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PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO SECRETARIA MUNICIPAL DE COORDENAÇAO DAS SUBPREFEITURAS SUBPREFEITURA PENHA CONVITE NO 03,’sp-PE/CPL. 2/2005 PROCESSO ADMINISTRATIVO NO 2005-0. 246. 365-8 TIPO : MENOR PREÇO GLOBAL OBJETO: EXECUÇAO DE OBRAS DE ESTRUTURA DE CONTENÇAO EM ÁREA DE RISCO NA FAVELA CAIXA D’ÁGUA (RUA CICERO PAULO X VIELA DA PAZ), SOBJURISDIÇAO DA sp-PE. r 7 ANEXO III – Memorial Swipe to page esz• Cliente: BMC Engenharia Ltda LOCAL: CANGAíBA, SÃO PAULO – sp OBRA RECUPERAÇAO DE ENCOSTA OUTUBRO / 2005 geotécnica do local de implantação das obras, bem como a caracterização do subsolo para posterior dimensionamento as estruturas e seções envolvidas no projeto. Para isso, faz-se necessário conhecer as camadas constituintes dos subsolos e estimar seus parâmetros de resistência.
Pôde-se observar que o trecho em estudo é constituído basicamente por uma camada superficial de aterro de material siltoso de pouca espessura (até 1,0m) apoiado sobre solo de alteração de rocha, constituído predominantemente de silte arenoso, inicialmente pouco compacto, apresentando resistência crescente com a profundidade. O lençol freático foi detectado a partir de cerca de 4,5 metros de profundidade. Análise e Dimensionamento Inicialmente foi feita uma análise baseada na configuração geométrica da seção transversal e dos parâmetros do solo estimados a partir dos resultados das investigações de campo.
Os parâmetros do solo utilizados nesse estudo estão indicados na Tabela OI [picl Tabela OI – Parâmetros do solo Para a configuração geométrica de projeto, obteve-se fator de segurança à ruptura global FS = 1,18, considerado insuficiente, dadas as características da obra. Concluiu-se que a solução mais indicada para a estabilização da encosta é o reforço do solo com a inserção de tirantes passivos ‘grampos’) de barras de aço, ermitindo a estabilização rápida e permanente do maciço. com injeção de calda de cimento.
Após cerca de 12 horas, é feita, sob pressão, uma reinjeção do tirante, o que aumenta a sua adesão com o solo, e conseqüentemente sua resistência ao arrancamento. O resultado da análise de estabilidade da seção reforçada com a inserção dos tirantes passivos forneceu coeficiente de segurança FS 1,45, valor adequado para as características do local. Pode- se considerar, portanto, que o talude de projeto, na conformação estudada, será estável. As planilhas utilizadas no dimensionamento do reforço do terreno encontram-se no Anexo A.
Considerações Finais e Recomendações Como sugestão de proteção anticorrosiva das barras de aço, pode-se adotar a proposta da “NBR5629 – Tirantes Ancorados no Terreno” publicada em 1996, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, considerando a barra como sendo o trecho ancorado de um tirante ativo. Classe Proteção I Tipo de Tirante I Permanentes em meio agressivo, ou provisório em meio muito IDupla com emprego de pintura anticorrosiva I de cimento 12 I agressivo.
I Permanente em meio não agressivo ou calda Proteção simples através de calda de provlsono em meio Imediamente a ressivo. cimento inietada. IA definição de agressividade é subjetiva e pode-se adotar aquela proposta na NBR5629 O local do projeto em questão se classifica como Classe 2. Desse modo, as barras de aço dos tirantes não irão necessitar de proteção anti-corrosiva, pois o solo da região pode ser classificado como “não agressivo”. Assim, a própria calda de cimento que irá envolver as barras pode ser utilizada como proteção.
As obras de contenção deverão obrigatoriamente ser fiscalizadas urante toda sua execução, e liberadas por engenheiro especializado em geotecnia, o qual fará as orientações executivas e adequações necessárias, em função das reais características dos solos e dos condicionantes geotécnicos encontrados no local. Cada perfuração também deverá ser liberada, para a posterior instalação dos tirantes. As duas fases de injeção também deverão ser acompanhadas. Os dados de perfuração e injeção de cada tirante deverão ser enviados para a equipe de fiscalização que procederá com eventuais alterações.
As recomendações quanto aos métodos construtivos e as specificações técnicas da solução proposta encontram-se no Anexo B, ao final deste documento. Referências Bibliográficas “NBR 11682 – ESTABILIDADE DE TALUDES” “NORMAS TÉCNICAS COMPLEMENTARES” – companhia do Metropolitano de São Paulo, NC-03, 1980 “FUNDAÇÕES – TEORIA E PRÁTICA” – ABMS,’ABEF; “FOUNDATION ANALYSIS – Joseph E. Bowles, Ed. Morettl DIRETOR CREA 0600556740 ANEXO A PLANILHAS DE CÁLCULO fixação de nervuras. Estas são metálicas e não devem perder suas caracteristicas de resistência ao longo do tempo, devendo receber tratamento anticorrosivo.
Nesse caso, essa proteção ão será necessána, sendo feita unicamente por meio da calda de cimento. Ao longo destes elementos deverão ser instalados dispositivos centralizadores, que garantam seu continuo e constante recobrimento com calda de cimento. A barra de aço deverá receber centralizadores a cada 1 metro. Adjacente ? barra instala-se um ou mais tubos de injeção com diâmetro de 10 a 15 milímetros, que serão perdidos, providos de válvulas a cada 0,5 metro até 1,5 metros da boca do furo. 4.
Injeção: Injeta-se a bainha pelo tubo auxiliar removível, de forma ascendente, com calda de cimento fator a/c próximo de 0,5 (em eso), proveniente de um misturador de alta turbulência até o seu extravasamento na boca do furo. Como uma boa alternativa, pode-se preencher o tubo com calda e então introduzir a estrutura metálica. A bainha é a fase inicial de injeção em que se pretende recompor a cavidade escavada. Após um minimo de 12 horas, reinjetar o tirante por meio de tubo de injeção perdido, anotando-se a pressão máxima de injeção e o volume de calda absorvida.
Não se executa a reinjeção, a não ser que haja dois ou mais tubos perdidos. 5. Ancoragem: As barras de aço devem ser ancoradas por meio de 4 barras de ço menores, que serão dobradas de tal maneira que uma de suas extremidades seja paralela à superfície do terreno e a outra seja presa aos tirantes, por meio de um estribo em helicóide que será ancorado através de uma concretagem com cerca de 30,0cm de profundidade, em formato de tronco de cone, formando uma especie de capitel de ancor 30,0cm de profundidade, em formato de tronco de cone, formando uma espécie de capitel de ancoragem.
Os detalhes da ancoragem descrita estão indicados no desenho anexo (Fl. 2/2). 6. Controle de Execução: a) Tirantes A ferragem deve estar centrada e com recobrimento totalmente eguro, certificando-se de que a armação não será corroída. Deve-se garantir que não tenha havido perda de calda ou resina, observando-se minutos após a injeção junto à boca do tirante se não houve decantação. Aceita-se um erro de deslocamento local de 15% da distância horizontal ou vertical, no posicionamento do tirante.
Porém deverá ser mantida a quantidade de tirantes prevista no projeto para a área contida. Não há necessidade de qualquer controle rigoroso quanto à tolerância de inclinação podendo-se aceitar uma variação em torno de 5 graus. A calda de Injeção deverá atender ao projeto, não contendo imentos agressivos à armação do tirante. O fator água/cimento é ajustado em campo, em função das condições de estabilidade da cavidade perfurada e sua permeabilidade.
Sugere-se que todo tirante receba pelo menos uma fase de injeção além da bainha. Sugere-se execução de ensaios de tracionamento num mínimo de 10% das ancoragens, ou quantidade tal que permita haver representatividade do resultado. Não há, entretanto, normalização para tal. Durante a perfuração devem ser observadas as posições estruturais das camadas de solo em função do corte, ajustando se necessário o posicionamento dos tirantes.