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orgânicas quanto cognitivas. Ao falar dessa pesquisa, Piaget parte do principio e que “todas as manifestações da vida, quaisquer que sejam e em todos os níveis, revelam a existência de organizações. ” (Biologie ET connaissance – 1967).

Ao falar de organização, Piaget fala de uma função da organização, que é condição necessária de toda transmissão hereditária, e contribui para a continuidade de tal organização. Segundo ele, essa organização tem a propriedade de interação entre suas partes diferenciadas e o todo, pois a totalidade que se consema é uma otalidade relacional, e isso leva à renovação por construção do seu conteúdo.

Piaget fala que todo ato de um indivíduo remonta ao vínculo que se estabelece, seja transmitido hereditariamente, a aí dando continuidade entre evolução bio -lal Studia Trabalho dos vínculos Premium By lilianemnraes uapTa 20, 2011 6 page_s NSTITUTO MINEIRO DE PSICODRAMA FACULDADE METROPOLITANA ALUNA: LILIANE GRAZIELLE DE SOUZA MORAES TRABALHO SOBRE VÍNCULOS Os vínculos existem na sociedade desde o nascimento até o último dia de vida de um indivíduo, considerando que, muitas ezes, após a morte, o vínculo permanece nas pessoas que ficam.

Para o psicodrama, o vínculo não quer dizer apenas ligação/ relação, mas também percepção, que é a atuação de um com o outro formando um terceiro, que é o que é percebido.

Nessa to vien perspectiva, o víncul comunicação do indi isso propõe o desen num contexto cultur por Piaget quando fal OF6 Swipe nentp socialização e I está inserido, e aprendizagem, gico é discutido truturas”, tanto biológica e evolução cognitiva, conservando um certo funcionamento organizador que se conserua a partir de ituações anteriores, que interagiram com o meio habitado pelo indivíduo, por suas características f[sico/ biológicas, inclusive de estruturação da existência, pelos fatores culturais e pela estruturação da linguagem/ comunicação. ara dar como suficiente sua análise da estrutura da organização, Piaget constitui uma ordem circular, que é inerente ao funcionamento interativo de uma organização, onde cada um dos elementos se apóia nos outros, ao mesmo tempo que permanece aberto ao intercâmbio com o exterior. Se a organização é essencial a toda manifestação da vida, fisica ou mental, e se é indissociável a adaptação dos organismos às condições do melo e do sujeito às características do objeto, então a adaptação constitui a razão explicativa d evolução tanto das formas orgânicas quanto das cognitivas, e o mecanismo adaptativo comum a estas formas é o da assimilação”.

Aqui pode-se entender a assimilação e adaptação faladas por Piaget como algo a ser incorporado à vida do indivíduo por meio do estabelecimento de vinculos, que possibilitam perceber o que está fora de sua construção vivencial e que através de trocas pode ser reconstruído, ressignificado e transformado. Ao falar do vínculo como percepção, que se inicia desde o nascimento, falamos e algo que vai além das formas e das cores, e engloba o sentido e a significação. ara Vigotsky, o “objeto” que a criança percebe e manipula, e que depois é interiorizado com interiorização das ações, já é um “objeto semiótico”, com um nome, uma história e uma significação, mesmo que a criança não tenha consci semiótico”, com um nome, uma história e uma significação, mesmo que a criança não tenha consciência disso. O objeto é captado por uma imagem visual e sua significação, o que permite onhecer, perceber e portanto, vincular-se a ele.

Para que a criança possa formar a representação daquele “objeto” que está sendo incorporado por ela, de forma a abstrair a significação da imagem e relacioná-la a outros “objetos” similares, “ela terá que evoluir no uso da linguagem ao ponto e tornar-se capaz de desconstruir a palavra nos seus elementos sígnicos para poder “manipular” a significação” (Vigotsky – pág. 19).

A linguagem está a todo momento se modificando, e as percepções acerca dos objetos, a cultura e os valores de uma família elou sociedade nde um indivíduo nasce e se desenvolve, tudo isso leva a uma organização onde se atribui significados, particularidades que são codificadas pela criança a partir dos primeiros vínculos que estabelece, e proporciona o experimento, a iniciação de sua linguagem, que ainda não é verbal, mas representa uma expressão real nos hábitos culturais/emocionais do grupo, além de uma função da forma que assumem nas relações sociais.

A estrutura social gera diferentes formas, diferentes códigos de linguagem, e estes vão se modificando transmitindo a cultura e determinando o comportamento, estabelecendo com isso as elações vinculares. As diversas maneiras de usar a linguagem, alcançam camadas diferentes da sociedade e traz percepções com diferentes modos de agir, pensar, sentir, interagir com o outro e seu uso da linguagem.

Os vínculos estabelecidos com a linguagem referem-se à capacidade dos homens, às condições gerais da cultura e à orga 3 estabelecidos com a linguagem referem-se à capacidade dos homens, às condições gerais da cultura e à organização da sociedade. Vigotsky, Curia e Leontiev, na psicologia russa, chamaram a atenção para o caráter sociocultural da memória umana, que traz todas as questões dos vínculos afetivos da linguagem e cognitivos.

A memória humana é marcada pela experiência social nos modos de lembrar e recordar dos indivíduos, estabelecendo os vínculos virtuais e mesmo residuais. Esses indivíduos procuram desenvolver formas de Investigação empírica que integre a dinâmica cultural na construção da memória.

Assumindo uma perspectiva cognitivista, o canadense Endel Tulving(1 985) investiga o funcionamento da memória e a destaca em três sistemas, sendo eles: memória semântica, relacionada ao conhecimento por signos, experiências, códigos mplicando na linguagem, caracterizada pela capacidade de representar estados do mundo que não estão presentes perceptualmente. A memória episódica, que possibilita a retenção de conhecimento sobre eventos experienciados pessoalmente e suas relações temporais num tempo subjetivo.

A memória procedural, que possibilita ao organismo reter conexões através do desmpenho. Os modelos ou formas que articulam a linguagem e os processos cognitivos, influenciados pelos vínculos estabelecidos em cada relação/ situação e que desencadeiam variantes e conexões da emória, são criados e transformados, tanto a partir da memória episódica, relacionada às experiências individuais concretas; quanto da memória semântica, relacionada à experiência vicária e ao conhecimento metalinguístico do mundo.

No conhecimento metalingüístico do mundo, o indi conhecimento metalinguístico do mundo. No conhecimento metalingüístico do mundo, o individuo/ criança assimila o mundo objetivo como um mundo de objetos humanos reproduzindo ações humanas com eles. “Ela “guia” um carro, aponta uma “pistola”, embora seja realmente impossível Andar em seu carro u atirar com sua arma. ” LEONTIEV. A criança reconhece sua dependência das pessoas que a cercam diretamente, e isso determina suas relações pessoais, íntimas, com essas pessoas.

A construção de seu espaço e decomposição de seu mundo vem a partir dos signos e sentidos presentes em sua memória e nas relações vinculares estabelecidas através da articulação do pensamento e da linguagem. Dois grupos fazem parte da decomposição do mundo dessa criança: um deles é de pessoas inteiramente ligadas a ela, e são as relações que determinam suas relações com todo o resto do mundo( pai, mãe, etc).

Outro grupo, mais amplo, é o restante das pessoas e são relações mediadas pelas estabelecidas no primeiro grupo. Quando a criança entra na escola, seu modo de vida se modifica, suas relações se ampliam, mas ainda necessita recorrer à mediação da professora em suas relações com outras crianças de sua idade. O sistema de suas relações é reorganizado, há agora obrigações com a sociedade e o grupo onde está inserida.

As relações iniciais da criança agora não mais determinam as atuais, mas o inverso se projeta nas relações mais íntimas. Desde o nascimento, o ndividuo está inserido num contexto de relações em que vai aos poucos estabelecendo sua vida, sua personalidade. Todo esse movimento acontece de acordo com a articulação entre memória, pensamento, linguagem, cognição e cultura. S com a articulação entre memória, pensamento, linguagem, cognição e cultura.

Tudo isso desencadeia o nível e estruturação dos vínculos que serão estabelecidos ao longo de sua vida. Ao iniciar sua vida escolar, seu nível de linguagem é moldado conforme os signos e significados presentes no contexto social/ cultural do mundo que está sendo organizado por tal indivíduo, ssim, as experiências e vivências desenvolvidas passam a trazer o sentido codificando aspectos relacionais com os vínculos estabelecidos e a estabelecer presentes no cotidiano e na memória, vinculados à cultura.

Dessa forma,o que vai sendo construído e vivido nos grupos, em seus vínculos mais amplos, passam a definir e estruturar as novas linhas de pensamento e manuseio da linguagem, agora mais maduramente significada e adquirindo outras funções. As alegrias, tristezas, conflitos e vitórias vividas dentro dos vínculos estabelecidos nesse grupo maior, são levadas para suas relações íntimas, ou seja, para seus ínculos iniciais modificando a cadeia das relações transformadas pela conexão memória/linguagem/cognição/cultura.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Campos, Maria das Graças de Carvalho. Teoria do Desenvolvimento – O Sujeito Moreniano e Dinâmica Vincular{Apostila). Belo Horizonte. Vigotsky, L. S. , Luria, A. R. , Leontiev,A. N. , Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem. Sáo Paulo: Ed. ícone, 1988. Anais – Encontro Sobre Teoria e Pesquisa em Ensino de Ciências. Linguagem, Cultura e Cognição – Reflexões para o Ensino de Ciências. gelo Horizonte, Faculdade de Educaçao da UFMG, 1997.