Pedro 2

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Apostila de Educação Musical 60 Ano Ensino Fundamental wvm. portaIedumusicaIcp2. mus. br ÍNDICE • O Som o Os parâmetros do som o O Silêncio o O que é música Notação Musical A Notação Musical no Ocidente: uma História o A notação Musical Notas Musicais (Altur o que e e para que s de Ritmo (Duração) compasso ora. e? to view nut*ge Clave: Figuras Pulso e Alguns sinais gráficos utilizados para facilitar a escrita musical Barras de compasso – Ligadura – Ponto de aumento – Sinais de repetição – Sinais de Intensidade. ?? Estrutura e forma em musica auditiva da Música Brasileira 2. Saúde vocal e 3. História ormação da múslca brasileira— o Música Indígena Música Europeia Música Africana Nacional Brasileiro Alunos do Colégio Pedro II Bibliográficas de Fixação 4. Hinos o Hino o Hino dos Referências 6. Atividades 7. Quadro Geral movimento. Experimente fechar os olhos e ficar atento aos sons que nos cercam. E então, percebeu como o silêncio é algo quase impossível? Os cientistas nos ensinam que o som é o resultado das vibrações das coisas.

Tudo o que existe na natureza pode vibrar. Essas vibrações se propagam pelo ar ou por qualquer outro meio de condução, chegam aos nossos ouvidos e são transmitidas ao érebro para que possam ser identificadas. A vibração regular desses objetos produz sons com altura definida, em que você percebe como uma “nota musical”. Esses sons são chamados de sons musicais. Por exemplo, os sons produzidos pela flauta doce ou outros instrumentos musicais. Já a vibração irregular produz sons sem altura definida, em que você não consegue distinguir a “nota musical”.

Alguns desses sons são popularmente chamados de “barulhos” ou “ruídos” Por exemplo: o som de um avião ou de um liquidificador. Alguns instrumentos de percussão, como os tambores, também não ossuem altura definida. Os parâmetros dos sons INTENSIDADE – É a propriedade que nos permite distinguir sons fortes e sons fracos. o grau de volume sonoro. A intensidade do som depende da força empregada para produzir as vibrações. FORTE ou piano Alguém gritando em um megafone e o canto de um pequeno pássaro são exemplos de sons fortes e fracos DURAÇÃO — É a propriedade que nos permite distinguir sons longos e sons curtos.

Na música o som vai ter sua duração definida de acordo com o tem o de emissão das vibrações. PAGF ele correspondem os sons que já não somos capazes de ouvir. Tudo Vibra, em permanente movimento, mas nem toda vibração transforma-se em som para os nossos ouvidos! Existem sons que são tão graves ou tão agudos que o ouvido humano não consegue perceber. Alguns animais possuem a capacidade de emitir e até mesmo escutar esses sons! O elefante, por exemplo, emite infrassons (sons muito graves), que podem ser detectados a uma distância de 2 km!

Já o cachorro e o gato conseguem ouvir ultrassons (sons muito agudos). O silêncio é algo complexo de experimentar: se ficarmos em silêncio, em sala de aula, ainda assim ouviremos algum som. Psiu! Vamos experimentar? O elefante emite e ouve sons muito graves que nós não conseguimos ouvir! Curiosidade: um compositor norte-americano chamado John Cage (1912-1992) realizou uma experiência muito interessante: ele queria vivenciar a sensação de plenitude silenciosa e, em busca do “silêncio total”, entrou uma câmara anecóica, ou seja, uma cabine totalmente à prova de sons.

Após alguns segundos, Cage concluiu que o silêncio absoluto não existe, pois mesmo no interor da câmara anecóica ele ouvia dois sons: um agudo, produzido por seu sistema nervoso, e outro grave, gerado pela circulação do sangue nas veias! Incrível! Homem dentro de uma câmara anecóica O que é música? A música (palavra derivada do idioma grego e cujo Slgnificado é “a arte das musas”) pode ser definida como uma sucessão de sons e silêncios organizados com equilíbrio e proporção ao longo do tempo. A música é uma criação essencialmente humana. ? uma prática cultural presente em todo e ualquer grupo humano. Não se conhece nenhuma civili o social que não tenha Vegetable Orquestra, STOMP, John Cage, SIRI (percussão). 6 NOTAÇÃO MUSICAL Como se escreve música? A música é uma linguagem sonora como a fala. Assim como epresentamos a fala por meio de símbolos do alfabeto, podemos representar graficamente a música por meio de uma notação musical. Os sistemas de notação musical existem há milhares de anos. Cientistas já encontraram muitas evidências de um tipo de escrita musical praticada no Egito e na Mesopotâmia por volta de 3. 00 antes de Cristo! Sabe-se que outros povos também desenvolveram sistemas de notação musical em épocas mais recentes, como é o caso da civilização grega. Fragmento de antigo papiro grego com notação musical Existem vários sistemas de leitura e escrita que são utilizados ara representar graficamente uma obra musical. A escrita permitiu que as músicas compostas antes do aparecimento dos melos de comunicação modernos pudessem ser preservadas e recriadas novamente. A escrita musical permite que um intérprete toque uma música tal qual o compositor a prescreveu.

O sistema de notação musical moderno teve suas origens nos NEUMAS (do latim: sinal), pequenos símbolos que representavam as notas musicais em peças vocais chamadas “cantochão” ou “Canto Gregoriano”, por volta do século VIII, no período conhecido como Idade Média (séc VI ao séc XV). O canto gregoriano se aracterizava por ser um canto com melodia de pouca extensão vocal, ritmo monotono e letra religiosa. Era cantado apenas por monges. Todos cantavam uma única melodia ao mesmo tempo (canto em uníssono), sem nenhum instrumento acompanhando. Este canto até hoje é utili as igrejas. stava desenvolvido e o sistema de notação com pautas de cinco linhas tornou-se o padrão para toda a música ocidental, mantendo-se assim até os dias de hoje. 8 Hino a São João Batista Ut queant laxis, Resonare fibris, Mira gestorum, Famuli tuorum, Solve polluti, Labii reatum Sante lohannes Tradução aproximada: “Para que os vossos servos ossam cantar livremente as maravilhas dos vossos feitos, tirai toda mácula do pecado dos seus lábios impuros. 0h, São João! ” Mais tarde, a palavra Ut foi substituída pela sílaba Dó, porque ela era dlfícil de ser falada.

O Si foi formado da união da primeira letra de Sancte e da primeira de lohannes. A notação musical tradicional O sistema de notação ocidental moderno é o sistema gráfico que utiliza s[mbolos escritos sobre uma pauta de 5 linhas paralelas e eqüidistantes e que formam entre si quatro espaços. A pauta musical também é chamada de PENTAGRAMA. Veja: Contam-se as linhas e os espaços da pauta de baixo para cima. A nota que está num espaço não deve passar para a Inha de cima nem para a de baixo. A nota que está numa linha ocupa a metade do espaço superior e a metade do espaço inferior.

O elemento básico de qualquer sistema de notação musical é a NOTA, que representa um único som e suas características básicas (parâmetros do som) de D TURA. veia: PAGF s OF Enriquez – Bardotti – Chico Buarque Dorme a cidade Resta um coração Misterioso Faz uma canção Soletra um verso Lá na melodia Singelamente Dolorosamente Doce a música Silenciosa Larga o meu peito Solta-se no espaço Faz-se certeza Minha canção Réstia de luz onde Dorme o meu rmão Para ouvir a música vá até: httpWapp. uol. com . br/radiouol/player/frameset. php? pcao- 10 Agora vamos cantar a música do filme “A Noviça Rebelde’? Dó é pena de alguém Ré, que anda para trás Mi, pronome que nem sei Fá, é fácil decorar Sol, é o nosso astro-rei Lá, tão longe que nem sei Si, de Sim e de Sinal E afinal, voltei ao Dó Dó, SI, LÁ, SOL, FÁ, MI, RÉ, Dó Clave: o que é e para que serve? A notação musical é relativa e por isso, para escrevermos as notas na pauta precisamos usar CLAVES, espécie de chaves auxiliares. A clave indica a posição de uma das notas. Assim, odas as demais são lidas em referência a essa nota.

Cada tipo de clave define uma nota diferente de referência. Dessa maneira, a “chave” usada para decifrar a pauta é a clave, pois é ela que vai dizer como as notas devem ser lidas. Se na 2a linha tivermos um sol, no espaço seguinte teremos um lá e na 3a linha um si. As notas são nomeadas sucessivamente de acordo com a ordem das notas da escala. Atualmente usam-se três tipos de clave: de Sol, de Fá e de Dó. A clave de sol é própria para grafarmos as notas mais agudas. A clave de fá é indicada para as notas mais graves. A clave de dó é mais usada para os sons médios.

Veja: A clave de sol indica que a ser escrita na segunda semibreve cabem duas mínimas; dentro de uma mínima cabem 2 semínimas; dentro de uma seminima cabem 2 colcheias; e assim por diante… Observe nos quadros a seguir, as relações entre as figuras: 13 Inicialmente, concentraremos nossa prática nas figuras a seguir. Vamos fixar bem a ordem das figuras de ritmo: Vamos ver a proporção entre as figuras, na pauta musical: 14 Como escrever as figuras? As figuras possuem várias partes. Observe: A semibreve é composta apenas pela cabeça da nota. A mínima é composta pela cabeça da nota e pela haste.

A semínima é composta pela cabeça da nota pintada e a haste. A colcheia é composta pela cabeça da nota pintada, a haste e o colchete. As figuras de duração que têm haste ou haste e colchete podem ser escritas com haste para cima ou haste para baixo. Veja: As notas que ficam em cima da 3a linha podem tanto ficar com haste para baixo como para cima. ATENÇÃO: é muito importante você grafar as figuras com precisão e de forma correta. 15 Além da representação da duração do som também precisamos representar graficamente a duração do silêncio na música.

Para isso usamos sinais chamados de PAUSAS ou VALORES NE-GATIVOS. Esses sinais têm o mesmo valor das suas respectivas figuras. Para c tivo temos um negativo PAGF 7 3 Nas pulsações de 4 em 4 podemos pensar em duas palavras com acento na 1 sílaba. Por exemplo: Bela casa – Barco verde – Mesa grande etc Compasso é uma fórmula expressa em fração que determina a regularidade do pulso. Existem várias fórmulas de compasso como as que seguem: Compasso simples é aquele em que cada unidade de tempo corresponde à duração determinada pelo denominador da fórmula de compasso.

Por exemplo: um compasso 2/4 possui dois pulsos com duração de 1/4 (uma semínima) cada. Cada número usado na fração de compasso indica um elemento. O numerador (número de cima) indica o número de tempos do compasso. Se o numerador for 2, o compasso tem dois tempos e é um compasso binário. 17 Se o numerador for 3 0 compasso tem três tempos e é um compasso ternário. Se o numerador for 4 0 compasso tem quatro tempos e é um compasso quaternário. O denominador (número de baixo) indica em quantas partes uma semibreve deve ser dividida para obtermos uma unidade de tempo.

Ou seja, ele indica a figura que vale 1 tempos na música. Como vimos, a semibreve é a figura de maior valor. Por sso ela é tida como referência. O denominador apresenta o número relativo que Indica a relação existente entre as figuras com a semibreve. O número relativo da mínima é 2, cabem duas minimas dentro de uma semibreve. O número relativo da semínima é 4: cabem 4 semínimas dentro de 1 semibreve. O número relativo da colcheia é g cabem oito colcheias dentro de uma semibreve. O númer o no denominador da uma linha curva que une duas ou mais notas, somando os seus valores.

Usamos ligaduras somente em figuras positivas. Veja: ponto de aumento É um ponto colocado à direita da figura positiva ou negativa e que umenta seu valor em sua metade. Veja: 21 Sinais de repetição Para facilitar a escrita e a leitura musical, podemos utilizar sinais que indiquem repetição, ao invés de reescrever trechos inteiros que devem ser repetidos. Os sinais de repetição mais comuns são: Da Capo Voltar obrigatoriamente ao início da música. Ritornello Repetir o trecho marcado. Sinais de intensidade São sinais que indicam a força com que cada nota deve ser tocada.

Os sinais de intensidade mais comuns são: p = piano, tocar bem leve, com pouca intensidade mp = mezzo piano ou meio piano, tocar leve, com moderada intensidade mezzo orte ou meio forte, tocar com força moderada f = forte, tocar com força Veja o trecho musical: 22 Inicia a música Piano (tocando levemente) Passa em seguida para Mezzo Forte (tocando com força moderada) E depois toca Forte . com for a E VOCAL Devemos zelar pela nossa saúde auditiva e vocal evitando forçar a voz ao falar ou cantar e ficar exposto a ruídos excessivos.

Alguns barulhos podem comprometer a nossa audição. Deve-se usar protetor auditivo quando o barulho for inevitável. Os sons de uma turbina de avião ou de uma britadeira são sons que passam dos 100 decibéis. Esses sons acima de 90 decibéis causam até surdez! Veja: Silêncio total — O dg Sussurro — 15 dB Conversa normal – 60 dB Buzina de automóvel- 110 dB Rojão – 140 dB Bomba – acima de 150 dB Decibel é uma unidade de medida usada para medir a intensidade dos sons. 4 Alguns operários ou controladores de pista de aeroportos devem usar protetores para protegerem seus ouvidos dos barulhos excessivos. Existem tecnicas que preservam a saúde vocal, preparando a pessoa para que ela utilize sua voz, sem danificar seu aparelho fonador. As pregas vocais ou cordas vocais São membranas localizadas na nossa laringe, que produzem sons ao serem vibradas pelo ar que vem dos pulmões. A altura dos sons mais agudos ou mais graves) depende da tensão provocada e do tamanho da corda vocal.

Na nossa boca existem vários órgãos articuladores dos sons, que os convertem em vogais ou consoantes: língua, mandíbula, lábios, céu da boca e dentes. Aparelho fonador 25 Cuidados com a voz e ouvido: – Evite gritar, tanto para falar como para cantar. – Beba bastante água sempre. – Evite ambientes muito secos (ar condicionado excessivo). – Antes de cantar procure relaxar a cavidade da boca e o corpo. – Ao cantar mantenha a postura ereta e relaxada. – E-vite bebidas alcoólicas e cigarro. – Trate de alergias de problemas gástricos.

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