Racionalismo

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Resumo de Filosofia (20, 20 per. ) GNOSIOLOGIA – Disciplina filosófica que trata dos problemas relativos à fundamentação do conhecimento humano. v’ Se a fenomenologia descreve objectivamente o conhecimento, a gnosiologia procura explicá-lo ou interpretá-lo, tarefa em que se reflectem pressupostos associados aos filósofos e à sua formaçao. As principais reflexões gnosiológicas orientam-se em função de três problemas: natur conhecimento; valor, Colocar o problema saber se a base origi sensoriais, racionais 0 p rigem ou fonte de o conhecimento. hecimento é tentar 30 as capacidades stas de resolução este problema deparamo-nos com varas teorias, das quais se destacam o empirismo e o racionalismo, como teses opostas, e o apriorismo como tentativa conciliatória. Qual a origem do conhecimento? • R. Decartes — Racionalismo (conhecimento universal e necessário); • D. Humme/Locke – empirismo (parte de dados concretos dos sentidos); • Kant — apriorismo (defende que há conhecimentos de tipo racional e de tipo sensorial) O que é o racionalismo? • Unica fonte de origem do conhecimento é a razão necessidade lógica e da validade universal.

Pois bem, quando se interpreta e alcança todo o conhecimento humano em relação a sta forma de conhecimento, chega-se ao racionalismo. Entre os defensores do racionalismo destaca-se Platão e Descartes. Platao • o conhecimento não pode ser considerado verdadeiro devido a este se encontrar que o mundo de experiência está em constante mudança; • nao podemos confiar nos dados fornecidos pelos sentidos; • os conteúdos credíveis só podem provir de um mundo inteligível (imutável, transcendente); Aí se encontram as ideias, que são a verdadeira realidade, e que o homem já contemplou numa existência pré-terrena.

O conhecimento consiste na recordação destas ideias. Segundo Descartes, tanto a experiência como a imaginação são fontes de ideias, mas de que se tem de duvidar porque não servem para o Homem conhecer. As que provêm da experiência, as ideias adventícias, apresentam-se de modo confuso ao espírito. E as que provêm da imaginação, as ideias factícias, dando-nos a imagem de seres quiméricos (falso), não correspondem a nada de real. Para conhecer, o Homem só deve confiar nas ideias inatas que são originárias da razão, fazendo parte da estrutura racional do Homem.

Estas são colocadas na alma por Deus e, por isso, são as únicas que se prestam a um erdadeiro conhecimento por terem a garantia divina. Fazendo da evidência das ideias inatas a base do raciocínio, e servindo-se do processo dedutivo, o Homem chega a todos os conhecimentos, prescindindo de qualquer contributo da experiencia. Racionalismo Cartesiano Dúvida Cartesiana 20F 10 para construir uma nova filosofia. Discursos do Método 1. Os sentidos enganam-nos 2. Enganamo-nos nos raciocínios mais simples das matemáticas 3. Não temos critérios para distinguir os pensamentos que temos no estado de vigília e quando dormimos.

Meditações da Filosofia Primeira 4. Hipótese do Deus enganador . Génio maligno que colocou toda a sua astúcia para me enganar. Caracter[sticas da dúvida cartesiana Universal : aplica-se universalmente a tudo aquilo que pode ser duvidoso. Metódica: enquanto estratégia, meio e não fim, é praticada não por amor á dúvida mas como etapa preliminar na busca da certeza e no caminho do falso ao verdadeiro, do provável ao certo, do duvidoso ao verdadeiro. Provisória: etapa preliminar, é superada quando se atinge a primeira certeza. Construtiva: duvida até encontrar a verdade.

Voluntária: acto da vontade. Radical: estende-se a todos os niVeis e dominios do onhecimento excluindo as normas religiosas e moral provisória porque são necessárias à orienta 30 do homem na sociedade. 30F 10 razão. • Fundamentação do conhecimento científico. Operações da razão • O Homem é dotado de razão ou bom senso e tem o poder de distinguir a verdade do erro, o certo do duvidoso. • Intuição e dedução são operações fundamentais do espírito construtivo da estrutura racional do Homem, são as vias intelectuais de acesso ao conhecimento.

Intuição • Espécie de flashe organizativo capaz de descobrir ideias claras e distintas; • Imediata, pois nao precisa de raciocínio. ?? É intelectual e diferente da intuição sensível; • Caracteriza se pela simplicidade, evidência e absoluta certeza. Dedução – Passagem de uma intuição a outra intuiçao pela intuição da sua relação ou cadeia de Intuições Diferença entre intuição e dedução • A intuição é absolutamente instantânea, sua certeza é imediata, enquanto na dedução é derivada. ?? A dedução implica uma espécie de movimento ou sucessão: – sinal da limitação do nosso espírito; – carácter progressivo do nosso conhecimento. Depois de analisada a estrutura da razão, sabendo que o bom enso é a coisa mais bem distribuída como se justifica o erro? 40F complexo (conduzir por ordem os meus pensamentos dos mais simples para os mais complexos) 40 enumeração – controlo da análise e da síntese. Cogito cartesiano e o seu solipsismo O cogito será: * primeira verdade evidente (clara e distinta); * critério de verdade (modelo de evidência); * produto de intuição (matemática); * fundamento da nova Filosofia.

Classificação das Ideias: a) Ideias adventícias: provenientes da experiência externa através dos órgãos sensoriais; b) Ideias factícias: as que a mente constitui a partir de outras deias (exemplo – sereia); c) Ideias inatas : as que o pensamento possui em si mesmo. Nascem com o indivíduo. São elas que vão permitir a construção dos nossos conhecimentos, dado a sua evidência. • Ideias matemáticas; • Ideias de extensão; • Ideias que me representa a mim; • Ideias de Deus. Provas da existência de Filosofia • Da ideia de infinito à sua causa: um ser infinito. ?? Da minha existência como ser imperfeito e finito à sua causa : um ser perfeito e infinito. • Da ideia de ser perfeito, à sua existência, de outro modo não seria perfeito (da ideia á sua existência). Para Kant, Deus será empre incognoscível, mas pensável. – Deus garante das ideias claras e distintas. Alcance e fecundidade do s 0 dão melhor conhecidas pela inteligência do que pelos sentidos. Cogito revela os seguintes aspectos negativos a) A sua própria limitação ou finitude – o eu tem a certeza de que existe só enquanto pensa. ) A sua imperfeição – se o espírito humano fosse perfeito não duvidava : era perfeito. c) A sua clausura – se cortei com os sentidos, “perdi” o corpo. Daí decorre a necessidade de recurso a Deus como garante absoluto da unidade pensar -ser, da relação entre essência e existência. Percurso cartesiano Duvido: – Existo como ser pensante; – Penso a perfeição (ideia inata); – Provas da existência da perfeição = Deus. 1. O ser perfeito é a causa da ideia de perfeição no pensamento 2. A perfeição é a causa do ser imperfeito que a pensa 3.

A perfeição não é perfeição sem existência Então, Deus como perfeição existe. Atributos: Eternidade; imortalidade; independência; infinidade; espiritualidade; omnipotência; causa de si; bondade; liberdade; veracidade; criador Funções: – Deus é criador do mu e movimento) e do garantida pela res divida. ESQUEMATICAMENTE: Duvido Eu sei que duvido Logo. Eu penso e existo Eu sei que Deus existe Eu sei que Deus não pode enganar-me Então: Posso fundar, em Ideias claras, uma ciência do mundo posso extrair desta ciência aplicações técnicas.

Portanto: Homem Senhor da Natureza Empirismo Fonte ou origem de conhecimento é a experiência sensiVel Não há ideias inatas ou património a priori. A concepção de mente: tábua rasa. Os empiristas procedem das Ciências naturais (observação, usando a experiência como fonte e base de todo o conhecimento humano) Tendem para o cepticismo metafísico Deriva de factos concretos, recorrendo á evolução do ensamento e do conhecimento humanos. Primeiro, a criança, começa por ter percepções concretas, depois com base nelas vai formar representações gerais e conceitos. Estas iram nascer organicamente da experiência.

Impressões — são mais vivas e intensas Tipos de percepções 0 no mundo, não pode basear-se em algo que não faça parte do mundo. • Os conhecimentos de questões de facto – do que acontece no mundo – consistem em descobrir as causas de certos efeitos. Mas a ideia de causa – de conexão necessária entre fenómenos não obedece ao principio da cópia. Não temos nenhuma mpressão sensível dessa conexão, mas unicamente a conjunção e sucessão temporal de acontecimento. • A Ideia de causa é uma crença subjectiva que nos diz como funciona a nossa mente e não propriamente como funciona o mundo.

Resulta de um hábito, estamos habituados a pensar que como não há efeito sem causa, mal acontece A, daí resultará necessariamente B. • Acreditar que não há efeito sem causa é uma crença necessária para que a nossa vida não seja a inquietante e paralisante em expectativa de que nada será como tem sido. Mas pouco mais é do que um desejo de segurança e previsibilidade ue julgamos corresponder ao modo como as coisas são. • Todo o conhecimento depende da experiência e a esta se limita, mas nenhuma verdade objectiva podemos alcançar á cerca dos factos.

Apriorismo, racionalismo crítico ou Criticismo Kantiano (articulação entre sentidos e razão) ( Existem duas faculdades de conhecimento: • Sensibilidade (recebe representações; objecto é-nos dado) forma Intuições Caracteriza-se: puras Empíricas 80F 10 Espaço tempo matéria receber representações na medida em que é afectado de alguma maneira) • Entendimento (conhece por meio dessas representações, ou eja, unifica as impressões da sensibilidade; o objecto é pensado em relação com a representação da sensibilidade) – forma — categorias/conceitos – matéria – intuições da sensibilidade/ empíricas – espacializadas e temporalizadas – espontaneidade – actividade (capacidade de produzirmos nós mesmos representações) ( Conhecimento é constitu[do por forma + matéria a posteriori Depois da experiência independente permite a experiência a pnon anterior e da experiência; Sem intuição e conceitos não há conhecimento. Intuição e conceitos separados são necessários ao conhecimento mas untos são suficientes. v’ A nossa natureza implica que a intuição não pode nunca ser senão sensível (sentidos), quer dizer que contém apenas a maneira como somos afectados pelos objectos, enquanto o poder de pensar o objecto da intuição sensível é o entendimento. Nenhumas destas propriedades é preferível á outra. Sem a sensibilidade nenhum objecto nos seria dado e sem o entendimento nenhum seria ensado. nao podem trocar entre Tanto os conceitos co entendimento? A sensibilidade é a forma como somos impressionados pela realidade exterior, ela intui ou dá o que há para conhecer: os fenómenos. Enquanto que entendimento é através dele que o objecto é pensado, ou seja, conhece os fenómenos estabelecendo entre eles relações necessarias: leis. v’ Todo o nosso conhecimento começa com a experiência mas nem todo deriva dela nem há conhecimento anterior á experiência. ( Todo o conhecimento começa com a experiência mas esta não é suficiente para haver conhecimento porque é necessário dar forma a essa matéria, o que é feito pela forma.

Criticismo Kantiano – Síntese a) Kant pretende explicar como é possível o conhecimento (é o seu projecto) b) Segundo Kant todo o conhecimento começa com a experiência. ? a sensibilidade que nos dá objectos para conhecer. Tudo começa com a espacialização e temporalização dos dados da intuição empírica. c) A sensibilidade unicamente sabe que todos os fenómenos acontecem num dado momento e num certo lugar. Só o entendimento compreende o que um fenómeno tem a ver com o outro. Só ele pode explicar — mediante o conceito de causa, forma a priori presente em todo o entendimento humano – a que se deve determinado acontecimento. d) Como precisamos de objectos para que haja conhecimento e como só a sensibilidade nos dá ob’ectos, mesmo que o conhecimento nao derive começa com ela. Só 0 DF 10

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