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Simbologia dos números 5 e 12 na obra Mensagem Os 44 poemas que constituem a obra Mensagem de Fernando Pessoa, agrupam se em blocos mais restritos a que correspondem os números dois, sete, cinco, um, três e doze. Pessoa tinha consciência desta divisão e deu – lhe um significado próprio, que não se desagrega do sentido dos seus poemas. Número cinco O número cinco é o número da evolução espiritual do Homem, ‘Vipe view next page ou seja, o numero da OF2 representa também úm Este número surge e nomeadamente, “As Quinas” simbolizam a Harmonia. mas, os “Tempos”. As que representa sofrimento e a redenção dos pecados Humanos através de figuras históricas . com conteúdo m[tico) como D. Duarte, D. Pedro, D. João, D. Fernando e D. Sebastião. “Os Símbolos” compreendem cinco poemas em que os valores simbólicos unificantes na obra, assumem um maior relevo. Por fim, os “Tempos” simbolizam o fim de um ciclo e fomenta ao inicio de outro ciclo que estabelecerá a Ordem a partir do Caos (momento presente). Esse novo tempo será um tempo de harmonia, em que o Homem conhecerá a sua dimensão div Swipe to kdew next page divina, num reino espiritual (o Quinto Império).

Número doze O número doze remete para uma unidade temporal – um ano tem doze meses. Está também associado à cidade Santa, situada no céu, a Jerusalém Celeste, que terá doze portas e na qual terão lugar os doze apóstolos e estes reflectem, por sua vez, uma forma de estar no Universo diferente, forma essa que se baseia pela fidelidade a Cristo, pela fraternidade e pela paz. Este numero é assim, símbolo de transformações feitas no interior do ser Humano e da constante evolução do Universo. Então, este número marca o fim de um ciclo involutivo, ao qual se advém a orte, que dá lugar ao renascimento.

Assim, o número doze assume uma relevância na segunda parte da Mensagem – Mar Português. Doze são os poemas que compreendem o Mar Português, doze os cavaleiros da Távola Redonda, doze os signos do Zodíaco. O número doze é o número da acção. E como podemos constatar pela simbologia que compreende, ela termina as referências míticas ao período áureo da História nacional (que fecha um ciclo) ao qual se seguiram quatro séculos de trevas. Essas trevas estão presentes na última parte (o Encoberto) e é aí, que se faz o apelo ao Renascimento.