Saude do trabalhador

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História da Cerâmica [pic] ÍNDICE: 1. Introdução 2. A Origem da Cerâmica Origem da Cerâmica no Brasil 3. 4. A Evolução da Cerâmica 5. Evolução da Cerâmica para Revestimento 6. A Cerâmica na Atualidade O Momento Atual da Indústria de Revestimentos Cerâmicos 7. 8. Referências Bibliografia 1. INTRODUÇÃO A cerâmica é o material artificial mais antigo produzido pelo homem, existindo a cerca de dez a quinze mil anos. Do grego “kéramos”, ‘terra queimada” ou “argila queimada” é um material de imensa resistência, sendo freqüentemente encontrado em escavações arqueológicas.

Quando saiu das cavernas e se tornou um agricultor, o homem necessitava não apenas de um abrigo, mas de vasilhas para armazenar a água, os alimentos colhidos e as sementes para a próxima safra. Tais vasilhas tinham que ser resistentes ao uso, impermeáveis a umidade e de fácil fabricação. Essas facilidades foram encontradas na argila, deixando pistas sobre civilizações e culturas que existiram milhares de anos antes da Era Crista.

A cerâmica é uma atividade de produção de artefatos a partir da argila, que se torna muito plástica e fácil de moldar quando -lal Studia onstrução de casas, vasilhames para uso doméstico e armazenamento de alimentos, vinhos, óleos, perfumes, na construção de urnas funerárias e até como “papel” para escrita. A cerâmica pode ser uma atividade artística, em que são produzidos artefatos com valor estético, ou uma atividade industrial em que são produzidos artefatos para uso na construção civil e engenharia.

Hoje em dia, além de sua utilização como matéria prima constituinte de diversos instrumentos domésticos, da construção civil e como material plástico nas mãos dos artistas, a cerâmica é ambém utilizada na tecnologia de ponta, mais especificamente na fabricação de componentes de foguetes espaciais, justamente devido a sua durabilidade. Voltar índice 2. A ORIGEM DA CERÂMICA A cerâmica é muito antiga, sendo que peças de argila cozida foram encontradas em diversos sítios arqueológicos.

No Japão as peças de cerâmica mais antigas conhecidas por arqueólogos foram encontradas na área ocupada pela cultura Jomon, há cerca de 8. 000 anos, talvez mais. Antes do final do período Neolitico ou da PEDRA POLIDA, que compreendeu, aproximadamente, de 26. 000 a. C. até por volta de 5. 000 a. C. habilidade na manufatura de peças de cerâmica deixou o Japão e, se espalhou pela Europa e Ásia, não existindo, entretanto, um consenso sobre como isto ocorreu. Na China e no Egito, por exemplo, a cerâmica já tem mais de 5. 000 anos.

Nas tumbas dos faraós do Antigo Egito, vários vasos de cerâmica continham vinho óleos e perfumes para fins religiosos. 20F Ig Um dos grandes exemplos da antiga arte cerâmica chinesa está expressa pelos guerreiros de Xian. Trata-se de uma das maiores descobertas arqueológicas, que ocorreu naquela província chinesa em 1974. Lá foi encontrado o túmulo do imperador Chi- Huand-di, que nasceu por volta do ano 240 antes de Cristo. Para decorá-lo, foi feita a réplica, em terracota, de um exército de soldados em tamanho natural.

Terracota é o termo empregado para a argila modelada e cozida em forno. A maioria das culturas, desde seus primórdios, acabou por desenvolver estilos próprios que com o passar do tempo consolidavam tendências e evoluíam no aprimoramento art[stico, a ponto de poder situar o estado cultural de uma civilização através do estudo dos artefatos cerâmicos que produziam. Estudiosos confirmam ser, realmente, a cerâmica a mais antiga das indústrias. Ela nasceu no momento em que o homem começou a utilizar-se do barro endurecido pelo fogo.

Desse processo de endurecimento, obtido casualmente, multiplicou-se e evoluiu até os dias de hoje. A cerâmica passou a substituir a pedra trabalhada, a madeira e mesmo as vasilhas (utensílios domésticos) feitas de frutos como o choco ou a casca de certas cucurbitáceas (porungas, cabaças e catutos). As primeiras cerâmicas que se tem notícia são da Pré- História: vasos de barro, sem asa, que tinham cor de argila natural ou eram escurecidas por óxidos de ferro.

A cerâmica para a construção e a cerâmica artistica com aracterísticas industriais só ocorreu na antiguidade em grandes centros comerciais. Mais recentemente iniciou uma vigorosa etapa de evolução, após a Revol 30F Ig grandes centros comerciais. Mais recentemente iniciou uma vigorosa etapa de evolução, após a Revolução Industrial. 3. ORIGEM DA CERÂMICA NO BRASIL No Brasil, a cerâmica tem seus primórdios na Ilha de Marajó. A cerâmica marajoara tem sua origem na avançada cultura indígena que floresceu na Ilha.

Estudos arqueológicos, contudo, indicam a presença de uma cerâmica mais simples, ocorreu, ainda, na egião amazônica por volta de 5. 000 anos atrás. A cerâmica marajoara era altamente elaborada e de uma especialização artesanal que compreendia várias técnicas: raspagem, incisão, excisão e pintura. A modelagem era tipicamente antropomorfa, embora ocorressem exemplares de cobras e lagartos em relevo. De outros objetos de cerâmica, destacavam-se os bancos, estatuetas, rodelas-de-fuso, tangas, colheres, adornos auriculares e labiais, apitos e vasos miniatura.

Mesmo desconhecendo o torno e operando com instrumentos rudimentares, o Índio conseguiu criar uma cerâmica de valor, que á a impressão de superação dos estágios primitivos da Idade da Pedra e do Bronze. A tradição ceramista não chegou, então, ao Brasil com os portugueses ou veio na bagagem cultural dos escravos. Os índios aborígines já tinham firmado a cultura do trabalho em barro quando Cabral aqui aportou. Por isso, os colonizadores portugueses, instalando as primeiras olarias nada de novo trouxeram, mas estruturam e concentraram a mão-de-obra.

O rudimentar processo ab tanto, sofreu instalações de olarias nos colégios, engenhos e fazendas jesuítas, onde se produzia além de tijolos e telhas, também louça de barro ara consumo diário. A introdução de uso do torno e das “rodadelras”, parece ser a mais importante dessas influências, que se fixou especialmente na faixa litorânea dos engenhos, nos povoados, nas fazendas, permanecendo nas regiões interioranas as práticas manuais indígenas. Com essa técnica passaram a haver maior simetria na forma, acabamento mais perfeito e menor tempo de trabalho. 4.

A EVOLUÇÃO DA CERÂMICA A picareta dos arqueólogos, ao remexer entre os sedimentos que os séculos acumularam no solo do Velho Mundo, encontra com muita freqüência, entre os resíduos das palafitas e das casas, ragmentos de terracota e cacos de vasos ou de ânforas, cozidos num fogo que se apagou há milhares de anos. A história da cerâmica confundiu-se em certo sentido, com a própria história da civilização: os vasos, as taças ou as ânforas são, em muitos casos, os únicos elementos sobre os quais podemos reconstruir o grau de evolução, os hábitos, a religião e até as mudanças de povos já desaparecidos.

A arte da cerâmica prosperou entre quase todos os povos ao mesmo tempo, refletindo nas formas e nas cores, o ambiente e a cultura dos diversos povos. Nas primeiras peças decoradas, os otivos artísticos eram sempre o dia a dia do povo: a caça, os animais, a luta, etc. Do calor do sol, para os fornos atuais utilizados para tornar as peças mais firmes, a história da cerâmica percorreu e auxiliou no cotidiano de todos os pov lítica aos dias OF Ig história da cerâmica percorreu e auxiliou no cotidiano de todos os povos.

Da Era Neolltica aos dias de hoje, os artistas continuam com seus dedos ágeis transformando blocos de argila e criando novas utilidades para a população. A cerâmica, tanto de uso comum como artístico, é produzida hoje por toda parte, seja em grandes estabelecimentos, ou or pequenos artesãos. Os sistemas são fundamentalmente os mesmos, mas é inegável que a experiência técnica adquiriu tamanha perfeição, que permite resultados extraordinários.

Com exceção da fabricação de tijolos e telhas, comumente utilizadas na construção desde a antiguidade na Mesopotâmia, desde muito cedo, a produção cerâmica dava importância fundamental à estética, já que seu produto, na maioria das vezes, se destinava ao comércio. No Mediterrâneo, algum trabalhador desconhecido inventou o aparelho, que permitia fazer vasos perfeitos, de superfície lisa e spessura uniforme, num tempo relativamente breve.

Esta roda de madeira movida por um pedal foi criada aproximadamente em 2000 a. C.. Os gregos continuaram por muitos séculos, produzindo as melhores peças de cerâmica do Mundo Mediterrâneo, mesmo quando as margens deste mar haviam se tornadas colônias romanas. Ainda em nossos dias, perdura a fama dos vaseiros de Atenas e Samos, de onde seus inúmeros pratos e taças de delicado acabamento, se caracterizavam por ter o fundo negro ou azul e desenhos escarlates.

De outro lado, os gregos foram durante o domínio romano, os artífices mais apreciados, não ó na cerâmica, mas também na ourivesaria, na pintura e em qualquer outro ramo de arte. S 6 OF Ig na cerâmica, mas também na ourivesaria, na pintura e em qualquer outro ramo de arte. Seu bom gosto, sua filosofia, sua literatura, havia se imposto aos rudes conquistadores latinos, que acabaram assimilando, instintivamente, a milenar cultura da Hélade na antiga Grécia.

Com a prosperidade da cerâmica, cada povo descobriu seu estilo próprio, e com isso, surgiram novas técnicas. Foi assim, que os artífices chineses, desde a metade do terceiro milênio antes de Cristo, criaram objetos de design, pintados e esmaltados. Foram justamente eles os primeiros a usar, a partir do segundo século antes da nossa era, um finíssimo pó branco, o caulim, que permite fabricar vasos translúcidos e leves. Nasce, então, a porcelana. A difusão da porcelana não foi notável antes do século XVIII.

Com a utilização da Porcelana a cerâmica alcançou níveis elevados de sofisticação. Na China, a porcelana se desenvolveu dando origem a produtos de decoração e de utilização à mesa. Também, na Itália, existia um florescente artesanato: os etruscos, em meados do segundo milênio antes de Cristo, já abricavam vasos esmaltados de grande qualidade. Cerâmicas etruscas ornamentavam, além das gregas e persas, as mansões dos patricios romanos: as formas bizarras, os esmaltes vivos e brilhantes, os vagos desenhos ornamentais.

Na Itália, os ceramistas continuaram a trabalhar com velhos sistemas etruscos e gregos, ainda durante os séculos obscuros da Idade Média. No inicio do Renascimento, havia produtos manufaturados em Gubbio, Volterra, Faenza, Deruto e Montelupo. Em todas estas cidades, desenvolveram-se indústrias bem distin Ig Volterra, Faenza, Deruto e Montelupo. Em todas estas cidades, esenvolveram-se indústrias bem distintas, cada qual com estilo e técnica própria: os sistemas de cozimento, de esmaltar, a composição dos vernizes, tudo era mantido em rigoroso segredo.

Basta lembrar, entre os ceramistas italianos, Luca e Andrea Della Robbia, que souberam criar baixo-relevos de terracota vidrada e pintada, que se vêem em quase toda parte, nas paredes das vilas e dos castelos da Itália Central. A escola de Faenza ganhou tanta celebridade que deu seu nome a todos os objetos de cerâmica que, da Itália, se difundiam pela Europa: daí o nome faiança em português, e o faience, lembrando nome da cidade Romana.

As cerâmicas de Faenza e a Maiólica são muito parecidas, sendo muito difícil distinguir uma da outra. Esse tipo de cerâmica branca denominada de Maiólica tem a superfície Ilsa e vidrada. Seu nome deriva de uma ilha do arquipélago das Baleares (hoje Majorca), onde os árabes haviam implantado uma indústria bastante florescente. Em Sévres e em Capodimonte, são fabricadas graciosas e delicadas estatuetas que, às vezes, assumem excepcional valor artístico pela perfeição do acabamento ou pela raridade do desenho.

A cerâmica, hoje, extrapola o dia a dia para auxiliar na área ientífica: na medicina, vem sendo utilizada na prótese de ossos e dentária; na pecuária australiana, reveste os chips que injetados dentro do animal, possibilitam uma contagem mais precisa e segura; os dentistas, nas obturações; algumas empresas fabricam facas com lâminas de porcelana; é ainda o material utilizado quando existe a necessidad 80F Ig fabricam facas com lâminas de porcelana; é ainda o material utilizado quando existe a necessidade de um produto resistente a altas temperaturas, como é o caso do trem bala no Japão, onde a cerâmica é colocada nos trilhos.

Da mesma forma, com o progressivo desenvolvimento industrial, os revestimentos cerâmicos para utilização em paredes e pisos deixaram de ser privilégio dos recintos religiosos e dos palácios, tornando-se acessíveis a todas as classes sociais. Eles trouxeram para as paredes externas das casas o colorido e o luxo das paredes internas. Deixaram de figurar apenas em obras monumentais e passaram também para as fachadas dos pequenos sobrados comerciais e residenciais e, até mesmo, de pequenas casas térreas. 5.

EVOLUÇÃO DA CERÂMICA PARA REVESTIMENTO A origem do nome azulejo provém dos árabes, sendo derivado do ermo “azuleicha”, que significa “pedra polida”. A arte do azulejo foi largamente difundida pelos islâmicos. Os árabes levaram a arte do azulejo para a Espanha e de lá se difundiu por toda a Europa. A influência dos árabes na cerâmica peninsular e depois na européia foi enorme, pois eles trouxeram novas técnicas e novos estilos de decoração, como a introdução dos famosos arabescos e das formas geométricas, que os islâmicos desenvolveram a fundo.

Foi tão forte a influência árabe na península Ibérica, que mesmo depois da reconquista do território pelos cristãos, ela permaneceu. Disso resultou o chamado estilo hispano-mourisco. Com a reconquista do território pelos católicos, muitos artífices árabes preferiram ficar e passaram a combinar os element território pelos católicos, muitos artífices árabes preferiram ficar e passaram a combinar os elementos de arte cristã, românica e gótica com os árabes, criando um novo estilo chamado mudéjar.

A cerâmica de corda seca, técnica que permite combinar várias cores num azulejo foi desenvolvida na Pérsia durante o século XIV como substituto menos dispendioso que o mosaico, continuando, ainda hoje, a ser utilizada. A decoração deste azulejo, em forma de estrela, consiste numa estrutura complexa baseada numa flor de lótus estilizada e composta por dez pétalas. O centro é decorado com uma estrela de seis pontas com vestígios de dourado.

Esta forma combinava- se com azulejos de outras tipologias – pentágonos, hexágonos, e outros polígonos -, formando assim um padrão geométrico elaborado, sendo geralmente a estrela com doze pontas o elemento central da composição. A paleta cromática inclui o branco, o turquesa e o manganês sobre um fundo de azul cobalto e ouro. Estes painéis de azulejos evestiam, entre outros edifícios, mesquitas e madrasas, acentuando a sua simetria e transmitindo uma imagem de opulência.

Na Pérsia, a arte insuperável dos Sumérios e Babilônios, não se extinguira e continuava a produzir, além de ânforas, bacias, taças esculpidas e pintadas, maravilhosos azulejos, para revestir fachadas e vestíbulos. Devido à dominação árabe do Mediterrâneo, entre o sexto e o décimo quarto século antes de Cristo, a cerâmica da Pérsia foi difundida, juntamente com sua técnica para a Sicaia, Espanha e Ásia Menor. Por causa disso, ainda hoje, por onde se estendeu o Império dos Califas, 0 DF 19

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