Terra fria
Os abusos cometidos pelos colegas vão desde os comentários maliciosos e “brincadeiras exuais” rabiscadas nas paredes e ditas nos intervalos de almoço até as investidas sexuais de seus superiores. As reclamações de Josey não têm eco e a única resposta que ela recebe é que peça demissão caso não esteja gostando do trabalho. Josey decide então entrar com uma ação judicial contra a empresa. Foi a primeira ação coletiva por assédio sexual dos Estados Unidos, um marco histórico que influenciou outros processos judiciais e lutas feministas no país e no mundo.
O filme é baseado no livro de Clara Bingham e Laura Leedy Gansler, Ação de classe: a história de LoisJensen e o caso que mudou a Lei do Assédio Sexual. O livro conta a história de LoisJensen, que decidiu processar a mineradora Eveleth Taconite. Depois do esforço para convencer outras mulheres que trabalhavam na empresa a aderirem à ação coletiva, em 1998, uma década de Swipe to view next page depois do ocorrido, a empresa teve que pagar às trabalhadoras uma indenização de US$ 3,5 milhões.
Muitas mulheres em uma personagem Há algumas críticas pelo fato de que o filme funde mais de uma pessoa real na mesma personagem. Entretanto, longe de ser um descrédito, a junção que representa a personagem Josey é um dos principais méritos do filme, por roporcionar uma denúncia conjunta das diversas faces da opressão e exploração da mulher num mesmo quadro. Para além de um retrato fiel da realidade, Josey é uma denúncia da situação da mulher trabalhadora em seus diversos aspectos.
Além da denúncia central do assédio sexual, o filme mostra a mulher que sofre com o preconceito dos vizinhos, família e amigos por ser mãe solteira e separada do marido. Conta, também, a história da adolescente que engravida após ser estuprada pelo professor e aponta, ainda, o machismo presente no próprio tribunal de justiça e no uiz que julga o caso. Por fim, desnuda a desgastante dupla jornada da mulher trabalhadora. No filme, a opressão, a exploração e a violência contra a mulher estão no local de trabalho, nas ruas, nos bares, nas escolas e dentro de suas próprias casas.
Josey encara a incompreensão do filho, que ouve nas ruas e na escola os comentários preconceituosos sobre a mãe. Ela enfrenta o próprio pai, que já não aceitara sua gravidez precoce anos antes e agora se sente ofendido pela filha aceitar um emprego onde ele próprio trabalha. Enfrenta o silêncio da mãe, a iolência do marido, 20Fg aceitar um emprego onde ele próprio trabalha. Enfrenta o silêncio da mãe, a violência do marido, o medo das próprias trabalhadoras de perder o emprego caso resolvam aderir à ação.
As ridículas justificativas criadas para encobrir o machismo trazem à memória de quem assiste uma sensação de déj? vu. Para o assédio sexual ou mesmo para o estupro, apresenta-se o argumento da insinuação feminina, ou mesmo seu suposto histórico de comportamento promíscuo. Para a hostilidade pela presença de mulheres trabalhando em uma ina, a resposta de que aquele não é o lugar delas, de que estão roubando o posto de alguém. Tal ideologia é disseminada e incorporada pelos próprios trabalhadores, num mecanismo claro do Capital para dividir a classe trabalhadora.
O próprio sindicato que representa os funcionários da mina no filme cumpre um papel conciliador, defendendo a empresa e se omitindo da batalha travada pelas mulheres do local, apoiando-se para isso no mesmo argumento divisionista. Um ousado clichê Apesar de seu importante conteúdo de denúncia, na forma o filme é feito sob medida para o Oscar e os padrões enlatados hollywoodianos. ? previsível, até porque geralmente as histórias baseadas em fatos reais o são, por contarem histórias já conhecidas.
Exagera no dramalhão, nos clichês, na trilha sonora maçante e em algumas câmeras lentas desnecessárias. Todavia, não deixa de ser um belo filme. E é belo den uitas faces da exploração e da opressão da mulher 30Fg trabalhadora em plena Todavia, não deixa de ser um belo filme. E é belo denunciando as muitas faces da exploração e da opressão da mulher belo denunciando as muitas faces da exploração e da opressão da mulher trabalhadora em plena semana do 8 de
Março nas principais salas de cinema do país e do mundo e na própria cerimônia do Oscar, indicado aos prêmios de melhor atriz (Charlize Theron) e melhor atriz coadjuvante (Frances McDormand). Apesar de concentrar as denúncias em uma mesma personagem, a solução final não é individual ou messiânica, até porque se pauta numa história real. Nas batalhas concretas que vivem os trabalhadores, não há heróis, mas direções. E, ainda que utilize uma cena das mais clichês para fazer isso, o filme aponta que as conquistas, mesmo as judiciais (mas não só elas), só podem ser alcançadas quando a ação é coletiva. 2/3/2006 ] O filme retrata a história da americana LoisJenson, que levou o primeiro caso de assédio sexual aos tribunais na história dos Estados Unidos No filme a atriz Charlize Theron, que concorre ao OSCAR de melhor atriz, interpreta Josey Aimes, mãe de dois filhos e recém divorciada volta a cidade natal em busca de um emprego e de uma vida melhor para seus filhos. Com a ajuda da amiga Glory, interpretada por Frances McDormand, que concorre ao OSCAR de melhor atriz coadjuvante, Josey consegue um emprego numa mineradora de ferro, onde há muita discriminação contra a presença e mulheres fazendo o trabalho no local.
O trabalho é “sujo e um pouco pesado”, mas Josey, com seu esforço consegue f 40Fg fazendo o trabalho no local. O trabalho é “sujo e um pouco pesado”, mas Josey, com seu esforço consegue fazê-lo, e não contava com o preconceito dos homens da mina. Eles pegam pesado, mas ela tenta resistir, pois além de pagar bem, tem que sustentar seus dois filhos. Chega um determinado momento que ela não agüenta mais e busca ajuda… O que vem a ser em vão. Então, resolve ir a justiça e procurar seus direitos.
Depois de algum tempo consegue leva-los aos ribunais e sua vitória vem depois de reconquistar o pai, que também é funcionário da mina e não apoiava sua entrada lá. E também conquistou mais a confiança do seu filho depois de saber o que aconteceu realmente com ela quando moça. E esclarecer a fama que rondava ela na cidade. Um filme de muito sofrimento para uma mulher que estava lutando em busca de seus direitos, e conseguiu. Além da ótima atuação de Charlize Theron o filme TERRA FRIA propicia ao espectador um envolvimento com as dificuldades das mulheres que ainda lutam para conquistar seus espaços.
A istória é emocionante/chocante e vale a pena conferir. Maravilhoso! Merecidamente indicada ao Oscar, Charlize Theron nos leva a um mundo dominado pelos interesses machistas, onde a vontade feminina era moldada através da ótica masculina. Presa numa época de mentes e mãos calejas pelo trabalho exacerbado ela encontra a falta de apoio até da própria família qdo mais precisa. Essa obra vai aguçar o seus sentidos e ajudálo a entender melhor o quão pouco evoluimos nesse a 50Fg vai aguçar o seus sentidos e ajudálo a entender melhor o quão pouco evoluimos nesse aspecto para uma sociedade tão ivilizada quanto a nossa.
Falar de filmes que envolvem histórias reais, é extremamente delicado. Porque todas as frentes de trabalho precisam de redobrado esforço pra nos agradar… Mas como sempre, Charlize teve um ótimo rendimento tomando a vida de uma mulher batalhadora que luta por um ideal incomum pra sua época e alcança com muita dificuldade sua realização. A fotografia ficou excelente, e a ambientação em um cenário anos 80 ficou perfeita. Em suma , existem lógicamente defeitos , mas classifiquei-o como um filme de extremo impacto emocional , que desperta revolta e amor, e até lágimas talvez.
Um drama que alcança o objetivo que propõe: fazer o telespectador conhecer o caso verídico desta trabalhadora das minas, e refletir sobre o assunto, sobre os preconceiros e a violência contra a mulher. Vale a pena conferir, mas sem grandes pretenções. Poderia-se dizer que segue o estilo “supercine”. O filme de alguma maneira agrega bastante valor a quem assiste. Um dos melhores de 2005, com certeza. Os críticos de cinema detonaram quase tudo no filme, incluindo roteiro, direção e elenco. Como não sou especialista e não tenho a obrigação de fazer uma análise técnica, posso emitir a simples opinião de um leigo.
O filme é excelente, denuncia a discrimição sexual com muita simplicidade e pertinência. Elenco 60Fg vai aguçar o seus sentidos e ajudãlo a entender melhor o quão pouco evoluimos nesse aspecto para uma sociedade tão Elle Peterson (Karen Aimes) simplicidade e pertinência. • Thomas Curtis (Sammy Aimes) Frances McDormand (Glory) • Sean Bean (Kyle) • Woody Harrelson (Bill White) • Jeremy Renner (Bobby Sharp) • Richard Jenkins (Hank Aimes) • Sissy Spacek (Alice Aimes Terra Fria é um filme surpreendente.
Conta a história de Josey (Charlize Theron), uma mulher que ao brigar com o ompanheiro volta a morar com os pais e para sustentar os filhos começa a tabalhar em uma mineradoura. São poucas as mulheres que trabalham lá, elas não tem direitos, são tratadas de forma agressiva pelos homens e sem respeito. As pessoas dizem que elas estão roubando o emprego de pais de família e que portanto não são dignas de consideração. Josey sofre diversos assédios sexuais, no trabalho, de um antigo companheiro de classe da época de colégio.
Após presenciar e sofrer tantas injustiças, inclusive o desprezo do próprio filho que não aceita mais a mãe por causa do que uve nas ruas e do próprio pai que não espera nada dela depois que ela foi mãe sloteira na adolescência, Josey decide conversar com os diretores da mineradoura, mas ele m e a demitem. 70Fg Ela entra com uma ação na justiça, mas não é apoia gas de trabalho, porque estas temem a repressão. As simplicidade e pe rtinéncia. Richard Jenkins (Hank Aimes) conversar com os diretores da mineradoura, mas eles não a apoiam e a demitem.
Ela entra com uma ação na justiça, mas não é apoiada pelas colegas de trabalho, porque estas temem a repressão. As torturas aumentam na mineradoura e todos jogam a culpa nela. Quando tudo parece perdido a ajuda aparece de quem menos espera. Os segredos de sua grávidez vem atona no tribunal e o que mais parecia um julgamento moral em relação à ela do que uma ação de trabalho tem um desfecho inesperado e surpreendente. Depois do julgamento Josey nunca mais foi vista como ninguém pelo pai.
Charlize Theron (de Três Vidas e Um Destino e vencedora do Oscar por Monster) é Josey Aimes, que acaba de deixar o violento marido e, sem dinheiro e com dois filhos para criar, é aconselhada pela amiga Glory (Frances McDormand, também vencedora do Oscar de melhor atriz, por Fargo) a aceitar um emprego numa mina. Acontece que o governo dos EUA obrigou as empresas mineradoras a contratarem mulheres através da instituição de uma cota de minorias. Sendo assim, Josey, Glory e suas amigas são as pioneiras no serviço (a história acontece em 1984).
E os mineradores machões ficam achando que elas estão tomando os empregos dos homens. Resultado: o pequeno grupo de mulheres é hostilizado freqüentemente. Sofrem com piadinhas de mau gosto, agressões verbais e físicas e assédio sexual. Pra se ter uma idéia, até o pai de Josey, que também trabalha na mina, fica contra ela. Quando a situação chega num ponto crítico, ela decide dar um basta, tornando-se a primeira mulher a entrar com um processo coletivo (ela vira representante de suas colegas) de assédio sexual contra uma megacorporação na história dos EUA.
Caso não esteja claro, este filme é baseado em fatos reais, o que só torna seu tema ainda mais pesado. A película pinta um r 80Fg filme é baseado em fatos reais, o que só torna seu tema ainda mais pesado. A película pinta um retrato nada agradável do sexo masculino. Para se ter noção, apenas dois personagens homens são etratados como boas pessoas: Kyle (Sean Bean, o Boromir de O Senhor dos Anéis), o marido de Glory, e Bill White (Woody Harrelson, de Quem é Morto Sempre Aparece), advogado amigo de Glory e Kyle, que aceita defender a causa de Josey.
Todos os outros humanos que precisam se barbear todos os dias são mostrados como trogloditas, idiotas e ignorantes da pior espécie. O filme realmente consegue mexer com as emoções do espectador ante tantas atrocidades cometidas. Porém, seu ritmo é um pouco lento, tornando-o um tanto quanto cansativo. O ponto alto desta produção é mesmo o departamento de atuação. Todos estão muito bem, em especial Charlize Theron. Tanto que foi novamente indicada para o Oscar por este papel. O seu desempenho é excelente.