Lula

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I [picl 09/05/2004 http://noticias. uol. com. br/midiaglobal/nytimes /ult574u3987. jhtm [pic] Hábitos etílicos de Lula se tornam preocupação nacional [picl Já há quem pergunte se a bebida estaria atrapalhando as atividades do presidente tc next*ge Larry Rohter Em Brasilia Luiz Inácio Lula da Sil de cerveja, uma dose o potente aguardent apreço por um copo m trago de cachaça, e seus conterrâneos começaram a se perguntar se a predileção do presidente por bebidas fortes está afetando sua atuação no governo.

Nos últimos meses, o governo de esquerda de Lula tem sido atacado por uma crise atrás da outra, variando de um escândalo e corrupção ao fracasso de programas sociais cruciais. O presidente tem se mantido distante das atenções e deixado seus assessores fazerem grande parte do trabalho pesado. Isto tem provocado especulação de que seu aparente não envolvimento e passividade poderiam estar de alguma forma ligados ao seu apreço pelo álcool. Mas aqueles que o apóiam negam os relatos de consumo excessivo de bebida.

Apesar de líderes politicos e jornalistas estarem cada vez mais falando entre eles sobre o consumo de álcool de Lula, poucos companheiro de chapa de Lula na eleição de 1998, mas que agora eme que o presidente esteja “destruindo os neurônios em seu cérebro”. “Quando eu fui candidato a vice do Lula, ele bebia muito”, disse Brizola, atualmente um crltico do governo, em um recente discurso. “Eu o alertava de que a bebida destilada é perigosa. Ele não me ouviu e, segundo dizem, continua bebendo. Durante uma entrevista no Rio de Janeiro, em meados de abril, Brizola elaborou sobre as preocupações que expressou para Lula, mas que foi ignorado. “Eu lhe disse: ‘Lula, eu sou seu amigo e camarada, e você precisa pegar essa coisa e controlá-la”‘, ele se recordou. “Não, não tem perigo, está sob controle”, lembrou Brizola, mitando a voz do presidente, deste ter respondido. “‘Ele resistiu, e continua resistindo”, continuou Brizola. “Mas ele tinha um problema. Se eu bebesse como ele, eu estaria frito. Os porta-vozes de Lula se recusaram a discutir o hábito de beber do presidente, dizendo que não dariam uma resposta formal a acusações infundadas. Em uma breve mensagem por e-mail respondendo ao pedido de comentário, eles consideraram a especulação de que ele bebe em excesso como “uma mistura de preconceito, desinformação e má fé” Lula, um ex-metalúrgico de 58 anos, provou ser um homem de apetites e impulsos fortes, o que contribui para seu apelo opular.

Com uma mistura de simpatia e divertimento, os brasileiros assistiram seus esforços para não fumar em público, seus flertes em eventos públicos com belas atrizes e sua contínua batalha para controlar o peso, que disparou logo após ter assumido o governo PAGF70F11 contínua batalha para controlar o peso, que disparou logo após ter assumido o governo em janeiro de 2003. Além de Brizola, os lideres políticos e a midia parecem preferir lidar com o assunto de forma indireta.

Sempre que possível, a imprensa brasileira publica fotos do presidente com olhos turvos e rosto corado, e constantemente faz referências tanto os churrascos de fim de semana na residência presidencial, nos quais a bebida corre solta, e aos eventos de Estado nos quais Lula nunca é visto sem uma bebida na mão. “Dou um conselho para Lula”, escreveu o provocador colunista Diogo Mainardl em uma edlção de março da “Veja”, a principal revista de notícias do país, desfiando uma lista de artigos contendo tais referências. Pare de beber de público”, ele aconselhou, acrescentando que o presidente se tornou o “maior garoto -propaganda da indústria do álcool” com seu consumo explícito. Uma semana depois, a mesma revista publicou uma carta de m leitor preocupado com o “alcoolismo de Lula” e seus efeitos sobre a capacidade de governar do presidente. Apesar de alguns sites se queixarem há meses de “nosso presidente alcoólatra”, foi a primeira vez que imprensa nacional principal se referiu a Lula desta forma.

Historicamente, os brasileiros têm motivo para preocupação diante de qualquer sinal de hábito de consumo excessivo de bebida por parte de seus presidentes. Jânio Quadros, eleito em 1960, era um notóno consumidor de bebidas que disse certa vez: “Bebo porque é líquido”. Sua renúncia inesperada, após menos de m ano no governo, durante o que dizem ter sido uma maratona de bebe PAGF30F11 inesperada, após menos de um ano no governo, durante o que dizem ter sido uma maratona de bebedeira, iniciou um período de instabilidade política que levou a um golpe em 1964 e 20 anos de dura dltadura militar.

Se Lula tem realmente ou não um problema com bebidas, a questão penetrou na consciência popular e se tornou motivo de piada. Quando o governo gastou US$ 56 milhões no início do ano para comprar um novo avião presidencial, por exemplo, o colunista Cláudio Humberto patrocinou um concurso para dar um nome ao vião. Um dos vencedores, lembrando que o avião do presidente americano se chama Força Aérea Um, sugeriu que o avião de Lula deveria ser designado ‘Pirassununga 51 i’, o nome da marca mais popular de cachaça.

Outra sugestão foi “Movido a Álcool”, uma brincadeira com o plano do governo para encorajar o uso de etanol como combustível para carros. A especulação sobre os hábitos de beber do presldente foi alimentada por várias gafes que ele tem cometido em público. Como candidato, ele ofendeu os moradores de uma cidade considerada paraíso dos gays ao chamá-la de “um pólo xportador de “veados”‘, e como presidente, seus deslizes em público continuaram e se tornaram parte do folclore pol[tico brasileiro.

Em uma cerimônia realizada aqui em fevereiro para anunciar um grande novo Investimento, por exemplo, Lula se referu duas vezes ao presidente da General Motors, Richard Wagoner, como presidente da Mercedes-Benz. Em outubro, em um dia em homenagem aos idosos do país, Lula disse para eles: “Quando se aposentarem, por favor, não fi uem em casa atrapalhando a fam[lia. Tem qu PAGFd0F11 eles: “Quando se aposentarem, por favor, não fiquem em casa atrapalhando a família. Tem que procurar alguma coisa para fazer”.

No exterior, Lula também cometeu seus tropeços. Em uma visita ao Oriente Médio no ano passado, ele imitou o sotaque árabe falando português, com os erros de pronúncia e tudo, e em Windhoek, Namíbia, disse que a cidade parecia ser tão limpa que “nem parecia a África”. Os assessores e simpatizantes de Lula respondem que tais deslizes são apenas ocasionais, que são esperados de um homem que gosta de falar de improviso e que não têm nada a ver com seu consumo de álcool que, a propósito, descreveram como sendo moderado.

Eles dizem que ele está sendo comparado ao adrão diferente -e injusto- de seus antecessores, porque ele é o primeiro presidente do Brasil vindo da classe trabalhadora e que cursou apenas até a sexta série. “Qualquer um que já tenha estado em recepções formais ou informais em Brasília testemunhou presidentes bebericando uma dose de uísque”, escreveu recentemente o colunista Ali Kamel no jornal “O Globo”, do Rio de Janeiro. “Mas sobre o fato nada leu a respeito dos outros presidentes, somente de Lula.

Isso cheira a preconceito. ” Lula nasceu em uma família pobre em um dos Estados mais pobres do país, e passou anos liderando sindicatos trabalhistas, m ambiente famoso por alto consumo de bebida. A imprensa brasileira já descreveu repetidas vezes o pai do presidente, Aristides, a quem ele mal conheceu e que morreu em 1978, como sendo um alcoólatra que abusava de seus filhos. São inúmeras as histórias de episódios de bebedeira envolvendo Lula. que abusava de seus filhos. Lula.

Após uma noite na cidade, quando foi membro do Congresso no final dos anos 80, Lula desceu do elevador no andar errado do prédio onde morava na época e tentou arrombar a porta de um apartamento que achou que era o seu, segundo politicos e jornalistas daqui, incluindo alguns que são ex- oradores do prédio. “Sob Lula, a caipirinha virou bebida nacional por decreto presidencial”, disse no mês passado o jornal “Folha de S. Paulo”, em um artigo sobre a ligação de Lula com o álcool e se referindo ao coquetel feito com aguardente.

ITraduçao: George El Khouri Andolfato http://wwwl. folha. uol. com. br/fsp/brasiVfc0905200405. htm Hábito de bebericar do presidente vira preocupação nacional LARRY ROTHER DO “NEW YORK TIMES”, EM BRASÍLIA O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nunca escondeu sua inclinação por um copo de cerveja, uma dose de uísque ou, melhor ainda, um copinho de cachaça, o potente destilado rasileiro feito de cana-de-açúcar. Mas alguns de seus conterrâneos começam a se perguntar se sua preferência por bebidas fortes não está afetando suu performance no cargo.

Nos últimos meses, o governo esquerdista de Da Silva tem sido assaltado por uma crise depois da outra, de escândalos de corrupção ao fracasso de programas sociais cruciais. O presidente tem ficado lon e do alcance público nesses casos e tem deixado seus assesso rem-se da maior parte do PAGF 6 OFII público nesses casos e tem deixado seus assessores encarregarem-se da maior parte do levantamento de peso. Essa titude tem levantado especulação sobre se o seu aparente desengajamento e passivldade podem de alguma forma estar relacionados a seu apetite por álcool.

Seus apoiadores, entretanto, negam as acusações de excesso de bebida. Apesar de líderes políticos e jornalistas falarem cada vez mais entre si sobre o consumo de bebidas de Da Silva, poucos estão dispostos a expressarem suas suspeitas em público ou oficialmente. Uma exceção é Leonel Brizola, líder do esquerdista PDT, que foi companheiro de Lula na eleição de 1998, mas agora está preocupado que o presidente esteja “destruindo os neurônios de seu cérebro”. Quando eu fui candidato a vice-presidente de Lula, ele bebia muito”, disse Brizola, agora um crítico do governo, em um discurso recente. Eu o avisei que bebidas destiladas são perigosas. Mas ele não me escutou e, de acordo com que estão dizendo, continua a beber. ” Durante uma entrevista no Rio de Janeiro em meados de abril, Brizola argumentou sobre a preocupação que ele havia expressado a Da Silva e que o que ele dissera ter sido desconsiderado. “Eu disse a ele: “Lula, eu sou seu amigo e camarada, e você precisa controlar isso”‘, ele lembra. “Não, não há perigo, eu tenho isso sob controle”, Brizola lembra a resposta de Da Silva, imitando sua voz rouca. Ele resistiu, ele é um resistente”, Brizola continuou. “Mas ele tinha aquele problema. Se eu bebesse como ele, estaria frito. ” Os porta-vozes de Da Silva recusaram-se a discutir oficialmente os hábitos de beber do preside frito. ” os hábitos de beber do presidente, afirmando que não iriam dar crédito a acusações infundadas com uma resposta oficial. Em uma breve mensagem por e-mail que respondia a um pedido de comentário, afirmaram que a especulação que Da Silva bebe em excesso como “uma mistura de preconceito, desinformação e má-fé”.

Da Silva, um metalúrgico de 58 anos, mostrou ser um homem popular. Com um misto de compaixão e simpatia, os brasileiros têm assistido a seus esforços para não fumar em público, a seus flertes com atrizes em eventos públicos e à sua batalha contínua para evitar comidas gordurosas -que fizeram seu peso aumentar muito em pouco tempo desde que assumiu o cargo em janeiro de 2003. Além de Brizola, líderes políticos e a midia parecem preferir lidar com isso de forma mais sutil e indireta, mas com com um certo apetite.

Sempre que possível, a imprensa brasileira publica fotos do presidente com os olhos avermelhados e as ochechas coradas e constantemente fazem referências tanto aos churrascos de fim de semana na residência presidencial, onde a bebida corre solta, como aos eventos oficiais onde Da Silva parece nunca estar sem um copo de bebida nas mãos. “Eu tenho um conselho para o Lula”, escreveu em março o crítico mordaz Diogo Mainardi, colunista da “Veja”, a revista mais importante do pa[s, enumerando uma lista de reportagens contendo referências ao hábito do presidente. Pare de beber em público”, ele aconselhou, acrescentando que o presidente tornou- presidente. ‘Pare de beber em público”, ele aconselhou, crescentando que o presidente tornou-se “o maior garoto- propaganda para a indústria da bebida” com seu notório consumo de álcool. Urna semana depois, a mesma revista publicou uma carta de um leitor preocupado com o “alcoolismo de Lula” e seu efeito na habilidade do presidente de governar. Apesar de alguns sites estarem reclamando de “nosso presidente alcoólico”, foi a primeira vez que a grande imprensa nacional referiu-se a da Silva desta maneira.

Historicamente, os brasileiros têm razão para estarem preocupados com sinais de hábitos de abuso do álcool de seus presidentes. Jânio Quadros, elelto em 1960, foi um bebedor anifesto que um dia declarou: “Bebo porque é líquido”. Sua inesperada renúncia, menos de um mês após ter assumido -período considerado uma maratona de excessos- iniciou um período de instabilidade política que levou a um golpe de Estado, em 1964, e a 20 anos de uma rígida ditadura militar.

Independentemente se Da Silva tem um problema com bebida ou não, o tema tem se infiltrado na consciência pública e se tornado alvo de piadas. Claudio Humberto, uma espécie de Matt Drudge da política brasileira, fez um concurso para dar um apelido à aeronave. Uma das escolhas vencedoras, em alusão de que o avião presidencial mericano é chamado de Força Aérea Um, sugeriu que o nome do jato de Da Silva deveria ser “”Pirassununga 51” -nome de uma marca popular de cachaça no Brasil.

Outra sugestão foi “Mo PAGF40F11 ‘”Pirassununga 51 ” -nome de uma marca popular de cachaça no Brasil. Outra sugestão foi “Movido a Álcool”, um trocadilho com o plano governamental de incentivar o uso de etanol em carros. Especulação sobre os hábitos de bebida do presidente tem sido alimentada por várias gafes e passos em falso que ele tem feito em público. Como candidato, ele uma vez se referiu aos moradores de uma cidade considerada uma abrigo para os gays hamando-a de “pólo exportador de veados”.

Como presidente, suas escorregadas em publico continuaram e se tornaram parte do folclore politico brasileiros. Numa cerimônia aqui em fevereiro para anunciar um grande investmento, por exemplo, Da Silva duas vezes se referiu ao presidente da General Motors, Richard Wagoner, como presidente da Mercedes-Benz. Em outubro, num dia em homenagem aos idosos do país, Da Silva disse a eles: “Quando vocês se aposentarem, não fiquem em caso aborrecendo sua fam[lia. Encontrem alguma coisa para fazer”. No exterior, Da Silva também tropeçou ou foi mal aconselhado.

Em visita ao Oriente Médio no ano passado, ele imitou um sotaque árabe falando em português, inclusive com pronúncias erradas. Em Windhoek. na Namíbia, o presidente disse que a cidade parecia tão limpa que “não parece que está num país africano. A equipe de Da Silva e seus simpatizantes respondem que esses escorregoes sao apenas ocasionais e previsivels para alguem que gosta de falar de improviso e não tem nada a ver com seu consumo de álcool, que eles descrevem como sempre moderado. Para eles, Da Silva é visto de um padrão diferente -e injusto- com relação a seus an

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