Teoria da contabilidade

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CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS TEORIA DA CONTABILIDADE NOLI_JÇAO HISTORICA DA CONTABILIDADE 3 ESTRUTURA CONCEITUAL BASICA DA CONTABILIDADE 12 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE / CONTABILIDADE NO MERCOSUL 23 A – Normas Brasileiras de Contabilidade 23 B – A Contabilidade no Mercosul 26 1 Introdução 26 2 A profissão contábil nos países do MERCOSUL 27 3 Normas e prática 4 Conceito e estrut Definição e Critérios Líquido. Receitas, Ga 1 Conceituação de 22 Swipe nentp o MERCOSUL28 lai 30 ssivo e Patrimônio 31 2 Avaliação do Ativo 3 3 Passivo (Exigibilidades)33 4 Patrimônio Líquid033 5 Receitas, Despesas, Perdas e Ganhos34

EVIDENCIAÇAO (DISCLOSURE) E OS OBJETIVOS DA 35 CONTABILIDADE35 1 Introdução 35 2 Características da informação contábil 36 3 Relacionamento entre evidenciação e convenções contábeis 36 4 Formas de evidenciaçã037 GOODWILL41 1. O que é Goodwill? 41 1. 2 Classificação do Goodwill 42 1. 3 Fatores que geram o Goodwill 43 -lal Studia Intelectual pela SKANDIA 69 GESTÃO/ CONTABILIDADE AMBIENTAL 71 COMPORTAMENTO AMBIENTAL REATIVO (modelo de Baumol, 1979) 71 COMPORTAMENTO ÉTICO AMBIENTAL DA EMPRESA (Modelo de Tomer,1992) 72 AVALIAÇÃO DE CUSTOS AMBIENTAIS74 conclusao: 76 COMO USAR AS AUDITORIAS AMBIENTAIS76

ATIVIDADES DE UMA AUDITORIA 77 Tema 1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE 1 Introdução Os primeiros sinais objetivos da existência da contabilidade, segundo alguns pesquisadores, foram observados por volta do ano 4. 000 a C , na civilização Sumério-3abilonense e coincidiu com a invenção da escrita. As primeiras anotações eram feitas em termos físicos pois somente haviam trocas, o que fez com que sua evolução fosse bastante lenta. Em 1 . 00 a C, este quadro se alterou, por ocasião do surgimento da moeda. Há informações que os primeiros rudimentos de balanço surgiram no ano de 1. 00 em Florença, Itália. Entre os séculos XIII e XVII a contabilidade se distinguiu como uma disciplina adulta, justamente pelo fato de que neste período a atividade mercantil, econômica e cultural era muito importante, ou seja, a evolução da contabilidade sempre esta associada ao desenvolvimento da sociedade como um todo.

Esse fato tem feito que mais recenteme o considerada como DF 122 espalhando-se por toda a Europa. Várias correntes de pensamento contábil se desenvolveram dentro da escola italiana, sendo as mais relevantes: o contismo, o personalismo, o neocontismo, o controlismo, o aziendalismo e o atrimonialismo. 2. 1 Escola contista Constituiu-se na primeira corrente de pensamento contábil (1494). Seu surgimento está relacionado aos estudos feitos pelos primeiros expositores do Método de Partidas Dobradas.

Os defensores dessa corrente, adotaram como Idéia básica o mecanismo das contas, centrando sua preocupação no seu funcionamento, esquecendo-se que a conta é apenas consequência das operações que acontecem numa entidade, e que essas operações devem merecer a máxima atenção da contabilidade. Para os criadores da escola contista, a preocupação central a contabilidade era com o processo de escrituração e com as técnicas de registro através das contas.

O objetivo das contas era sempre o de registrar uma d[vida a receber ou a pagar, coincidindo com a origem do crédito nas relaçoes comerclals. Com o início do regime sócio-econômico, onde os meios de produção passaram a pertencer a qualquer pessoa que possuísse capital, as relações de crédito entre compradores e vendedores experimentaram um grande crescimento, fazendo com que as contas contábeis se constituíssem num dos mais hábeis instrumentos para o registro destas relações.

A escola contista teve um grande impulso com os trabalhos de pesquisadores franceses, entre os uais Degranges que em 1795 divulgou a chamada teori tas, baseada em estudo 3 DF 122 contas a que fazia referência eram: (1) Mercadorias, (2) Dinheiro, (3) Contas a Receber, (4) Contas a pagar e (5) Lucros e Perdas. Na concepção do autor, deveria ser aberta uma conta para a pessoa com quem o comerciante mantinha transações a prazo e, ao mesmo tempo, abrir cinco para si mesmo, isto é, uma para mercadorias, uma para o caixa, uma para as contas a receber, uma para as contas a pagar e uma para o resultado.

Essas contas, na realidade, representavam o comerciante. Para ele, o lançamento a débito ou a crédito em uma dessas contas representava debitar ou creditar o próprio comerciante” (Schmidt, 2000, p. 30). Esta teoria não teve boa aceitação, não se tornando universal. Este esquema de cinco contas, deu lugar ao surgimento de um Livro Diário/Razao de 6 colunas, no qual constavam ainda colunas para a data, detalhes, total, etc. Em 1796, Jones apresentou o modelo inglês de registro baseado em dois livros principais: o diário e o razão e dois livros auxiliares: caixa e armazém (existências).

Este autor teve mérito de ser o primeiro a admitir a necessidade de realizar se um controle numérico entre os livros principais, somando-se separadamente o diário e o razão para verificar a igualdade de ambas somas. A preocupação com a fidelidade das informações contidas no diário e no razão, revelou a necessidade de uma maior sistematização do processo de registro das operações, com a consequente melhoria na qualidade do produto deste processo. Mais tarde, com o surgimento das sociedades com mais de um capitalista, criou-se a conta capital, considerada pelos contistas como uma dívida da empresa para com o capitalista.

Os principais persona 4DF 122 o foram: Fibonacci, Frei Luca Pacioll de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalitá. Foi considerado um grande matemático do XV e ficou universalmente conhecido por ter incluído na Summa o Tratado XI, do título IX denominado “De computis et scripturis” (páginas 197 a 21 0), no qual consta o método de registro contábil de “Partidas Dobradas”, conhecido na época como método de Veneza. Já em 1458 Benedetto Cotrugli (comerciante) concluia um manuscrito de 160 páginas que tratava das partidas dobradas, cabendo a Pacioli o mérito de haver escrito o primeiro livro de

Justificou a inclusão deste tratado na Summa por entender que os mercadores deveriam saber registrar corretamente suas contas e determinar o resultado do negócio. Acreditava que o comerciante deveria conhecer os registros contábeis e ter, a qualquer momento, a noção exata das transações efetuadas. Na verdade Pacioli foi o primeiro grande divulgador deste método por coincidir a época de sua obra com a introdução da imprensa na Itália. A publicação do trabalho se deu em Veneza pois nessa cidade, na época, instalaram-se as principais tipografias e representava o centro do comércio mundial.

No captulo 1 do tratado XI Pacioli apresenta os três requisitos para que alguém possa ter um negócio: dinheiro ou propriedades, habilidades em cálculos mercantis e conhecimento de contabilidade. No final do capitulo faz referência ao Inventário, abrangendo a classificação, avaliação e registro de propriedades e a forma como deve ser arquivada e ue esquema deve ser utilizado para o lançamen DF 122 capitulo 5 é dedicado a forma de organizar os lançamentos contábeis.

Explica os livros que deveriam ser usados, fazendo referência ao memoriale (livro em que as operações deveriam ser egistradas à medida que iam ocorrendo, giornale (livro diário) e quaderno (livro razão). No capitulo 6 dá explicações sobre o memoriale Os demais livros são tratados nos capítulos seguintes, bem como detalhes de registros contábeis, forma de demonstrar as contas e como corrigir os erros cometidos nos registros.

Pacioli não propôs uma sequência de lançamentos contábeis e sim exemplos isolados para ressaltar que os lançamentos deveriam ser feitos em dobro, ou seja, a débito e a crédito (Schmidt, 2000, p. 35-47). 2. 2 Escola Personalista Esta escola surgiu como uma reação ao contismo, durante a egunda metade do século XIX (1867), dando personalidade às contas para poder explicar as relações de direitos e obrigações.

A personificação das contas já existia desde os primeiros expositores do método de partidas dobradas, porém, esta personificação não constituía uma teoria cientifica e sim um artifício usado pelos autores para explicar o mecanismo das contas. Para os teóricos do personalismo, as contas deveriam ser abertas tanto para pessoas físicas como jurídicas (pessoas verdadeiras), e o deve e haver representavam débitos e créditos das pessoas a quem as contas foram abertas. Um dos primeiros idealizadores desta teoria foi Francesco Marchi (1 822/1871).

Mas foi Giuseppe cerboni(1827/191 7) o verdadeiro construtor da teoria personalista. Justificava a personific s por considerar que seguintes axiomas: 1 Toda a administração consta de uma ou várias aziendas (conjunto de bens materiais, direitos e obrigações que formam o patrimônio) e toda azienda tem um proprietário ou chefe a quem pertence em absoluto ou por representação a matéria administrável. por outro lado, não se pode administrar sem que o proprietário ou chefe entre em relação com agentes empregados) e correspondentes (terceiros). . Uma coisa é possuir os direitos de propriedade e de soberania da azienda e outra coisa é administrá-la. 3. Uma coisa é administrar a azienda e outra é guardar os bens da mesma e ser responsável por eles. 4. Nenhum débito é criado sem que de forma simultânea se crie um crédito e vice-versa. 5. Em relação aos empregados e terceiros, o proprietário é de fato o credor do ativo e o devedor do passivo. Os empregados e terceiros nunca serão debitados ou creditados sem que o proprietário seja creditado ou debitado pela mesma importância. O deve e o haver do proprietário somente variam como consequência de ganhos ou perdas ou de reduções ou reforços da dotação inicial da azienda. No personalismo, a ciência contábil é considerada o estudo das variações da riqueza em relação a azienda e a contabilidade a ciência da administração aziendal. Uma importante contribuição desta escola à comunicação contábil foi a de que a contabilidade passou a ser considerada um instrumento informacional sobre a gestão das entidades, em vez de uma mera técnica de registro de transações econômicas.

Portanto, considerada uma discip01ina ligada à gestão e ao processo de tomada de decisão. Os principais personagens foram Marchi, Cerboni e Rossi. 2. 3 Escola Controlista DF 122 considerava que o controle econômico se compunha de duas partes: uma responsavel pelo registro contábil dos momentos da administração econômica e sua efetivação por meio de escrituração e a outra representava a revelação das partidas dobradas dos fatos administrativos em conexão com os critérios organizacionais articulados de acordo com os mecanismos de controle inerentes à escrituração contábil.

Na Visão dos controlistas, os balanços, as contas, os orçamentos, as demonstrações de resultados, etc. , representavam uma forma de controle da riqueza dos organismos econômicos. Besta entendia que a contabilidade tinha a missão de atender as seguintes três fases: primeiro estabelecer um ponto de partida para tornar possível a análise dos resultados da gestão; em segundo lugar acompanhar a gestão evidenciando os fatos ocorridos que julgar-se o trabalho administrativo e a terceira fase demonstrar os resultados finais da administração econômica para a devida aprovação ou rejeição da gestão.

Igualmente considerava que o patrimônio deveria ser representado por uma grandeza mensurável e variável, isto é, demonstrado por uma soma de valores positivos e negativos. Besta classificou as funções de controle econômico (ou de contabilidade) conforme o momento em que ocorriam com referência aos fatos administrativos e de acordo com a sua natureza. Segundo o momento de ocorrência, as funções de controle são: antecedentes, concomitantes e subsequentes. Antecedentes são os contratos, estatutos, regulamentos, atas, inventários, etc.

Concomitantes são os controles que se caracterizam pela igilância das tarefas determinadas ra cada pessoa. Esta deve ser feita por quem e ade direta, pelos 8 122 podem ser utilizados cartões, apontamentos, medidores, etc. A função subsequente é o exame dos fatos em seus aspectos jurídicos e econômicos, ou seja, o confronto entre o que foi realizado com o que deveria ter sido feito. Os instrumentos usados são os documentos referentes aos dois controles anteriores, os registros contábeis, os balanços, as prestações de contas, o exame destas prestações e sua aprovação ou rejeição.

O controle econômico pode ser considerado com uma das inalidades dos sistemas de escrituração, não abrangendo, contudo, em sua totalidade o objeto da contabilidade. Aspectos relativos à formação dos custos, realização de receita, equilíbrio financeiro e outros que provam variações patrimoniais, são objeto de operações de controle, porém, a contabilidade não se limita unicamente a esses aspectos. O controle é apenas um instrumento de apoio e não um fim ou objeto da contabilidade.

As contribuições desta escola à comunicação contábil foram: 1. o controle sign’ficava um melhor estudo substancial das operações da entidade para estabelecer se as mesmas estavam endo desenvolvidas de acordo com critérios de conveniência econômica que devem guiar a conduta de uma entidade. 2. A informação contábil servia como uma base para a análise da gestão passada e como instrumento de informação para previsões futuras. 3.

O desenvolvimento sistemático de princípios que informavam sobre o patrimônio das entidades, sobre seus inventários, avaliações de bens, orçamentos e demonstrações contábeis. Os principais personagens desta escola foram: Besta, Alfieri, Ghidiglia, D’Alvise e Lorusso. 2. 4 Escola Neoconsita O neoconsitmo (1914) restituiu à contabilidade o seu erdadeiro objeto: a rique e, em consequência, g DF 122 patrimonial e dos fenômenos decorrentes da gestão empresarial, tendo surgido como um movimento contrário ao personalista, defendendo o valorismo das contas.

Para os neocontistas as contas não deveriam ser abertas a pessoas ou entidades, nem representavam direitos e obrigações, mas deveriam refletir os valores dos componentes patrimoniais sujeitos à modificações. Esta escola foi responsável, também, por atribuir ? contabilidade o papel de colocar em evidência o ativo, o passivo e a situação líquida das unidades econômicas. Para tanto, seria ecessário abrir-se contas com valores dos ativos (positivas), passivos (negativas) e diferenciais (abstratas/situação líquida).

As principais regras contábeis são expressadas a partir da fórmula do balanço, isto é: Ativo (Igual) Passivo (mais ou menos) Situação Líquida (A—p /-SL), sendo que a disposição das contas no balanço deve basear-se, para o ativo, no seu grau de disponibilidade e para o passivo, no de exigibilidade. A dinâmica do balanço era interpretada pelos neocontistas, tomando por base os fatos permutativos e modificativos.

Dentro do que denominavam dinâmica contabilística, firmavam que num balanço, em um momento qualquer, a soma das importâncias referentes ao débito é igual a soma das importâncias referentes ao crédito, o que equivale a dizer que a um débito corresponde sempre um crédito de igual valor. Nessa concepção, as contas ativas são debitadas pelo valor inicial e pelos aumentos e creditadas pelas diminuições. Em relação às contas passivas, ocorre exatamente o contrário. A escola neocontista concentrou-se na chamada teoria materialista ou positivista das contas ois para a maioria dos seus adeptos, a principal bilidade se resumia 0 22

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