Conversa franca sobre o bullying

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Conversa Franca Sobre o gullying Rosana Marcia Carvalho Santos Martins RESUMO: Bullying é a expressão do desrespeito á diferença. É comportamento intencional, repetido, que fere e vitimiza. Manifesta-se com agressões físicas, morais ou emocionais e envolve metade dos estudantes do Brasil. O papel do professor é não se calar ou mostrar empatia com a agressão, mostrar que todo bullying sofrerá intervenção imediata e promover uma educação para a paz.

PALAVRAS CHAVES: Agressor, Desrespeit INTRODUÇÃO: O bul , Escola, Vitima, 1 orlo to view nut*ge sofrimento, e xistem relatos de casos envolvendo muitas e diferentes idades, embora o maior número tenha sido de casos envolvendo adolescentes dentro de espaços escolares. Ele deve ser reprimido imediatamente quando ocorrido, ou quando se sabe de sua ocorrência. A escola deve incentivar a aceitação, respeito e tolerância e sempre ser a primeira a dar o exemplo com suas atitudes de respeito que incentivem a paz.

Este texto nasce de reflexão após ouvir a palestra de Carlos Aguerrea cujo tema foi: “A importância da Educação para a Paz”, na II Pedagógica de Montes Claros, MG – Novas Metodologias e Práticas Pedagógicas. Neste trabalho se conclui que é preciso reprimir o bullying, e como diz Aguerrea, possibilitar diálogo e análise das causas e consequências reais da violênci violência e transformar a rotina escolar numa oficina de resolução não violenta de conflitos (informação verbal, 27/04/2012).

Conversa Franca Sobre o Bullying Ofender, ignorar, humilhar, ferir, perseguir, discriminar, são ações que escondem uma violência silenciosa. O bullying, de acordo com o jornal nacional de 08/12/2008, envolve metade dos estudantes do Brasil. É uma agressão onde o valentão é ntolerante, gosta de aparecer, age debaixo de apoio e precisa de plateia. Atinge o mais fraco física, verbal ou psicologicamente. Oornal Nacional, youtube, http://v,mw. youtube. com/watch? v=8q3z51p5UIA. Acesso em 06/04/2012). arece não bastar apenas que alunos estejam matriculadas no sistema regular de ensino para terem direito a permenecer na sala de aula ou na escola, mas ainda precisam não ser diferentes, não falar com sotaque diferente, nem ser pobre, ou gordo, ou negro. Para pertencer precisam agradar espectativas alheias. Bullying é a expressão do desrespeito á diferença. É um problema em que os mais fortes humilham os mais fracos, e estes não tem espaço para revidar nem para revelar a dor que sentem na alma” (Chalita, 2008, p. 19).

Ocorre tanto dentro como fora das escolas, tanto com crianças como com adultos. É um comportamento intencional, repetido, vindo de uma ou mais pessoas, cuja violência fere, machuca, vitimiza. Ele pode se manifestar com agressões físicas, gozações, apelidos e xingamentos, ameaças, intimidaçóes, posse de propriedade dos outros ou mesmo isolamento do agredido. A pessoa que comete o Bullying, geralmente o faz para afirma 10 solamento do agredido. A pessoa que comete o Bullying, geralmente o faz para afirmar seu poder através da agressão. No Site www. bullying. com. rg — Where you are not alone, Bárbara Caloroso nos diz que Bullying não está relacionado à raiva. Não é um conflito a ser resolvido, tem a ver com desprezo – um forte sentimento de desgostar de alguém considerado como sem valor, inferior ou não merecedor de respeito. Este desprezo vem acompanhado por três aparentes vantagens psicológicas que permitem que se machuque os outros sem sentir empatia, compaixão ou vergonha: um sentimento de poder, de que se em o direito de fenr ou controlar outros; uma intolerância ? diferença; e uma liberdade de excluir, barrar, isolar e segregar outros”. Barbara Caloroso, • The bully, the bullied and the bystander’) Acesso em 15/03/11. Disponível em http://www. bullying. org/external O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA traz um conjunto de normas e leis com o objetivo de dar proteção integral á criança e ao adolescente nas áreas de educação, saúde, trabalho e assistência social visando seu desenvolvimento saudável enquanto sujeitos de direitos. O bullying desobedece o ECA e esconsidera o direito á diversidade humana.

O ECA se posiciona contra qualquer depreciação da criança e do adolescente. O bullying não deve ser considerado uma fase que passará na vida do agressor com seu crescimento, por i não deve ser considerado uma fase que passará na vida do agressor com seu crescimento, por isso, não se pode esperar que acabe por si só, mas se deve confrontar diretamente a pessoa que o comete. O agressor deve ser responsabilizado e seus privilégios retirados. Ele precisa saber que seu comportamento não é normal, mas reprovável. No livro Bullying at school,

Dan Olweus nos adverte que é preciso que a escola promova educação sobre os malefícios do bullying, que se estabeleça regras e se abra espaço para discussões sobre aceitação e direitos humanos, pois a solução para o bullying passa pelo diálogo. É muito importante que se estabeleça supervisão e mediação de conflitos (2002, p. 39 a 47). É urgente uma educação para a paz, onde se trabalhe valores relacionados á paz em sala de aula de forma sistemática e experiencial: amor, respeito ao outro e á diferença, tolerância e justiça.

Em uma palestra de Gabriel Chalita, disponível em ttp://www. youtube. com/watch? v-k4Gv7mLGpuY;feature =related , ele afirma que o bullying tem á ver com falta de compaixão, que acontece por não se colocar no lugar do outro. Ele afirma que bullying é a agressão de submeter alguém a uma violência real ou simbólica intencional e de forma repetitiva. Apesar de muitos casos de bullying tentarem ser desculpados diante de nós como brincadeira, devem ser encarados como atitudes violentas e agressivas que marcam uma pessoa para sempre e que precisam ser fortemente repreendidas e combatidas.

Os autores do bullying geralmente são pessoas opulares na escola, que gostam repreendidas e combatidas. Os autores do bullying geralmente são pessoas populares na escola, que gostam de colocar apelidos, constranger e humilhar os mais frágeis. É como se eles se sentissem portadores do direito de humilhar e ressaltar as diferenças. Na cartilha do bullying, disponível em http://www. slideshare. net/criancaemrede/cartilha-bullying, vemos que os agentes da agressão quando nao repreendidos e tratados por profissionais podem se tornar adultos com comportamentos anti-sociais elou violentos, delinquentes ou criminosos.

Existem ais de dois tipos de pessoas envolvidas com o bullying. Existe o autor, a vítima e também os espectadores que são os que assistem a violência e por medo, insegurança ou por descompromisso com o próximo, não fazem nada para contê- lo. O bullying deve ser enfrentado identificando o autor e falando abertamente sobre os problemas que ele causa. É preciso que todos na escola se juntem num esforço para que ela seja um lugar de paz, respeito e aceitação. preciso que haja imposição de limites, orientação, educação quanto á necessidade de inclusão e muita informação sobre o assunto.

A escola precisa roporcionar palestras de orientação aos pais e comunidade, que devem participar cada dia mais da vida escolar de seus filhos. Outra coisa muito importante é o tratamento que se deve dar á vítima. Se o homem é um ser social que constroi sua personalidade de acordo com as percepões e reconhecimento que recebe dos outros, como serão as percepções que uma vitima de bullying tem de si? A vítima precisa ser apoiada, acompanhada e prot que uma vítima de bullying tem de si? A vítima precisa ser apoiada, acompanhada e protegida. Geralmente ela se esconde.

Ela guarda a dor que sente só para si, com medo de ser mais iolentada anda. pessoas vitimizadas pelo bullying geralmente se tornam pessoas defensivas e agressivas. Professores e adultos precisam estar atentos, porque o bullying geralmente não acontece quando há supervisão efetiva, mas em oportunidades em que o agressor ou agressores se sentem seguros para cometerem essa infração sem serem vistos. É o que diz Lélio Braga Calhau em seu blog Bullying, estou fora! Disponível em http://bullyngestoufora. blogspot. com/. O bullying deve ser reprimido imediatamente quando ocorrido, ou quando se sabe de sua ocorrência.

No artigo: Fazendo a diferença no bullying, Debra J. Pepler e Wendy Craig dizem que o assédio moral, o uso combinado de força e agressividade, se tornam sérios problemas ao longo da vida. As crianças que aprendem a ter poder através da agressividade podem transferir essas lições para o assédio sexual, violência, ataques de gangues, abusos, maus tratos e abusos de idosos. Elas ainda fazem uma comparação entre as características individuais das crianças que cometem bullying e as que são vítimas: Os que cometem o bullying são geralmente de temperamento dlfícil, tem problemas de atenção e hiperatividade.

Tem falta de atenção dentro de casa, em ausência da figura paterna, mesmo quando o pai existe, e vive em ambiente de estresse familiar. Buscam sempre pares agressivos, rejeitados e marginalizados para se juntarem e são anti-sociais. A v PAGF 10 sempre pares agressivos, rejeitados e marginalizados para se juntarem e são anti-sociais. A vítima geralmente é ansiosa, isolada e também vive sob estresse familiar. Se sente rejeitada, marginalizada, sofre por falta de reconhecimento, e por pouca comunicação e abertura para falar de seu problema.

Qual deve ser o comportamento do professor ao deparar com um caso de bullying na sala de aula ou na escola? A revista Nova Escola orienta os professores no trato contra o bullying: – Incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças por meio de conversas, campanhas de incentivo à paz e à tolerância, trabalhos didáticos, como atividades de cooperação e interpretação de diferentes papéis em um conflito; – Desenvolver em sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos; – Quando um estudante reclamar de algo ou denunciar o bullying, procurar imediatamente a direção da escola.

Disponível em http://revistaescola. abril. com. br/crianca-e-adolescente Ico mportam ento/bullying-escola-sala-a ula-caso-610503. shtml, acesso em 21 /03/11. Assim, o papel do professor é essencial para tratar o bullying em sala de aula. Ele não deve se calar ou mostrar nenhuma empatia com a agressão que ouve ou vê. Ele deve fazer sentir que toda atitude de bullying sofrerá intervenção imediata. O autor do bullying não deve ser humilhado, por pior que tenha sido sua agressão, mas precisa saber que sua atitude é reprovável.

Os espectadores também precisam ver que a atitude foi reprimida para que escolham não serem autores nem co-autor também precisam ver que a atitude foi reprimida para que scolham não serem autores nem co-autores desse tipo de agressão. A escola precisa oferecer um ambiente acolhedor para seus alunos, e caso aconteça o bullying, comunicar aos palS dos envolvidos, de maneira educada, considerando que tanto os pais da vltima como os do autor, podem sofrer muito por saber que seus filhos estão envolvidos nesse conflito.

A escola deve incentivar a aceitação, respeito e tolerância e sempre ser a primeira a dar o exemplo com suas atitudes de respeito que incentivem a paz. Educação para a Paz é uma opção pedagógica. O professor deve se sentir desafiado a juntar a comunidade scolar num trabalho de conscientização já que essas agressões morais ou físicas são capazes de causar danos psicológlcos que podem abrir as portas da marginalidade para a vítima ou para o agressor. Como nos diz Chalita (2008, p. 21): precisam de amizade os fracos e os fortes, até porque o conceito de fraqueza e de força é relativo.

Os que se julgam fortes podem sentir-se profundamente fracos, ás vezes. E os que se apresentam fracos em algumas ocasiões, em outras quando recebem atenção e cuidado, conseguem surpreender até a SI mesmos. CONCLUSÃO: Vivemos tempos de grande violência, e esta tem ntrado pelas portas da escola. O bullying é uma das formas de violência que mais cresce no mundo”, afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno gullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (http://revistaescola.

Fenômeno gullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (http://revistaescola. abril. com. br/crianca-e -adolescente/comportamento/bullying-escola-494973. shtml, acesso em 06/05/12). Ele deve ser rigorosamete repnrmdo e é muito importante que se estabeleça supervisão e mediação de conflitos pois a solução para o bullying passa pelo diálogo. A escola precisa ser uma instituição que educa para a paz reprimindo o bullying, Incentivando a solidariedade, a generosidade, o respeito à diferença e à tolerância.

Deve desenvolver em sala de aula um ambiente favorável ? comunicação e aceitação do outro e tratar o outro como mais importante que coisas. É mister que toda a comunidade escolar aprenda a valorizar e incentivar a paz. REFERCNCIAS BILBLIOGRÁFICAS CAMARGO, Orson. O gullying. http://www. brasilescola. com Isociologia/bullying. htm Acesso em 19/03/11. CHALITA, Gabriel. Artigos e textos. projeto de Lei sobre o Bullyig. Disponível em ttp://www. gabrielchalita. com. br/artigosetextos_int. php? id=224. Acesso em 14/03/11. CHALITA, Gabriel.

Gabriel Chalita Fala sobre o auliYing. Vídeo disponível em httpWwww. youtube. com/watch? v=CHtV-16alic. Acesso em 13/03/11. CHALITA, Gabriel. pedagogia da amizade – bullying: o sofrimento das vítimas e dos agressores. São Paulo: Editora Gente, 2008. CHALITA, Gabriel. PROJETO DE LEI 01-0069/2009. Diário Oficial da Cidade de São Paulo, São Paulo 54 (33), quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009,Publica 9/1 oo. Dispon[veI em 2009,Publicado no página 99/1 00. Disponível em http://www. gabrieIchalita. om. br/artgosetextos_int. php? id=224 . Bullying, perguntas e respostas. ttp://www =article&id=48&ltemid=34 Acesso em 20/03/11. . Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em http://www. pIanalto. gov. br/ccivil_03/Leis/L8069. htm. Acesso em 14/03/11. ESCOREL, Soraia soares da Nóbrega. Cartilha Bullying. Disponível em http://www. slideshare. net/criancaemrede/cartilha-bullying. PAIAS, Tânja e ALMEIDA, Ana. Esteja atento ao BullYing Escolar. http://www. psicronos. pt/artigos/bullyingescolar. html. Acesso em 20/03/1 1. Revista nova escola. 21 perguntas e Respostas sobre o bullying. ttp://revistaescola. abrilcom. r/crianca-e-adolescente Ico mpo rtam ento/bullying-escola-sala-a ula-caso-610503. shtm l, acesso em 21103/11. SANTOS, Marcos Paulo de Oliveira. Fenômeno Bullying na Educação Física Escolar: um estudo de caso no Distrito Federal. http://www. efdeportes. com/efdl 43/fencmeno -bullying-na-educacao-fisica-escolar. htm . Acesso em 19/03/11. Rosana Marcia Carvalho Santos Martins, graduada em Educação Religiosa pelo IBER- RJ e em Pedagogia pela UNISA – Montes Claros, pós graduada em Ins e ao E-scolar, Supervisão Escolar/ Coordenação Pedagógica Espaços Escolares

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