Doenзa de chagas

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SUMБRIO 1 REVISAO DE LITERATURA 1. 1 A FISIOPATOLOGIA DA DOENЗA DE CHAGAS 2 REFERКNCIAS OF8 p (2008). O Tripanossoma й transmitido no ato da alimentaзгo do inseto. Assim que o barbeiro termina de se alimentar ele defeca, eliminando protozoбrios e colocando-os em contato com a ferida e a pele da vнtima. A doenзa de chagas tambйm pode ser transmitida por transfusгo sanguнnea ou durante a gravidez, de mгe para filho Boa Saъde (2005). Sгo raros os casos de transmissгo oral da doenзa de Chagas, mas as epidemias recentes tкm sido causadas por essa via de transmissгo BENSENOA• LOTUFO, 2008).

Alйm do homem, mamнferos domйsticos e silvestres tкm sido naturalmente encontrados infectados pelo Tripanosoma cruzi, tais como gato, cгo, porco domйstico, rato domйstico, macaco de cheiro, sagьi, tatu, gambб, cuнca, morcego, dentre outros. Os mais importantes sгo aqueles que coabitam ou estгo muito prуximos do homem, como cгo, o rato, o gambб, o tatu e atй mesmo o porco domйstico, encontrado associado com espйcies silvestres na Amazфnia. As aves e animais de sangue frio (lagartos, sapos, e outros) sгo refratбrios а infecзгo (BRASIL, 2005).

A virulкncia depende da linhagem de Trypanosoma cruzi, assim como das condiзхes que prevalecem entre uma determinada cepa do flagelo e o hospedeiro vertebrado em causa. A fonte de infecзгo pode ser uma das razхes da diversidade de comportamento do parasito. Dos fatores dependentes do hospedeiro e que condicionam maior virulкncia podemos citar: a idade, pois a suscetibilidade й sempre maior em indivнduos jovens, tanto em humanos como em animais; as influкncias hormonais, visto que a cortisona ou a hidrocortisona estimulam a parasitemia em macacos e em camundongos.

O ecanismo envolvido parece ser a inibiзгo do sistema fagocitico mononuclear, reduzindo a inflamaзгo, a produзгo de envolvido parece ser a Inibiзгo do sistema fagocнtlco mononuclear, reduzindo a inflamaзгo, a produзгo de anticorpos e a fagocitose; as deficiкncias nutricionais, particularmente a carкncia prolongada de vitamina A, levam a um aumento da parasitemia, das lesхes viscerais e da mortalidade, em ratos.

O mesmo efeito causa a esses animais uma dieta deficiente em lisina (REY, 2001 A doenзa de Chagas usualmente passa pelos seguintes fases: aguda, crфnica assintomбtica (ou indeterminada), crфnica intomбtica (cardнaca), digestiva e nervosa Neves (2003). Segundo Neves (2005), a fase aguda inicia-se atravйs das manifestaзхes locais quando o T. cruzi penetra na conjuntiva (sinal de Romana) ou na pele (chagoma de inoculaзгo). Estas lesхes aparecem em 50% dos casos agudos dentro de 4-10 dias apуs a picada do barbeiro, regredindo em um ou dois meses.

Apуs a fase aguda, os sobreviventes passam por um longo perнodo assintomбtico (10-30anos). Esta fase й chamada de forma indeterminada. A maioria dos pacientes evoluem durante uma a duas dйcadas nessa forma indeterminada, na qual embora xista infecзгo ativa, praticamente nгo hб lesхes clinicamente demonstrбveis e os уrgгos e sistemas se encontram preservados em sua anatomia e sua reserva funcional Neves (2003); Cimerman (2002). Na fase inicial aguda, a administraзгo de fбrmacos como nifurtimox, alopurinol e benzimidazole diminuem a probabilidade de cronicidade em mais de 80% dos casos.

A fase crфnica й incurбvel, jб que os danos em уrgгos como o coraзгo e o sistema nervoso sгo irreversнveis. Tratamento paliativo pode ser usado (SABERWEB, 2005). Certos nъmeros de chagбsicos apуs permanecerem ssintomбticos por vбrios anos, com o correr do tempo apresentam sinto 3 apуs permanecerem assintomбticos por vбrios anos, com o correr do tempo apresentam sintomatologia relacionada com o sistema cardiocirculatуrio (forma cardнaca), digestгo (forma digestiva), ou ambos (forma cardiovascular ou mista).

Isso devido ao fato de mudar inteiramente a fisionomia anatфmica do miocбrdio e do tubo digestivo (esфfago e cуlon, principalmente) Neves (2005). Embora a doenзa de Chagas seja uma doenзa crфnica, 80% dos indivнduos com sorologia positiva nгo desenvolverгo sintomas da doenзa. Esses indivнduos podem levar ma vida normal (BENSEСOR; LOTUFO, 2008). As alteraзхes fisiolуgicas observadas na enteromegalia da doenзa de Chagas cursam por conta da denervaзгo que й, obviamente, variбvel de paciente para paciente, pois depende do equilнbrio estabelecido entre o hospedeiro e o T. ruzi, equilbrio esse que envolve diversos fatores da complexa reaзгo do sistema imunolуgico Jъnior (2002). Quando a infecзгo dб- se atravйs da pele, os parasitos podem ser encontrados pouco depois no interior de cйlulas do sistema fagocitico mononuclear. Aн, a multiplicaзгo dos parasitos e a destruiзгo das cйlulas ospedeiras, pela aзгo direta do metabolismo parasitбrio, seguidas pela repetida invasгo de novas cйlulas, vгo num crescendo que se manifesta pelo aumento concomitante da parasitemia, durante o perнodo inicial da doenзa (REY, 2001).

O coraзгo й, sem dъvida, o уrgгo mais lesado, dada a fatal preferкncia do Trypanosoma por suas fibras musculares Angelfire (2008). Ele se instala na musculatura cardнaca e do taro gastrointestinal. As pessoas com a doenзa apresentam arritmias cardнacas: o coraзгo bate de forma irregular e os principais sintomas sгo as palp’taзхes. Alйm das arritmias, a doenзa de Chagas no 4DF8 irregular e os principais sintomas sгo as palpitaзхes.

Alйm das arritmias, a doenзa de Chagas no coraзгo pode causar insuficiкncia cardнaca, trombose e morte sъbita (BENSEСOR; OTUFO, 2008). Os comprometimentos digestivos se traduzem geralmente pelo aumento de calibre do esфfago ou das porзхes finais do intestino. No primeiro caso resulta uma dificuldade progressiva em realizar- se a deglutiзгo, inicialmente para os alimentos mais duros e secos e depois para qualquer alimento, mesmo os lнquidos.

O comprometimento intestinal geralmente acarreta fortes “prisхes e ventre”, que podem durar alguns dias, algumas semanas, ou mesmo dois ou trкs meses, levando o doente a um intenso sofrimento por nгo conseguir evacuar (ANGELFIRE, 2008). Sempre se deve levantar a suspeita quando estamos diante de um individuo que andou por zona endкmica e apresenta sintomas compatнveis (TORELLY, 2008). Ao indicar tйcnicas de diagnуstico laboratorial, devemos levar em consideraзгo, alйm de suas caracterнsticas de sensibilidade e especificidade, sua adequaзгo a diferentes fases da doenзa Silva, Carvalho, Rodrigues (2008).

Os principais meios para o iagnуstico da doenзa de Chagas em sua forma aguda й o exame microscуpico ou uma gota de sangue do paciente, para a eventual identificaзгo do Trypanosoma, ou a biopsia ou um gвnglio linfбtico. Na forma crфnica, porйm, os parasitos tornam- se raros na corrente sanguнnea e, entгo, o diagnуstico deve basear-se em mйtodo indireto: verifica-se se o organismo estб produzindo anticorpos contra o Trypanossoma cruzi. ara isso faz-se uma prova imunolуgica com o soro sanguнneo do doente, denominada “reaзгo de fixaзгo do complemento para a doenзa de Chagas” ou “reaзгo de Guerreiro e Machado S reaзгo de fixaзгo do complemento para a doenзa de Chagas” ou “reaзгo de Guerreiro e Machado”, ou de “Machado Guerreiro” como й mais comumente conhecida Wikipйdia, (2008). Utiliza-se mais frequentemente os mйtodos de detecзгo de anticorpos circulantes (IgG), os mais utilizados sгo Elisa, a imunofluorescкncia e a hemaglutinaзгo indireta (SAЪDE EM MOVIMENTO, 2002).

A terapкutica da Chagas continua parcialmente ineficaz, apesar dos grandes esforзos que vкm sendo desenvolvidos por vбrios laboratуrios e pesquisadores, em especial de brasileiros, argentinos, chilenos e, mais recentemente, os venezuelanos NEVES, 2005). O tratamento aplicado e os resultados dependem tambйm da fase em que o paciente encontra-se Rubens, Carvalho, Nogueira (2008). A medicaзгo й dada sob acompanhamento mйdico nos hospitais devido aos efeitos colaterais que provoca, e deve ser mantida, no mнnimo, por um mкs.

O efeito do medicamento costuma ser satisfatуrio na fase aguda da doenзa, enquanto o parasita estб circulando no sangue. Na fase crфnica, nгo compensa utilizб-lo mais e o tratamento й direcionado аs manifestaзхes da doenзa a fim de controlar os sintomas e evitar as complicaзoes (VARELLA, 2008). Os princнpios da prevenзгo da doenзa de Chagas baseiam- se fundamentalmente em medidas de controle ao barbeiro, dificultando elou impedindo a sua proliferaзгo nas residкncias e seus arredores (RUBENS, CARVALHO, NOGUEIRA 2008).

Alйm das medidas especificas (inquйritos sorolуgicos, entomolуgicos e desinsetizaзбo), as atividades de educaзгo em saъde,devem estar Inseridas em todas as aзхes de controle, bem como, as medidas a serem tomadas pela populaзгo local, tais como: melhorar habitaзгo, atravйs de rebocos e fechamentos de populaзгo local, tais como: melhorar habitaзгo, atravйs de ebocos e fechamentos de rachadura e frestas; manter limpeza periуdica em casa e seus arredores; construir galinheiro, paiol, tulha, chiqueiro ou depуsitos afastados das casas e mantк-los limpos; nгo permitir dentro de casa animais que possam ajudar a transmitir a doenзa, como o cгo, gato, macaco e outros; as pessoas que saibam ser chagбsicas, ou que procedam de regiхes onde os нndices da doenзa sгo altos, nao devem doar sangue sem comunicar esses fatos ao medico assistente; todos os Bancos de sangue do Brasil devem fazer exame de sangue nos doadores, para evitar a doenзa de Chagas; encaminhar os insetos suspeitos e serem “barbeiros”, para o serviзo de saъde mais prуximo (USSI; SILVA; ANGELFIRE et al, 2008). REFERENCIAS ANGELFIRE. Doenзas de Chagas. Disponнvel em: 02/08/2008. . Acesso em: BARSA, Enciclopйdia. Volume 4. Castiglione, Baldassare- Cristovгo, 2001 . MINISTЙRIO DA SAЪDE. Guia de Vigilвncia Epidemiolуgica. 6aed. , 2005. Disponнvel em: http://www. saude. gov. br/bus. Acesso em: 28/07/2008. MORENO, Alejandro. M. H. , SOUZA, Andrйa Silvestre de, FILHO, Gйcio de Alvarenga, et al. Doenзa de Chagas. Disponнvel em: .

Acesso em: 15/08/2008. NEVES, David Pereira. Parasitologia Dinвmica. Sгo Paulo. Editora Atheneu, p. 113-133,2003. NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. Editora Atheneu, 1 1 aediзгo, p. 85-108, 2005. OLIVEIRA, F. A. S. , BICALHO, G. V. C. , FILHO, L. D. S. , et al. Caracter[sticas Epidemiolуgicas dos Pacientes com Doenзa de Chagas, 2006. PERCHЙ, Leandro. Doenзa de Chagas, 2005. Disponнvel em: . Acesso em: 13/08/2008. REY, Luнs. Rey Parasitologia. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan S. A. , 3aediзгo, p. 151;164, 2001. SAЪDE EM MOVIMENTO, 2002. Doenзa de Chagas. Disponнvel em: http://www. saudeemmovimento. com. br. Acesso em: 28/07/2008. 8

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