivos principais: buscar empregabilidade e oferecer crescimento profissional, ou seja, efetivar as essoas com deficiência assim que estejam profissionalmente qualificadas ou provê-las de maior competitividade no mercado de trabalho. Norteada por esses objetivos, a companhia não adota qualquer forma de assistencialismo, benemerência ou paternalismo. Serasa é uma empresa cidada e tem a vocação de atuar para que as injustiças sociais diminuam le a qualidade de vida da população aumente. or essa razão, teve menos dificuldade do que outrasl empresas para incluir profissionalmente nos seus quadros as pessoas com deficiência. Todavia, I uma dificuldade real é encontrar pessoas com potencial para ser rofissionalmente desenvolvido. Não queremos pessoas qualificadas ou com experiência anterior de trabalho. Mas queremos pessoas que reúnam condições necessarias como facilidade de aprendizagem, autonomia, independência e I auto-estima elevada. Nem sempre conseguimos essas pessoas”, afirma João Ribas. ara que um programa como esse dê certo, é preciso saber trabalhar em rede. No que tange ao processo de recrutamento e seleção de pessoas com deficiência a Serasa estabeleceu parceria com diversas organizações. para recomendação de pessoas com deficiência visual, foi firmada uma I arceria com a Laramara – Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual. Para indicações de pessoas com deficiência auditiva, a companhia conta com a Divisão de Disturbios da comunjcaçao da PUC/SP currículo no I Isite da organização – www. serasa. com. r – ou enviá-lo para o e- mail programaempregabilidade@serasa. com. br. A seleção – Uma equipe formada pela Coordenação do Programa de Empregabilidade e pela Área de Planejamento de Pessoas faz uma entrevista profunda e detalhada com cada candidato. Nesse momento, é importante saber conduzir uma entrevista para uma pessoa com deficiência física, I auditiva, visual ou intelectual. É fundamental nao ter constrangimento de fazer qualquer pergunta. Se um candidato usa cadeira de rodas, é preciso saber se ele tem independência e I autonomia para ir sozinho ao toalete.
Isso, na concepção da organização, não significa invadir al privacidade do candidato, mas que a resposta ajudará saber quais recursos devem ser oferecidos para aquela pessoa dentro da empresa. Quando é necessário entrevistar candidatos com deficiência I auditiva, a Serasa recorre a uma intérprete da Língua Brasileira de Sinais — Libras, que auxiliar na a comunicação com o entrevistado. Caso sejam plicados testes de redação para os I cegos, a organização disponibiliza computadores com o software Virtual Vision, que ficam ? disposição desses profissionais.
Uma vez selecionadas, as pessoas com deficiência passam por um treinamento de dois meses em sala I de aula, onde são realizados vários cursos nos quais são lapidas as identidades profissionais. I Após esse período, os profissionais vão para qualificação nas áreas de trabalho onde permanecem por mais quatro meses 8 OF escolhida uma pessoa Atendimento ao Cidadão: Poupatempo (São Paulo), Rio Simples (Rio de Janeiro) e Casa do Cidadão (Fortaleza). A I Serasa assume o desafio de ter nos seus quadros pessoas com deficiências mais severas.
Temos paraplégicos, pessoas com amputações, com distrofia muscular, cegos e surdos. Contamos também com duas pessoas com deficiência mental, intelectual, ou seja, com Síndrome de Down”, afirma I I João Ribas, ao acrescentar que não existem critérios específicos para avaliação do desempenho das pessoas com deficiência. Todos os que trabalham na organização são avaliados pelos mesmos critérios, independente de terem ou não uma deficiência. I Adaptaçóes à realidade – Para possibilitar que os profissionais ortadores de deficiência exerçam suas atividades, a empresa investiu nas estruturas físicas.
A Sede, em São Paulo, por I exemplo, foi projetada e construída com: rampas, portas e passagens adequadas para cadeirantes; I I corrimãos; catracas especiais para usuários de cadeira de rodas; piso tátil com texturas e relevos diferenciados para pessoas com deficiência visual; banheiros masculinos e femininos adaptados em todos os andares; sintetizador de voz nos elevadores – que informa o andar em que I Ise está e se vai subir ou descer – para as pessoas com deficiência visual; indicadores em raille nas botoeiras dos elevadores e portas de todas as salas e banheiros; portas automáticas para facilitar tráfego de pessoas com deficiência visual – dotadas de sensores – abrem-se mediante aproximação; guias rebaixadas e sinalizadores de solo no entorno do prédio; vagas demarcadas na garagem as que tenham aos cegos o reconhecimento de gráficos e imagens pelo tato, além de lupas eletrônicas e software ampliador da tela do computador, possibilitando facilidade de leitura para pessoas com baixa Visão. Dispõe ainda de I intérpretes da Língua Brasileira de Sinais – Libras, para facilitar a comunicação com os surdos m reuniões e treinamentos. Visão consciente – para João Ribas, não faz sentido contratar pessoas com deficiência apenas porque a egislaçao Brasileira obriga e a fiscalização pune as organizações que não a cumprem. “Só faz sentido contratar pessoas com deficiência quando se parte do reconhecimento da possibilidade que essas pessoas possam ter para se desenvolver para o trabalho — e não da I aceitação inquestionável do limite ou da deficiência”, defende.
Segundo o coordenador do “Programa Serasa de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência”, ao I longo de muitas décadas o reconhecimento do valor desses rofissionais não existiu. Até hoje é I muito mais fácil para uma pessoa que se acidentou e se tornou paraplégica aposentar-se por invalidez do que se reabilitar para a mesma ou outra função. por outro lado, quando se pensa em desenvolvimento real para o trabalho, qualquer forma de assistencialismo, benemerência ou paternalismo perde sentido. Empresas não são organizações filantrópicas, mas sim organizações nas quais se produz e se comercializa bens ou serviços, se geram empregos e têm a finalidade de impulsionar o mercado e provocar a circulação e o consumo da riqueza. IA empregabilidade, para ao deve ser 0 56