A psicanalise em a morte em veneza

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A PSICANÁLISE EM “A MORTE EM VENEZA” suely de souza Silva[l] Universidade Federal do Pará Resumo: Este artigo trata da análise da obra de Thomas Mann, “A Morte em Veneza”, com base nas teorias freudianas sobre psicanálise, cujos conceitos de pulsão de morte e de vida, principio do prazer e da realidade foram sintetizados por Terry Eagleton em ‘Teoria será analisada fala a Gustav Von Aschenb Munique resolve viaj algo novo. p uçáo”.

A obra que rtista chamado ida que levava em da satisfação, de Palavras-Chaves: A morte em Veneza, A psicanálise, pulsão de morte e vida, principio do prazer e realidade, dualidade. Introdução A morte em Veneza é um livro que trata do desejo homoerótico de Gustav Von Aschenbach, um importante escritor de aproximadamente cinquenta anos por um jovem polonês chamado Tadzio. A história se passa em Veneza, local escolhido por Aschenbach para se refugiar de sua rotina exaustiva que levava em Munique.

Nesta época a cidade é contaminada pela cólera, fato totalmente ignorado pelo artista que naquele momento só pensava em ficar cada vez mais próximo do garoto polonês, apesar essa proximidade não passava de troca de procurava e começa a alimentar uma paixão platônica por ele. Durante o livro são mostrados varias situações de dualidade, do estranho-familiar, no qual podemos fazer relações com as teorias freudianas, que de certa forma explica as atitudes de Aschenbach, em diversos momentos em sua admiração pelo garoto e suas perturbações diante dessa situação.

No decorrer desse artigo vão ser feitas algumas relações da obra de Mann com as teorias de Freud. Observando o sofrimento do artista, os sacrifícios ao qual ele se submete em nome da arte, relacionados sempre as pulsões citadas na obra de Eagleton, onde segundo Freud, o artista é neurótico, pois é oprimido por necessidades instintivas, ara ele o comportamento humano é motivado pela fuga da dor e busca do prazer.

A obra além de ser uma novela complexa, fascinante e de uma fantástica construção literária, ela traz fortes marcas da psicanálise de Freud, como os desejos inconscientes de Aschenbach que pode ser traduzido pela adoração da beleza do garoto, a busca da perfeição da juventude tão almejada em sua arte e também conceitos sobre sexualidade.

Fundamentação Teórica e Análise Eagleton no capitulo A psicanálise, in: Teoria da Literatura: uma introdução, logo no inicio d o autor diz que segundo Freud ue a motivação de uma sociedade é econômica, e que para os seres humanos o trabalho tem que ser uma prioridade. Que temos que abrir mão do Freud chama de “principio do prazer” a favor do “principio da realidade”, ou seja, temos que reprimir algumas de nossas tendências a sa “principio da realidade”, ou seja, temos que reprimir algumas de nossas tendências a satisfação e ao prazer.

Para Freud o princípio do prazer é a busca da satisfação dos desejos, que é regido pela pulsão de morte, ou seja, à volta ao estado de plenitude orgânica, realização do desejo, alívio da ensão e precisa ser regulada pelo princípio da realidade, no qual é regida pela pulsão de vida, a repressão da busca da satisfação. Segundo ele, uma forma de sublimar (conter o desejo para viver em sociedade) a pulsão de prazer para uma forma positiva é por meio da ciência e da arte.

Mann logo no início da obra nos mostra o estranho familiar, que o ocorre quando o artista pega um barco que deve seguir para o lido e depois para o navio e não é isso que acontecem seguida há uma discussão entre Aschenbach e o barqueiro que não era licenciado, no meio dessa briga podemos notar que ele ente prazer em andar naquela gôndola, pois aquele barqueiro era um bom remador, apesar de ser um homem mal educado, observamos que ele se sente confortável naquela embarcação que mais se assemelha a um caixão.

Aqui podemos citar o principio do prazer e a pulsão de morte. Nessa obra tudo leva a morte até a bela cidade de Veneza que lembra um labirinto cheio de luxuria e morte. No navio há uma outra situação de estranho familiar, quando Aschenbach sentiu-se enjoado pela presença de um falso jovem, que dissimulava a velhice por meios de artifícios como roupas coloridas e maquiagem. Isto representou para Gustav uma tentativa de negar o tempo vivido e de seu 3 coloridas e maquiagem. Isto representou para Gustav uma tentativa de negar o tempo vivido e de seus efeitos sobre o corpo.

Para um homem perseverante em seus juízos estéticos, defrontar-se com o falso jovem é negar a beleza presente na velhice. E mais o velho que poderia ter sido um espelho para Gustav, é, ao contrario a encarnação do horror contido numa velhice que nega o tempo. A ambivalência desse gesto insuportável para o artista pode ser considerada como algo sexual que se manifesta despudoradamente no falso jovem. Desde o momento em que o convívio com o falso jovem se stabelece, enlaçam-se morte — através dos artifícios por ele utilizados – e sexualmente abominável – através dos gestos – .

O encontro de Tadzio, embora fosse o encontro com a beleza, com o belo em seu sentido de categoria estética, num primeiro momento, deu-se sob o fantasma do falso jovem. Aschenbach, ao contrário de Tadzio, encontra-se também com algo da ordem da sexualidade que vem destituir seus valores de disciplina e perseverança. Tadzio irrompe na vida de Gustav como o desejado. O que o artista não consegue, porém é manter a interdição sobre seu desejo em relação ao garoto e, mais do que sso, em relação à pulsão.

O sujeito artista, famoso, que vivera um casamento até a morte da esposa, e, portanto possuindo uma sexualidade regrada vê-se agora forçado por algo maior que sua disciplina e perseverança nao conseguem domar. Tudo que marcou sua Vida em relação ao amor, à paixão, ao desejo e ? sexualidade passa agora a ser subvertido no encontro com Tadzi 4 ao amor, à paixão, ao desejo e à sexualidade passa agora a ser subvertido no encontro com Tadzio e com o que ele possa representar.

Ao reconhecer a exigência pulsional até suas últimas consequências, tendo como objeto de satisfação a figura de Tadzio. O menino representa o objeto no qual o desejo sexual de Gustav irá se fixar. A sua estada em Veneza é marcada pelo encontro com o belo, a sua admiração por Tadzio. O artista achava que o garoto era tao belo quanto uma obra de arte, percebemos isso pela descrição que Mann faz: (… ) Com surpresa, Aschenbach notou que o menino era perfeitamente belo.

Seu rosto pálido e graciosamente fechado, circundado por seus cabelos cacheados, louros cor de mel, lembrava esculturas gregas dos mais nobres tempos e da mais pura perfeição de forma; era a tal rara atração pessoal que o bservado julgou nunca ter encontrado na natureza ou no mundo artístico obra tão bem sucedida. (p. 1 51) Nesta parte podemos notar que o garoto também se assemelha à morte pela sua fragilidade e aparência de alguém doente. O artista tem um enorme desejo de tocar o garoto, mas ao mesmo tempo sente-se censurado por uma sexualidade interditada. Principio de realidade relacionada ao principio do prazer.

Gustav acaba ficando em dúvida se deve partir ou permanecer em Veneza, mas ele percebe que já não consegue mais viver sem o garoto, resolve permanecer no hotel, mas ainda pensando no que as pessoas podiam imaginar. Ter decidido não artir de Veneza, quando tudo já estava certo, significou decidir S podiam imaginar. Ter decidido não partir de Veneza, quando tudo já estava certo, significou decidir pelo desejo representado na beleza de Tadzio; construir um destino diferente daquele que viveu até então, obedecendo à pulsão de morte relacionada ao principio do prazer.

A narrativa, nesse ponto, deixa clara a relação entre Aschenbach e o principio do prazer, enunciado por Freud em 1920. O principio do prazer se põe a serviço da pulsão de morte, não reconhecendo nenhum obstáculo à satisfação. Com contraponto a esse principio Freud estabelece o principio da ealidade, assim o sujeito se reencontra com as interdições de origem histórico-cultural, enfim se encontra com seu próprio mal estar, por saber que nem sempre tudo pode ser satisfeito e que a satisfação absoluta só é encontrada no estado de plenitude total, ou seja, o que pode levar a morte.

Esse encontro que atrai cada vez mais Gustav, convém lembrar, é exatamente o oposto daquilo que havia encontrado no falso jovem do Início da viagem. Há o momento em que Aschenbach fica sabendo da cólera que invadira Veneza, diante dessa notícia ele por um instante pensou em avisar a família de Tadzio, para que assim em algum omento pudesse tocar nele, mas decide se calar que se algo acontece ao jovem ele pudesse morrer com aquela beleza eterna.

Para o artista toda aquela situação que havia na cidade, ele pudesse agora expressar o seu amor pelo belo. Há de novo a situação de principio do prazer relacionado à pulsão de morte. Há um desregramento de Aschenbach ao se submeter aquilo prazer relacionado à pulsão de morte. Há um desregramento de Aschenbach ao se submeter aquilo que achava ridículo como ir ao salão e se maquiar, pintar o cabelo, e passar batom na boca, podemos observar que esta atitude de Gustav esta relacionado morte, pois é como se ele se maquiasse como os defuntos.

E realmente ele se produziu para morrer, pois em seguida ele vai a praia e por um momento o garoto vai em direção ao mar e Aschenbach com suas últimas forças tenta ir em direção ao seu desejo. Considerações Finais Diante da análise da obra de Mann relacionada a psicanálise de Freud, Aschenbach parece cometer um suicídio, pois sabendo da cólera optou por permanecer na cidade e ter as suas últimas contemplações com o belo, pois já não conseguia viver sem Tadzio. Em relação ao narcisismo trata-se do ego, como se Gustav e espelhasse em Tadzio tendo assim um desgo por si próprio.

E o principio da realidade é bem visível quando ele decide ir embora, pois sabe que tudo aquilo vai contra os seus valores morais, mas que é vencido pelo principio do prazer levando-o a pulsão de morte. Referências EAGLETON, Terry. -reoria da Literatura uma introduçao. sao paulo• Martins Fontes, 2003. MANN, Thomas. A Morte em Veneza. São Paulo: Biblioteca Folha. ROSENFELD, Anatol. “A Morte em Veneza” in: Thomas Mann. São Paulo: Perspectiva [1] Discente do curso de Letras 2007 (Licenciatura e habilitação em língua portuguesa)

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