Retrato

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A tradição do retrato começou na antiguidade e esteve durante muito tempo restrito a uma pequena parcela da sociedade. Alguns exemplos estão no Antigo Egito, onde apenas o faraó e sua família tinham o privilégio de serem retratados, na Grécia Antiga, onde as moedas eram cunhadas com o retrato dos seus soberanos, e entre os romanos, que utilizavam o retrato para cultuar os antepassados. A idéia do retrato como algo popular, como a temos hoje, é recente e gradual – desde o século XV até o surgimento da fotografia, no século XIX.

O termo retrato deriva do verbo latino retrahere que significa opiar. A idéia do retrato como imagem fiel à aparência do Swipe lo nexL page retratado, no entant momentos históricos Antigo Egito, apenas Império Novo, é que entre o retrato e o re PACE 1 ora Sv. ipe to s em determinados anaturalistas. No o Império, e XVIII, do o com a semelhança a, fol apenas no período Helênico que os retratos inclu ram aspectos particulares dos retratados (singularidades físicas e expressões comuns em sua personalidade).

Tal naturalismo influenciou e marcou também os retratos da Roma Antiga. O naturalismo foi interrompido durante urante quase todo o período medieval, retornando a partir do Gótico, quando as idéias de Aristóteles influenciavam a cultura ocidental em uma revalorização da natureza, do homem e da razão. A partir dai o retrato desenvolveu-se como gênero autônomo, destinado aos nobres e burgueses. Jan van Eyck destacou-se neste contexto.

Além de ter adaptado atinta à óleo para fins artísticos, o que lhe permitiu um maior naturalismo, ele adotou a pose de três-quartos em seus retratos, que se tornou a mais característica da história moderna deste gênero. No jogo A Mansão de Quelícerapodemos ver este padrão formal na obra Felipe, o belicoso, de Balbung, e em outras obras do artista, percebemos a convergência entre a anterior tendência medieval das alegorias e a penetração dos moldes do gênero do retrato, como em Jovem e a Morte.

No Renascimento italiano o naturalismo e o humanismo chegaram ao cume, e o retrato tornou-se um dos principais gêneros da arte secular nascente. Seu uso foi difundido amplamente e atendeu a finalidades particulares, como a de registrar esponsais que não se conheciam, e públicas, como a de er um meio “publicitário” para burgueses na consolidação do seu prestigo e poder social. Exemplos disso estão na obra Jovem com uma Medalha, de Botticelli, e nos vários retratos de Holbein, como Retrato de N Jovem com uma Medalha, de Botticelli, e nos vários retratos de Holbein, como Retrato de Nicolas Kratzer.

Durante o Maneirismo, o naturalismo deixou de predominar e uma diversidade de padrões estéticos marcou a arte da época – como vemos colocando lado a lado a obras como Verão, de Arcimboldo, e o retrato espiritualizado de São Jerônimo de Cardeal, de El Greco. Já no Barroco o retrato naturalista voltou com força total. Em Velázquez, a partir da individualidade do personagem, o artista nos faz adentrar os meandros da personalidade e da sociedade da época do retratado.

Aqui os retratos de corpo inteiro ganham destaque – como podemos ver em Retrato do Conde de Olivarese Esopo (no qual o artista tratou um tema mitológico dentro dos moldes formais do gênero do retrato). A densa expressão, não dramática mas humana, dos retratos de Velázquez contrasta com a frieza documental dos anteriores retratos de Holbein. Personagens “menores” da corte também foram alvo da atenção e do olhar humano do artista – como vemos em Don Diego de Acedo e O Bobo da corte Sabastian de Morra.

A partir dos impressionistas o naturalismo deixou de ser unânime na história da pintura. Os ideais vanguardistas passaram a dominar, os artistas negaram os padrões tradicionais da pintura (como o ilusionismo e a representação) em busca do apro PAGF3ÜFd os padrões tradicionais da pintura (como o ilusionismo e a representação) em busca do aprofundamento de outras questões pertinentes a própria linguagem), como vemos em O Escolar, de van Gogh, que explora a carga expressiva da cor e da pincelada, e em Mulher com Cafeteira, de Cézanne, que busca a concretude das formas apresentadas.

As novas abordagens estéticas entraram em choque com as expectativas da sociedade da época e, como conseqüência, trouxeram um distanciamento entre o artista e o público consumidor. As encomendas de retratos da burguesia, tão comuns até o Romantismo, tornaram-se escassas para os artistas vanguardistas. Foi ainda nesse momento que ouve o advento da fotografia, atendendo à função prática do retrato.

O auto-retrato, desde então, tornou-se um importante viés para que o gênero do retrato se mantivesse vivo. Mas o auto-retrato pode ser abordado como uma história ? parte dentro deste gênero. Sua origem é muito anterior ao século XX, desde o momento em que o artista foi visto como “alguém especial” (entre os séculos XV e XVI) e passível de ser representado. Em A Mansão de Quelícera encontramos um dos muitos Auto-retratos de Rembrandt, uma vez que este tema merece destaque na trajetória do artista.

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