Resumo das aulas de introdução a teoria geral da administração

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N RODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO PROF. FÁBIO GUIMARÃES CONTEUDO DAS AULAS DO 10 SEMESTRE 3a AULA – O Administrador e a Administração No dia 9 de setembro é comemorado o dia do Administrador como forma de reconhecimento àquele tipo especial de profissional que lidera a mudança do mundo. Os administradores não são melhores ne apenas são diferente OF42 é este profissional di ente? Administrador amar é a mais exata que s os profissionais, strador? Quem ça de no fato do isita a resposta, mas r conta do cotidiano desta profissão. ?s pessoas comuns pode, sim, parecer estranho que haja profissionais que busquem aquilo de que mais fogem, e que mais querem distância: ter que enfrentar problemas. um mundo sem problemas é um mundo nocivo, chato, sem sentido aos administradores. Um problema é tudo aquilo que ameaça ou que apresenta oportunidades para o que os administradores chamam de Organização. Uma organização é todo agrupamento humano que tenha pelo menos um objetivo comum aos seus integrantes. É este o desafio dos administradores: atingir objetivos trabalhando com e através de pessoas, com seus problemas, objetivos, idiossincrasias, modo de ser pessoais.

Não é uma tarefa fácil tratar com pessoas e direcionar esforços para ue façam o que precisa que seja feito. Todo mundo, no fundo, precisa saber administrar, mesmo que seja para gerenciar a sua nos tempos atuais. O que marca esta filosofia é a busca incessante do homem de viver, viver bem, viver melhor. É a busca de futuros cada vez mais promissores a finalidade ultima de todo ser humano – e por isso a administração é fundamental. Pergunte-se, por exemplo, a si mesmo como você quer estar daqui a dez anos.

Se sua resposta for “não sei” ou algo parecido, você precisa urgentemente de administração. Toda organização precisa dar conta de seu futuro, não importa se seja uma família, ma empresa, um município ou um pais. Dar conta do futuro significa saber onde se quer chegar, como se quer estar neste futuro desejado. Se não se sabe onde se quer chegar, dificilmente se concretizará qualquer intento satisfatório de futuro, os recursos serão mal empregados e corre-se o risco de, ao se tentar progredir, retroceder. O exemplo disso?

Vejam-se quantos municípios continuam do mesmo jeito que se encontravam há décadas; quantas empresas faliram por não se preocupar com esta regra básica de gestão; quantas famílias fracassaram, deteriorando seus patrimônios; quantos sonhos individuais se transformaram em pesadelos. O administrador é um realizador de sonhos porque sempre faz o que tem que ser feito de forma funcional, consequente. Os gestores se distanciam de explicações complexas que não possam ser compreendidas por todos os que com ele trabalham: a simplicidade e a compreensibilidade são duas de suas habilidades essenciais.

Todo administrador também é um pedagogo, como consequência dessas habilidades, porque tem que ser capaz de ensinar o que aprendeu, o que inventou, o que aperfeiçoou. Em muitas situações, seu aprendizado, sua invenção, seus aperfeiçoamentos são fontes de graves conflitos, mas sua capacid 2 42 eu aprendizado, sua invenção, seus aperfeiçoamentos são fontes de graves conflitos, mas sua capacidade polltica, seu poder de convencimento o transformam em político: sua principal ferramenta de trabalho é a palavra.

Os administradores mais talentosos são capazes de encontrar praticidade e utilidade em conhecimentos de ciências aparentemente tão distantes, como a física quântica, a biologia, a nanotecnologia, a medicina, a química, dentre outras. A busca por solução aos problemas organizacionais invade áreas aparentemente sem sentido, como o budismo, a teoria do caos, as teorias das supercordas (teoria os universos paralelos), a paraeconomia, os sistemas paralógicos etc.

O administrador tenta ser o que jamais conseguirá ser: alguém capaz de Interpretar o mundo e agir sobre ele de tal forma que os outros homens se beneficiem de sua ação. A ação é o que marca a natureza de administrar. Administrar é agir. O administrador age porque nunca se conforma com o estado atual das organizações e do mundo. O administrador pensa que as organizações e o mundo estão do jeito que estão porque não foi capaz de encontrar um caminho viável a um futuro mais promissor. O Administrador é um inconformado.

O administrador jamais apresenta problemas para as pessoas, sejam elas seus superiores ou não – sempre mostra soluções, mesmo que tenha que negociá-las, outra ferramenta de que se utiliza bem. Faça outro teste: se você comumente apresenta mais problemas do que soluções, é administração que lhe falta. A razão é simples: administradores adoram problemas. Estes testes não devem ser interpretados como afronta, mas como uma comprovação diária do que se constata no interior das organizações. Quanto maior a capacidade de alg 3 42 comprovação diária do que se constata no Interior das rganizações.

Quanto maior a capacidade de alguém em resolver problemas, maior o seu valor para sua organização, para sua família e para o seu reconhecimento social e profissional. Como consequência disso, todo problema que acontece ao redor de um administrador, este o toma para si: “Errei!!! “, ele dirá. Só erra quem age, quem experimenta, quem ousa; quem se acomoda é incapaz de errar, mas também jamais acertará. O ambiente de atuação de um administrador é dinâmico, dado o seu gênio inventivo, inovador, criativo. Isso envolve e contagia aqueles com quem convive.

A admiração e o envolvimento ão decorrentes deste êxtase criado e que é capaz de revelar a qualquer ser humano sua capacidade inesgotável de fazer coisas, de realizar feitos. para o administrador, qualquer coisa é possível, inclusive mudar o mundo. O administrador é aquele profissional que se sente atraído em resolver questões que todos julgam impossveis porque o impossível é apenas algo que ainda não foi realizado, mas que um dia será: é preciso que o impossível seja realizado para deixar de ser impossível. ? isso o que atrai os administradores. É difícil realizar o impossível? Mesmo que seja, provavelmente jamais o administrador o dirá na frente e alguém. Se o administrador tenta transformar o impossível em possível e falha, jamais pronunciará a palavra “impossível”. Ele dirá: “Fui mal sucedido! “, porque outro administrador poderá transformá-lo. Pode parecer que estejamos querendo transformar a figura do Administrador em um semideus, mas não o é. Queremos apenas retratar um pouco da mentalidade e da prática gerencial, nada mais.

Com toda razão alguém pode dizer que somos loucos, 4 42 mentalidade e da prática gerencial, nada mais. Com toda razão alguém pode dizer que somos loucos, o que não vamos lhe negar a razão, uma vez que muitos loucos de ontem são endeusados oje justamente por o terem sido. Mas suas loucuras mudaram o mundo. As maiores transformações de que usufruímos hoje são frutos das loucuras de homens que ousaram, que jamais admitiram que o impossível existia no mundo da gestão e nos seus mundos paralelos.

O louco que faz belas realizações não é louco, é apenas Incompreendido. Se nos perguntassem qual a maior realização de toda a história da humanidade, responderíamos sem pensar duas vezes: a invenção da gestão. Nossos maiores avanços médicos, tecnológicos, políticos, a formulação da origem do universo e dos universos paralelos, ida à lua, a cura para doenças, enfim, tudo o que se possa imaginar que seja a maior realização humana não seria realizada se nao houvesse a gestão que lhe asseguração ser viabilizada.

Mais uma vez, não é necessário ter um diploma de gestão para administrar, mas poucas são as pessoas que aprenderam gestão, mesmo entre os muitos diplomados. Basta ver que a maioria das pessoas é mal sucedida, basta ver que a maioria das pessoas precisa de emprego, exemplo máximo da necessidade de se aprender a administrar. Saber administrar é ser capaz de tomar a vida nas mãos e conduzi-la ao futuro desejado. Não é por acaso que as organizações melhor gerenciadas procuram saber quais foram as grandes realizações dos candidatos aos seus cargos executivos, antes de fechar o contrato.

Se as realizações forem consideradas insuficientes, não há contrato. As organizações precisam de realizadores, de administradores e precisam ter a garantia de que estão co s 2 de realizadores, de administradores e precisam ter a garantia de que estão contratando alguém pelo menos satisfatória. Naturalmente, nenhuma garantia é mais tácita do que o que candidato fez em seu próprio beneficio: se for incapaz de erenciar a si mesmo, será incapaz de gerenciar uma organização a contento. Mais uma vez: a administração é uma filosofia de vida.

O dia que esta filosofia fizer parte da maior parte dos cidadãos de uma cidade, de um Estado, de um País, certamente este será um povo desenvolvido. O que marca a diferença entre povos desenvolvidos ou não é justamente a existência ou não de uma mentalidade gerencial entre seus cidadãos. Dois são os pequenos passos em direção a esta mudança por todos os povos buscada: primeiro, saber onde e como se quer estar em um futuro determinado; segundo, aprender a resolver problemas. a AULA – A ADMINSTRAÇAO NO BRASIL Militante. É assim mesmo que Kanitz costuma se definir.

Para ele, a Administração, mais que uma profissão ou uma área de conhecimento, é uma causa Reverenciado por um número imenso de brasileiros, Kanitz é um tanto atípico, para o que estamos acostumados a entender como administrador no Brasil. Mestre em Administração de Empresas pela Harvard University, trouxe da experiência junto àquela que chama de “esquerda prática” dos Estados Unidos o pensamento que até hoje procura difundir aqui no hemisfério sul do continente: a Administração “socialmente responsável”, onde trabalhador tem mais espaço e o capitalista dono cede poder ao administrador profissional.

Em uma conversa franca e sem formalidades com a equipe da Revista Administradores, Kanitz falou tudo o que quis. Classificou como conservador o ensino em Administração no Brasi 6 42 Administradores, Kanitz falou tudo o que quis. Classificou como conservador o ensino em Administração no Brasil, revelou seu descontentamento com o ministério escolhido por Dilma e não poupou palavras contra os economistas, que, segundo ele, foram responsáveis pelo fim da sua coluna na revista Veja.

Administradores – Você disse uma vez, em um artigo, que os EUA são um país desenvolvido porque, diferentemente do Brasil, são geridos por administradores profissionais. Hoje, já temos inúmeras faculdades de Administração. Por outro lado, temos a consciência de que, apesar do alto número, muitos cursos deixam a desejar em qualidade. Será que nossa passagem para a era do administrador está seguindo o caminho certo? Stephen Kanltz – Os EUA começaram essa fase em 1850. Então, nós estamos só 1 50 anos atrasados (risos)!

Agora, lá e em todos os outros países, surgiu, na época, uma enorme antipatia dos ntelectuais com relação às escolas de Administração. Nas escolas americanas, os intelectuais eram geralmente de esquerda e os administradores eram vistos como pessoas de direita. Até porque as primeiras escolas eram, realmente, para formar gerentes de empresas privadas familiares, que a gente conhece tão bem no Brasil. Em 1910, entretanto, surgiu nos EUA algo que não aconteceu em lugar nenhum do mundo.

A esquerda mais prática – que é a de Harvard, onde eu estudei – percebe que o administrador ia ser uma força política muito forte, e as empresas familiares Iriam ser substituídas pelas de capital aberto democrático, onde o administrador seria a peça chave, no lugar do capitalista dono. Então, Harvard muda esse negativismo, pensando assim: “vamos pegar esses administradores do nosso lado, e não d 42 pensando assim: “vamos pegar esses administradores do nosso lado, e não do lado dos capitalistas.

Vamos criar, então, o curso socialmente responsável”. No Brasil, a animosidade dos intelectuais contra os administradores é visível até hoje. Você veja, a Universidade de São Paulo expulsou o MBA de lá. E isso é até assustador, porque do ICMS do estado de São Paulo vai para as universidades públicas estaduais. Ou seja, nós temos os professores que, apesar de receberem 10% do imposto que é arrecadado pelas empresas, são contra o ensino de Administração.

No início do ano, fizemos uma enquete em nosso site onde perguntamos se “administrar é apenas para profissionais devidamente formados em Administração”, e a maioria respondeu que “não, pois qualquer pessoa pode desenvolver as habilidades e competências necessárias para administrar, independente da área de formação”. Você acha que isso reflete o descontentamento da classe com a qualidade dos cursos? Nós não temos administradores (ensinando). Eu estudei lá na USP com engenheiros de produção, que tinham, claro, visão de engenheiros. É complicado. Nós nao temos, ainda, o Peter Drucker do Brasil.

Aliás, não temos uma coluna. O Drucker, há 60 anos, tinha uma coluna semanal nas grandes revistas. Aqui, eu tinha uma coluna mensal na Veja, mas acabou. Tem um que escreve para a Carta Capital e tem o Max Gehringer, mas ele fala sobre recursos humanos, como arranjar um emprego, essas coisas, não é sobre administração estratégica. De que modo, então, podemos chegar a um patamar ideal? Nós vamos precisar depurar algumas faculdades que estão azendo caça-níquel. A própria palavra MBA já foi tomada. Tem escola de Economia fazendo curso de MBA Tem faculdade 8 42 própria palavra MBA já foi tomada.

Tem escola de Economia fazendo curso de MBA Tem faculdade oferecendo MBA em Direito. Aí complica mesmo, porque a população acha que qualquer um pode ser administrador. Isso o Conselho Federal de Administração tinha que processar. Você não poder roubar o nome de Mestrado em Administração de Negócios para usar em outros cursos. “Nós administradores temos a missão de realizar o sonho dos outros”, afirma Kanitz. Como deve ser pensada a Administração do Brasil – tanto a pública quanto a das empresas – de modo que possamos gerir de forma eficiente esse futuro promissor que tanto se fala em nosso país?

Nós não criamos, ainda, no Brasil, as escolas de Administração socialmente responsáveis. Isso começou em 1910 na Harvard Business School e, em 1970, quando eu estudei Iá, fiquei multo surpreso, porque tinha um sabor de esquerda que a gente não via no Brasil. As nossas escolas de Administração são muito de direita. Além do mais, nós não temos nas universidades públicas do Brasil, pasmem, faculdades de Administração. Normalmente, é um departamento dentro de uma escola de Economia, Administração e Contabilidade. Enfim, nós estamos muito atrasados.

Inclusive, eu já desisti de achar que nós vamos ter em breve a era do administrador. Em 2010, eu até torci e lutei para que o Henrique Meirelles fosse candidato (a presidente) – e ele queria isso, eu sei, até o ajudei bastante – mas ele não foi. Inclusive, o último artigo que eu escrevi na Veja foi “O administrador de esquerda”, no intuito de fazer a cabeça da nossa extrema esquerda de que o administrador não é só o de direita, existe também o de esquerda. Não de extrema esquerda, porque nós conseguimos implantar as nos direita, existe também o de esquerda.

Não de extrema esquerda, porque nós conseguimos implantar as nossas ideias sem sermos revolucionários. A gente vai implantando devergarzinho, pouco a pouco. Você se considera, então, um administrador de esquerda? É, eu nem sabia disso, mas Harvard me ensinou a ser preocupado com o trabalhador, o fornecedor, o cliente. Há 15 anos eu criei o primeiro site de voluntariado do Brasil, o primeiro site de filantropia e o Prêmio Bem Eficente, para dar visibilidade às entidades que tivessem boas práticas. E aí os jornalistas perguntavam por que eu estava fazendo aquilo.

Eles diziam: “você é homem”. E aí, quando eu perguntava o que tinha a ver, eles diziam que o social era coisa de mulher, porque no Brasil há esse costume de as primeiras damas cuidarem desse tipo de ação e os homens se preocuparem com a taxa de juros, a taxa de câmbio, essas coisas. Eu não me considero de esquerda no sentido de ser a favor da estatização, por exemplo, algo que, obviamente, é ineficiente. Eu também sou contra o fato de termos um economista mandando em dezenas de estatais como a gente vê no Brasil. Eu acredito na descentralização.

Eu sou a favor da empresa socialmente democrática, onde o trabalhador pode comprar as ações da empresa onde ele trabalha. Aqui é negado isso. Quem trabalha nos Correios, por exemplo, não pode comprar ações de Iá. Você acha que há características que são necessárias de modo específico aos administradores brasileiros? A minha grande bandeira é que você tem de criar um estilo de administração próprio do país onde você está. Eu vejo a HSM trazendo, ano após ano, gurus americanos, como se não existissem gurus de administração no Brasil. Nomes como Pete 0 DF 42

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