Resenha – o poder do mito

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CAMPBELC Joseph. O Poder do Mito. Editora Palas Athena: São Paulo, 1990. No texto de Joseph Campbell, “O Poder do Mito” (seleção, resumo e adaptação de Carlos Guimarães, e música Nostalgia de Yanni) “Por que mitos? Por que nos importamos com eles? O que eles têm a ver com nossas vidas? ‘ o autor mostra, de forma simples, como o homem, desde os primórdios, vive em busca das mesmas coisas e de si mesmo, sempre na tentativa de vencer os desafios que lhe s imperioso perceber que é posto no texto, pc. reflexões mais profu os mitos antigos e m er humano. ra o. Nesse sentido é co difere daquilo Indiscutivel para a discussão sobre se psíquica de todo Campbell compara as histórias sobre a criação (Gênese e de outras religiões) e analisa como os mitos de outrora podem não mais atender nossas necessidades atuais. Por isso, na visão do autor, para nos adaptarmos à realidade, contamos histórias para que assim, possamos entrar em contato com o mundo que ora nos cerca. Isto é, b to page buscamos nos mitos aquilo que temos em comum. “O mito é o relato da experiência de vida”

De acordo com o autor, por não estarmos familiarizados com a literatura do espinto, pois, racionalmente, fomos preparados para observar, valorizar e atingir o belo, a perfeição; preocupamo- nos mais com o ter em detrimento do ser e nos “esquecemos de que o valor genuíno, o prodígio de estar vivo, é o que de fato conta”. Nesse sentido, Campbell nos convida a resgatar a nossa própria essência, voltar para dentro. Assim, segundo o autor, encontraremos respostas para as inúmeras inquietações que nos afligem.

Tomemos como exemplo a sugestão que Campbell faz uando sugere a leitura da lenda do Graal que, segundo afirma, a partir de então, possamos nos encontrar espiritualmente, pois, dessa forma, teremos como perceber que “não há nada de importante na vida que nao exija sacrifícios e algum perigo”. Enfatiza ainda que “Se temos um lugar ou uma era em que todos se alienam e fazem a mesma coisa, temos a terra devastada”. Aqui o autor trata da questão da alienação pura e simples e alerta para que vivamos nossas próprias vidas. Nesta obra o autor faz menção às histórias de Chapeuzinho

V erme PAGFarl(F3 vivamos nossas próprias vidas. Vermelho e da Bela Adormecida e, conscientemente, as compara unicamente com o propósito de despertar o leitor para os demônios internos que tanto o aflige. Se por um lado, Chapeuzinho Vermelho, uma jovem atraente se mostra forte diante do lobo, mesmo sentindo-se atraída por ele, por outro, a Bela Adormecida demonstra dificuldade em passar por essa fase de transição, necessitando, para tanto, da intervenção de um outro personagem (o príncipe) que todo tipo de perigo enfrenta ara livrá-la da paralisia.

Enfim, o texto retrata ainda passagens que referenciam a vida de Jesus, Buda, Adão e Eva sempre num contexto contrastante, mostrando a atração exercida entre os opostos que se atraem e que refletem a vida. É um texto elaborado em linguagem simples que objetiva, principalmente, o resgate da nossa essência, a expulsão dos “monstros” que nos habitam, levando-nos a refletir sobre as questões “adormecidas” que preferimos evitar ou até mesmo ignorar. Fugir, nesse caso, talvez seja o melhor remédio. PAGF3ÜF3

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