Substrato ideologico
COMPONENTES: Darliana Ramos Elainne Marcia Francisca das Chagas Jamilly Almeida Renata Vanessa Lustosa COELHO NETO – MA MARÇO/2011 Substrato ideologico Premium By Ayukime MapTa 21, 2011 | 25 pages CENTRO DE ENSINO JOSÉ SARNEY SERIE: 30 TURMA: “B” TURNO: MATUTINO PROFESSOR: FRANCISCO LIMA DISCIPLINA: LITERATURA SUBSTRATO IDEOLOGICO 3- HENRI 4- NIETZSCHE…………………………………………………………………. IB 5 p “Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas”. Friedrich Nietzsche SUMARIO 1- APRESENTAÇÃO.. . 1 KIERKEEGAARD……. — — . 3. 2 HEIDEGGER.. 3. 3 SARTRE….. Europa, entre eles o futurismo de Filippo Marinetti, o cubismo de Picasso e o Expressionismo de Van Gogh, entre outros. Todos eles se baseavam na ruptura com o passado, porem tinham diferenças pertinentes. Na base desses movimentos artísticos estavam as correntes ideológicas que aqui serão expostas. Pensamentos esses que mudaram não só a forma de se fazer arte, mas também a forma como vemos o mundo e de como encaramos a nossa própria existência. – EXISTENCIALISMO Corrente filosófica que se funda na situação do indivíduo vivendo num universo absurdo, ou sem sentido, em que os homens são otados de vontade própria. Os existencialistas sustentam que as pessoas são responsáveis pelas suas próprias ações, e o seu único juiz, na medida em que a sua existência afeta a dos outros. A origem do existencialismo é geralmente atribuída ao filósofo dinamarquês Kierkegaard. Entre os seus outros proponentes destacam-se Martin Heidegger, na Alemanha, e Jean-PauI Sartre, em França.
Todos os indivíduos dotados de autoconsciência podem compreender ou intuir a sua própria existência e liberdade, daí que não devam deixar que as suas escolhas sejam limitadas por nada – nem pela razão, nem pela moral. Esta liberdade para escolher conduz à noção de “não-ser”, ou “nada”, que pode provocar a angústia ou o medo. O existencialismo possui muitas variantes. Kierkegaard salientou a importância da escolha pura na ética e na crença cristã, Sartre procurou combinar o existencialismo com o marxismo.
O pensamento filosófico dos autores existencialistas não se caracteriza nem por uma sistematização racional sobre a vida nem por r 2 OF as autores existencialistas não se caracteriza nem por uma sistematização racional sobre a vida nem por reflexão abstrata acerca do ser humano. O homem é o problema central do xistencialismo, não enquanto ser abstrato, com uma natureza definida, mas como um ser concreto, que sofre que trabalha e ama. Para os filósofos existencialistas contemporâneos, a existência humana é entendida como algo demasiado fluído e rico e, por isso, escapa a todas as sistematizações abstratas.
Assim, para estes autores, acima de tudo a vida é para ser vivida. Faz parte inerente da existência humana o devir, a inquietação, o desespero e a angústia. A existência é algo em aberto, sempre em mudança, e não há nenhum tipo de determinismo ou fatalismo. A negação de um destino faz da vida um jogo de possíveis ntre poss[veis. Cabe ao homem, a cada instante, escolher, optar e, por isso mesmo, ele torna-se um ser responsável pela sua vida. A escolha humana traz consigo inevitavelmente a angústia e muitas vezes o desespero.
Para os existencialistas, o indivíduo nao pode ser dilu[do e apagado num todo, uma vez que cada um é um ser concreto, unico e de valor insubstituível. por isso, nesta reflexão, o homem é sempre entendido como um ser individual e concreto, na sua vida quotidiana, no seu contexto particular, e nunca entendido como uma entidade metafísica e abstrata. Nesta medida, os utores existencialistas são aqueles que colocam a existência do homem no plano central das suas reflexões, como dirá Sartre, a existência precede a essência.
O homem à partida não está definido, ele é um projeto em construção, cada pessoa é as essência. O homem à partida não está definido, ele é um projeto em construção, cada pessoa é aquilo em que se torna consoante aquilo que faz. 2. 1 KIERKEGAARD Em 1813, na cidade de Copenhague na Dinamarca, nasce Soren Aabye Kierkegaard, que vem a ter um relacionamento difícil com o pai que o considerava um mártir, algo a destinado ao sacrifício, sse aspecto da sua vida é de grande importância em sua obra, que também trás as marcas dos relacionamentos falhos.
Todo o pensamento de Kierkegaard é desenvolvido a partir do seu intimo. Uma escolha consciente do pensador por SI próprio. Apesar disto, o filósofo experimenta os valores da tradição ou da “moda” filosófica de seu tempo, mas é, sobretudo em sua existência que Kierkegaard encontra elementos considerados por ele como importantes para o seu pensamento. Com uma vida conturbada e com grandes alternativas, o resultado de sua filosofia é uma novidade, muito mais de acordo com suas róprias experiências do que com outros sistemas anteriores há seu tempo.
Das influências que recebe parte de um conceito amplamente utilizado por Sócrates, o conceito de ironia. Kierkegaard considera Sócrates como “precursor e patrono da filosofia da existência. Seu pensamento baseia-se em sua cultura incomum e nos complexos sentimentais profundos. Através de si e de seus problemas quer encontrar uma explicação para a sua existência. Mas não bastava para Kierkegaard analisar o conteúdo da consciência para se encontrar ai uma filosofia da existência. Tem- se, também, que ter idéias. E entre as idéias, tem que se stabelecer uma dialética.
E é através desta dialética que 4 as entre as Idéias, tem que se estabelecer uma dialética. E é através desta dialética que ele percebe os estágios da existência: estágio estético, estágio moral e estágio religioso. Em 1848, Kierkegaard passou pela experiência de conversão e registrou em um de seus Jounals o seguinte testemunho: “A totalidade do meu ser está transformada… Mas a crença no perdão dos pecados significa crer que aqui no tempo o pecado é esquecido por Deus, que é realmente verdade que Deus o esquece. ” Kierkegaard se opunha a Hegel e ridiculariza os rgumentos abstratos da metafísica especulativa.
Para Kierkegaard a subjetividade isolada é má, assim como a objetividade de Hegel por si só, também é má. Para ele, a única salvação era a subjetividade. Deus era como uma subjetividade infinita e compulsora. por se tratar o cristianismo de uma religião histórica e em decorrência das críticas desta realidade, Kierkegaard escreveu que os resultados dos fatos históricos para ele eram incertos, o Importante era a escolha subjetiva. Crer em Deus era um salto de fé, um comprometimento com o absurdo. A pessoa faz uma escolha por aquele fato histórico porque este ignifica tanto para ela que até arrisca a vida por ele. Então vive; vive inteiramente cheio da idéla, e arrisca sua vida por ela; e sua vida é a prova de que crê”. Não precisa haver provas para a pessoa crer e viver esta fé. A fé é impossível se houver provas e certezas. Sem riscos não há fé, é uma impossibilidade. Afé e a razão são opostas mutuamente exclusivas. Surge no conceito de Deus no pensamento de Kierkegaard, uma palavra chave: o amor. É por amor que Deus deve deci s OF as de Deus no pensamento de Kierkegaard, uma palavra chave: o amor. É por amor que Deus deve decidir-se eternamente a gir, mas como seu amor é a causa, seu amor deve também ser o fim.
Deus quer restabelecer a igualdade entre Si e o homem (discipulo), assim com um rei que se apaixona por uma plebéia_ Tal idéia per si é incongruente, mas o rei é o rei, acima de tudo. Segundo Kierkegaard, “Deus encontra sua alegria em vestir ao lírio com mais esplendor que Salomão” (Fragmentos Filosóficos, p. 59). O amor de Deus não somente ensina, mas também leva a um novo nascimento do discípulo, passando do não ser ao ser, pois “o fazer nascer pertence a Deus cujo amor é regenerador (Fragmentos, p. 68). Deus busca a unidade, de Si com o não ser do homem.
Assim, “para obter a unidade, Deus deve se fazer igual ao seu discípulo”, e para isto toma a forma de servo. Deus sofre a fome, o deserto, tudo experimenta por amor ao discípulo. Kierkegaard afirma que só Deus pode salvar o indivíduo do desespero: “Deus pode a todo instante… ” (Chaves, Odilon. Sofrimento e Fé em Kie kegaard, 1978. p. 36). Não seria também por isso que ele afirma que se deve “tremer’ diante de Deus? “É impossível enganar a Deus, Ele é o onisciente, o onipotente” (Attack Upon Christendom, p. 255). E ainda, “Ele é o único que tem uma verdadeira concepção do infinito que Ele é” (Attack Upon Christendom, p. 5). Por outro lado, Kierkegaard menciona ser fácil o enganar a Deus. Não que Deus não notaria a “presença” do homem tentando agradá-lo. Deus, na verdade, cria uma situação na qual o homem, se ele quiser, pode “enganar” a Deus. Como isto é possível? D 6 as cria uma situação na qual o homem, se ele quiser, pode “enganar a Deus. Como isto é possível? Deus permite que o homem sofra para que ele perceba que é um abandonado de Deus, e que tenta enganá-lo, e, se Deus, na opinião do homem não está atento para este fato, o homem enganou a Deus (Attack Upon Christendom, p. 56). por isso diz Kierkegaard: “Tremei! ” No tocante à justiça de Deus, Kierkegaard diz que cada criminoso, cada pecador, que pode ser punido neste mundo, pode também ser salvo para a eternidade. Na eternidade, o que será lembrado? O sofrer, aqui, pela verdade. Todas as transações neste mundo têm como filtro o intelectualismo e a espiritualidade, sendo Deus nos Céus o parceiro. 2. 2- HEIDGGER A fenomenologia de Martin Heidegger (1889-1976) nasceu como uma alternativa ao que parecia ao filósofo enclausurar o pensamento ocidental: a metafisica tradicional e o positivismo.
A metafisica era a de Platão, na Antiguidade, e tipicamente a de Descartes, nos tempos modernos. O positivismo era não só o de cunho filosófico-sociológico, mas também e principalmente o positivismo lógico, interno à escola da filosofia analitica e exposto pelo Circulo de Viena. Criticando essas escolas de filosofia, Heidegger retomou o que seria o pensamento ontológico, isto é, a busca de uma filosofia que pudesse “desvelar o ser – o que é. Essa filosofia deveria nos tirar da experiência envolvida com o pensamento de características dualistas da metafísica e do positivismo.
Mas o que era o dualismo no pensamento, que desgostava Heidegger? Heidegger viu na metafisica, segundo o modelo platônico- artesiano, o nascimento do pens cartesiano, o nascimento do pensamento dualista, expresso sempre por dicotomias. Em Platão, a dicotomia privilegiada foi a de real-aparente. Nos modernos, a dicotomia real- aparente ganhou uma cobertura epistemológica, gerando a dicotomia sujeito-objeto. Esse tipo de pensamento teria se casado com o Humanismo. O fruto dessa união teria provocado um enfraquecimento da filosofia – o desvio de seu caminho autêntico.
Isto é: o desvio de toda a reflexão ocidental. Os modernos, imaginando terem se libertado da metafísica – e este era o ideal positivista – teriam sucumbido a uma nova forma e metafísica, aquela em que o projeto cartesiano seria o modelo par excellence. Heidegger chamou a metafísica moderna de “metafísica da subjetividade”. Modernidade teria reduzido a filosofia a uma discussão sobre a relação, tipicamente epistemológica, entre sujeito e objeto. Segundo Heidegger, o sujeito foi definido como o substrato, o que subjaz a tudo, capaz então de gerar ele próprio o objeto.
O objeto, por definição, só é objeto para um sujeito. O sujeito representa para SI e em SI o objeto – ou como algo que é descoberto ou como algo que é criado pelo sujeito. Até aí, meio problema. O problema mais desagradável teria sido a aliança disso tudo ao Humanismo. Com essa aliança, o sujeito passou a ser o homem, e o objeto o mundo. Tudo que se faz no mundo se faria para o homem enquanto sujeito; ou melhor dizendo: o homem seria o palco do mundo e, ao mesmo tempo, o legitimador de tudo que efetivamente existe. O que existe não existiria por si, mas apenas para o h 8 OF as tudo que efetivamente existe.
O que existe não existiria por si, mas apenas para o homem-sujeito e no homem-sujeito. O mundo todo teria passado a ser não mais o que se faz presente, mas o que é representado no palco chamado homem. Este, o sujeito, seria o fundamento de tudo. O mundo todo tena se transformado, então, em concepção do mundo ou imagem do mundo – aquilo que o homem produz para si mesmo, em seu palco que, enfim, seria o próprio mundo. E Heidegger não parou nisso. A noção de representação não poderia deixar de trazer, junto, a idéia de representação exata, isto é, a verdade.
Ele viu a noção de representação exata – a verdade correspondencial – como o que é produto do homem ou como o que é encontrado pelo homem. O que isso implicou? Simples: se tudo ganha a propriedade de existência na medida m que é re-apresentado pelo homem, tudo se comporta, ontologicamente, enquanto o que é passível de manipulaçao – em todos os níveis – pelo homem. Isto é, o sujeito, que é então o homem, não tem outra função que não se relacionar com o objeto. Assim, tudo no mundo, se é para o sujeito, nada é a não ser objeto.
O mundo, e o próprio homem nele, são transformados em objetos – em algo manipulável. O homem é o manipulador do homem. Eis no que desembocaria o Humanismo. Ao seguirmos este racioc[nio, três consequências emergem sem dificuldades, especificamente nos campos filósofo, cultural e da ida cotidiana. Na filosofia, a situação denunciada por Heidegger teria produzido a hegemonia da epistemologia: a pretensão de se estabelecer uma teoria para descrever como que o homem descobre ou produz o saber, o que nada sena sen descobre ou produz o saber, o que nada seria senão a manipulação em pensamento do meio ambiente.
Na cultura, isso teria produzido o domínio da ciência sobre outras manifestações. O resultado: a preponderância do tipo de saber exclusivamente metodológico sobre qualquer outro tipo de saber. No âmbito da vida cotidiana, a tecnologia teria se tornado comandante de tudo o mais. A tecnologia, enfim, teria se transformado no afazer par excellence do homem moderno. Todas as coisas que nos cercam teriam assumido uma única característica, a de ser recurso – o que “rende” e que “não rende”. Nós mesmos nos veríamos assim.
Pela educação, principalmente, estaríamos sempre procurando sermos transformados em elementos mais habilidosos para nos mostrar como recurso, tais como os objetos ao nosso redor. Todo nosso propósito seria o de nos fazermos passíveis de troca. Um propósito que pudesse ser chamado de essencial, isto é, imanente às entidades do mundo, teria desaparecido na medida m que nós e todas as coisas do mundo simplesmente teríamos passado a pertencer ao campo da circulação dos objetos imposta pela tecnologia.
Com a fenomenologia, Heidegger quis escapar desse mundo em que nosso encontro com as coisas e conosco mesmo nos faria imediatamente manipuladores e, então, dominadores e dominados ao mesmo tempo. A manipulação e a dominação implicariam em violência – violência fisica inclusive. Essa violência teria um corpo bem determinado: a cabeça seria formada pela filosofia enquanto epistemologia ou como “metafísica da subjetividade”, o seu coração seria a ciência e, enf 0 DF 25