Disfunção da articulação temporomandibular

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PORTAL FACULDADES CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO – “lato sensu” NÍVEL ESPECIALIZAÇÃO CURSO PROGRAMA DE SAUDE DA FAMíLIA ors6 to view nut*ge DISFUNÇAO DA ARTI DIBULAR temporomandibular (DTMs) têm sido muito pesquisadas e discutidas devido às grandes controvérsias existentes nesta área. Ainda nos dias atuais existem muitas dúvidas a respeito desta patologla, os que fazem com que pessoas acometidas por esta disfunção, procurem tratamentos para outras doenças como cefaléia, otites, dores cervicais, etc. e depois de não conseguirem tratar, acabam sendo encaminhada ao cirurgião dentista para erteza do diagnóstico, e assim dependendo de cada caso, o tratamento correto. Neste trabalho teórico, serão mostrados os componentes anatômicos e fisiológicos da articulação temporomandibular (ATM), sinais e sintomas das disfunções temporomandlbulares, etiologia envolvida e os principais tratamentos desta patologia.

Atualmente parece ser consenso entre os autores que fatores estruturais, funcionais e psicológicos estejam reunidos, caracterizando multifatoriedade à origem desta disfunção. Espero que esta monografia seja útil para vários profissionais que abrangem esta érea como odontólogos, onoaudiólogos, psicólogos, otorrinolaringologistas, fisioterapeutas e psiquiatras, pela própria etiologa multifatonal desta patologia e da necessidade em muitos casos de tratamento multidisciplinar. Palavras-chave: Monografia. Articulação Temporomandibular.

Tratamento PAGF treatment. n this theoretical work Will be shown the anatomical and physiological characteristics of the temporomandibular joint (TMJ) Slgns and symptoms of temporomandlbular disorders, etiology involved and the main treatments for temporomandibular dysfunctions, aetiologics involved and the principed treatments or this pathology. Currently seems to be consensus among the authors that structural factors, functional and psychological are met, featuring the multifactorial origin of this dysfunction.

I hope that this monograph Will be useful for professionals who cover this area as dentists, speech therapists, psychologists, otolaryngologies, physical therapists and psychiatrists, by the multifactorial etiolopy of this disease and the need in many cases of multidisciplinary treatment. Key Words: Monograph. Temporomandibular joint. Treatments 2 Discussão SUMÁRIO Introdução 07 09 2. Articulação Temporomandibular…. PAGF 3 OF 2. 3. 4 Cápsula Articular. …. 21 2. 3. 5 Membrana 2. 3. 6 Fli_lid0 2. 3. 7 Ligamentos da . 15 17 Sinovial.. ATM . 2. 3. Vascularização e Inervação da 2. 3. 9 Proprioceptores da ATM • • • • • • • • 2. 4 Musculatura envolvida na oclusão. 22 3 Disfunção temporomandibular…………………………. . . . 24 3. 1 Terminologia…. …. … 24 3. 2 Etiologia. • • • • … 25 3. 3 Epidemiologia…. — — 27 3. 4 Sinais e Sintomas • • • • • • • • • 29 3. 5 Diagnóstico………. … 32 3. 5. 1 Diagnóstico das condições cl lmcas. 3. 5. 1. 1 Desordens Internas. 3. 5. 1. 2 Desord 3. 6 Tratamento…. 38 51 5 Referências Bibliográficas.

A Articulação temporomandibular (ATM) é uma das articulações mais complexas do corpo humano, é a ligação móvel entre o osso temporal do crânio e o osso mandíbula da face; é um órgão dinâmico formado por um grande número de estruturas internas e externas chamada de sistema estomagnático: formado por a ATM, ossos (maxila e mandíbula), músculos, dentes, nervos, vasos sanguíneos, glândulas e órgãos; ste sistema recebe informações do sistema nervoso central e atuam conjuntamente nas suas funções como fala, mastigação, sucção, deglutição, respiração e manutenção da postura. or ser uma articulação muito exigida, devido sua ampla e variada liberdade de movimentos, este sistema deve trabalhar de forma integrada, organizada e em sincronia; qualquer alteração em um de seus componentes pode determinar um desequilíbrio de seu funcionamento, podendo gerar consequências neste sistema, indo de uma leve dor até uma disfunção da articulação temporomandibular (DTM).

As síndromes das Dtms estão cada vez mais presentes no cotidiano dos nossos pacientes, manifestadas em idades cada vez mais precoces, sendo uma doença multifatorial que pode acometer varias faixas etárias, prevalecendo entre os 20 e 45 anos, e em mulheres. O desequilíb los da mastigação pode PAGF SOF durante o medo, raiva, indecisões, estresse emocional e muito outros casos; desencadeando assim hábitos parafuncionals e tensão muscular causando o aparecimento dos sinais e sintomas da DTM. As desordens de disfunção e dor miofacial são as causas mais comuns de dores na cabeça e pescoço.

Geralmente o paciente relata dores de cabeça frequentes e em algumas situações estas dores podem estar irradiadas para o pescoço e para as costas; outros sintomas eventualmente encontrados são dores de ouvido, sensação de queimação na língua ou diminuição da audição e a musculatura envolvida apresenta-se dolorida á palpação e ás vezes até mesmo durante os movimentos mandlbulares. A disfunção temporomandibular é uma doença que, depois de instalada, e quase sempre progressiva. O que não se consegue determinar com exatidão é a sua velocidade de progressão e as suas conseqüências.

Portanto, o ideal é o tratamento precoce, que certamente proporciona melhores soluções e resultados. Antes de selecionar o método de tratamento para cada caso examinado, devem-se fazer uma avaliação completa dos sinais e sntomas para chegar a um diagnóstico mais preciso, podendo ser usados desde analgésicos e relaxantes musculares em casos iniciais, até a confecção de placas de mordida e colocação de aparelhos ortodônticos em casos mais graves. PAGF 6 está relacionada praticamente com todas as funções do aparelho estomagnático” (1989 p. 23).

Ela tem sido classificada como diartrose bicondilar, rtlculaçóes deste tipo caracterizam-se por apresentar muita liberdade de movimentos, a ATM pode realizar movimentos complexos no plano sagital (de abertura e fechamento), no plano horizontal (movimentos de lateralidade, protusivos e retrusivos), e os realizados no plano frontal como os que ocorrem durante o ciclo mastigatório. Também podem realizar movimentos bordejantes extremos, como os que ocorrem durante a mastigação de alimentos duros e volumosos, e intrabordejantes que podem ocorrer durante a mastigação de alimentos mais suaves, deglutição e no ciclo mastigatório.

Devido à ligação mais ou menos rígida ntre as articulações direita e esquerda; a ATM pertence, tanto do ponto de vista morfológico como do funcional, á categoria das articulações bilaterais. Resulta disso a interação recíproca constante, tal como se observa nas articulações intervertebrais, este fato precisa ser levado em conta no exame clinico, no diagnóstico e no tratamento das afecções do aparelho mastigatório (Steenks e Wijer, 2005, p. 14).

A ATM é uma articulação ginglimoartrodial, combinando movimentos de rotação e deslizamento, existem características que a tornam única: é formada por fibrocartilagem m lugar de cartilagem hialina; os ligamentos têm um papel restrito nos movimentos da ATM, os quais são dependentes dos músculos mastigatórios; os movimentos da ATM parecem ser influenciados por um reflexo proprioceptivo originado nos dentes via núcleo motor do nervo trigêmio. 2. 2 Anatomia da ATM PAGF 7 muitas características distintas.

MOLINA (1989) refere que a ATM está localizada entre a região distal e superior terminal da mandíbula e a região inferior e lateral do osso temporal. Está delimitada posteriormente pela espinha pós- glenóide, a região escamosa do temporal, o conduto auditivo xterno e a região posterior da fossa glenóide; anteriormente pelo tubérculo articular; medialmente pela parede lateral externa da fossa glenóide e o músculo masseter e superiormente pelo osso temporal e arco zigomático.

Steenks e Wijer (2005), do ponto de vista anatomotopográfico esta articulação mantém estreita relação com o ouvido médio, esta relação é mais nítida durante o período embrionário (em torno da 120 semanas de vida intra- uterina). O resíduo evidente desse desenvolvimento é a fissura petrotimpênica que se localiza na porção petrosa do osso emporal na face posterior da fossa mandibular. 2. Componentes da ATM A ATM é um componente do aparelho estomatognático, constituindo um sistema dinâmico, sendo considerada a juntura mais complexa do corpo humano. Esta articulação possui dois componentes principais: um osso fixo chamado temporal e um osso móvel chamado mandíbula; interposto entre eles tem um disco articular fibrocartilaginoso, sendo os componentes mais salientes desta articulação. ? composto também pela fossa mandibular, côndilo mandibular, cápsula articular, membrana sinovial, fluido sinovial, igamentos, músculos, vasos e nervos. As superfícies articulares da ATM nos adultos apresentam uma camada bem estruturada de osso cortical, recoberta por uma camada de tecido conjuntivo fibroso denso avascular e com algumas células cartilaginosas, cuja quantidade depende da idade e do es I aplicado sobre os PAGF 8 OF os componentes funcionais da articulação. 2. 3. Fossa Mandibular Situada no osso temporal da face, também chamada de cavidade glenóide, possui uma forma oval e côncava que aloja o côndilo da mandíbula; na época do nascimento ela é plana depois é atacada por osteoclastos que fazem sua eabsorção, transformando numa área côncava nos três planos do espaço. Molina diz que as estruturas da ATM acompanham as mudanças que ocorrem com o crescimento craniofacial, com o esforço funcional e os fatores que se originam na oclusão, combinados com fatores ambientais hereditários. rovável que a maior atividade remodeladora na fossa articular se de simultaneamente com as mudanças que ocorrem na época de maior pico de crescimento puberal, que ocorre em torno de 11 a 13 anos nas meninas e 13 a 15 anos nos meninos (1989, p. 123). A Fossa mandibular está protegida por uma fina amada de tecido fibroso, sendo que ela possui partes com mais tecido fibroso que outras, podendo ser dividida em três zonas: zona anterior, zona central e zona posterior.

A zona anterior também chamada de zona de função é a parte funcional da fossa mandibular, ela é bem protegida por uma cartilagem de três camadas com propriedades diferentes. A zona central é a mais côncava da cavidade, sendo a área mais lisa e de pouco atrito, não estando muito envolvida nos movimentos funcionals da articulação. A zona posterior também chamada de zona de inervação e vascularização é rica em vasos, nervos, roprioceptores e tecido conjuntivo; ela é protegida de deslocamentos posteriores elos músculos e ligamentos a fim de evitar lesões. ma zona articular superficial fibrosa com capacidade protetora; b) uma zona proliferativa fina com capacidade de regeneração e com função de crescimento; c) uma camada fibrocartilaginosa que serve de sustentação. A fossa mandibular possui uma protuberância óssea na região anterior chamada de eminência articular, ela constitui o limite anterior desta cavidade servindo como um “stop” para os movimentos condilares. Sua superfície anterior presenta uma leve inclinação que se continua na porção media do arco zigomático. 2. 3. Côndilo Mandibular Situado no osso mandíbula, o côndilo da mandíbula é composto pela cabeça e pescoço, a cabeça tem ao formato ovóide sendo mais convexo no sentido antero-posterior do que na lateral, esta parte superior do côndilo é a superfície que se artlcula na fossa mandlbular possuindo um eixo perpendicular ao ramo da mandíbula. O tamanho do côndilo adulto é de aproximadamente 15 a 20 mm de comprimento e 8a 10 mm de largura, por estar apenas em torno de 1 mm abaixo da pele, ele é ass[vel de palpação durante os movimentos mandibulares.

Molina (1989), O côndilo possui uma camada de tecido cartilaginoso na região superior e anterior que variam de espessura dependendo da idade, função, região da articulação examinada e da ausência ou presença de alteração funcional. A região externa e lateral condilar apresenta pequenas rugosidades onde se inserem parte da cápsula articular e o ligamento temporomandibular; na parte anterior apresenta uma rugosidade chamada fóvea pterigóide onde se insere o feixe inferior do músculo pterigóideo later

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