Automaзгo

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Charles dos Santos[l] Cбssio Aurйlio Suski[2] Resumo Com o advento da re da eletrфnica, inform automaзгo industrial hui. , proporзoes, para a m todo processo que a 6 erior aparecimento rgimento da salto de grandes vida; porйm como tambйm traz consigo um grande problema, adjunto a automaзгo industrial, tem-se aquele que talvez seja o flagelo para a sociedade dos dias atuais, o desemprego. Realidade que nгo estб atrelada apenas aos paнses de terceiro mundo, mas vivenciada pela sociedade de modo geral.

O aumento desenfreado da densidade demogrбfica undial e o sistema capitalista que visa acima de tudo o lucro com o aumento da produtividade sгo talvez os algozes responsбveis por esta situaзгo. Analisar um ponto de equilbrio neste processo de automaзгo, talvez irreversнvel, onde se tenha uma melhora contнnua de qualidade de vida, porйm respeitando e reposicionando cada indivнduo de modo participativo nesta nova ordem social serб um dos maiores desafios para esta sociedade globalizada atual, onde valores como comunicaзгo, conhecimento e principalmente adaptaзгo a novas situaзхes, devem moldar o profissional do futuro. alidade e mais seguranзa, convergindo na procura de melhora contнnua do modo atual ou em busca de novos modos operacionais que o levem a este objetivo, direcionando a uma atualizaзгo constante de todos os processos. A automaзгo industrial nasceu desta necessidade e despontou embora tнmida no inнcio da revoluзгo industrial, vindo a um crescimento acelerado desde meados do sйculo passado e, em curva exponencial nos dias atuais, constituindo-se numa realidade presente no dia a dia de nossa sociedade.

No entanto, esta presenзa tambйm nos cria a dъvida sobre o futuro do trabalho umano, jб que a civilizaзгo teve um aumento enorme de seu nъmero de habitantes e, com a automaзгo, cada vez mais postos de trabalho sгo ceifados em nossas indъstrias. Com uma taxa de crescimento desordenada, fruto de um кxodo rural adjunto ao crescimento urbano atual, resultado de vбrias etapas da revoluзгo industrial onde o aumento de industrias apontou para a demanda maior de mгo de obra e, consequentemente, um grande aumento da massa populacional.

A humanidade vem apresentando deste este ъltimo sйculo um aumento exponencial no nъmero de seus membros. Tem-se como decorrкncia de nosso crescimento demogrбfico desenfreado o desafio de realocaзгo contнnua de novos membros em nossa sociedade. Para que se experimente uma sociedade realmente justa com igualdade de tratamento e oportunidades entre nossos membros й vital o posicionamento no meio pelo qual se garante nossa participaзгo na sociedade e nos leva a ser membro ativo desta, que seria possibilidade de alocaзгo no mercado de trabalho, principalmente nos grandes centros urbanos. A AUTOMAЗAO INDUSTRIAL Conforme Pires (2002, p iii, rifo meu), “Se se aceita a premissa que nгo hб riqueza sem p nнvel individual quer a 20F aceita a premissa que nгo hб riqueza sem produзгo, quer a nнvel individual quer a nнvel nacional, imediatamente se conduz а conclusгo de que o estudo dos sistemas produtivos e das tecnologias a si associadas, como o caso da Automaзгo Industrial, estб na frente dos assuntos que devem ser estudados de uma forma detalhada nos diversos ramos relevantes da engenharia, caso se queira ter um crescimento sustentбvel da sociedade que garanta um aumento da qualidade de vida [… “, ou seja, nao se pode imaginar no futuro uma sociedade sustentбvel, se nгo for struturada uma correlaзгo saudбvel entre esta e os impactos causados pela automaзгo industrial. Desde a revoluзгo industrial que iniciou em meio inglкs no sйculo 18, a humanidade presenciou um enorme crescimento urbano e, consequentemente, um aumento considerбvel em seu parque fabril. No inнcio este provou avanзos considerбveis para a йpoca com a inserзгo da mбquina vapor e a elaboraзгo de novos mecanismos que acrescentam em muito o poder de produзгo e qualidade em nossas indъstrias.

Nesta revoluзгo, encabeзada pela mбquina a vapor, nascia timidamente а semente para o que o futuro se denominaria automaзгo industrial. Este processo apresenta certa divergкncia entre muitos autores e especialistas neste ramo, muitos apontam como embriгo para a automaзгo industrial o inнcio do desenvolvimento da eletrфnica valvulada e posteriormente seus semicondutores. Porйm contornado as divergкncias sobre este surgimento, temos a constataзгo de um movimento que tem seu crescimento de forma exponencial e irreversнvel.

Aplicar-se-б como definiзгo para automaзгo industrial aquela fornecida pela empresa de automaзгo, Quartzo (2012), onde se em: Automaзгo industrial й a a lica гo de softwares, tйcnicas ou equipamentos espec[fico 30F (2012), onde se tem: Automaзгo industrial й a aplicaзгo de softwares, tйcnicas ou equipamentos especflcos em uma determinada mбquina ou processo industrial, com o objetivo de maximizar sua produзгo, minimizar o consumo de energia e matйrias primas, menor emissгo de resнduos de qualquer espйcie, melhores condiзхes de seguranзa seja material, humana ou de informaзхes referentes a este processo, ou ainda de reduzir a interferкncia humana sobre este processo ou mбquina. ? um passo alйm da mecanizaзгo onde operadores humanos sгo providos de maquinaria para auxiliб los em seus trabalhos. Apуs todo este perнodo de revoluзхes industriais, que foram segundo especialistas trкs, a primeira, conforme citado anteriormente iniciou se na Inglaterra, impulsionada pela mбquina a vapor, a segunda foi baseada no inнcio de utilizaзгo do petrуleo e da eletricidade, jб a terceira estrutura-se desde a segunda grande guerra, e tem como alicerces a eletrфnica e a automaзгo industrial originaria desta.

Vivemos em um mundo cada vez mais automatizado, onde a informбtica, eletrфnica, obуtica, deixaram de ser termos desconhecidos por muitos para tornarem-se parte de nosso cotidiano, onde todo este avanзo deveria convergir para a melhoria de nossa qualidade de vida. Porйm com a doutrina neoliberal vigente em nossa sociedade, esta tecnologia privilegia sobre tudo o capitalismo, sua busca desenfreada pela maximizaзгo do lucro e diminuiзгo dos custos, onde a diminuiзгo do nъmero de operбrios estб entre os itens principais deste corte de custos. Onde estгo os empregos? “As novas tecnologias permitem ganhos expressivos de produtividade. Uma forma de medir sses ganhos й comparar a quantidade de produtos feitos com o mesmo nъmero de empregados antes e hoje. ” (VEJA 2004, p. 178).

Ilustrando o au feitos com o mesmo nъmero de empregados antes e hoje. ” (VEJA 2004, p. 1 78). Ilustrando o aumento de produtividade com o advento da automaзгo industrial tem-se um comparativo, onde a diferenзa do perнodo prй e pуs-automaзao fica evidenciada. [… ] Com a mesma mгo de obra й possнvel: Indъstria Eletroeletrфnica: Fabricar sete vezes mais televisores. Indъstria Automobilнstica: Fabricar seis vezes mais automуveis. Indъstria Tкxtil: Produzir quatro vezes mais tecidos. Construзгo Civil: Construir trкs vezes mais metros quadrados. Empresas Aйreas: Transportar duas vezes mais passageiros. Siderurgia: Fazer duas vezes a mais de aзo. [… (MONTECLARO, 2004), 3 0 MERCADO DE TRABALHO Vivemos um periodo de mudanзas, algumas destas inimaginбveis atй algum tempo atrбs, sendo que no campo da manufatura industrial, tem-se como uma das vertentes principais destas mudanзas, a explosгo tecnolуgica, que se faz sentir em nossos parques industriais. A automaзгo industrial й uma ealidade cada vez mais presente em nossos dias, criando um antagonismo enorme em nossas vidas, pois se por um lado nos fornece ferramentas para is altнssimos de eficiкncia, (2008), para o indivнduo que se encontra desempregado, como situaзгo involuntбria de nгo trabalho, onde o mesmo nгo encontra oportunidade e se vк obrigado a exercer trabalhos irregulares. Sendo o desemprego utilizado para dimensionar a parcela de indivнduos ativos que se encontra sem emprego.

O desemprego comumente й dividido em duas situaзхes diferentes, o desemprego conjuntural, geralmente proveniente e uma situaзгo momentвnea, geralmente causada por situaзхes como recessхes econфmicas, desastres naturais, instabilidades polнticas, etc… Sendo caracterizada pelo retorno a situaзгo de estabilidade normal apуs a resoluзгo ou atenuaзгo da anomalia geradora. Temos tambйm o desemprego estrutural, proveniente de mudanзas nas estruturas sociais, onde temos a perda do emprego de forma irreversнvel, neste caso podemos destacar como uma das principais causas, a crescente implementaзгo da automaзгo nos mais diferentes campos, principalmente no campo industrial, jб que os postos de trabalho sгo ocupados por aquinas automatizadas, por exemplo, robфs, CNCs, etc…

A realidade de nosso proletariado industrial, atй pouco tempo, baseado em um sistema mesclado entre Taylor e Ford e sua indъstria verticalizada, vem dando lugar com a reestruturaзгo produtiva do capital, originando formas desregulamentadas de trabalho com uma reduзгo drбstica do emprego formal. Esta nova indъstria onde a comunicaзгo potencializada pela informбtica, consegue encurtar os espaзos, com relaзгo quase que direta entre muitas empresas, antes distantes, flexibilizando e desconcentrando o espaзo fнsico produtivo, logo se tem a iminuiзгo dos nнveis de emprego formal. Por outro lado a relaзгo ualifica гo e trabalho sгo amplamente discutidas e eis da sociedade. Em 6 OF qualificaзгo e trabalho sгo amplamente discutidas em todos os nнveis da sociedade.

Em decorrкncia do crescente avanзo tecnolуgico a necessidade de qualificaзгo do proletariado vem tornando-se vital, pois dentro deste contexto, as pessoas menos qualificadas estгo mais sujeitos a serem atingidos pelo desemprego, sendo esta visгo prejudicada pela realidade, jб que com o aumento de especialistas, oriundos da requalificaзгo rofissional, tem-se uma oferta maior neste segmento de mao de obra ocasionando o desemprego estrutural. Considerando estes pontos temos como um dos maiores geradores de desemprego nos dias atuais a automaзгo industrial, no comeзo de sua implantaзгo, manifestava esta tendкncia de forma ainda tнmida, promovendo atй certo ponto apenas um novo direcionamento do emprego, para novos postos que exigem a qualificaзгo tйcnica.

Evoluiu de forma a comeзar a diminuir os postos de emprego atй mesmo no segmento qualificado, promovendo uma preocupaзгo a nнvel social sobre sta nova realidade, e o que fazer para atenuar este problema, jб que a implementaзгo de tecnologia, de modo a aumentar a produtividade e qualidade na manufatura fabril, se tornou um caminho de apenas um sentido sem a possibilidade de volta. A fim de ilustrar os parбgrafos anteriores, temos o grбfico 1, que mostra uma comparaзгo entre o nнvel de desemprego em funзгo do grau de qualificaзгo, jб na tabela 1 temos a quantificaзгo desta relaзгo. (REIS, 2006, pag. 375): Grбficol – Comparaзгo entre o nнvel de desemprego em funзгo do grau de qualificaзгo

Composiзгo educacional da forзa de trabalho por qualificaзгo [pic] Fonte: Construнda com base nos dados das Pnads para indivнduos com idade entre 24 e 68 anos, residentes nas бreas urbanas. Aliado a sйrie de pontos assinalados acima o desemprego apresenta-se sem dъvida como uma variбvel extremamente volбtil e influenciбvel por diversos fatores, sendo um dos principais o comportamento do mercado econфmico. Pode- se evidenciar isto com a crise econфmica que se originou aproximadamente no terceiro trimestre do ano de 2008, mas afetando realmente o mercado brasileiro apenas no inнcio de 009 (tabela 02), com a situaзгo como se pode observar nas tabelas 2 e 3.

A tabela 2 demonstra os valores anuais mйdios dos principais indicadores do mercado de trabalho das regiхes metropolitanas de Belo Horizonte, Porto alegre, Recife, Salvador, Sгo Paulo e Distrito Federal, onde se pode notar que em comparaзгo com 2007, o ano de 2008 apresentou uma retraзгo no indice de desemprego, fruto do crescimento da economia a nlVel mundial. Tabela 2 – Estimativa da populaзгo em idade ativa, segundo condiзгo de atividade Fonte: Convкnio Seade-Dieese. TEM/FAT e convкnios regionais. Os нndices acima apontam a caracterнstica nada simplista da variбvel desemprego, o que caracteriza uma enorme dificuldade de equaciona-la em relaзгo ao tempo.

Focando agora no mercado de trabalho em ralaзгo a automaзгo, temos a tabela e o grбfico do numero de vagas de trabalho relacionadas а produзгo industrial, ao visualizar est otуrio o crescimento de 8 OF 1980, mesmo mantendo a aceleraзгo na produзгo industrial, comeзamos a observar a estabilizaзгo e posterior inicio de queda do numero de vagas de mгo de obra na indъstria, talvez nгo uito evidente na fase inicial, provavelmente pela migraзгo desta mгo de obra para outros setores como o de serviзos. Grбfic02 – Numero de vagas de trabalho ligadas a produзгo industrial. ponte: senes estatнsticas IBGE – Sйne IND04100 – Atividade ndustrial – Indъstrias de Transformaзгo. Tabela 3 — Pessoal ocupado ligado а produзгo industrial. perнodo produзгo – Indъstria Geral 11970 1972 1973 11974 1975 1976 1977 1978 Pessoal ocupado ligado ? 12. 154. 146 2. 050. 001 2. 689. 446 2. 803. 064 3. 122. 014 3. 73. 774 3. 410. 604 3. 630. 715 4. 073. 753 1981 11982 1983 1984 1988 11989 1990 11992 1993 11994 1995 3. 656. 731 13. 738. 236 3. 334. 1 03 13. 578. 132 3. 424. 522 3. 097. 842 12. 740. 269 2. 665. 822 2. 632. 540 2. 349. 402 Fonte: Series estatнsticas IBGE – Sйrie IND04100 – Atividade Industrial Indъstrias de Transformaзгo. Podemos notar que no perнodo que compreende o ano de 1970 a 1980, o numero de vagas de trabalho, estava atrelado ao crescimento industrial, jб a partir de 1 980, continuamos apresentando um grande crescimento industrial, porйm comeзamos a estabilizare osteriormente a apresentar uma diminuiзгo no numero de 0 DF 16

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